Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Curativos Ferida 1° intenção – fechada por sutura ou grampos logo após a incisão; cicatrização mais bonita Ferida 2° intenção – há perda de tecido interior; o fechamento não é possível por 1° intenção (diâmetro muito largo, perda de sutura por 1° intenção; lesão com contaminação; forma uma cicatriz mais irregular Ferida 3° intenção – para auxiliar na cicatrização, faz- se uma sutura quando a cicatriz já começou a ser formada Avaliação da ferida Vermelha: um novo epitélio vai começar a crescer no local; há tecido de granulação; há a necessidade de estar úmido, protegendo os tecidos e prevenindo a infecção. Amarela: esfacela; apesar de amarelado, nem sempre é contaminado. Há um exsudato fibroso e é um tecido desvitalizado, impedindo a cicatrização. Debridamento químico ou cirúrgico Preta: necrose; não recebe sangue; há formação de escara espessa, necessitando debridamento cirúrgico – é essencial para a cicatrização Curativo ideal Importante para a cicatrização das feridas Impacta na cicatrização, velocidade, na força e na função da pele reparada e na aparência estética da ferida Nenhum curativo é perfeito para todas as feridas Avaliação individual e ao longo do tempo, pois as necessidades da ferida mudam Técnica: Limpeza – jato de soro fisiológico com a agulha rosa; Desbridamento – colagenase (químico) ou cirúrgico o Primeiro passo em feridas agudas com tecido desvitalizado, com contaminação ou material de sutura residual o Esses materiais impedem a tentativa de cicatrização estimulando a produção de metaloproteases anormais e consumindo os fatores locais necessários para a cura o Nas feridas crônicas fatores que impedem uma resposta celular adequada aos estímulos de cicatrização incluem acúmulo de tecido desvitalizado, diminuição da angiogênese, tecido hiperceratótico, exsudato e formação de biofilme (ou seja, crescimento bacteriano na superfície da ferida) – portanto, as feridas precisam de debridamento serial planejado para restaurar um ambiente ideal de cicatrização Cobertura 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Tipos de Debridamento Debridamento por irrigação leito na ferida: irrigação com fluido (água ou soro) para diminuir a carga bacteriana e remover o material solto; a irrigação de baixa pressão usando uma seringa é geralmente adequada para a maioria das feridas; Desbridamento cirúrgico: bisturi ou outros instrumentos para remover tecido desvitalizado e detritos (biofilme); diminui a carga bacteriana e estimula a contração e a epitelização da ferida; em pacientes com isquemia crônica, o desbridamento cirúrgico deve ser associado à revascularização para ter sucesso Desbridamento enzimático: colagenase pode promover a migração de células endoteliais e queratinócitos, estimulando a angiogênese e a epitelização. Pacientes que necessitam de desbridamento mas não são candidatos a cirurgia Papaína (tabela) – concentrações dependem da extensão da ferida e também do estágio; maior concentração = necrose Desbridamento biológico terapia com larvas: ponte entre o biológico e cirúrgico; pacientes que não podem realizar a cirurgia; as larvas secretam enzimas proteolíticas que liquefazem o tecido necrótico, que é subsequente ingerido enquanto deixa intacto o tecido saudável. Desvantagem: percepções negativas sobre seu uso pelos pacientes e funcionários Tipo de larva mais bem aceita – não é usada no Brasil Terapia tópica Fatores de Crescimento: fatores de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), fator de crescimento de fibroblastos (FGF) e fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSF). São investigados para o uso em úlceras crônicas. Nos EUA – Becaplermin, gel que promove a proliferação e angiogênese Antissépticos e antimicrobianos: alguns curativos já vem com o antisséptico local. Evitar possíveis infecções locais o Povidona iodada 10% – reduz a carga bacteriana dentro da ferida e estimula a cicatrização. Evidências sugerem que seu uso deve ser a curto prazo o Álcool 70%, Clorexidina, peróxido de oxigênio (água oxigenada 1,5%-3%) Terapia a base de prata: sulfadiazina de prata; mais utilizada em grandes queimados, para prevenção de infecção por período curto, máximo 7 dias. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Mel: possui atividade antimicrobiana de amplo espectro – alta osmolaridade e alta concentração de peróxido de hidrogênio; disponíveis como gel, pasta e em curativos adesivos. Cuidados nos diabéticos Tipos de Curativos Gaze tradicional: compactar feridas para ajudar no Desbridamento contínuo do tecido desvitalizado do leito da ferida. Gaze umedecida com solução salina ou água e colocada na ferida e coberta com camadas secas de gaze. Ajuda no debridamento ao remover tecido quando ela seca. São interrompidas quando a granulação estiver ocorrendo Muitos dos materiais usados como curativos tópicos para feridas (espumas, alginatos, hidrogéis) podem ser moldados no formato da ferida e são úteis para a embalagem da ferida. Há pouca evidência clínica para ajudar na escolha entre os diferentes tipos de curativos. A opinião de consenso apoia os seguintes princípios gerais para o tratamento crônico de feridas, mas princípios semelhantes podem ser usados para o tratamento agudo de feridas: Hidrogeis para a fase de desbridamento; curativos de alta aderência para manter a umidade no estágio de granulação; curativos de baixa aderência para a etapa de epitelização Como escolher o tipo de curativo? Principalmente pela umidade e drenagem Um leito de ferida relativamente úmido é benéfico para a cicatrização Umidade excessiva é prejudicial Importância da umidade da ferida Ferimentos ocluídos curam até 40% mais rapidamente do que ferimentos não ocluídos além de apresentarem menor cicatriz O fluido crônico da ferida na cicatrização pode não ser benéfico. Ele contém níveis persistentemente elevados de citocinas inflamatórias, as quais podem inibir a proliferação de fibroblastos. O curativo ideal é: Absorve o fluido excessivo, mantendo um ambiente úmido Protege a ferida de danos Evita invasão ou proliferação bacteriana Está em conformidade com a forma da ferida Elimina o espaço morto/necrótico Não macera o tecido saudável circundante Atinge hemostasia e minimiza o edema Elimina a dor durante as trocas de curativos Minimiza as trocas de curativos É barato e prontamente disponível É transparente para monitorar a aparência da ferida Mais tipos de curativos: Curativo semi-oclusivo: Este tipo de curativo é absorvente, e comumente utilizado em feridas cirúrgicas, drenos, feridas exsudativas, absorvendo o exsudato e isolando-o da pele adjacente saudável. Incluem filmes, espumas, alginatos, hidrocolóides e hidrogéis. Curativo oclusivo: não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica, impede a perda de fluídos, promove isolamento térmico, veda a ferida, a fim de impedir enfisema, e formação de crosta. Curativo compressivo: Utilizado para reduzir o fluxo sanguíneo, promover a estase e ajudar na aproximação das extremidades da lesão. Curativos abertos: São realizados em ferimentos que não há necessidade de serem ocluídos. Feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes pequenos, suturas, escoriações, etc são exemplos deste tipo de curativo. Filmes: são polímeros transparentes autoadesivos, permeáveis a gases e impermeáveis a moléculas maiores, como proteínas e bactérias. Vantagens: capacidade de manter a umidade, re-epitelização rápida, transparente. Desvantagens: não é bom para feridas com muito exsudato; se a ferida secar, podem se aderir Espuma: espuma hidrofílica e um suporte hidrofóbico; alta capacidade de absorção. Precisamser trocadas a cada dia e não são transparentes. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Alginatos: são insolúveis a água, mas formam um gel amorfo que embala e recobre a ferida. Há aumento da hemostasia, diminuição da dor e permanecem no local por diversos dias. Hidrocoloide: gel ou espuma em um transportador de filme de poliuretano autoadesivo. A composição coloide deste curativo retém o exsudato e cria um ambiente úmido – bom para feridas muito secas Hidrogeis: matriz de vários polímeros sintéticos com mais de 95% de água formada em folhas, géis ou espumas. Essas matrizes únicas podem absorver ou doar água. Os Hidrogeis são mais úteis para feridas secas Hidroativo: pouca disponibilidade no Brasil; mantém os fatores de crescimento e as proteínas na ferida. Absorve apenas a água Lesão seca: limpar com soro e com colagenase ou debridamento cirúrgico, hidrogel ou Hidrocoloide Lesão com muito exsudato: limpar com soro fisiológico, espuma ou alginato Lesão muito avermelhada: tecido de granulação = tem sangue e fator de crescimento; curativos com hidrogel (baixa aderência Contenção Antigamente: camisas de força, pacientes amarrados; A contenção é uma medida mecânica para conter o paciente e evitar que ele se machuque e machuque as pessoas ao seu redor Pacientes com doenças mentais, uso de medicamentos ou drogas de agitação Frequentemente adentram o pronto-socorro Indicação de contenção mecânica quando métodos de conversa não são eficazes É o último passo a ser indicado a um paciente o Contenção verbal → química → mecânica Sinais de alerta – paciente agressivo ou agitado Agressividade verbal Punhos e dentes cerrados Movimentação excessiva Tendência a aproximação Inclinação em direção ao interlocutor Volume de voz demasiadamente elevado Alteração da percepção Classificação Distúrbio orgânico para quem as restrições facilitam a avaliação 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Distúrbio psiquiátrico para quem as técnicas verbais são menos eficazes e as restrições facilitam a administração de neurolépticos Transtornos de personalidade para os quais as técnicas verbais não são úteis Tipos de Contenção Contenção verbal Contenção física: com o próprio corpo Contenção mecânica: com faixas específicas pra isso Contenção química: com medicações oral, injetável, etc Técnicas Verbal: conversar, ficar perto de uma porta, ficar longe, dar uma água, não olhar nos olhos o Oferecer um local para sentar o Gestos amigáveis, acolhimento o Comida ou bebida o Necessidades humanas mais básicas – confiança o Oferecer espaço para que ele possa sair facilmente, linguagem simples o Mover-se com cautela, devagar o Mantenha a postura relaxada o Identificar os sentimentos e desejos o Ouça e reafirme o que o paciente disse o Concordar ou concordar em discordar o Estabelecer limites claros – violência ou abuso não podem ser tolerados o Ofereça palavras de otimismo Controle do Ambiente: luz natural, sala grande, sem objetos que ele possa machucar a si próprio ou outra pessoa Eliminar fatores externos: família Quando usar a contenção física? Quando as técnicas verbais não são eficazes Nunca devem ser aplicadas por conveniência ou punição e devem ser removidas o mais rápido possível, geralmente quando a sedação química adequada for alcançada Quando for atingida a química, soltar o paciente Objetivos da contenção física: restringir os movimentos do paciente agressivo/agitado, limitando sua habilidade de movimento quando esse oferece perigo para si e para terceiros, através de dispositivos mecânicos possibilitando, pelo uso das faixas, um relaxamento progressivo, uma diminuição da agressividade/agitação e uma percepção dos limites corporais. Requisitos legais: último recurso a ser utilizado; descrito em prontuário médico e prescrito pelo médico; uma equipe treinada é necessária Indicações da Contenção física Solicitação do próprio paciente quando houver risco de agitação psicomotora Alguns tipos de exames ou tratamentos, para pacientes não colaborativos na manutenção de sondas, cateteres, drenos, curativos. Dano iminente a outras pessoas ou a ele mesmo Interrupção significativa de tratamentos importantes Continuação de um programa eficaz e contínuo de tratamento comportamental Procedimento Escuta e acolhimento Contenção verbal – palavras e outros recursos Avaliar se o paciente está em risco, agitação intensa e agressividade Durante todo o procedimento de contenção, o