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SÍNDROME METABÓLICA A síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina. É definida por uma constelação de fatores interligados: fisiológicos, bioquímicos, clínicos e metabólicos; estes aumentam diretamente o risco de DCV e DM2. 1. Adiposidade visceral 2. Resistência insulínica 3. Liberação excessiva de AGL e citocinas inflamatórias 4. Estresse oxidativo 5. Dislipidemia aterogênica 6. Hiperglicemia 7. Disfunção endotelial 8. Hipertensão 9. Estado de hipercoagulabilidade FISIOPATOLOGIA Ela está diretamente relacionada não apenas com o excesso de peso per se, mas também com uma alteração na distribuição da adiposidade corporal. ⇨ É decorrente de um excesso de tecido adiposo visceral e diminuição do tecido adiposo subcutâneo; Existem dois tipos de adipócitos no corpo humano: ⇨ Adipócito subcutâneo o Células menores o Maior capacidade de armazenamento de AGL o Produz poucas citocinas inflamatórias ⇨ Adipócito visceral o Células maiores o Maior atividade lipolítica o Acumulam menos AGL o Grande capacidade de secretar citocinas inflamatórias ▪ TNF-a, IL-6, PCR. O excesso de citocinas inflamatórias resulta em inflamação localizada no tecido adiposo, que se propaga para uma inflamação sistêmica. ⇨ Essas citocinas inibem o receptor de insulina, gerando RI. ⇨ O excesso de inibidor de ativador de plasminogênio 1 (PAI-1), junto ao aumento de FVIII e FV, geram um estado de hipercoagulabilidade. Outra característica marcante da SM, e também da obesidade, são os baixos níveis de adiponectina, uma adipocina com propriedades anti-inflamatórias e antiaterogênicas. ⇨ A lipotoxicidade tem também ação deletéria sobre as células beta, diminuindo a secreção de insulina e favorecendo a hiperglicemia. ⇨ Alterações genéticas podem determinar a distribuição do tecido adiposo. DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO LABORATORIAL TRATAMENTO O tratamento da SM ocorre em 4 eixos básicos: ⇨ Redução do excesso de peso (tratar a obesidade) ⇨ Controle da hiperglicemia (tratar o DM) ⇨ Controle da pressão arterial (tratar a HAS) ⇨ Controle da dislipidemia NÃO-MEDICAMENTOSO ⇨ Realização de plano alimentar para redução de peso o Individualizado o Prevê uma perda sustentada de 5 a 10% de peso corporal inicial o Dieta DASH e mediterrânea ▪ AG bons; frutas, hortaliças, leguminosas, grãos integrais, laticínios com baixo teor de gordura total; o Diminuição dos carboidratos o 1g/kg/dia de ptn o Gorduras: preferir AG poli e mono; evitar trans e saturados o Até 6g/dia de sal o 2-4 porções de frutas (vit e minerais) o Na obesidade, DEVE promover déficit calórico de 500-1000kcal/dia ⇨ Exercício físico o Exercício aeróbio (caminhada, ciclismo, corrida, natação, dança) em intensidade moderada o 3-5x/semana o 30-60 min contínuos o + mudanças do cotidiano ▪ Subir escada ▪ Usar menos o carro ▪ Ir a pé para a parada de ônibus ▪ Pausas no trabalho para realizar atividade aeróbica leve ⇨ Adicionais o Controle de situação estressantes o Cessar o fumo o Controlar/cessar alcoolismo MEDICAMENTOSO Tto da HAS ⇨ Indicação o Em pct 140/90 o Ou 130/85, se tiver DM ⇨ Meta o 130/85 em alto risco CV o 130/80 em DM ⇨ O que usar o Diuréticos tiazídicos (hctz, inda) ▪ Se associar, antagonista de AT II ● Losartana o IECA (captopril, enalapril) Tto do DM o É discutido na parte de DM2 Tto da