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PBL- Diabesidade
1) Diabetes: tipos, causas, sintomas, tratamentos, diagnostico, valores de referencia, relação com a obesidade.
2) Qual a relação dos hormônios com a diabetes?
3) Conduta medica e orientação
4) Serviços oferecidos por NASF e UBS
5) Hipotireoidismo: sintomas, causas, tratamento, hormônios, relação com obesidade.
01-DIABETES MELITO TIPO 01:No diabetes tipo 1 ocorre destruição das células beta do pâncreas, usualmente por processo auto-imune (forma auto-imune; tipo 1A) ou menos comumente de causa desconhecida (forma idiopática; tipo 1B) . Na forma autoimune há um processo de insulite e estão presentes auto-anticorpos circulantes (anticorpos anti-descarboxilase do ácido glutâmico, anti-ilhotas e anti-insulina). De uma forma geral, a instalação do quadro de diabetes tipo 1 auto-imune é relativamente abrupta e muitas vezes o indivíduo pode identificar a data de início dos sintomas.
A partir da década de 80, foi descrita a ocorrência de diabetes de origem autoimune de instalação insidiosa, denominado de LADA (Latent Autoimmune Diabetes in Adults). A idade média dos pacientes com LADA é em torno dos 50 anos e por isto estes pacientes são inicialmente classificados de forma errônea como tipo dois. O LADA compartilha com o diabetes tipo um a evidência de autoimunidade e falência de secreção de insulina pelas células beta e com o diabetes tipo 2, a idade de instalação e a presença de resistência insulínica. Por estas razões, existe a sugestão de que poderia ser considerado um tipo distinto de diabetes.
A forma idiopática do diabetes tipo 1, o tipo 1B, é caracterizada pela ausência tanto de insulite como dos anticorpos relacionados ao diabetes auto-imune, e existe descrição de subtipos desta forma, com instalação e evolução mais abrupta e fulminante em alguns casos.
A conseqüência da perda das células beta é a deficiência absoluta da secreção de insulina, o que por sua vez deixa os pacientes suscetíveis à ocorrência de cetoacidose, muitas vezes a primeira manifestação da doença. O quadro de cetoacidose é a expressão máxima da deficiência de insulina e pode também ocorrer na presença de estresse infeccioso, ou de qualquer etiologia ou ser decorrente do uso inadequado da insulina. No diabetes tipo 1, o intervalo máximo de tempo após o diagnóstico em que o indivíduo pode permanecer sem usar obrigatoriamente insulina, ou seja, período em que não ocorre cetoacidose, é em geral de 1 a 2 anos. Este dado algumas vezes pode ser útil na classificação do indivíduo, já que se assume que o paciente que necessita de insulina apenas após 2 anos do diagnóstico de diabetes é em geral do tipo 2.
O pico de incidência do diabetes tipo 1 ocorre dos 10 aos 14 anos de idade, havendo a seguir uma diminuição progressiva da incidência até os 35 anos, de tal maneira que casos de diabetes tipo 1 de início após esta idade são pouco frequentes. No entanto, indivíduos de qualquer idade podem desenvolver diabetes tipo 1.
Em geral, os pacientes apresentam índice de massa corporal normal, mas a presença de obesidade não exclui o diagnóstico. Nos casos de diabetes tipo 1 de origem auto-imune, pode haver a associação com outras doenças auto-imunes, como a tireoidite de Hashimoto, a doença de Addison e a miastenia gravis entre outras.
CAUSAS: Existe uma destruição das células β pancreáticas e seu tratamento exige o uso de insulina para impedir a cetoacidose diabética.  No DM tipo 1A, a destruição das células βé de etiologia autoimune (90% dos casos) e no 1B não tem causa conhecida (idiopático). O DM tipo LADA é um DM do tipo 1 onde também existe uma destruição autoimune das células β, mas ela é muito mais lenta e acontece em indivíduos mais velhos (acima de 30 anos). O fenótipo é peculiar, pois os pacientes não são obesos, têm diagnóstico de DM numa idade compatível com diagnóstico de DM tipo 2, têm sua doença inicialmente controlada com agentes orais, mas apresentam sinais de progressiva perda de função da célula β9 e eventualmente necessitam de insulina, por definição, após pelo menos seis meses após o diagnóstico do DM9. O DM tipo 1B foi descrito inicialmente em africanos e asiáticos. No entanto, essa forma vem sendo mais detalhadamente avaliada e descrita em outras populações, surgindo uma nomenclatura nova de "DM com tendência à cetose", em inglês, o "ketosis-prone DM". Seria um tipo de DM intermediário aos tipos 1 e 2. Esses casos seriam distintos do LADA por apresentarem-se já inicialmente na forma de cetoacidose, enquanto o LADA, por definição, necessita de insulina após seis meses do diagnóstico. Uma observação adicional descreve a presença de anticorpos em crianças e adolescentes inicialmente não dependentes de insulina, com perfil de DM tipo 2. Nesses casos, seguindo a terminologia do LADA para adultos, seria classificado como "LADY" (Latent Autoimmune Diabetes in Youth), mas ainda é necessário um período maior de observação para definir a evolução desses casos e a nomenclatura não é oficial11.
SINTOMAS: Os sintomas de níveis elevados de glicose no sangue incluem
Aumento da sede Aumento da micção Aumento da fome
Quando o nível de glicose no sangue fica entre 160 e 180 mg/dl, a glicose aparece na urina. Quando o nível de glicose na urina é ainda maior, os rins excretam água adicional para diluir a grande quantidade de glicose. O fato de os rins produzirem urina excessiva faz com que os diabéticos urinem grandes volumes frequentemente (poliúria). A micção excessiva cria sede anormal (polidipsia). O fato de se perder calorias em excesso na urina pode fazer com que as pessoas percam peso. Para compensar, a pessoa frequentemente sente fome exagerada.
	
OUTROS SINTOMAS DO DIABETES INCLUEM:
· Visão embaçada; Sonolência; Náusea; Diminuição da resistência durante exercício físico
· Nas pessoas com o diabetes tipo 1, os sintomas começam de forma brusca e drástica. Um quadro clínico sério chamado cetoacidose diabética, uma complicação em que o organismo produz ácido em excesso, pode rapidamente se desenvolver. Além dos sintomas habituais do diabetes de sede e urinação excessivas, os sintomas iniciais da cetoacidose diabética também incluem náuseas, vômitos, fadiga e – especialmente em crianças – dor abdominal. A respiração tende a se tornar profunda e rápida enquanto o organismo tenta corrigir a acidez do sangue (Acidose), e o hálito tem odor frutado e parecido com acetona. Sem tratamento, a cetoacidose diabética pode evoluir para coma e morte, algumas vezes rapidamente.
