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ENSINO RELIGIOSO NA EJA


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GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
ALUNO
METODOLOGIA DO ENSINO RELIGIOSO NA EJA
VARGINHA
2020
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
ALUNO
METODOLOGIA DO ENSINO RELIGIOSO NA EJA
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título Especialista em EJA e Ensino Religioso.
 
 
VARGINHA
2020
METODOLOGIA DO ENSINO RELIGIOSO NA EJA
Aluno
Declaro que sou autor (a) deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. 
RESUMO 
Este texto científico tem por objetivo principal analisar qual é o papel da disciplina de Ensino Religioso na modalidade EJA, Educação de Jovens e Adultos. Esta análise surge da seguinte questão: qual é o verdadeiro papel da Religião na vida das pessoas e como deve ser este ensino ministrado na EJA? Religião vem do verbo “re-ligare” que significa "religação" com o divino. Este texto se justifica pelo fato de que, esta definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo metafísico, ou seja, de além do mundo físico. O texto consta de uma pesquisa bibliográfica e inicia com uma conceituação sobre Religião, sua importância da vida das pessoas e o texto também considerará qual tipo de metodologia é indicada para o ensino religioso na modalidade EJA. É um texto interessante e que merece destaque nesta pesquisa bibliográfica.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino Religioso. Modalidade. EJA. Educando. 
1.INTRODUÇÃO
O ser humano tem uma tendência em buscar algo em que possa se apoiar e que o ligue a um ser superior. Então, são várias as formas que este ser humano busca para chegar ao transcendente. Todo mundo acredita em alguma coisa. Aquilo em que se acredita, faz parte do que se é. Por isto, a religião é importante na vida das pessoas.
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos (2009, art. I) estão elencados alguns direitos e deveres que a maioria dos povos, atualmente considera releváveis para serem cumpridos. São como leis e princípios que todas as pessoas devem seguir para ter um convívio melhor e mais ajustado consigo mesmas e com os outros.
 Estes princípios estão reunidos neste documento referido e um dos princípios que norteia a essência deste assunto, nesta carta, é o direito do ser humano escolher qualquer religião para seguir e ser respeitado por esta escolha (BRASIL, 2010).
Este texto científico tem por finalidade fazer uma análise da importância que a religião exerce na vida da pessoa. O estudo se justifica pelo fato de que ensinar esta disciplina requer muita sabedoria para que os alunos da EJA, possam ser alcançados, valorizando as diversidades de crenças e cultos.
O texto inicia com uma conceituação sobre religião e em seguida faz uma reflexão sobre sua relevância ao longo do tempo e sua influência na vida dos seres humanos. Este estudo promove uma reflexão sobre a questão da metodologia do Ensino Religioso nas escolas brasileiras, na modalidade da EJA, Educação de |Jovens e Adultos. 
Em seguida, elencará algumas considerações sobre o assunto. O texto cita algumas legislações que garantem o direito da pessoa em escolher uma religião, poder exercê-la, ensiná-la, sem qualquer discriminação ou perseguição (CURRY, 2004; GIL, 1999).
Esta pesquisa bibliográfica surgiu da necessidade de entender o que é o fator religião e para que serve e como deve ser ensinado na EJA? É uma temática relevante e que abre novas oportunidades de discussão e entendimento do assunto. 
Há uma expressiva literatura que dá respaldo ao texto e todos os autores concluem que a religião traz um sentido novo à vida das pessoas impulsionando-as a se aproximarem de algo transcendental ou superior, como Cunha (2004), Brasil (1988), Menezes (2001) e ONU (2009).
2.DESENVOLVIMENTO
2.1 O QUE SIGNIFICA RELIGIÃO 
Segundo Incontri e Bigheto (2004, p. 43) desde que existe o mundo, o ser humano sempre teve algum tipo de manifestação religiosa, com seus deuses, espíritos, forças da natureza, do cosmos, pois, em todo tempo, o homem acredita em alguma coisa e busca se encontrar nesta força. 
Geralmente as pessoas buscam na religião, respostas para certos questionamentos que possuem e que gostariam de ver respondidos. Como por exemplo, por que existe o mundo, quem o criou, para que nascemos, para que serve a morte, entre outras perguntas (CUNHA, 2004).
Segundo Incontri e Bigheto (2004, p. 43) a palavra “religião” deriva do termo latino "re-ligare", que significa "religação" com o divino. Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo metafísico, ou seja, de além do mundo físico. 