dislipidemia ⇨ Diagnóstico o LDL >160 – hipercolesterolemia isolada o TG >150 – hipertrigliceridemia isolada o LDL >160 e TG >150 – hiperlipidemia mista o HDL <40/50 – HDL baixo ⇨ Paciente com SM é de alto risco, logo, suas metas são: o LDL <70 o HDL >40/50 o TG <150 o CT <190 ⇨ O que usar o LDL ▪ Atorvastatina – potente e também reduz TG ▪ Ezetimibe – diminui LDL ▪ Pode ser usado em associação à estatina ▪ Bastante usado em SM/DM o TG ▪ Entre 150-500 ● Apenas dieta e exercícios ▪ Se >500, usar fibratos Tto da obesidade ⇨ Indicação de tto farmacológico o SM e IMC >30 o SM e IMC >25, se ▪ Não perdeu 1% de peso por mês com tto não-medicamentoso o Sibutramina ▪ Bloqueia recaptação de NE e SE, reduzindo a ingesta alimentar o Orlistate ▪ Inibe lipases GI, fazendo com que os triglicerídeos não sejam absorvidos, e excretados nas fezes o Liraglutida ▪ Agonista do peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1); efeito anorexígeno ⇨ Indicação cirúrgica o IMC >40 o IMC >35, se ▪ Tto clínico (por pelo menos 2 anos) sem resultados; ou ▪ Comorbidades clínicas importantes o Idade entre 18-65 DIABETES MELLITUS É uma doença metabólica crônica, caracterizada pela hiperglicemia crônica, que promove lesões em órgãos-alvo. CLASSIFICAÇÃO 1. DM1 a. Destruição primárias das células beta e hipoinsulinismo absoluto. b. Tipo 1A (autoimune) c. Tipo 1B (idiopático) d. LADA (diabetes autoimune latente do adulto) 2. DM2 a. RI + disfunção progressiva das células beta (por exaustão) b. Predomina em adultos obesos i. Relacionada à obesidade/SM 3. DM gestacional 4. Outros a. DM associado ao uso de drogas i. Ex.: GC b. Defeitos monogênicos i. Ex.: maturity-onset diabetes of the young (MODY) PATOGÊNESE O diabetes tipo 2 é uma doença complexa que envolve a interação de fatores genéticos, ambientais e metabólicos. 1. Fatores genéticos a. Suscetibilidade 2. Fatores ambientais a. Obesidade b. Sedentarismo 3. Fatores metabólicos a. Resistência insulínica b. Disfunção da célula B Fatores genéticos ⇨ A suscetibilidade genética contribui para a patogênese; ⇨ Monozigóticos 90% Fatores ambientais ⇨ Obesidade o Principalmente a central/visceral o Mais do que 80% dos DM2 são obesos ⇨ Sedentarismo o A perda de peso e a prática de exercício físico têm efeitos aditivos à sensibilidade insulínica Fatores metabólicos ⇨ Diminuição da resposta dos tecidos periféricos (músculo, fígado, adipócitos e fígado) à insulina o A resistência causa hiperglicemia; o Hiperfuncionamento compensatório das células B; o Hiperinsulinismo nos estágios precoces da doenças; o Consequências ▪ Incapacidade de inibição da gliconeogênese pelo fígado quando em jejum; ▪ Incapacidade de absorver a glicose após uma refeição, resultando em hiperglicemia pós-prandial ▪ Incapacidade de inibir a lipase do tecido adiposo, resultando em excesso de AGL, que amplificam a RI. ⇨ Secreção inadequada de insulina em virtude da resistência desenvolvida e hiperglicemia (disfunção da célula beta) o As células b eventualmente deixam de corresponder às necessidades crescentes de insulina; o Então há hiperglicemia crônica associada a uma exaustão das células b. ▪ Deficiência relativa de insulina o Causam e intensificam a disfunção da células b: ▪ Lipotoxicidade: excesso de AGL ▪ Glicotoxicidade: excesso de glicose ▪ Efeito incretina anormal: redução da GIP e GLP-1, que promovem liberação de