· Após o diabetes tipo 1 ter iniciado, algumas pessoas apresentam uma fase longa, mas temporária, de níveis de glicose próximos ao normal (fase de lua de mel) devido à recuperação parcial da secreção de insulina.
TRATAMENTO:
Exercícios físicos -A atividade física é essencial no tratamento do diabetes para manter os níveis de açúcar no sangue controlados e afastar os riscos de ganho de peso. A prática de exercícios deve ser realizadas de três a cinco vezes na semana. Há restrição nos casos de hipoglicemia, principalmente para os pacientes com diabetes tipo 1. Dessa forma, pessoas com a glicemia muito baixa não devem iniciar atividade física, sob o risco de baixar ainda mais os níveis. Por outro lado, caso o diabetes esteja descontrolado, com glicemia muito elevada, o exercício pode causar a liberação de hormônios contrarreguladores, aumentando mais ainda a glicemia. Em todos os casos, os pacientes com diabetes devem sempre combinar com seus médicos quais são as melhores opções. Lembrando que o ideal é privilegiar atividades físicas leves, pois quando o gasto calórico é maior do que a reposição de nutrientes após o treino, pode haver a hipoglicemia.
CONTROLE DA DIETA: Pessoas com diabetes devem evitar os açúcares simples presentes nos doces e carboidratos simples, como massas e pães, pois eles possuem um índice glicêmico muito alto. Quando um alimento tem o índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção da glicose. Mas, quando o índice é alto, esta absorção é rápida e acelera o aumento das taxas de glicosenosangue. Oscarboidratos devem constituir de 50 a 60% das calorias totais ingeridas pela pessoa com diabetes, preferindo-se os carboidratos complexos (castanhas, nozes, grãos integrais) que serão absorvidos mais lentamente.
VERIFICAR A GLICEMIA:
Todos os portadores de diabetes tipo 1 precisam tomar insulina diariamente. No entanto, é importante fazer o autoexame para verificar sua glicose em casa. Para fazer essa medida é necessário ter em casa um glicosímetro.
O médico ou outro profissional que trabalhe com diabetes ajudará a definir um cronograma de testes feitos em casa. O médico o ajudará a definir as metas relativas às taxas de glicose do paciente, que deve se basear nos resultados dos testes para alterar as refeições, suas atividades ou os medicamentos e, assim, manter os níveis de glicose normalizados. Este procedimento pode ajudar a identificar as altas e as baixas taxas de glicose no sangue antes que causem problemas.
TIPOS DE INSULINA:
· Insulina regular: é uma insulina rápida e tem coloração transparente. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a três horas após a aplicação.
· Insulina NPH: é uma insulina intermediária e tem coloração leitosa. A sigla NPH que dizer Neutral ProtamineHagedorn, sendo Hagedorn o sobrenome de um dos seus criadores e Protamina o nome da substância que é adicionada à insulina para retardar seu tempo de ação. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre duas e quatro horas, seu efeito máximo se dá entre quatro a 10 horas e a sua duração é de 10 a 18 horas.
· Análogo de insulina: moléculas modificadas da insulina que o nosso corpo naturalmente produz, e podem ter ação ultrarrápida ou ação lenta. Existem alguns tipos de análogos ultrarrápidos disponíveis no mercado brasileiro, são eles: Asparte, Lispro e Glulisina. Após serem aplicados, seu início de ação acontece de cinco a 15 minutos e seu efeito máximo se dá entre meia e duas horas. São encontrados também dois tipos de ação longa: Glargina e Detemir. A insulina análoga Glargina tem um início de ação entre duas a quatro horas após ser aplicada, não apresenta pico de ação máxima e funciona por 20 a 24 horas. Já o análogo Detemir tem um início de ação entre uma a três horas, pico de ação entre seis a oito horas e duração de 18 a 22 horas.
· Pré-mistura: consiste de preparados especiais que combinam diferentes tipos de insulina em várias proporções. Podem ser 90:10, ou seja 90% de insulina lenta ou intermediária e 10% de insulina rápida ou ultrarrápida. Eles também pode ter outras proporções, como 50:50 e 70:30.
EXAMES: O diagnóstico de diabetes tipo 1 normalmente é feito usando três exames:
Glicemia de jejum: Os valores de referência ficam entre 65 a 99 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL). O que significam resultados anormais:
Valores acima de 100 mg/dL são indicativos para prosseguir a investigação com a curva glicêmica; Duas glicemias de jejum acima de 126 mg/dL são diagnósticas para diabetes tipo 1. Valores acima de 200 mg/dL também são considerados diagnósticos para diabetes tipo 1.
Hemoglobina glicada: Hemoglobina glicada (HbA1c) é a fração da hemoglobina (proteína dentro do glóbulo vermelho) que se liga a glicose. Durante o período de vida da hemácia - 90 dias em média - a hemoglobina vai incorporando glicose, em função da concentração deste açúcar no sangue. Se as taxas de glicose estiverem altas durante todo esse período ou sofrer aumentos ocasionais, haverá necessariamente um aumento nos níveis de hemoglobina glicada. Dessa forma, o exame de hemoglobina glicada consegue mostrar uma média das concentrações de hemoglobina em nosso sangue nos últimos meses. Os valores da hemoglobina glicada irão indicar se você está ou não com hiperglicemia, iniciando uma investigação para o diabetes tipo 1. Valores normais da hemoglobina glicada:
· Para as pessoas sadias: entre 4,5% e 5,7%
· Para pacientes já diagnosticados com diabetes: abaixo de 7%
· Anormal próximo do limite: 5,7% e 6,4% e o paciente deverá investigar para pré-diabetes
· Consistente para diabetes: maior ou igual a 6,5%.
Curva glicêmica: O exame de curva glicêmica simplificada mede a velocidade com que seu corpo absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a medida das quantidades da substância em seu sangue após duas horas da ingestão. No Brasil é usado para o diagnóstico o exame da curva glicêmica simplificada, que mede no tempo zero e após 120 minutos. Os valores de referência são:
· Em jejum: abaixo de 100mg/dl
· Após 2 horas: 140mg/dl
Curva glicêmica maior que 200 mg/dl após duas horas da ingestão de 75g de glicose é diagnóstico de diabetes tipo 1.
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda como critério de diagnóstico de diabetes mellitus as seguintes condições:
· Hemoglobina glicada maior que 6,5% confirmada em outra ocasião (dois testes alterados)
· Uma dosagem de hemoglobina glicada associada a glicemia de jejum maior que 200 mg/dl na presença de sintomas de diabetes
· Sintomas de urina e sede intensas, perda de peso apesar de ingestão alimentar, com glicemia fora do jejum maior que 200mg/dl
· Glicemia de jejum maior ou igual a 126 mg/dl em pelo menos duas amostras em dias diferentes
· Glicemia maior que 200 mg/dl duas horas após ingestão de 75g de glicose.