O verbo religar significa “unir” ou “atar”, assim como em português, é um prefixo que indica recorrência. Então, de acordo com esta corrente, o significado de religião é “unir novamente”, “voltar a ligar”. Neste caso, a ligação refeita era entre o que é humano com o divino (CUNHA, 2004).
De acordo com Cunha (2004, p. 39) existe outra corrente que acredita que religião é um substantivo de língua portuguesa que possui uma etimologia incerta. Uma corrente defende que religião é uma palavra que vem do latim “religio” que significa “louvor e reverência aos deuses”. Outra teoria indica que a palavra religião possa ter sua origem no verbo latino relegere, que, assim como religare, é um verbo composto pelo prefixo re. Relegere significa “reler”. 
Este verbo é considerado como uma das possíveis origens da palavra religião por associação ao frequente ato de leitura e releitura de textos sagrados e bíblicos, feitos para que os religiosos pudessem interpretar os desejos divinos e, assim, venerá-los e viver da forma que mais os agradasse (CUNHA, 2004).
Segundo Cunha (2004, p. 39) apesar da existência destas três teorias para explicar a origem da palavra religião, o significado da palavra não muda por causa delas. Em qualquer que seja sua origem, religião significa uma ligação entre aquilo que é humano e divino, desde suas origens até os dias atuais:
Religião é uma fé, uma devoção a tudo que é considerado sagrado. É um culto que aproxima o homem das entidades a quem são atribuídos poderes sobrenaturais. É uma crença em que as pessoas buscam a satisfação nas práticas religiosas ou na fé, para superar o sofrimento e alcançar a felicidade (CUNHA, 2004, p. 39).
Para Incontri e Bicheto (2004, p. 45) religião é também um conjunto de princípios, crenças e práticas de doutrinas religiosas, baseadas em livros sagrados, que unem seus seguidores numa mesma comunidade moral, chamada Igreja. Todos os tipos de religião têm seus fundamentos, algumas se baseiam em diversas análises filosóficas, que explicam o que somos e porque viemos ao mundo. Outras se sobressaem pela fé e outras em extensos ensinamentos éticos e doutrinários 
De acordo com Menezes (2001, p. 59) religião significa qualquer atividade realizada com rígida frequência. “Religião é uma ligação com o divino, é ter fé em um ser superior, é uma crença que envolve tanto o lado racional quanto o emocional das pessoas”. 
Através da fé religiosa, as pessoas buscam fortalecer este vínculo com entidades divinas, assim como buscam, nas práticas religiosas e no exercício da fé, motivação para superar obstáculos e sofrimentos e encontrar a felicidade e a realização espiritual(CERVO, 2002).
De acordo com Cervo (2002, p. 23) cada religião possui um conjunto de práticas e doutrinas, assim como parâmetros morais e valores a respeito do que é certo e errado, do que é lícito e do que é ilícito. Enquanto algumas religiões possuem um livro sagrado que serve como modelo, outras não possuem grande tradição escrita e apoiam-se nas práticas e ensinamentos orais tradicionalmente passados de uma pessoa à outra durante gerações.
Por causa da metodologia de muitas religiões, que pedem dos fiéis uma frequência semanal e um comprometimento, a religião acabou ganhando um sentido figurado. “Fazer algo religiosamente, de maneira religiosa ou como uma religião” (CERVO, 2002, p. 23), quer dizer fazer algo com frequência, com compromisso.
As religiões possibilitam que as pessoas se relacionem com seres que elas não veem, mas que acreditam que existem e podem lhes ajudar. “Muitas vezes até sentem medo, experimentam também amor, adoração, emoção por algo invisível, misterioso e comovente que forma a sua religião” (INCONTRI E BIGHETO, 2004, p. 60).
No documento da Declaração Universal dos Direitos Humanos (2009, Art. I) há o resguardo para a liberdade de escolha de uma religião. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade (ONU, 2009, art. 1).
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, íngua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição (ONU, 2009, art. II,).
A Declaração Universal dos Direitos Humanos completa no seu art. XVIII (ONU, 2009) que toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e escolha de religião. Este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar esta religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
A escolha de uma religião para ser seguida tem respaldo na Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras (ONU, art. XIX, 2009).
A lei brasileira garante o respeito a todas as religiões e culturas. Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, no seu art. 5º.- Inciso VI (BRASIL, 1988): “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”.
Segundo a ONU (2009, p. 19) o que é mais importante para o homem é que a religião lhe ensina uma melhor forma de viver e conviver com os seus semelhantes. Ela lhes oferece princípios ou normas para este viver pleno. Dentre estes princípios pode se destacar solidariedade, amor ao próximo, piedade e justiça, entre outros. As religiões no geral, ensinam ao ser humano que ele é capaz de melhorar, ser mais feliz, conquistar a si mesmo e ser mais solidário com o seu semelhante. 
