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Caso Anatomia CA de Pulmão SP3 UCX

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Caso Clínico – Anatomia SP3 UCX 
24/02/2021 
Maria Eduarda Zen Biz – 4° fase 
 
Caso Clínico: 
 Homem, 55 anos, sabidamente hipertenso há 10 anos, em tratamento irregular, e tabagista de 100 
maços/ano há 35 anos, busca serviço de clínica médica por apresentar dispneia há 8 meses, que piorou de 
intensidade nos últimos 2 meses. Além disso, diz estar incomodado por apresentar, há 20 dias, tosse 
produtiva associada a dor localizada em HTX direito e dor migratória nos membros superiores (MMSS) e 
MMII. Nega febre. Ao exame: RCR, B4, BNF; hipersonoridade à percussão, murmúrio vesicular rude e sibilos 
fixos em terço superior de HTX direito; antebraço esquerdo apresentando, em seu terço médio, veia 
intermédia do antebraço dolorosa à palpação, associada a hiperemia e edema local, compatível com 
tromboflebite. É solicitada ao paciente radiografia de tórax que apresentou pequena massa nodular irregular 
em lobo superior do pulmão direito; em seguida, a massa pulmonar foi estudada pela TC de tórax, que 
demonstrou imagem compatível com carcinoma pulmonar associado a síndrome de Trousseau (Figura 
26.2.1). Foram solicitadas biopsia pulmonar, que confirmou câncer pulmonar de grandes células, e 
cintigrafia, que não evidenciou metástases. O paciente foi encaminhado para ressecção cirúrgica. 
 
Questões 
A) Como diferenciar o pulmão direito do pulmão esquerdo quanto ao número de lobos e fissuras? 
Resposta: 
Pulmão direito: tem 3 lobos (superior, médio e inferior) e duas fissuras (oblíqua e horizontal) 
Pulmão esquerdo: tem 2 lobos (superior e inferior) e uma fissura (fissura oblíqua) 
 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527732031/epub/OEBPS/Text/chapter26.html#fig26-2-1
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527732031/epub/OEBPS/Text/chapter26.html#fig26-2-1
Caso Clínico – Anatomia SP3 UCX 
24/02/2021 
Maria Eduarda Zen Biz – 4° fase 
 
B) Como diferenciar o pulmão esquerdo do pulmão direito quanto às impressões encontradas em suas faces post 
mortem? O que representam essas impressões? 
Resposta: 
 Os pulmões de um cadáver fixado, geralmente firmes ao toque, têm impressões que são deixadas pelas estruturas 
adjacentes a eles, como as costelas, o coração e os grandes vasos. Essas impressões fornecem indicações sobre as 
relações dos pulmões; entretanto, apenas as impressões cardíacas são visíveis durante a cirurgia ou em peças 
frescas de cadáver ou post mortem. 
 No cadáver fixado, há um sulco do esôfago e uma impressão cardíaca na face mediastinal do pulmão direito. 
Como dois terços do coração estão à esquerda da linha mediana, a impressão cardíaca na face mediastinal do 
pulmão esquerdo é muito maior. Essa face do pulmão esquerdo também tem um sulco contínuo e proeminente 
para o arco da aorta e a parte descendente da aorta, além de uma área menor para o esôfago 
 
C) O que é raiz pulmonar? Diferencie o pulmão direito e o pulmão esquerdo quanto à posição das estruturas que 
se apresentam no hilo pulmonar. 
Resposta: 
 O hilo do pulmão é uma área cuneiforme na face mediastinal de cada pulmão através da qual entram 
ou saem do pulmão as estruturas que formam sua raiz. O hilo pode ser comparado à área da terra na qual as 
raízes de uma planta penetram o solo. Medialmente ao hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre 
as lâminas parietal e visceral de pleura – a bainha pleural (mesopneumônio). 
 
 Superiormente à raiz do pulmão direito (A), forma-se um sulco enquanto o arco da veia ázigo segue 
anteriormente para entrar na veia cava superior (VCS); no pulmão esquerdo (C), um sulco semelhante, porém 
Caso Clínico – Anatomia SP3 UCX 
24/02/2021 
Maria Eduarda Zen Biz – 4° fase 
 
maior, se forma superiormente à raiz, enquanto o arco da aorta se curva posteriormente e desce como a parte 
torácica da aorta. O hilo de cada pulmão está centralizado na face mediastinal. No hilo (B e D), a raiz de cada 
pulmão é circundada por uma bainha pleural que desce inferiormente à raiz como o ligamento pulmonar. As 
veias pulmonares são as mais anteriores e inferiores na raiz, com os brônquios em posição central e posterior. 
 
No pulmão direito, o brônquio e a artéria pulmonar estão lado a lado, ambos superiormente. No pulmão 
esquerdo, a artéria pulmonar está acima do brônquio. 
 