DIABETES MELITO TIPO 02:
O diabetes tipo 2 é mais comum do que o tipo 1, perfazendo cerca de 90% dos casos de diabetes. É uma entidade heterogênea, caracterizada por distúrbios da ação e secreção da insulina, com predomínio de um ou outro componente . A etiologia específica deste tipo de diabetes ainda não está claramente estabelecida como no diabetes tipo 1. A destruição auto-imune do pâncreas não está envolvida, a maioria dos pacientes apresenta obesidade.
A idade de início do diabetes tipo 2 é variável, embora seja mais freqüente após os 40 anos de idade, com pico de incidência ao redor dos 60 anos. Em finlandeses, 97% dos pacientes tipo 2 iniciam o diabetes após os 40 anos de idade. Estudos que aliam a obesidade à idade superior a 40 anos indicam este ponto de corte da idade como discriminatório entre os dois tipos de diabetes . Por outro lado, outros autores associam a ausência de episódio agudo de cetoacidose e idade superior a 20 anos como indicadores da presença de diabetes do tipo 2. Portanto, a idade de forma isolada parece não definir a classificação, mas se aliada a outras variáveis como obesidade e ausência de cetoacidose podem sugerir o tipo de diabetes. Deve ser levado em conta que, embora a ocorrência de cetoacidose seja característica do estado de deficiência insulínica do tipo 1, o paciente tipo 2 pode apresentar este quadro na vigência de intercorrências graves como infecções ou episódios agudos de doença cerebrovascular.
A ocorrência de agregação familiar do diabetes é mais comum no diabetes tipo 2 do que no tipo 1. No entanto, estudos recentes descrevem uma prevalência duas vezes maior de diabetes do tipo 1 em famílias com tipo 2, sugerindo uma possível interação genética entre os dois tipos de diabetes.
A diferenciação entre os dois tipos mais comuns de diabetes é em geral relativamente simples e baseia-se fundamentalmente em dados clínicos.
CAUSAS: O DM tipo 2 é responsável por mais de 90% dos casos de DM, não tem componente autoimune, acontece em geral após os 30 anos, em indivíduos com história familiar positiva. O tratamento em geral envolve dieta e agentes hipoglicemiantes orais, sem necessidade do uso de insulina, que, se necessário, deve ocorrer pelo menos cinco anos após o diagnóstico para configurar que não há dependência como no DM 1.
Na categoria "outros tipos de DM", destaca-se o Maturity Onset Diabetes of the Young (MODY), um subtipo que acomete indivíduos abaixo dos 25 anos, não obesos, sendo caracterizado por defeito na secreção de insulina, mas sem provocar dependência da mesma. Apresenta herança autossômica dominante, envolvendo, portanto, várias gerações de uma mesma família7,12. Existem seis subtipos de MODY, classificadosde acordo com a mutação genética identificada: MODY 1 (mutação no gene do fator de transcrição hepático HNF-4α); MODY 2 (mutação no gene da glicoquinase); MODY 3 (mutação do HNF-1α); MODY 4 (mutação no insulin promoter factor -IPF); MODY 5 (HNF-1β) e MODY 6 (mutação no Neuro D1). Os tipos mais comuns são os MODYs 2 e 3, sendo os demais bastante raros12.
Ao contrário do MODY, que representa tipicamente um padrão de DM monogênico, o DM tipo 2 tem herança poligênica, ainda não completamente definida. A patogênese do DM tipo 2 é complexa e envolve a interação entre a genética e fatores ambientais, entre esses especialmente a obesidade proveniente do sedentarismo e ingestão alimentar excessiva. Em relação à genética do DM 2, alguns genes têm sido confirmados, como os genes da calpaína-10, PPARγ2 e Kir6.2, especialmente se combinados, mas ainda é necessário avançar-se mais na elucidação do papel desses e de outros genes13. O DM tipo 1, mesmo dentro do subtipo autoimune tipo 1A, é também uma doença heterogênea e vários padrões de herança monogênica (associados à poliendocrinopatia autoimune) já foram definidos. No entanto, a maioria dos genes que promovem a suscetibilidade genética no tipo 1 ainda têm de ser identificados.
Apesar da classificação do DM definir essas e outras categorias por meio de características peculiares, pode existir uma sobreposição de quadros clínicos, principalmente no DM que inicia no adulto jovem. Muitas vezes é difícil distinguir um subtipo de outro com base em dados clínicos apenas, principalmente o DM tipo 1 do MODY e do DM 2 de início precoce, sendo este cada vez mais frequente devido ao aumento da prevalência de obesidade e síndrome metabólica nas sociedades ocidentais. Além disso, algumas formas de DM identificados nas últimas décadas, intermediários aos tipos 1 e 2, não se encaixam na classificação da ADA e OMS, tendo particularidades em sua história natural e necessidade de tratamento com insulina. Um exemplo é o DM propenso à cetose, descrito recentemente11.
Assim, esquemas complementares de classificação têm sido propostos, empregando a presença da autoimunidade (anticorpos) e dos índices de função de célula β (peptídeo-C) capazes de, não só definir a patogênese e a nomenclatura mais específicas, mas sugerir formas de tratamento mais adequadas. A classificação Aβ(A=anticorpos e β=função ilhota) tem sido proposta com o intuito de complementar a classificação tradicional da ADA para os tipos propensos à cetose, sem ser contraditória a ela. A presença de anticorpos é definida como "A+" e a preservação da função pancreática por "β+". Mantém-se o desdobramento dos casos de "DM tipo 1" da ADA em dois subgrupos (Tipo 1 A e 1 B, respectivamente com ou sem anticorpos e ambos sem produção de insulina) e aplica-se essa subdivisão aos "DM tipo 2", que implicaria em ter reserva de insulina, com ou sem a presença de anticorpos. Essa proposta baseia-se no reconhecimento de síndromes heterogêneas de DM que têm sido identificadas e acompanhadas em coortes. Através de comparação com outras classificações, ela tem-se mostrado mais acurada e preditiva de desfechos importantes, como controle glicêmico e dependência de insulina, assim como em identificar novas causas de disfunção de célula beta, com perfil molecular e bioquímico distintos dos já descritos11.
O objetivo desta revisão é analisar o desempenho dos índices que avaliam autoimunidade e secreção de insulina para classificar o DM e descrever em detalhes os subtipos gerados pela classificação.