No Brasil, antes da chegada dos jesuítas, aqui já estavam os índios que tinham suas próprias crenças e rituais. Os portugueses trouxeram a religião Católica com estes missionários jesuítas. Pouco depois, os negros trouxeram da África seus costumes e crenças, muito variadas de um grupo para outro. Anos mais tarde, chegaram aqui os imigrantes alemães, japoneses, italianos, árabes e outros. Vários desses grupos trouxeram novas formas de religião e outras igrejas (CORREIA e SCHNEIDERS, 2007).
Segundo Alves (2002, p. 34) assim, com esta grande diversidade de crenças existentes no Brasil, durante muito tempo quem não seguisse a religião oficial trazida pelos colonizadores, era perseguido. O Brasil é o país com o maior número de católicos do mundo e é ainda o segundo em número de protestantes de todo o mundo, ficando atrás dos Estados Unidos da América. Hoje, a religião que mais cresce no Brasil é o Protestantismo. No Brasil, encontra-se também um grande número de espíritas Kardecistas, seguidores de doutrina espírita, que nasceu na França no século XIX com Allan Kardec.
A umbanda é um tipo de sincretismo religioso criado no Brasil, com mistura de várias religiões: catolicismo, culto africano, candomblé, crenças indígenas e práticas de espiritismo. A maioria do povo brasileiro acredita em alguma coisa superior a si mesma, embora o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009) ter relatado que no último censo constatou-se no país um número de doze milhões de pessoas que dizem não ter nenhuma religião (SENA, 2006). 
Existem mais de 40 mil nomes de crenças e de ideias religiosas em todas as épocas da humanidade, entre todos os povos que vivem e já viveram no mundo. Sendo assim, cada pessoa tem total liberdade de cultuar aquilo ou aquele que acredita ser o “ser superior” e a esta divindade pedir o seu auxílio, prestar-lhe culto, ensinar a sua doutrina (ONU, 2009).
2.1METODOLOGIA DO ENSINO RELIGIOSO NA EJA
Quanto à conceituação do termo “religião” que foi exposto neste artigo científico, todos os autores consultados foram unânimes ao afirmarem que esta palavra indica a possibilidade do homem se ligar a Deus ou a algum ser superior Esta busca acontece por necessidade da pessoa de encontrar respostas para a sua existência, sua felicidade e explicação para demais aspectos de sua vivência nesta terra (ALVES e JUNQUEIRA, 2002).
O aluno da EJA deve procurar refletir sobre o poder que as diversas formas de religião promovem na vida das pessoas. E, para que as pessoas tenham liberdade de escolher sua religião e possam prestar culto às suas divindades, expressar seus pensamentos e ideologias religiosas ou doutrinárias (ALVES e JUNQUEIRA, 2002).
Segundo Sena (2006, p. 47) existem diversos documentos que lhes asseguram estas liberdades, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Constituição da República Federativa do Brasil, que foram os documentos citados no texto. Em seus artigos eles asseguram o direito de livre culto e manifestação de crenças pelo ser humano e os preconceitos ou discriminações passíveis de punições.
Antigamente a educação religiosa ministrada nas escolas, seguia uma linha de proselitismo religioso, onde dominava a ideologia de alguma igreja em destaque. Atualmente este tipo de ensino é repudiado (CORREIA e SCHNEIDERS, 2007).
Para Menezes (2001, p. 87) quanto ao ensino para jovens e adultos, deve ser contextualizado e de significância ao educando. Bem se sabe que a EJA, Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino criada para atender a uma classe de estudantes, que, por algum motivo tiveram um dia que abandonar os seus estudos. E, buscam um tipo de ensino que realmente lhes interesse e que seja útil às suas vidas.
Segundo Alves e Junqueira (2002, p. 56) desta forma, o ensino de Educação Religiosa na fase da EJA deve visar valores, a ética, levando a uma compreensão maior do ser humano, de sua vida, sua existência, seus propósitos no mundo, a sua convivência com outros seres e com o meio em que vive. São conteúdos importantes e relevantes para se ter uma vida mais saudável em todos os seus aspectos.
