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Fraturas

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Laís Kemelly – HM V 
Ortopedia 
 
 
Introdução 
O conceito de fratura é perda de continuidade 
óssea, mesmo que incompleta. 
O osso fratura quando sofre um trauma de alta 
energia, pois sua composição estrutural é feita para 
suportar as cargas. 
Quando o paciente tem fraturas relacionadas à 
traumas de baixa energia, deve-se pensar em 
doenças que gerem fragilidade óssea. 
 
Pode acontecer à nível de: 
• Epífise (região articular) 
• Metáfise 
• Diáfise (corpo ósseo) 
 
tipo de fratura → energia aplicada. 
• Fraturas transversas ou oblíquas → 
forças angulares 
• Fraturas em espiral → forças de torção 
• Fraturas por avulsão → forças de 
tração??? 
o Quando o tendão inserido nesse 
osso começa a tensionar a ponto de 
“partir” o osso 
• Fraturas de compressão → forças 
compressivas (com deformidade) 
 
 
 
Classificação 
Atenção para topografia: 
• Terço proximal 
• Terço médio 
• Terço distal 
Podem ser classificadas de acordo com: 
• Seu traço 
• Comprometimento articular 
• Comprometimento de partes moles 
De acordo com o traço 
• Simples: apenas um traço, uma lesão única 
em todo o osso 
• Em cunha: dois traços de fratura 
• Cominutiva: quando existem múltiplos 
traços, com o osso fraturado em vários 
segmentos (despedaçado real) 
 
De acordo com o comprometimento articular 
• Intra-articulares: a fratura invade a 
articulação → + grave 
• Extra-articulares: a fratura não acomete a 
articulação 
 
Fraturas 
Laís Kemelly – HM V 
Ortopedia 
De acordo com o comprometimento de partes 
moles 
• Abertas: expostas, há contato do foco da 
fratura com o meio externo 
• Fechadas: não há contato da fratura com o 
meio externo 
 
Consolidação 
É o processo de cicatrização óssea, no qual o osso 
é regenerado a partir da indução de cascatas 
osteogênicas. 
1. Reparação da lesão: as cascatas 
osteogênicas 
2. Remodelamento ósseo: permite o retorno 
anatomofuncional, dureza do osso e etc 
Leva de 4 – 8 meses para cicatrizar total. 
O processo de consolidação é natural e na maioria 
das vezes não precisa de intervenção para 
acontecer. O que precisa ser feito é estabilizar a 
estrutura para que a reparação e o remodelamento 
sejam realizados de maneira efetiva. 
Fatores que influenciam a consolidação 
• Fator mecânico 
O foco fraturário precisa estar estabilizado por 
imobilização. A movimentação excessiva 
inviabiliza a consolidação. 
O osteoblasto (b de bota osso) necessita de espaço 
entre os fragmentos ósseos para realizar a 
deposição óssea. Se o osso permanecer em 
movimento, esses espaços vão sofrer alterações e o 
processo vai desandar. 
• Fator biológico 
O aporte de oxigênio e nutrientes precisa ter 
continuidade para que as reações metabólicas 
necessárias para a consolidação aconteçam. 
Etapas da consolidação 
 