SINTOMAS: Os diabéticos tipo 2 podem não apresentar sintomas durante anos ou décadas antes de ser diagnosticada. Os sintomas podem ser sutis. O aumento da micção e da sede no início é moderado, embora piorem gradualmente após várias semanas ou meses. A pessoa acaba se sentindo extremamente cansada, tendo mais probabilidade de desenvolver visão turva e podendo ficar desidratada.
Normalmente, as pessoas com diabetes tipo 2 não apresentam sintomas no início, podendo ter a doença assintomático por muito anos. Os primeiros sintomas de diabetes tipo 2 podem ser:
· Infecções frequentes. Alguns exemplos são bexiga, rins, pele e infecções de pele
· Feridas que demoram a cicatrizar
· Alteração visual (visão embaçada)
· Formigamento nos pés e furúnculos
· Vontade de urinar diversas vezes
· Fome frequente
· Sede constante.
TRATAMENTO: 
Exercícios físicos:A atividade física é essencial no tratamento do diabetes tipo 2, pois ela ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue controlados e no emagrecimento. A prática de exercícios deve ser realizada pelo menos três vezes na semana. Caso o diabetes tipo 2 esteja descontrolado, com glicemia muito elevada, o exercício pode causar a liberação de hormônios contrarreguladores, aumentando mais ainda a glicemia – por isso, é importante visitar o seu médico e sempre fazer a medicação da glicemia antes de iniciar uma atividade física. 
Controle da dieta
Pessoas com diabetes tipo 2 devem limitar os açúcares presentes nos doces e carboidratos simples, como massas e pães, pois eles possuem um índice glicêmico muito alto. Quando um alimento tem o índice glicêmico baixo, ele retarda a absorção da glicose, que não se concentra no sangue. Mas, quando o índice é alto, esta absorção é rápida e acelera o aumento das taxas de glicose no sangue, gerando uma hiperglicemia. Os carboidratos devem constituir de 50 a 60% das calorias totais ingeridas pela pessoa com diabetes, preferindo-se os carboidratos complexos (castanhas, nozes, grãos integrais) que serão absorvidos mais lentamente. Também é importante que a dieta do portador de diabetes tipo 2 seja balanceada, cortando os excessos de gordura e priorizando o consumo de frutas e vegetais.
Verificar a glicemia
Alguns portadores de diabetes tipo 2 precisam fazer as medições regulares de insulina, alguns diariamente. Para fazer essa medida é necessário ter em casa um glicosímetro, dispositivo capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue. 
Maneire no consumo de bebidas alcoólicas
O consumo de álcool não é proibido para quem tem diabetes tipo 2, mas deve ser moderado e sempre acompanhado de um alimento, pois o consumo isolado pode causar hipoglicemia. O que pode causar enjoo, tremores pelo corpo, fome excessiva, irritação e dores de cabeça. Também é importante fazer o monitoramento de glicemia antes e depois de consumir bebidas alcoólicas.
Evite saunas e escalda pés
O diabetes tipo 2 afeta a microcirculação, lesionando as pequenas artérias (arteríolas) que nutrem os tecidos, que atingem especialmente as pernas e os pés. Em função desta alteração circulatória, os riscos de exposição às altas temperaturas e aos choques térmicos podem agravar ou desencadear quadros de angiopatias e outros problemas cardíacos. Além disso, o diabetes afeta a sensibilidade dos pés, e a pessoa pode não perceber a água muito quente ao fazer escalda pés.
Aumente os cuidados com os olhos
As células da retina do paciente com diabetes tipo 2 pode apresentar diferenças que não se encontram na maioria daqueles que não tem diabetes.
Controle o estresse
Pessoas com diabetes têm maiores chances de ter ansiedade e depressão. Os pacientes podem sentir uma sensação de ansiedade em relação ao controle da hipoglicemia, da aplicação de insulina, ou com o ganho de peso.
Corte o cigarro
Diabetes e cigarro multiplicam em até cinco vezes o risco de infarto. As substâncias presentes no cigarro ajudam a criar acúmulos de gordura nas artérias, bloqueando a circulação. Consequentemente, o fluxo sanguíneo fica mais e mais lento, até o momento em que a artéria entope. Além disso, fumar também contribui para a hipertensão no paciente com diabetes tipo 2.
Cuide da saúde bucal
A higiene bucal após cada refeição para o paciente com diabetes é fundamental. Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias. Por ser uma via de entrada de alimentos, a boca acaba também recebe diversos corpos estranhos que, somados ao acúmulo de restos de comida, favorecema proliferação de bactérias. Realizar uma boa escovação e ir ao dentista uma vez a cada seis meses é essencial.
Cuide das comorbidades
No geral, o diabetes tipo 2 vem acompanhados de outros problemas, como obesidade e sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados e hipertensão. Dessa forma, é importante consultar seu médico e cuidar também dessas outras doenças e problemas que podem aparecer junto com o diabetes tipo 2. Dessa forma, você garante a sua saúde e consegue controlar todas as doenças com mais segurança.
Medicamentos tipo 2
· Inibidores da alfaglicosidase: são medicamentos que retardam a digestão e absorção de carboidratos no intestino. Os carboidratos vão determinar o aumento da glicose no sangue, então ao bloquear a absorção pretende-se evitar que o carboidrato que foi ingerido cause aumento da glicemia. Seu principal uso é no controle do aumento da glicose após as refeições. No Brasil, temos disponível o medicamento acarbose, via oral.
· Biguanidas: a principal representante dessa classe é a metformina, via oral. A metformina reduz a produção hepática de glicose e combate a resistência à insulina e não causa hipoglicemia. Pelo seu efeito de agir diretamente na causa do diabetes tipo 2, que é a resistência insulínica, é o primeiro medicamento a ser pensado para começar o tratamento do diabetes tipo 2. Pode causar intolerância gastrointestinal e existem opções de comprimidos com liberação lenta que podem ser utilizados naqueles pacientes que apresentam intolerância gastrointestinal.
· Sulfonilureias: Estimulam a produção pancreática de insulina pelas células beta do pâncreas, mas podem causar hipoglicemia. São representantes mais conhecidos e utilizados desta classe: glibenclamida, gliclazida e glimepirida, todos via oral.
· Tiazolidinedionas: São medicamentos que agem dentro do núcleo celular, em um receptor chamado ppar-gama. Os efeitos dessa ativação incluem a redução da resistência insulínica, principalmente no músculo e tecido adiposo, agindo então na causa do diabetes tipo 2. Existem um representante da classe: pioglitazona, via oral. Ele pode gerar aumento de peso.