insulina. ▪ Deposição de amiloide (carcaterístico dos indivíduos com DM2 prolongado) ⇨ Obesidade o É talvez o fator mais importante para a RI; o AGL possuem uma relação inversa com a sensibilidade à insulina; ▪ O tecido adiposo central é mais lipolítico; o Adipocina ▪ O tecido acidposo é um órgão endócrino e secreta as adipocinas, que têm variadas funções; ▪ A leptina e a adiponectinapossuem efeito anorexígeno e hipoglicemiante; ● A adiponectina contribui para a sensibilidade insulínica; ▪ Estas duas adipocinas se encontram diminuídas nos indivíduos obesos/SM/DM2. o Inflamação ▪ Citocinas pró-inflamatórias são secretadas em resposta aos AGL e à glicose; ▪ A inflamação degenera ainda mais a célula b e contribui para a RI. ⇨ Octeto ominoso (octeto de DeFronzo) o Adipócito ▪ Lipólise acelerada o TGI ▪ Deficiência incretínica o Células a-pancreáticas ▪ Hiperglucagonemia o Células b-pancreáticas ▪ Secreção insulínica deteriorada o Rim ▪ Reabsorção aumentada de glicose pelos túbulos renais o Cérebro ▪ Deficiência da neurotransmissão relacionada à regulação do apetite o Músculo ▪ Captação periférica de glicose reduzida o Fígado ▪ Gliconeogênese aumentada DIAGNÓSTICO 1. Hemoglobina glicada a. >6,4% b. >5,6% 2. Glicemia de jejum a. >125mg/dL b. >99mg/dL 3. TOTG a. >199mg/dL b. >140mg/dL 4. Glicemia ao acaso a. >199mg/dL b. + sintomas clássicos de hiperglicemia METAS PARA O TRATAMENTO As metas de glicada devem ser individualizadas de acordo com: 1. Duração da doença 2. Idade/expectativa de vida 3. Comorbidades 4. DCV 5. Complicações microvasculares ⇨ Meta terapêutica o Glicada ▪ Ao redor de 7% para adultos ▪ 7,5-8,5% em idosos, dependendo do estado de saúde; o Glicemia de jejum e pré-prandial ▪ <100 ▪ <130 (tolerável) o Glicemia pós-prandial ▪ <160mg/dL ▪ <180mg/dL (tolerável) AUTOMONITORIZAÇÃO É uma prática de grande importância no conjunto de ações dirigidas ao bom controle do diabetes. TRATAMENTO O sucesso do tratamento depende da implementação concomitante de 3 modalidades de intervenção: ⇨ Estratégias educacionais ⇨ Estratégias de automonitorização ⇨ Estratégias farmacológicas ETAPA 1 ⇨ Pré-diabéticos (Segundo a ADA) o Metformina, se: ▪ IMC>34 ▪ Idade<60 ▪ Histórico de DMG ⇨ Manifestações leves + A1C (<7,5%) o Glicemia <200 o Sintomas leves ou ausentes o Ausência de outras doenças agudas o TTO ▪ MEV ▪ Metformina ⇨ Manifestações moderada + A1C (7,5-9%) o Glicemia 200-299 o Ausência de critérios para manifestação grave o TTO ▪ MEV ▪ Metformina + segundo agente ⇨ Manifestações graves + A1C (>9%) o Glicemia >300 o Perda significante de peso o TTO ▪ MEV ▪ Insulinoterapia parcial ou intensiva Primeiro retorno após 1-3 meses > se metas não atingidas, deve-se ajustar o tto; ETAPA 2 ⇨ Com base na meta, deve-se adicionar ou modificar o segundo agente anti-hiperglicemiante Segundo retorno após 1-3 meses > metas não atingidas > ajuste ETAPA 3 ⇨ Adicionar terceiro agente OU iniciar insulinização ⇨ Intensificar a insulinização até atingir a meta; A insulinização pode ser necessária a qualquer momento durante a evolução do DM2, mas algumas condições exigem insulinoterapia imediata, como: ⇨ Emagrecimento rápido e inexplicado ⇨ Hiperglicemia grave + cetonemia/cetonúria ⇨ Doença renal ou hepática ⇨ Gravidez ⇨ Infecção ⇨ Cirurgia ⇨ Pós-IAM/AVC DROGAS ⇨ BIGUANIDAS (GOOD) o Metformina (glifage 1000-2550mg VO/dia) ▪ Possui a