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Notoriamente, é de grande relevância saber diferenciar uma convulsão de uma epilepsia. As convulsões são alterações comportamentais transitórias, causadas por disparos rítmicos, sincronizados e desordenados de populações de neurônios. A epilepsia é a recorrência das crises convulsivas. Diante disse, pode-se considerar como a convulsão ser o sintoma e a epilepsia a doença. Quanto a classificação das crises convulsionistas, elas podem variar de generalizada branda, onde ocorre alterações motoras em todo o corpo, sem a perda da consciência; a fase ictal caria de 1 a 10min mas pode chegar a 1hr; associada a epilepsia idiopática em Poodles e distúrbios metabólicos ou tóxicos; generalizada grave, na qual as alterações motoras encontra-se em todo corpo, com a perca de consciência presente; ocorre a dilatação da pupilar, urina e defeca, cianose, com a fase ictal variando de 30seg a 90 seg, a fase pós-ictal varia de minutos a 1hr; está ligada a distúrbios metabólicos ou tóxicos; parciais ou focais, onde sua sintomatologia depende da área envolvida, associada a lesões focais como as infecções, lesões metabólicas ou trauma e neoplasias Fenótipo das convulsões Prodromos São fenômenos comportamentais que precedem o evento convulsivo em horas ou dias. Os animais podem esconder-se, manifestar comportamentos de medo ou agitação. Aura Sensação subjectiva que marca o início de uma convulsão. Podem durar minutos a horas e podem consistir em sinais como vômitos, micção inapropriada ou salivação excessiva. Podem também apresentar alterações de comportamento como ladrar excessivo ou procura de atenção do dono e apresentar comportamentos obsessivos de caminhar ou lamber. Ictus O evento convulsivo propriamente dito. Pos-ictus Comportamentos atípicos que ocorrem após a convulsão, como por exemplo, agressividade, agitação, delírio, letargia, perda de visão, sede, fome e micção inapropriada. Pode durar horas. É importante saber distinguir este período pois permite diferenciar de outros episódios paroxísticos como narcolepsia/cataplexia, colapso neuromuscular e desordens do movimento. FÁRMACOS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL FENOBARBITAL Age aumenta a concentração de GABA, considerado o principal neurotransmissor inibitório, ou seja, irá agir na regulação dos impulsos nervosos, diminuindo a excitabilidade dos neurônios. O GABA se ligará aos receptores GABA (que estam ligados a canais iônicos, a proteína G) presentes nos neurônios pré-sináptico no SNC, e isso resultará na abertura dos canais de cloro, acarretando a entrada dos íons de sódio para dentro da célula. Mediante a esta entrada, a célula se tornará hiperpolarizada, ou seja, o mecanismo de ação do GABA abrirá os canais de Cl- e hiperpolarizará a célula, fazendo com que o impulso nervoso não seja transmitido; o fenobarbital age aumentando a concentração do GABA, fazendo com que o mesmo promova uma quantidade maior de abertura de canais de Cl- e assim, consequentemente, impede a transmissão do impulso nervoso . O fenobarbital possui absorção por via oral, considerada completa, porém é uma absorção lenta e após ser absorvido na corrente sanguínea se ligará cerca de 40% a 60% as proteínas plasmáticas, fazendo com que sua biodisponibilidade seja reduzida. Esse fármaco será metabolizado por enzimas hepáticas e a excreção é realizada por via renal, onde cerca de 25% é excretada em forma inalterada e o restante é metabolizada por enzimas hepáticas. O grande desafio presente na sua utilização é referente ao tempo de ação, onde demora cerca de 7 a 10 dias para atingir a estabilidade plasmática – ou então equilíbrio dinâmico; fármaco se mantém estável na circulação, anterior a isto se mantém em picos e declínios que fazem com que ele saia da janela terapêutica. Considerado um medicamento de baixo custo. Suas doses equivalentes para cães e gatos são: mg/ kg /hrs CANINOS 2 a 6 12/ 12 FELINOS 1 a 5 12/ 12 O principal efeito colateral é a sedação, devido a ação inicial que age no GABA que impede a transmissão de impulso nervoso, tendo consequentemente a sedação; havendo também a