· Inibidores enzima DPP-4: sitagliptina, vildagliptina, saxagliptina, alogliptina e linagliptina são alguns medicamentos desta nova classe, todos ministrados via oral. O nosso intestino libera um peptídeo chamado GLP-1 imediatamente após a alimentação. A função do GLP-1 é estimular a liberação de insulina, diminuir a produção da glicose no fígado e aumentar a sensibilidade à insulina, dentro outras funções. O GLP-1 é rapidamente degradado pela enzima DPP-4, então esses medicamentos bloqueiam a DPP-4 e aumentam a ação do GLP-1. Por estimular a secreção de insulina, o GLP-1 é chamado de “incretina”.
· Inibidores do SGLT-2: dapagliflozina, empagliflozina e canagliflozina são medicamentos desta classe, todos ministrados via oral. Atuam através de uma maior excreção de glicose pela urina.
· Glinidas: repaglinida, via oral. Age também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas, mas diferentemente das sulfoniluréias, seu efeito é mais rápido. Além disso, o efeito das glinidas é dependente da glicose, logo o efeito será maior quanto maior for a glicose. A redução da hemoglobina glicada é de 0,5 a 1,5%.
· Injetáveis: Para o tratamento do diabetes tipo 2 existe uma classe de medicamentos chamada análogos do GLP-1, que é injetável. O exenatide é um análogo sintético do GLP-1, o hormônio que estimula o pâncreas a produzir insulina. Foi o primeiro análogo a ser comercializado e quando adicionado ao tratamento dos pacientes que já utilizavam metformina e sulfoniluréias, levou à uma redução adicional de 1,1% da hemoglobina glicada. O liraglutide é um análogo de GLP-1, aplicado uma vez ao dia e quando usado no tratamento de pacientes com diabetes apresentou melhora do controle glicêmico e redução do peso corporal.
Cirurgia Metabólica
A cirurgia metabólica é uma variante da cirurgia bariátrica, mas focada no tratamento do diabetes tipo 2 e em condições de saúde que acompanham a doença, como hipertensão, colesterol e triglicérides elevados. O princípio da cirurgia metabólica é promover mudanças no estômago e/ou no percurso do alimento no intestino, que provocam alterações em hormônios que controlam o metabolismo, a secreção de insulina, a saciedade e o gasto de energia.
Além das alterações dos hormônios intestinais, a perda de peso e a diminuição da ingestão de alimentos facilitam a ação da insulina, diminuindo a resistência do organismo, caracterizada pela diabetes tipo 2.
Diferentes técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas, mas o método mais comum é o Bypass Gástrico, o mesmo usado no tratamento da obesidade mórbida. Os procedimentos normalmente são feitos por videolaparoscopia, com pequenas incisões, e são bastante seguros. Cerca de 2/3 de diabéticos submetidos a essa cirurgia passam a apresentar níveis normais de açúcar e hemoglobina glicada, mesmo sem tomar remédios ou insulina. Saiba mais sobre a cirurgia metabólica aqui.
Exames: O diagnóstico de diabetes tipo 2 normalmente é feito usando três exames:
Glicemia de jejum
Hemoglobina glicada
Curva glicêmica
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda como critério de diagnóstico de diabetes tipo 2 as seguintes condições:
É importante fazer esses exames regularmente, junto com o seu check-up médico. Isso porque o diabetes tipo 2 pode demorar para apresentar sintomas.
DEFINIÇÃO:
Diabetes insipidus é uma condição em que os rins removem a água do corpo inadequadamente do sistema circulatório.
Existem duas formas de diabetes insípido (ID):
· Diabetes insípido central (ID central)
· Diabetes insípido nefrogênico (NDI): devido a células renais nos rins que não respondem ao ADH
CAUSAS:
O hormônio antidiurético (ADH) controla a quantidade de água que é reabsorvida pelos rins. O ADH ocorre no hipotálamo do cérebro. A glândula pituitária, localizada na base do cérebro, armazena e libera o ADH. O DI central ocorre quando o hipotálamo não produz ADH suficiente. DIN ocorre quando o rim não responde ao ADH.
Alguns diabetes insipidus são causados ​​por problemas genéticos que causam DIN ou DI central. Outros podem se desenvolver após uma lesão ou doença.
Glândula pituitária
FATORES DE RISCO:
Fatores que podem aumentar o risco de diabetes insípido incluem:
· Danos ao hipotálamo ou hipófise devido a cirurgia, infecção, tumor ou traumatismo craniano.
· Certas condições (por exemplo, sarcoidose,tuberculose,granulomatose com poliangiite).
· Certos medicamentos (por exemplo, lítio): a causa mais comum de diabetes insípido.
· Nefropatia (por exemplo, doença renal policística ).
· Desnutrição proteica
· Certas condições (por exemplo, hipercalcemia, hipocalemia).
SINTOMAS:
· Aumento da micção, especialmente durante a noite.
· Sede excessiva
· Desidratação (aumento da freqüência cardíaca, pele seca e boca).
DIAGNÓSTICOS:
O médico perguntará sobre seus sintomas e histórico médico. Um exame físico pode ser realizado.
Os testes podem incluir:
· Análise de sangue
· Níveis de eletrólito
· Testes de função renal
· Níveis de ADH
· Açúcar no sangue para detectar diabetes mellitus
· Análise de urina
· Gravidade ou osmolalidade específica da urina (mede a concentração ou diluição da urina)
· Análise do volume de urina para ver quanto de urina é produzida
· Teste de escassez de água
· Só é feito sob supervisão médica
· Produção de urina medida durante um período de 24 horas
· Ressonância magnética nuclear (RMN) da cabeça: se houver suspeita de ID central.
TRATAMENTO:Pergunte ao seu médico qual é o melhor plano para você. O médico irá trabalhar com você para tratar a causa subjacente.
O tratamento pode incluir:
· Para o DI central: tome uma forma sintética de ADH
· Para DIN: siga uma dieta baixa em sódio, beba bastante água, tome um diurético (comprimido de água).
Outros tipos específicos de diabetes:
Na medida em que têm sido elucidados os processos de patogênese do diabetes, tanto em relação a marcadores genéticos como aos mecanismos de doença, tem crescido o número de tipos distintos de diabetes, permitindouma classificação mais específica e definitiva. Portanto, novas categorias têm sido acrescidas à lista de tipos específicos de diabetes, incluindo defeitos genéticos da célula beta e da ação da insulina, processos de doenças que danificam o pâncreas, diabetes relacionado a outras endocrinopatias e os casos decorrentes do uso de medicamentos.