paciente deve ser esclarecido sobre o que está sendo feito, bem como os motivos, tentando explicar o caráter não-punitivo do mesmo. Equipe de 3-5 pessoas, com 1 sendo o/a líder Retirar objetos que podem ser usados como armas (crachás anéis, copos, correntes, copos Atitude profissional e não ameaçadora pela equipe Muitos indivíduos violentos descomprimem nesse momento, pois são muitas pessoas O líder fala com o paciente e explica, de maneira calma e organizada, explicando que a restrição é necessária O paciente é instruído a cooperar e se deitar após aplicar as restrições Não há negociação com o paciente nesse momento Como fazer? Se for necessário usar força para controlar o paciente, um membro da equipe restringe uma extremidade pré-designada, controlando a articulação principal (joelho ou cotovelo). Isso pode ser realizado travando a junta principal em extensão. O líder da equipe controla a cabeça. Se o paciente estiver armado com uma arma improvisada, dois colchões podem ser usados para carregar e imobilizar ou imprensar o paciente. As restrições são aplicadas com segurança a cada extremidade e atadas à estrutura sólida da cama (não aos trilhos laterais, pois o reposicionamento 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 posterior dos trilhos laterais também reposiciona a extremidade do paciente) Tempo de manutenção Máximo para adultos: 4 horas Máximo para crianças e adolescentes: 2 horas Máximo para crianças menores de 9 anos: 1 hora Assim que for seguro, o médico deve prescrever a retirada das restrições Contenção Adulta Contenção Pediátrica Normalmente para procedimentos Tentar técnicas de distração Contenção física com os pais se necessário Contenção mecânica nas crianças acima de 12 nos = no adulto Uso de jogos, livros e brinquedos para explicar o procedimento Elogiar a criança pela cooperação Planejar o procedimento junto com a criança e o responsável 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Manobra de Heimlich É um procedimento rápido de primeiros socorros para tratar asfixia devido à obstrução das vias respiratórias superiores por objetos estranhos como alimento, brinquedo ou outro objeto Apenas realiza-la quando a obstrução for grave e houver risco de vida. Verificar se o objeto obstruindo pode ser retirado pela boca Pode ser obstrução total ou parcial o Total: tosse fraca, chiado alto, esforço para respirar, agarrar a garganta com as mãos, não fala ou grita, inquietação, ansiedade e confusão, ausência de resposta, uso de músculos acessórias da respiração – a manobra DEVE ser realizada o Parcial: consegue tossir, ouve um ruído de ronco, consegue respirar – deve-se instruir a pessoa a tossir A técnica em obesos ou grávidas, as compressões são torácicas Em Adultos 1. Fique em pé atrás da vítima com seus braços diretamente sob as axilas da vítima; envolva o tórax dela com os seus braços 2. Posicione o punho, pelo lado do polegar, no meio do osso do peito; assegure-se de que está sobre o osso do peito (esterno), não sobre as costelas 3. Segure o punho firmemente com a outra mão e impulsione de maneira brusca para trás 4.Alterne as compressões torácicas com as batidas nas costas para a vítima consciente Em bebês Não utilizar compressões abdominais; alternar entre batidas das costas e compressões torácicas 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 1. Coloque o bebê no braço com a face para baixo, em um nível inferior ao do tronco, formando um ângulo de aproximadamente 60 graus. Apoie a cabeça e o pescoço do bebê na mão e ponha o antebraço na coxa para garantir firmeza 2. Usando a parte posterior da palma da outra mão, dê 5 batidas rápidas e fortes entre as escápulas 3. Apoiando a cabeça do bebê, envolva-o entre as mãos e vire-o de costas. Coloque o bebê sobre a coxa ou no colo 4. Posicione os dedos anelar e médio da outra mão no terço inferior do esterno do bebê, aproximadamente um dedo abaixo de uma linha imaginária entre os mamilos. Dê até 5 impulsos rápidos no tórax, pressionando-o direto para trás.
Compartilhar