poliúria, polidipsia e polifagia, acompanhado de lesões hepáticas. FENITOÍNA A fenitoína, difenil-hidantoína, age com estabilizador de membrana, ou seja, age dificultando a abertura dos canais de Na+ fazendo com que não haja a alteração de ANTICONVULSIVANTES cargas na membrana de forma desordenada, regulando assim o impulso nervoso. Possui absorção lenta por via oral, e quando encontra-se na corrente sanguínea, cerca de 90% do fármaco liga-se a proteína plasmática, ou seja, tem baixa biodisponibilidade (mesmo não estando biodisponível, irá liberar aos poucos, fazendo com que o fármaco não seja rapidamente metabolizado pelo fígado). Menos de 5% deste fármaco é eliminado de forma inalterada pelos rins, o restante é metabolizado pelo reticuloendoplasmático rugoso do fígado. O tempo de meia vida em caninos equivale a 24hrs e em felinos de 24hrs a 108hrs, por este motivo então que não se utiliza tal fármaco em felinos. Sua principal indicação é para convulsões generalizadas. Suas doses equivalentes para cães e gatos são: mg/ kg /hrs CANINOS 20 a 35 6/ 6 ou 8/ 8 O principal efeito colateral é a capacidade de causar hepatopatias e esporadicamente ocorre sedação. DIAZEPAM Pertence a família dos benzodiazepnínico, considerado fármaco de eleição para retirar o animal da crise convulsiva. Outros que fazem parte da mesma família são os CLONAZEPAM e CLORAZEPAM, porém, são utilizados somente nos casos em que a terapia feita com os diazepam não tenha sido de sucesso. Possuem todos o mesmo mecanismo de ação. Age aumentando a inibição sináptica mediada pelo GABA. Quando o se ativa os receptores benzodiazepnínicos, eles estam ligados aos receptores GABA, ou seja, ira ativá-los também. Quando o diazepam liga-se aos receptores benzodiazepnícos iram ser ativados também os receptores GABA, fazendo com que haja a abertura dos canais de Cl- e faz com que a célula fique hiperpolarizada, através da entrada de Cl- dentro da célula, e assim impossibilita a transmissão do impulso nervoso. Normalmente, o diazepam não é indicado ser usado por via oral, pois sobre um efeito elevado sobre o efeito de primeira passagem – efeito que a maioria dos medicamentos sofrem quando só administrado por via oral, na qual passa pelo sistema porta hepático e no fígado será biotransformado se tornando assim, indisponível, ou seja, não estará biodisponível. Menos de 1% deste fármaco é eliminado em forma ativa, ou seja, possui nível de biotransformação elevado diante do fígado. O diazepam pode também ser utilizado como efeito miorrelaxante, ansiolítico em anestesias, hipnótico e anticonvulsivante, no caso. A sua principal via de administração, feito em prol da retirado do animal da crise convulsiva equivale a via intravenosa e mediante a isso, rapidamente é penetrado no SNC, provendo então sua ação rápida. É então indicado para casos de surtos epilépticos, convulsões generalizadas e focais e em estado de ausência – tipo de convulsão branda, na qual o animal fica em modo ausente, sem a resposta de estímulos externos. Suas doses equivalentes para cães e gatos são: mg/ kg /hrs CANINOS 1 a 4 8/ 8 FELINOS 2 a 5 8/ 8 EM ESTADO EPILÉPTICO (canino e felino) 0,5 a 1 8/ 8 Consta em seus principais efeitos colaterais a sedação e polifagia, ocorrência de lesões hepáticas fulminantes agudas – em gatos. A maioria dos benzodiazepínicos possui efeito sedativo demasiado e efeito antipsicótico muito curto, o que inviabiliza o seu emprego na terapia antiepilética de manutenção. GABAPENTINA A gabapentina nada maisé do que um sintético do GABA, ou seja, é um aminoácido sintético semelhante ao GABA, mas, ao contrário do GABA ultrapassa a barreira cerebral rapidamente. Seu mecanismo de ação inicia-se com a ligação aos receptores GABA, obtendo assima abertura dos canais de Cl- que consequentemente resultará na hiperpolarização da célula, porém, ao contrário do GABA, a gabapentina possui maior facilidade em transpassar a barreira hematoencefálica (BHE). Consta que, a gabapentina é um análogo estrutural do GABA, e visa aumentar a inibição mediada pelo GABA. Todavia, o principal efeito anticonvulsivante da gabapentina parece ocorrer através da inibição dos