Recentemente, tem-se dado ênfase a 2 categorias de tipos específicos de diabetes: diabetes do adulto de início no jovem (Maturity Onset Diabetes of the Young - MODY) e diabetes de origem mitocondrial. O tipo MODY engloba um grupo heterogêneo de diabetes sem predisposição para a cetoacidose e sem obesidade, com hiperglicemia leve, com início antes dos 25 anos de idade e com várias gerações de familiares com diabetes, configurando uma herança autossômica dominante. Usualmente, estes pacientes apresentam um defeito de secreção de insulina relacionado a mutações em genes específicos. Estima-se que este tipo de diabetes seja responsável por cerca de 1 a 5% dos casos de diabetes. O diabetes de origem mitocondrial ou diabetes com surdez e herança materna caracteriza-se por ocorrer em indivíduos jovens e sem obesidade. Inicialmente a hiperglicemia é leve e pode progredir lentamente para graus mais avançados que necessitam emprego de insulina. Ocorre devido a uma mutação do DNA mitocondrial interferindo com a produção de energia. Os pacientes usualmente apresentam surdez neurossensorial e distrofia macular e menos freqüentemente pode haver miopatia, cardiomiopatia e doença renal.
02- 
Insulina: A insulina é um hormônio que é liberado a partir de células beta no pâncreas, e permite ao corpo a usar a glicose para obter energia. A insulina é importante para manter os níveis de açúcar no sangue fique muito baixo ou muito alto. Depois de comer uma refeição e o nível de seu sangue ascensões do açúcar, as células beta são sinalizadas para liberar a insulina no sangue.
Então, que atribui às células para ajudar com a absorção de açúcar do sangue. A insulina é muitas vezes referida como uma “chave” que emitido para desbloquear as células para permitir a conversão de açúcar de modo que pode ser usado como energia.
O glucagon: Produzido pelas alfa dos ilhéus ou células do pâncreas, o glucagon é utilizado para controlar a produção de glicose e cetona no fígado. Esse hormônio é liberado entre as refeições e durante a noite, e é essencial na manutenção do equilíbrio de combustível e os níveis de açúcar no corpo. O glucagon vai sinalizar o fígado quando é hora de quebrar glicogênio e amido lojas, e que também irá ajudar a formar novas unidades de cetonas e glicose a partir de outras substâncias.
Amylin: é um hormônio que é liberado a partir de células beta juntamente com insulina. Esta hormona atua diminuindo os níveis de glucagon do corpo, que, em seguida, diminui a produção de glicose no fígado e atrasa a taxa de alimentação que se esvazia do estômago. Isso fará com que seu cérebro se sentir como se ele está cheio e satisfeito após uma refeição. O efeito global da amilina é o de reduzir a produção de açúcar pelo fígado durante as refeições, de modo que impede que os níveis de glicose no sangue fiquem muito altos.
Epinefrina: Também é conhecida como a adrenalina, e ele é liberado pelas glândulas supra-renais e terminações nervosas para estimular o fígado a produzir açúcar. A adrenalina também promove a liberação e quebra de nutrientes de gordura que irão viajar para o fígado para ser convertida em cetonas e açúcar
Cortisol: O cortisol é um tipo de hormona esteróide que é secretada a partir da glândula adrenal do corpo. Ele funciona para tornar as células musculares e gordas resistentes à ação da insulina, e que também aumenta a produção de glicose no fígado. Cortisol irá contrabalançar a ação da insulina, mas sob stress, os níveis de cortisol podem aumentar até o ponto onde você se torna resistente à insulina. Para as pessoas com diabetes tipo 1, o que exigirá insulina extra, a fim de controlar os seus níveis de açúcar no sangue.
Hormônio do Crescimento: A hormona de crescimento é libertada a partir da glândula pituitária do cérebro, e funciona de forma semelhante ao cortisol. O hormônio do crescimento vai trabalhar para contrabalançar o efeito da insulina nas células musculares e adiposas. No entanto, quando os níveis de hormona de crescimento são demasiado elevados, resistência à insulina pode resultar.
03- 
• Triagem de diabetes tipo 2 em jovens:
 As recomendações atualizadas enfatizam que os testes de pré-diabetes e de diabetes tipo 2 devem ser considerados em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos com excesso de peso ou obesidade (IMC>85% para idade e sexo, peso para altura >85% ou peso >120% do ideal para a altura) e tem um ou mais fatores de risco adicionais para diabetes, tais como: 1. história materna de diabetes ou diabetes gestacional durante a gestação da criança; 2. história familiar de diabetes tipo 2 em parentes de primeiro ou segundo grau; 3. raça/etnia (nativo americano, afro-americano, latino, asiático-americano, insular do Pacífi co); 4. sinais de resistência à insulina ou condições associadas à resistência à insulina (acantose nigricans, hipertensão, dislipidemia, síndrome dos ovários policísticos ou peso baixo ao nascimento).
• Tecnologia da saúde e gestão do diabetes 
• A ADA recomenda a inclusão de métodos baseados em tecnologia, juntamente com confi gurações individuais e grupais para ações de educação e suporte de autogestão em diabetes. 
• À medida que a tecnologia contínua de monitoramento de glicose (CGM) permanece evoluindo, a ADA ajustou suas recomendações para alinhar com dados recentes, mostrando que CGM ajuda a melhorar o controle glicêmico para adultos com diabetes tipo 1 a partir dos 18 anos de idade.
• Considerações sobre o teste de A1C 
• Foi utilizada uma linguagem e recomendações adicionais para ajudar a garantir o uso adequado do teste de A1C para diagnosticar diabetes e monitorar o controle glicêmico em pessoas com diabetes. O teste de A1C pode dar resultados distorcidos em pessoas com certos traços genéticos que alteram as moléculas em seus glóbulos vermelhos. A ADA enfatiza que os prestadores de cuidados de saúde precisam estar cientes dessas limitações, 8 usar o tipo correto de teste de A1C e considerar testes de diagnóstico alternativos (teste de glicemia plasmática em jejum ou teste de tolerância oral à glicose) se houver desacordo entre A1C e níveis de glicemia.
• Gestão do diabetes em grupos específi cos 
• Três novas recomendações foram adicionadas para destacar a importância da terapia farmacológica individualizadora para adultos mais velhos com diabetes para reduzir o risco de hipoglicemia, evitar o tratamento excessivo e simplifi car os regimes complexos, mantendo metas de glicose no sangue personalizadas. 
• Uma nova orientação recomenda que todas as mulheres grávidas com diabetes tipo 1 ou tipo 2 pré-existente considerem o ácido acetilsalicílico diário de baixa dose (81 mg/dia) a partir do fi nal do primeiro trimestre, a fi m de reduzir o risco de pré-eclâmpsia.