De acordo com Incontri e Bigheto (2004, p. 45) geralmente o ensino para pessoas adultas deve ser bastante direto, objetivo e que possa contribuir para as suas vivências nesta terra. Uma metodologia bastante interessante neste período, com respeito ao ensino religioso, pode ser a de dinâmicas, atividades em grupos, debates, conversas, estudos de temas religiosos, datas comemorativas ou cívicas, entre outras. Na verdade, o ensino religioso tem a ver com a construção da personalidade, do caráter do aluno, colaborando com a sua formação integral.
O educador deve ter sempre uma posição de mediador, não se colocando como o sabedorde todas as coisas, mas valorizando o saber do aluno, ou seja, a bagagem de conhecimentos sobre determinado tema que ele possui ou traz consigo. Então, o professor experiente saberá aproveitar estes saberes e a partir deles, ensinar novos conteúdos ou aprimorar alguns já ensinados, etc (CURRY, 2004).
Outra característica essencial quanto ao ensino religioso na EJA é a questão do respeito às diversidades de credo, raça, etnia, gostos, etc. O aluno deve aprender a conviver e a acatar as opiniões, as ideologias dos seus colegas, entendendo que ninguém é dono da verdade e não existe em matéria de pensamentos uma unicidade (CERVO, 2002). 
As pessoas são diferentes e pensam de maneira diversa umas das outras. Neste fator consiste a riqueza de uma aula bem explorada em ensino religioso, onde todos os agentes aprendem uns com os outros e todos trocam experiências, entendimentos, etc. O professor deve ser a válvula impulsora mestra neste processo (CUNHA, 2004).
3.CONCLUSÃO
Mediante o exposto percebe-se que no Brasil há livre liberdade de culto, de congregar, de ensinar as doutrinas religiosas e seguir suas escolhas. Há uma variedade de formas de religião que se ramificam a cada dia. Existem aquelas religiões que ainda são frequentadas e seguidas há muito tempo, ou então, recebem nova roupagem nestes últimos tempos. 
No momento final, o texto esclarece sobre as probabilidades do Ensino Religioso nas escolas brasileiras, condenando qualquer tipo de manipulação de crenças ou religião e da prática do proselitismo nas escolas. É um estudo bastante interessante e que pode futuramente ser mais aprofundado e discutido.
O que vale dizer é que a religião direta ou indiretamente tem colaborado para uma melhor formação e humanização do homem, fazendo-o mais solidário, mais justo e voltado para a empatia com o seu próximo, como demonstrado no texto Empatia esta, que faz o homem perceber a dor de outrem e se compadecer e procurar auxiliar aquele que precisa.
Este texto trouxe uma boa colaboração sobre a Metodologia do Ensino Religioso na EJA, que constitui um verdadeiro desafio para quem ministra estas aulas, pois é um assunto muito mais complexo do que muitos imaginam. O estudo colabora para uma reflexão sobre o tema e abre oportunidade de maiores esclarecimentos e estudos posteriores e mais aprofundados, acrescendo mais informações aos estudantes e interessados no tema.
REFERÊNCIAS
ALVES, Luís Alberto Sousa, JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. (Org). Educação Religiosa: construção de identidade do Ensino Religioso e da Pastoral Escolar. Curitiba: Champagnat, 2002.
BRASIL. Constituição da República Federativa. Liberdade de consciência e de crença. Art. 5º. Inciso I. Brasília: Senado. 1988
_______. Ministério da Educação e Cultura- MEC. Lei 9.475. Ensino Religioso nas escolas brasileiras. Brasília: DF. 2010.
_______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE. Pesquisa sobre Religiões. Brasília: DF, 2009.
CUNHA, Alice Carneiro da. Metodologia do Ensino Religioso: Formação Intelectual do Catequista. Recife; Biblioteca Pública do Estado, 2004.
CERVO, A. L. Metodologia científica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.
CORREIA, A.; SCHNEIDERS, A. De mãos dadas. São Paulo: Scipione, 2007.
CURRY, Carlos Roberto. Ensino Religioso na Escola Pública: O retorno de uma polêmica recorrente; Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro; 2004.
INCONTRI, Dora e BIGHETO, Alessandro Cesar. Todos os jeitos de crer. São Paulo: Ática, 2004.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed.São Paulo: Atlas, 1999.
MENEZES, José Rafael de. Os Colégios Católicos e o Espírito do Evangelho. Recife; Biblioteca Pública do Estado, 2001.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS-ONU. Declaração Universal Dos Direitos Humanos- DUDH. Rio de Janeiro: UNIC, Art. I- Art. II- Art. XVIII- Art. XIX, 2009 
SENA, Luzia (Org.). Ensino religioso e formação docente. São Paulo: Paulinas,
2006.

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