canais de Ca+ HVA, resultando na diminuição da liberação de neurotransmissores (glutamato e aspartato). Na absorção por via oral, por ser um aminoácido, ele dependerá do sistema transportador de aminoácido, caso o animal possua problemas na absorção de aminoácido, ele terá a absorção deste medicamento diminuída. Esse medicamento não é utilizado de forma isolada, ele é sempre manuseado com associação de outros medicamentos, pois, a gabapentina não parece ser um agente antiepilético particularmente efetivo para a maioria dos pacientes, ou seja, terapia complementar. Suas doses equivalentes para cães e gatos são: mg/ kg /hrs CANINOS 10 a 20 8/ 8 FELINOS 5 a 10 8/ 8 EM ESTADO EPILÉPTICO (canino e felino) 0,5 a 1 8/ 8 Consta em seus principais efeitos colaterais a sedação. LEVETIRACETAM Mecanismo de ação desconhecido, porém acredita-se que o seu principal mecanismo de ação é através do bloqueio dos canais de Ca+ e assim ocorre impedindo ou mediando a regulação da transmissão do impulso nervoso, através do bloqueio desses canais de Ca+. A absorção, quando se tem admistração por via oral, ocorre de forma rápida e completa e quanto a ligação, é de quantidade mínimo na qual se liga as proteínas plasmáticas, ou seja, obtém uma grande biodisponibilidade, devido a baixa ligação com a proteína plasmática. É válido ressaltar que não apresenta biotransformação hepática. Ademas, menos de 89% é eliminado de forma inalterada pelos rins. Possui indicação á terapias complementares para cães com epilepsia refratária ao fenobarbital. Não há indicações para o equivalente uso em felinos. Suas doses equivalentes para cães é: mg/ kg /hrs CANINOS 20 6/ 6 Consta em seus principais efeitos colaterais a possibilidade de ocorrer sedação e vômitos. O FRACASSO NA TERAPIA DE ANTICONVULSIVANTES As principais falhas nas terapias convulsivantes se dão por não identificação da causa, a posologia/ forma de administração pode estar errada, o animal pode estar apresentando outras patologias concomitantes às crises convulsivas, as interações medicamentosas relacionadas á animais que possam estar sendo submetidos a outros tipos de medicamente e isso acarreta a ação do outro medicamente para doenças de outra classe, ou seja, outras patologias de forma concomitantes e a obesidade, que faz com que tem-se a utilização de doses mais elevadas, que acabam sendo prejudiciais e até mesmo tóxicas para o animal ou então, o animal, durante o tratamento, torna-se obeso e assim, dificultando a ação do medicamento, pois a sua indicação é feita mediante ao peso atual do animal. Os opióides iram atuar nas células nervosas, promovendo a sua hiperpolariazação e iram agir inibindo a abertura dos canais de Ca+ ou seja, inibem a deflamação do potencial de ação e o fechamento do canal de Ca+, além de não haver a transmissão do impulso nervoso, no corpo accional, irá agir impedindo a abertura destes canais e liberará a vesícula contendo o neurotransmissor. Os hipnoanalgésicos opóides se ligaram a três tipos de receptores: A morfina considerada droga padrão com melhor eficiência, foi à primeira droga opóide a ser estudada e descoberta. A mesma apresenta grande poder de analgesia e age em inúmeros tipos de receptores, ou seja, ela não possui predileção isolada pelos receptores, mas sim, se liga a todos os tipos de receptores opióides. A sua vantagem se da pelo fato de ser bem tolerada por várias espécies e por possuir baixo custo, entretanto, a melhor via de admistração é por via parenteral subcutânea, quando ele é feito por via oral tem-se uma absorção baixa e rapidamente metabolizada pelo fígado, pelo sistema microssomal hepático – na primeira passagem tem uma grande diminuição da sua biodisponibilidade. O fato é que, quando admistrada por via intravenosa, a morfina provocará uma depressão elevada do sistema cardiorrespiratório. A sua excreção é realizada por 90% pela urina, o resto advêm das fezes, pela bile. Quando ocorre uma lesão na membrana celular, que é constituída fundamentalmente por fosfolípideos, a enzima fosfolipase A2, presente nos leucócitos e plaquetas, é ativada por citocinas pró- inflamatórias, como a interleucina (IL)-1. Esta