D) Qual a inervação pulmonar? Por que o paciente apresentou dor em hemitórax direito, próxima à localização 
do tumor? Qual a drenagem linfática pulmonar, importante na disseminação tumoral? 
Resposta: 
 Os nervos dos pulmões e da pleura visceral são derivados dos plexos pulmonares anteriores e 
(principalmente) posteriores às raízes dos pulmões. Essas redes de nervos contêm fibras aferentes 
parassimpáticas, simpáticas e viscerais. 
As fibras parassimpáticas conduzidas até o plexo pulmonar são fibras pré-ganglionares do nervo vago (NC 
X). Elas fazem sinapse com as células ganglionares parassimpáticas (corpos celulares de neurônios pós-
ganglionares) nos plexos pulmonares e ao longo dos ramos da árvore bronquial. As fibras parassimpáticas são 
motoras para o músculo liso da árvore bronquial (broncoconstritoras), inibidoras para os vasos pulmonares 
(vasodilatadoras) e secretoras para as glândulas da árvore bronquial (secretomotoras). 
As fibras simpáticas dos plexos pulmonares são fibras pós- ganglionares. Seus corpos celulares (células 
ganglionares simpáticas) estão situados nos gânglios simpáticos paravertebrais dos troncos simpáticos. As 
fibras simpáticas são inibitórias para o músculo brônquico (broncodilatadoras), motoras para os vasos 
pulmonares (vasoconstritoras) e inibitórias para as glândulas alveolares da árvore bronquial – células epiteliais 
secretoras do tipo II dos alvéolos (Figura 4.36). 
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527734608/epub/OEBPS/Text/chapter04.html#fig4-36
Caso Clínico – Anatomia SP3 UCX 
24/02/2021 
Maria Eduarda Zen Biz – 4° fase 
 
As fibras aferentes viscerais dos plexos pulmonares são reflexas (conduzem sensações subconscientes 
associadas aos reflexos que controlam a função) ou nociceptivas (conduzem impulsos álgicos gerados em 
resposta a estímulos dolorosos ou prejudiciais, como irritantes químicos, isquemia ou estiramento 
excessivo). Fibras aferentes viscerais reflexas com corpos celulares no gânglio sensitivo do nervo vago (NC X) 
acompanham as fibras parassimpáticas, conduzindo em direção central os impulsos de terminações nervosas 
relacionadas com as seguintes estruturas: 
•A túnica mucosa dos brônquios, provavelmente em associação à sensibilidade tátil para reflexos da tosse 
•Os músculos dos brônquios, possivelmente associados à percepção do estiramento 
•O tecido conjuntivo interalveolar, em associação aos reflexos de Hering-Breuer (um mecanismo que 
tende a limitar as excursões respiratórias) 
•As artérias pulmonares, que servem aos receptores pressores (receptores sensíveis à pressão arterial) 
•As veias pulmonares, que servem aos quimiorreceptores (receptores sensíveis aos níveis sanguíneos de 
gases). 
 
Os plexos linfáticos pulmonares comunicam-se livremente. O plexo linfático superficial/subpleural situa-se 
profundamente à pleura visceral e drena o parênquima (tecido) pulmonar e a pleura visceral. Os vasos linfáticos 
desse plexo superficial drenam para os linfonodos broncopulmonares no hilo do pulmão. 
Caso Clínico – Anatomia SP3 UCX 
24/02/2021 
Maria Eduarda Zen Biz – 4° fase 
 
O plexo linfático profundo está localizado na tela submucosa dos brônquios e no tecido conjuntivo 
peribrônquico. Sua principal função é a drenagem das estruturas que formam a raiz do pulmão. Os vasos linfáticos 
desse plexo profundo drenam inicialmente para os linfonodos pulmonares intrínsecos, localizados ao longo dos 
brônquios lobares. Os vasos linfáticos que saem desses linfonodos continuam a seguir os brônquios e vasos 
pulmonares até o hilo do pulmão, onde também drenam para os linfonodos broncopulmonares. A partir daí, a linfa 
dos plexos linfáticos superficiale profundo drena para os linfonodos traqueobronquiais 
superiores e inferiores, superiores e inferiores à bifurcação da traqueia e brônquios principais, respectivamente. O 
pulmão direito drena principalmente através dos grupos consecutivos de linfonodos no lado direito, e o lobo superior 
do pulmão esquerdo drena principalmente através dos respectivos linfonodos do lado esquerdo. Entretanto, muitos, 
mas não todos os vasos linfáticos do lobo inferior do pulmão esquerdo drenam para os linfonodos traqueobronquiais 
superiores direitos; a linfa, então, continua a seguir a via do lado direito. 
A linfa dos linfonodos tranqueobronquiais segue para os troncos linfáticos broncomediastinais 
direito e esquerdo, os principais condutos linfáticos de drenagem das vísceras torácicas. Esses troncos geralmente 
terminam de cada lado nos ângulos venosos (junções das veias subclávia e jugular interna); entretanto, o tronco 
broncomediastinal direito pode primeiro unir-se a outros troncos linfáticos, convergindo para formar o curto ducto 
linfático direito. O tronco broncomediastinal esquerdo pode terminar no ducto torácico. A linfa proveniente da 
pleura parietal drena para os linfonodos da parede torácica (intercostais, paraesternais, mediastinais e frênicos). 
Alguns vasos linfáticos da cúpula da pleura parietal drenam para os linfonodos axilares.