formulação XR, de liberação prolongada, com menos colaterais o Inibe a gliconeogênese hepática o Melhora a sensibilidade dos tecidos periféricos à insulina ▪ Estimula a translocação do glut-4 o Única medicação que em grandes estudos determinou diminuição significante da incidência de complicações macrovasculares em pacientes obesos. o Pequeno efeito anorexígeno (redução do peso). o Redução de TG o Colaterais ▪ Principal são os TGI (náuseas, vômitos e diarreia) no início da terapia. ▪ CI: IR (TFG <30ml/min), hepatopatia com transaminase elevada. ▪ Monitorar B12 (diminui absorção no íleo distal). ⇨ SULFONILUREIAS (GOOD) o Gliclazida (30-120mg VO 1x matinal) ▪ Possui formulação MR o Estimulam a secreção basal de insulina ▪ Necessita de células beta funcionantes ▪ Muito eficaz em pacientes não obesos, com glicemia de jejum entre 160-270mg/dL o Reduz incidência de complicação microvasculares (retino, nefro e neuropatia) o Colaterais ▪ Hipoglicemia ▪ Efeito dissulfiram ▪ Hiponatremia ⇨ GLITAZONAS (GOOD) o Pioglitazona (15-45mg VO/dia, 1x) o Sensibiliza o tecido periférico à insulina ▪ Aumento da expressão de receptores de insulina por transcrição gênica o Reduz TG e aumenta HDL o Colaterais ▪ Aumento de peso ▪ Edema (deve ser evitadas em pacientes ICC grave) ⇨ INIBIDORES DA ALFA-GLICOSIDASE o Acarbose (150-300mg VO/dia, 3x) o Inibe a ação de enzimas digestivas presentes na borda de escova o Lentificam a absorção de glicose, reduzindo a glicemia pós-prandial ▪ Boa para DM com jejum normal e disfunção pós-prandial ⇨ GLINIDAS o Repaglinida (1-4mg VO/dia) e nateglinida (120mg VO/dia) o Semelhante às sulfonilureias, em receptores diferentes o Controle da glicemia pós-prandial ⇨ INIBIDORES DA DPP-4 o Sitagliptina (100mg VO/dia) e vildagliptina (100mg VO/dia) o Inibem a DPP-4, uma enzima que inativa a GLP-1 e o GIP ⇨ ANÁLOGOS DA GLP-1 (GOOD) o Exenatide (5mcg, 2x) e Liraglutida (1,2-1,8mg, 1x) o Estimula a sereção de insulina o Inibe a secreção de glucagon o Retarda o esvaziamento gástrico, induz saciedade e reduz apetite o Causa perda ponderal! o Colaterais ▪ Náusea ▪ Diarreia e vômitos ⇨ PRANLITIDA o Reduz a ingestão alimentar (por mecanismo central) o Retarda o esvaziamento o Supressão do glucagon pós-prandial ⇨ INIBIDORES DO SGLT-2 (GOOD) o Dapagliflozina (forxiga 10mg VO/dia) o Age no cotransportador de sódio e glicose no túbulo proximal do néfron, aumentando a perda urinária de glicose o Reduz a PA o Colaterais ▪ Aumento da incidência de ITU e candidíase vulvovaginal ⇨ INSULINOTERAPIA o Indicações ▪ Falência terapêutica dos antidiabéticos orais ▪ Hiperglicemia >300mg/dL na primeira consulta, pelo menos nas fases iniciais ▪ Emagrecimento progressivo ▪ Situações de estresse agudo ● Cirurgia, infecção grave, AVE, IAM RETINOPATIA DIABÉTICA É uma das principais causas de cegueira em indivíduos entre 20-74 anos, ocorrendo em quase 100% dos diabéticos 1 após 20 anos e em 60% dos diabéticos 2 após o mesmo período. A hiperglicemia contribui para a perda de pericitos na microcirculação da retina; essa perda está associada à formação de microaneurismas, favorecendo o desenvolvimento de edema. ⇨ Ocorre expansão das zonas avasculares, que modificam o aporte sanguíneo e predispoem à hipóxia. FORMAS DE RD ⇨ Não proliferativa o Dividida em leve, moderada e grave o Mais frequente o Fragilidade da parede vascular o Microaneurismas