• Atenção centrada no paciente e reconhecimento do impacto do custo de atendimento 
• Uma nova tabela resume os fatores específi cos de drogas que podem afetar o tratamento de pacientes com diabetes. A tabela inclui as considerações mais relevantes, tais como risco de hipoglicemia, efeitos de peso, efeitos renais e custos para todos os medicamentos preferidos para o diabetes, para orientar a escolha de agentes anti-hiperglicêmicos como parte da tomada de decisão compartilhada pelo paciente. 
• As diretrizes recomendam maior conscientização e seleção de determinantes sociais da saúde, como a capacidade fi nanceira de pagar medicação, acesso a alimentos saudáveis e apoio comunitário.
• Outras atualizações importantes 
• As necessidades de vacinação para pessoas com diabetes foram esclarecidas e atualizadas.
• Uma nova seção descreve evidências emergentes de que medicamentos específi cos para baixar a glicose atrasam o aparecimento e a progressão da doençarenal. 
• Uma tabela que destaca os componentes de uma avaliação médica abrangente foi redesenhada e reorganizada
• Triagem e teste para diabetes tipo 2 e pré-diabetes em adultos assintomáticos – ADA 20182 Triagem para pré-diabetes e diabetes tipo 2 por meio de uma avaliação informal de fatores de risco, tal como o teste de risco de diabetes proposto pela ADA, é recomendada para orientar os profi ssionais de saúde para que decidam sobre a realização ou não de testes diagnósticos confi rmatórios. O pré-diabetes e o diabetes tipo 2 preenchem os critérios para a caracterização de condições nas quais a detecção precoce é apropriada. Ambas as condições são comuns e impõem uma pressão signifi cante do ponto de vista clínico e de saúde pública. Muitas vezes há um longo período de pré-sintomatização, como fase anterior do diagnóstico de diabetes tipo 2. Testes simples para detectar a doença pré-clínica estão prontamente disponíveis. A duração da carga glicêmica é um forte preditor de desfechos adversos. Existem intervenções efetivas que podem prevenir a condição de pré-diabetes para diabetes e reduzir o risco de complicações do diabetes. 
04- Para tratar o diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece medicamentos de graça. São seis medicamentos financiados pelo Ministério da Saúde e liberados nas farmácias credenciadas.
Além disso, os pacientes portadores da doença são acompanhados pela Atenção Básica e a obtenção do medicamento para o tratamento tem sido fundamental para reduzir os desfechos mais graves da doença.
Desta forma, os doentes têm assegurado gratuitamente o tratamento integral no Sistema Único de Saúde, que fornece à população as insulinas humana NPH – suspensão injetável 1 e insulina humana regular, além de outros três medicamentos que ajudam a controlar o índice de glicose no sangue: Glibenclamida, Metformida e Glicazida.
Em março de 2017, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) incorporou ao SUS duas novas tecnologias para o tratamento do diabetes.
· A caneta para injeção de insulina, para proporcionar a melhor comodidade na aplicação, facilidade de transporte, armazenamento e manuseio e maior assertividade no ajuste da dosagem;
· Insulina análoga de ação rápida, que são insulinas semelhantes às insulinas humanas, porém com pequenas alterações nas moléculas, que foram feitas para modificar a maneira como as insulinas agem no organismo humano, especialmente em relação ao tempo para início de ação e duração do efeito. 
 Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica,  atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas.
Para monitoramento do índice glicêmico, também está disponível nas Unidades Básicas de Saúde reagentes e seringas. O programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas.
http://www.scielo.br/pdf/bjps/v45n1/05.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt2583_10_10_2007.html
I - MEDICAMENTOS:
a) glibenclamida5 mg comprimido;
b) cloridrato de metformina 500 mg e 850 mg comprimido;
c) glicazida 80 mg comprimido;
d) insulina humana NPH - suspensão injetável 100 UI/mL; e
e) insulina humana regular - suspensão injetável 100 UI/mL.
II - INSUMOS:
a) seringas com agulha acoplada para aplicação de insulina;
b) tiras reagentes de medida de glicemia capilar; e
c) lancetas para punção digital.
Art. 2º Os insumos do inciso II do artigo 1º devem ser disponibilizados aos usuários do SUS, portadores de diabetes mellitus insulinodependentes e que estejam cadastrados no cartão SUS e/ou no Programa de Hipertensão e Diabetes – Hiperdia.
§ 1º As tiras reagentes de medida de glicemia capilar serão fornecidas mediante a disponibilidade de aparelhos medidores (glicosímetros).
§ 2º A prescrição para o automonitoramento será feita a critério da Equipe de Saúde responsável pelo acompanhamento do usuário portador de diabetes mellitus, observadas as normas estabelecidas no Anexo a esta Portaria.
§ 3º O fornecimento de seringas e agulhas para administração de insulina deve seguir o protocolo estabelecido para o manejo e tratamento do diabetes mellitus contido no nº 16 da série “Cadernos da Atenção Básica – Ministério da Saúde, disponível em versões impressa e eletrônica no endereço http://dtr2004.saude.gov.br/dab/documentos/cadernos_ab/documentos/abcad16.pdf”.
Art. 3º Os usuários portadores de diabetes mellitus insulinodependentes devem estar inscritos nos Programas de Educação para Diabéticos, promovidos pelas unidades de saúde do SUS, executados conforme descrito:
I - a participação de portadores de diabetes mellitus pressupõe vínculo com a unidade de saúde do SUS responsável pela oferta do Programa de Educação, que deve estar inserido no processo terapêutico individual e coletivo, incluindo acompanhamento clínico e seguimento terapêutico, formalizados por meio dos devidos registros em prontuário;
II - as ações programáticas abordarão componentes do cuidado clínico, incluindo a promoção da saúde, o gerenciamento do cuidado e as atualizações técnicas relativas a diabetes mellitus;
III - as ações devem ter como objetivos o desenvolvimento da autonomia para o autocuidado, a construção de habilidades e o desenvolvimento de atitudes que conduzam à contínua melhoria do controle sobre a doença, objetivando o progressivo aumento da qualidade de vida e a redução das complicações do diabetes mellitus.
Art. 4º A aquisição, a distribuição, a dispensação e o financiamento dos medicamentos e insumos de que trata esta Portaria são de responsabilidade da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, conforme pactuação Tripartite e as normas do Componente Básico da Assistência Farmacêutica.
5) Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo: https://diretrizes.amb.org.br/ans/hipotireoidismo-diagnostico.pdf
INTRODUÇÃO
Hipotireoidismo é definido como um estado clínico resultante de quantidade insuficiente de hormônios circulantes da glândula tireoide para suprir uma função orgânica normal. A forma mais prevalente é a doença tireoidiana primária, denominada de hipotireoidismo primário e ocasionado por uma falência da própria glândula, mas também pode ocorrer hipotireoidismo devido a doença hipotalâmica ou hipofisária (denominado hipotireoidismo central)1(D).