enzima leva à degradação dos fosfolípideos, resultando na produção de ácido araquidônico. Este, ao ser metabolizado, forma os leucotrienos, pela ação da enzima lipooxigenase, e as prostaglandinas, as prostaciclinas e os tromboxanos, pela ação da enzima ciclooxigenase (Cox). As prostaglandinas estam tanto envolvidas com os processos patológicos – prostaglandina fisiológica, COX-1 constitutivas – como por fisiológicos – prostaglandina patológica, COX-2 indutiva. HIPNOANALGÉSICOS ANTI-INFLAMATÓRIOS Na produção das prostaglandinas a partir do ácido araquidônico, a primeira enzima envolvida é a Cox2-4. Esta converte, por oxigenação, o ácido araquidônico em dois componentes instáveis: a prostaglandina G2 e a prostaglandina H2. Essas prostaglandinas são posteriormente transformadas por isomerases em prostaciclina, em tromboxane A2, e em prostaglandinas D2, E2 e F2a. A prostaglandina E2 é importante por sua ação pirogênica e no aumento da sensibilidade à dor. O ácido araquidônico também leva à produção de leucotrienos, via enzima lipooxigenase. As características gerais dos AINE’s se dão por varias ações terapêuticas, as quais, estas podem ter caráter periférico, como no caso das ações anti-inflamatórias, analgésicas, antitrombóticas e antiendotoxinas, ou então podem atuar no SNC, promovendo ação antipirética e também analgésica. Estas ações decorrem da ação inibitória sobre as enzimas que degradam o ácido araquidônico: a COX e a LOX. A ação antitrombótica está relacionada com a inibição da síntese de TX (tromboxanos) plaquetário, e a ação antiendotoxinas relaciona-se a diminuição/ inibição qualitativa de elcosanoides, como prostacíclicas e TX, substâncias estas responsáveis por algumas das alterações cardiovasculares e metabólicas presentes no choque endotóxico. A sua ação analgésica se dá pela inibição da bradicinina e da histamina, ligando-se então aos receptores noceptivos e irão aumentar dor, ou seja, diminuir o limiar de dor. As vantagens contida no uso dos anti- inflamatórios sob a do uso dos opióides é devido ao fato que os anti-inflamatórios causam analgesia sem causar dependência e sedação e tem como característica que a maioria de suas moléculas estam ligadas á proteínas plasmáticas. AINE’s ÁCIDO ACETILSLICÍLICO – AAS É derivado do ácido carboxílico, faz parte da família dos salicilatos. É considerado de boa absorção por via oral. Seu mecanismo de ação é através da inibição da COX 1, porém não irar agir seletivamente, mas sim inibirá todas as COX’s. Possui ação analgésica e antipirética, tem grande potencial de antigregador plaquetário – devido a inibição alto dos tramboxanos – e não possui ação antioxidante. Bastante comum seu uso em equinos, perante a casos de laminite, principalmente pelas suas características de antigregador plaquetário, facilitando a movimentação diminuindo a viscosidade do sangue efacilitando o fluxo do mesmo em pequenos vasos. É um medicamento contra-indiciado em animais com osteoastitre e com distúrbios gástricos, como as gastrites e úlceras, devido ao alto poder de inibição da COX, fazendo com que haja a inibição da COX fisiológica – COX 1 – e este fator diminuirá tanto a produção de muco do estomago como a diminuição da produção de líquido e a regeneração da cartilagem articular, proporcionada pela prostaglandina fisiológica. DICLOFENÁCO É derivado do ácido carboxílico, faz parte da família dos ácidos acéticos. Utilizado principalmente em animais de grande porte, principalmente equino, entretanto não é muito utilizado para animais de pequeno porte, como os cães, devido ao seu potencial causador de sangramento gástrico. Considerado medicamento não muito bem seletivo ao COX, porém possui boa ação analgésica e antiinflamatórias, possuindo então um poder menos úlcerogênico que os AAS. IBUPROFENO É derivado do ácido carboxílico, faz parte da família dos ácidos propiônicos. Possuem propriedades farmacológicas melhores do que as dos ácidos acéticos. Declarado como inibidor do COX 1 e 2, na qual diminui a agregação de neutrófilos, elimina radicais livres e enzimas lisossomais, que são outras citocinas proinflamatória. Mais indicado há processos agudos