o Exsudatos duros o Hemorragias intrarretinianas em chama de vela o Manchas algodonosas (exsudatos moles) ⇨ Proliferativa o É a mais grave o Isquemia difusa e acentuada o Angiogênese descontrolada, mediada por fatores de crescimento endotelial o Risco de descolamento de retina FATORES DE RISCO ⇨ Controle glicêmico inadequado ⇨ HAS ⇨ Tempo de evolução da DM ⇨ Presença de nefropatia, dislipidemia e gravidez TRIAGEM E TTO ⇨ Exame fundoscópico o DM1: após cinco anos da doença o DM2: no momento do diagnóstico o Repetir anualmente nos sem retinopatia e semestralmente nos retinopatas. NEUROPATIA DIABÉTICA Causada por combinação de fatores metabólicos (hiperglicemia, glicação não enzimática, estresse oxidativo e ativação de proteína C quinase) dependentes do acúmulo de sorbitol, associado a comprometimento isquêmicoendoneural. ⇨ Polineuropatia simética distal o Padrão em bota e luva o Déficits de sensibilidade ▪ Vibração, tato e termodolorosa o Parestesia e dor neuropática ⇨ Neuropatia autonômica o CV, GI, geniturinario ou periférico o Disfunção sexual, hipotensão ortostática, náuseas, vômitos, sudorese profusa, constipação ⇨ Mononeuropatia o Deformidades das mãos ESTADO HIPERGLICÊMICO HIPEROSMOLAR NÃO CETÓTICO É uma complicação aguda do diabetes mélito; uma descompensação típica do portador de DM2, que associa hiperglicemia grave, hiperosmolaridade sérica e depressão do sensório, sem cetoacidose. ⇨ Para que ocorra a EHNC é necessária a prenseça de hiperglicemia e ingesta de líquidos inadequadamente baixa. o Estes dois fatores expõem o idoso como um grupo de risco. ⇨ O fator precipitante mais comum é infeccioso, principalmente de foco pulmonar ou urinário. o Fatores não-infecciosos ▪ AVC ▪ IAM ▪ Quadros que cursam com vômitos/diarreia ▪ Drogas PATOGÊNESE Progressivo aumento da osmolaridade sérica consequente à hiperglicemia e hipernatremia; esse aumento da osmolaridade extracelular desvia os fluidos de dentro para fora das células. ⇨ A hiperglicemia causa uma diurese osmótica que agrava a perda de água; porém, esta perda é maior que a de eletrólitos, aumentando a osmolaridade. Com a diminuição do volume intravascular, há piora do comprometimento renal e diminuição da eliminação de glicose, elevando ainda mais seu nível sérico. ⇨ Como no DM2 há certo nível de insulina circulante, a lipólise e cetogênese são prevenidas. ANAMNESE E EXAME FÍSICO ⇨ Depressão do nível de consciência ⇨ Idoso ⇨ Desidratação o Hipotensão o Oligúria ⇨ Possível infecção ⇨ Dor abdominal + náuseas e vômitos ⇨ Espastamento e edema de MMII, dispneia o Fenômenos tromboembólicos DIAGNÓSTICO 1. Glicose >600mg/dL 2. pH arterial >7,3 3. HCO3 >18 4. Osmolaridade plasmática >320mOsm/kg TRATAMENTO ⇨ Identificação e tratamento dos fatores desencadeantes ⇨ Hidratação venosa o Iniciada com solução salina isotônica o Após infusão de 1-2L nas duas primeiras horas, trocar por solução salina hipotônica; +6-8L nas 12 horas restantes. ⇨ Insulinoterapia o Apenas após reposição hídrica o Com bomba de infusão, insulina regular o Nas primeiras 24h, a glicemia deve ser mantida >250mg/dL por risco de edema cerebral. ▪ A velocidade de queda deve ser entre 50-70mg/dL/h ⇨ Reposição de potássio ⇨ Profilaxia de doenças tromboembólicas o Baixas doses de heparina subcutânea ⇨ ATBT se cultura revelar infecção.
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