As principais etiologias do hipotireoidismo primário são: doença autoimune da tireoide, também denominada de Tireoidite de Hashimoto (caracterizada pela presença de autoanticorpos), deficiência de iodo, redução do tecido tireoidiano por iodo radioativo ou por cirurgia usada no tratamento de Doença de Graves ou do câncer da tireoide. Raramente a etiologia é relacionada a doença infiltrativa ou infecciosa da tireoide2(B).
O hipotireoidismo central ocorre por estímulo insuficiente da glândula tireoide pelo TSH, por prejuízo na secreção ou função do hipotálamo (hipotireoidismo terciário) ou hipófise (hipotireoidismo secundário). A clínica do hipotireoidismo central é menos exuberante que a do primário3(D).
O hipotireoidismo subclínico, também denominado de doença tireoidiana mínima, é diagnosticado quando os níveis de hormônios tireoidianos estão dentro do valor de referência do laboratório, embora o hormônio estimulante da tireoide (TSH) esteja elevado4(B). Não existe na literatura nível de TSH definido para o diagnóstico de hipotireoidismo subclínico. Pode representar uma falência inicial da glândula tireoide, principalmente por tireoidite autoimune e pode ocorrer na ausência de sintomas2(B).
1. QUANDO SUSPEITAR DE HIPOTIREOIDISMO?
Os sintomas clínicos do hipotireoidismo primário, geralmente por doença autoimune, evoluem de maneira insidiosa ao longo de vários anos5(B). O seguimento do TSH elevado apresenta risco de desenvolvimento de hipotireoidismo em mulheres, com OR de 8 (IC 95% 3-20)e, em homens, com OR de 44 (IC 95% 19-109). O seguimento feito por presença de anticorpo antimicrossomal positivo apresenta risco de desenvolvimento de hipotireoidismo em mulheres, com OR de 8 (IC 95% 5-15) e, em homens, de 25 (IC 95% 10-63). Quando o seguimento é feito em pacientes que apresentam conjuntamente TSH elevado e anticorpo antimicrossomal positivo, encontramos risco de desenvolvimento de hipotireoidismo em mulheres, com OR de 38 (IC 95% 22-65) e, em homens, OR de 173 (IC 95% 81-370)5(B).
As manifestações clínicas se distribuem numa ampla gama de sinais e sintomas (Tabela 1), que podem se apresentar isoladamente ou em combinações e intensidade diversas6(B). Sinal clínico com importante valor diagnóstico no hipotireoidismo é a alteração do reflexo de Aquiles6(B). Os sintomas referidos pelos indivíduos idosos, faixa etária de maior incidência, merecem ser valorizados7(A)8(B). Mulheres em idade fértil que apresentam sintomas de distúrbio menstrual e de infertilidade devem ser investigadas bioquimicamente para hipotireoidismo9(C), assim como todos pacientes com hipercolesterolemia10(A).
Pelo fato de que muitos dos sintomas no hipotireoidismo, principalmente na fase inicial da doença, são queixas comuns (por exemplo, como fadiga, cansaço, pele seca, ganho de peso), mesmo em indivíduos eutireoidianos, a alteração da função tireoidiana só pode ser confirmada pela dosagem de TSH8(B).
Recomendação Devem ser investigados bioquimicamente para hipotireoidismo todos os pacientes que apresentam isoladamente ou em combinação as manifestações citadas no quadro clínico, além de mulheres com distúrbios menstruais e de infertilidade e portadores de hipercolesterolemia.
Cansaço/Fadiga/Exaustão, Sonolência, Perda de concentração/memória, Intolerância ao frio, Constipação, Depressão, Ganho de peso, Aumento de volume da tireóide, Menstruação irregular, Síndrome do tunel do carpo, Déficit de audição, Pele seca, Unhas quebradiças, Edema palpebral/ pretibial não compressivo, Bradicardia, Pressão alta, Alteração do reflexo de Aquiles.
O TSH É O EXAME INDICADO PARA O DIAGNÓSTICO DE HIPOTIREOIDISMO?
O TSH é o exame de escolha utilizado no rastreamento para disfunção tireoidiana. É possível detectar alterações mínimas ou subclínicas de deficiência de hormônios tireoidianos com a dosagem sérica do TSH19(B). Apresenta sensibilidade de 62% (IC 95% de 60-63), especificidade de 97% (IC 95% de 97-98), valor preditivo positivo de 81% (IC 95% 80-83) e valor preditivo negativo de 93% (IC 95% de 93-94), razão de verossimilhança positiva de 23,68 (IC 95% de 21,76 25,77), razão de verossimilhança negativa de 0,39 (IC 95% de 0,38 – 0,41). Com a prevalência pré-teste de 15%, chega-se à probabilidade pós-teste positivo de 81%. Assim, por ser maior que 75%, não necessitamos de outro exame e pode confirmar a disfunção tireoidiana19(B).
A ULTRASSONOGRAFIA DEVE FAZER PARTE DOS EXAMES DIAGNÓSTICOS DE HIPOTIREIODISMO ?
A ultrassonografia, tanto a convencional (US) quanto o ultrassonografia com Doppler (US/Doppler), tem sido desenvolvida como método simples, não-invasivo, reprodutível e com alta sensibilidade para o diagnóstico das doenças da tireoide43(B).
http://www.tireoide.org.br/obesidade-e-hipotireoidismo/
Os consultores do Departamento explicam que o ganho de peso é normal devido ao metabolismo desacelerado. Mas, segundo eles, a disfunção não engorda. O que engorda é a comida. O hipotireoidismo pode ajudar a aumentar o peso porque o paciente gasta menos energia. Mas, se balancear a ingestão de alimentos, a tendência é não ganhar peso ou a alteração ser irrelevante. Por isso, os médicos afirmam que não se deve associar o hipotireoidismo a obesidade.
O ganho de peso é mais comum em pacientes que não estão em tratamento. Uma vez em acompanhamento e com uma alimentação saudável, a tendência é os quilos adquiridos desaparecem. “O hipotireoidismo pode dificultar o ganho de peso, embora seja menos comum fazer a pessoa engordar. A relação da doença com a obesidade é pequena, acontece em poucos casos. O ganho de peso não é tão grande porque se retém mais polissacarídeos (carboidratos), não gordura. O ganho de peso é devido a hábitos alimentares inadequados”, disse Dr. Mario Vaisman, membro do Departamento

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