e pouco indicado em pequenos animais, devido a sua meia vida longa, pois desencadearia problemas gástricos e nefrotocidade. A principal via de administração é por via oral. CARPROFENO É derivado do ácido carboxílico, faz parte da família dos ácidos propiônicos. É o mais utilizado na rotina clínica (principalmente em processos de osteartrites e processos pré e pós cirúrgico de tecidos mortos), apesar de não ser seletivo de COX, ele possui maior afinidade pelo ciclooxigênase 2, fazendo assim que possua menos efeitos colaterais. Possui boa ação antiedematosa e analgésica. Em felinos normalmente não é usada em períodos constantes, devido a possibilidade de ocasionar toxidade gástrica, renal e hepática, mas, quando necessário é utilizado em dose única. CELOPROFENO É derivado do ácido carboxílico, faz parte da família dos ácidos propiônicos. É considerado fármaco de dupla ação, atuando tanto no COX como na LOX. Irar atuar antagonizando a bradicinina e também agirá como estabilizador de membrana, dificultado a troca intercelular, do meio intra com o meio extra celular, e a liberação de mais citocina. Consta que possui efeito menos ulcerogênico, que o flunixino e fenilbutazona. O seu uso não deve passar de 5 dias, pois possui alto poder de provocar lesões gástricas. Válido ressaltar que, é bastante utilizado em equinos por via intravenosa. FLUNIXINO MEGLUMINA É derivado do ácido carboxílico, faz parte da família dos ácidos aminonicolínico. Possui grande ação analgésica e anti- inflamatória em equinos – boa ação analgésica visceral. Utilizado em tratamentos de endotoxemia, sendo recomendado 1 4⁄ da dose. Ademas deve-se ter cuidado em sua admistração, pois, podem causar toxidade renal aguda tanto em cães como em gatos como também, chegam a causar, ou não, em casos de uso em animais desidratados, falhas renais em pacientes com diminuição da pressão sanguínea. FENILBUTAZONA É derivado do ácido enóico, faz parte da família dos pirazolonas. Amplamente utilizados na clinica de equinos. Deve-se ter precauções, quanto ao seu uso, pois é um fármaco que causa alta inibição da ciclooxigenase 1, e em equinos possui alto poder de causar lesões gástricas. Seu uso é mais decorrente em dores somáticas, ou seja, inflamações osteoarticulares, considerado de boa ação analgésica, entretanto sua admistração só pode ser feita por via intravenosa, devido a capacidade de alta ligação em proteínas, ou seja, caso ocorra por via intramuscular, por exemplo, ele se ligará/ se sentido atraído por proteínas musculares e não irar seguir para a circulação, causando então necrose do tecido muscular. A admistração em equinos é dada com pouca margem de segurança devido aos efeitos tóxicos. Normalmente, possui contra indicação para pacientes hepatopatas, nefropatas e cardiopatas. PIROXICAN É derivado do ácido enólico, faz parte da família dos oxicans. Tipo de fármaco mais encontrado quando associados com outros tipos de fármacos, como a bradicinina. Apesar disto, é declarado como um fármaco de boa absorção por via oral, podendo ser administrado por vias sistêmicas ou tópicas também. Possui ação antioplásica. A sua ação ontioxidante ocorre através da inibição dos radicais peróxidos. Possui boa cão no impedimento da ativação e agregação plaquetária e de neutrófilos e inibirá as enzimas lisossomais. Em cães possuem uma boa ação analgésica, entretanto em felinos não é recomendado o uso. MELOXICAN É derivado do ácido enólico, faz parte da família dos oxicans. É o primeiro a possuir seletividade de COX 2, ou seja, não inibirá a COX 1, dando mais segurança ao seu uso. Possui uma boa ação analgésica e antipirética. Age através da inibição seletiva do ciclooxigenase 2 e também inibirá os tromboxanos e prostaglandinas. É contraindicado em felinos para tratamentos longos; em suínos deve-se ter cuidado, pois, pode ocasionar agalaxia em fêmeas em fase de amamentação. São assim denominados os fármacos recentes no mercado atual, que possuem um valor comercial alto. São caracterizados como potentes seletivos da ciclooxigenase 2, porém, é incerto (mas, já mediados em alguns estudos) que eles inibem a ciclooxigenase 3, por isso então