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O QUE SÃO ARTICULADORES? Sabe-se que os articuladores podem ser definidos como sendo instrumentos mecânicos que são responsáveis por representar a articulação temporomandibular, a mandíbula e a maxila, e representam o relacionamento que ocorre entre os dentes superiores e inferiores. A depender da complexidade do instrumento, os movimentos da mandíbula serão registrados com maior ou menor grau de precisão. (TODESCAN et al. 1996; FRASCA & MEZZOMO, 1997) Com relação à importância desses aparelhos, ZANETTI & RIBAS (1997) citam que para se realizar uma análise oclusal, é necessário elaborar o modelo maxilar de estudo em um articulador espacialmente semelhante à posição tridimensional do arco do paciente com relação ao crânio e ao eixo de rotação dos côndilos mandibulares. Citam-se, ainda, que é de notória importância que os modelos sejam montados de forma cuidadosa em um articulador capaz de promover análise cuidadosa, diagnóstico e plano de tratamento para com o paciente. De acordo com o entendimento de WEINBERG (1965), o objetivo de todos os articuladores é realizar o auxílio das fases laboratoriais do trabalho protético, substituindo partes anatômicas por partes mecânicas equivalentes, imitando, desse modo, os movimentos fisiológicos. Existe, nos dias atuais, uma grande quantidade de marcas e tipos de articuladores, desde os mais simples, também chamados de charneiras, até os mais sofisticados, denominados, neste caso, de articuladores totalmente adaptáveis, e entre esses, podem ser citados os computadorizados. Todos eles têm o mesmo objetivo, isto é, reproduzir de modo adequado os movimentos mandibulares e possibilitar ao profissional não só analisar corretamente a oclusão de seus pacientes, mas também confeccionar próteses para que estas sejam integradas ao sistema estomatognático. (TODESCAN et al. 1996) OBJETIVO Diz-se que o objetivo dos articuladores é permitir uma análise oclusal, reabilitação oclusal em próteses parciais fixas, montagem dos dentes artificiais de próteses parciais removíveis e totais sob um registro adequado das relações que os arcos dentais ocupam na boca do paciente, a saber: - Estudo da oclusão; - Confecção de trabalhos protéticos e placas oclusais; - Diminuir o tempo gasto no ajuste intra-oral das peças. FINALIDADES: Tem como finalidade o Diagnóstico, Plano de tratamento e Tratamento 1) Diagnóstico: facilitar a visualização das relações oclusais estáticas e funcionais; avaliação facilitada do movimento mandibular sem a influência do sistema neuromuscular. 2) Tratamento: permite a restauração da harmonia oclusal, eliminando fatores que induzem a erros, como a língua, bochechas, saliva, controle neuromuscular, etc. Indispensável para confecção de próteses LIMITAÇÕES O articulador, por ser um instrumento rígido, não pode dar todos os detalhes de mobilidade determinado pelas articulações, músculos e ligamentos. COMPONENTES DOS ARTICULADORES Com a apresentação do desenvolvimento dos articuladores surgem termos que são utilizados para denominar suas partes e seus acessórios. Assim sendo, torna-se interessante conhecermos os distintos componentes desse aparelho, para a sua melhor compreensão. Um articulador constitui-se basicamente por 3 partes principais, a saber: o corpo, os ramos e as guias. Detalhando cada um deles: • Corpo: É a parte central em que são fixados os demais componentes, estabelece a distância intercondilar e a distância entre as partes superior e inferior. Alguns autores chamam-no de postes ou ainda hastes verticais. • Ramos: Consistem em dois suportes horizontais e paralelos, destinados à fixação dos modelos. Cada articulador apresenta dois ramos, um superior e outro inferior. A maioria dos articuladores apresenta o ramo inferior fixo e o superior móvel para reproduzir os movimentos mandibulares. • Guias: Condílica e incisal. A guia condílica representa a inclinação da trajetória do côndilo no movimento de protrusão e lateralidades direita e esquerda, no plano sagital; quando esta guia possui regulagem para o ângulo de Bennett, também se refere à trajetória condilar, no plano horizontal, nos movimentos de lateralidade. A guia incisal tem finalidade de orientar anteriormente os movimentos do ramo superior. Na guia anterior podemos registrar a amplitude dos movimentos de lateralidade nos planos horizontal e sagital. De forma evidente, esses são os elementos básicos que estão presentes em quase todos os articuladores, contudo, existem outros componentes tais como a esfera condilar, o pino guia incisal, a mesa incisal, o arco facial, as chaves de aperto, os espaçadores condilares, os suportes para fixação dos modelos de gesso, etc. As partes constituintes de um articulador são substitutos mecânicos dos elementos anatômicos do complexo crânio-facial e mandibular. Componente anatômico (Paciente) Componente mecânico (articulador) Eixo de rotação Eixo condilar Cavidade Glenóide Guia condilar Maciço Crânio-facial Ramo superior Mandíbula Ramo inferior Côndilo Esfera condilar Face lingual dos dentes anteriores superiores Mesa incisal
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