deve-se ter cuidado quanto ao seu uso, tornando-se assim seu uso restrito. A vantagem deste fármaco é que possui baixa toxidade, entretanto, por ser um grande inibidor de ciclooxigenase 2 ele não deve ser associado junto á outro anti- inflamatório não esterioidal. Os principais coxibes presentes no mercado é firocoxibe, mavacoxibe, robenacoxibe e celecoxibe. Possuem e agem como potentes de ação analgésica e anti- inflamatória. Deve-se avaloiar a questão do custo-benifício, pois é um fármaco caro e mediante a isso, só é utilizado quando for o último caso. PARACETAMOL Possui boa ação antipirética, além da ação analgésica, entretanto não é indicado o uso em felinos, pois os mesmos não possuem a enzima glicuronil transferase, enzima responsável por provocar a metabolização da substância. Em casos de intoxicação por este fármaco, deve-se usar a metionina (glutationa) e o carvão ativado. DIPIRONA Pertence ao grupo dos ácidos enóicos. Medianamente possui ação analgésicas, mais eficaz em dores leves. Ademas, não deve ser COXIBES INIBIDORES DE COX COM POUCA AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA utilizado em animais destinados ao consumo humano. AIE’s Os Anti-inflamatórios Esteroidais, são aqueles já produzidos no nosso organismo, de forma natural. O colesterol é um intermediário dos corticosteróides. Os corticóides possuem tanto ação anti-inflamatória como ação imunossupressora, se dando a partir de doses maiores. Os corticóides de subdividem em: a) Glicocorticóides (provocam a glicogênese, ou seja, ↑ do índice glicêmico – hiperglicemia; estimulam a gliconeogênese, diante da inibição da insulina; ocorre também a retenção de líquido); b) Mineralcorticóide. São fármacos que possuem alta lipossolubilidade, não recomendado a utilização em casos de doenças infecciosas, diabetis, hemorragias, pancreatites, cardiopatias (pois participam da ação do tônus muscular) e doenças renais (retendo líquidos), tudo devido aos seus efeitos colaterias, na qual possuem efeitos de imunossupressão, estabilizando a membrana e impedindo com que os macrófagos/ monócitos possam fagocitar as células. Seu mecanismo de ação equivale da ação genômica e não genômica. Um deles, talvez o principal, é chamado genômico, por envolver efeitos sobre o DNA da célula alvo. Os outros dois são chamados não-genômicos, por não atuarem sobre o DNA.No mecanismo genômico, a ligação do GC ao seu receptor citoplasmático – receptor de glicocorticoide (RG) – dá início à maior parte dos efeitos celulares dos GC. O RG é um ligante regulado pelo fator de transcrição da superfamília dos receptores nucleares, que ativam ou reprimem a expressão de milhares de genes; sua função é regulada pelo cortisol endógeno ou por GCs exógenos. O RG, como qualquer receptor nuclear, possui três domínios: (1) domínio de ligação ao ligante hormonal, localizado na extremidade carboxi- terminal; (2) domínio central de ligação ao DNA, que compreende o sítio de dimerização; e (3) domínio de transativação na extremidade aminoterminal, responsável pela interação com os fatores de transcrição7. O primeiro domínio tem como função ligar-se ao GC e promover a translocação nuclear do complexo GC-RG, a dimerização, a transativação do gene alvo e o silenciamento do receptor na ausência de ligação hormonal17. O segundo domínio é responsável pelo reconhecimento das sequências de ligação do RG nos genes alvos (elementos de resposta aos receptores de GC-RE). O terceiro domínio é responsável pela ligação do RG aos fatores de transcrição ou às moléculas coativadoras. Podem agir em interações diretas, proteína – proteína, no caso, as proteínas ativadoras, que induzem a ativação das IL pró-inflamatórias e de algumas enzimas, como a ciclooxigenase. Possuem tanto a ação anti-inflamatória como a ação imunossupressora, na qual suas ações se dão pela inibição do macrófago de fagocitar os produtos, acarretando então a imunossupressão, impedindo o processo de destruição de agentes e células reconhecidos como “organismo estranho”. Estes fármacos possuem biotransformação hepática e a sua excreção ocorre por via renal.
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