1. Inflamação 
2. Reparo 
3. Remodelação 
Tipos de consolidação 
• Consolidação primária 
Não há nenhum grau de mobilidade no foco da 
fratura. 
Utilizam-se métodos cirúrgicos para obter a 
estabilidade absoluta. 
Não há formação de hematoma ou calo ósseo 
no foco fraturário. 
Utilizada usualmente para fraturas intra-
articulares. 
É um processo parecido com o descrito abaixo, 
porém sem a fase de formação do tecido 
fibrocartilaginoso (calo mole) 
• Consolidação secundária 
Há uma movimentação controlada no foco da 
fratura, com o objetivo de formar o calo ósseo. 
Podem ser utilizadas sínteses flexíveis, como 
placa e parafuso. 
Utilizada usualmente para fraturas diafisárias. 
Etapas da consolidação secundária: 
1. Fase precoce (hematoma fraturário) 
Os vasos do osso fraturado e de seu periósteo 
rompem e sangram com a lesão. Isso gera um 
hematoma ao redor das bordas dos fragmentos 
fraturários. (ao redor de onde quebrou vai ter um 
hematoma) 
Esse hematoma vai dar início ao processo de 
consolidação. Vai coagular e sofrer angiogênese. 
Laís Kemelly – HM V 
Ortopedia 
Esses novos vasos vão conter células 
mesenquimais pluripotentes originadas do 
periósteo e/ou do tecido mole subjacente, vão 
participar da reposição de conteúdo perdido. 
2. Fase do Calo Fraturário Mole 
Ocorre no período de duas semanas após a lesão 
inicial. 
Um tecido fibrocartilaginoso vai envolver as 
bordas dos fragmentos ósseos. Isso vai gerar um 
abaulamento no ponto de fratura do osso. (vai ficar 
um galo no lugar que quebrou por conta da deposição desse 
tecido) 
Como descrito, ele é fibrocartilaginoso, então não 
vai aparecer na radiografia. (é tecido mole???) 
3. Fase do Calo Fraturário Duro (calo 
ósseo) 
Após duas semanas, aquelas células mesenquimais 
que migraram na angiogênese da fase precoce 
começam a gerar osteoblastos (carinhosamente chamo 
de bota osso). 
A formação do tecido ósseo vai ser periosteal, (ou 
seja, o osteoblasto vai botando pelas bordasKKK meu deus q 
péssimo. to com sono só assim pra raciocinar) então o 
tecido ósseo não vai necessariamente começar a ser 
reposto no centro da fratura. 
Com o tempo, ele vai preenchendo o foco da fratura 
e começa a aparecer no RX um calo ósseo real 
oficial, particularmente com seis semanas. Nesse 
ponto, aconteceu a consolidação clínica: a fratura 
está clinicamente estável. 
Eu nunca quebrei um braço então tô aqui pensando, será que 
a pessoa fica 6 semanas com gesso: Socorro, 6 semanas = 1,5 
mês. 
O calo ósseo vai ficando mais rígido com o passar 
do tempo e o tecido ósseo primitivo (o que foi 
recém-depositado pelos osteoblastos) vai sendo 
convertido em tecido ósseo maduro (osso lamelar). 
Tecido ósseo primitivo → osso lamelar 
Essa brincadeira toda demora cerca de 4 – 8 
meses, sendo mais rápido em crianças (maior 
capacidade osteoblástica e tal). 
A consolidação radiológica acontece quando não 
se observa mais traço de fratura ao RX. 
 
Tipos de Imobilização 
• Contenção externa 
Aparelho gessado: em torno de todo o membro 
onde houve a fratura 
Tala gessada: apenas na face do local onde houve 
a fratura 
• Fixação cirúrgica externa 
Fixadores externos 
 
Infecção relacionada a fixador. 
• Fixação cirúrgica interna 
Placas e parafusos 
 
 
 
Laís Kemelly – HM V 
Ortopedia 
Fraturas Expostas 
Definição: contato do foco da fratura com o meio 
externo. 
MANEJO = SEMPRE CIRÚRGICO 
Fratura exposta = risco de osteomielite. 
Nem toda fratura exposta vai ser bagaceira, viu? 
Pode ser uma lesão puntiforme pontual, então é 
importante fazer um exame físico minucioso no 
foco da fratura para não deixar nada passar. 
Respeita teu paciente. 
 
Como nessa apresentação a fratura tem contato 
com o meio externo, é importante realizar uma 
antibioticoprofilaxia. Você vai seguir seu coração e 
tacar o primeiro ATB que achar? Não. Segue a 
classificação de risco aí. 
Classificação de Gustilo e Anderson 
• Fratura Tipo I 
o Ferida pequena (<1cm) 
o Limpa 
o Lesão de partes moles: mínima 
o Lesão óssea: simples 
o Cefalosporinas de 1ª geração 
• Fratura Tipo II 
o Ferida média (1 – 10cm) 
o Baixo grau de contaminação 
o Lesão de partes moles: moderada 
o Lesão óssea: moderada 
o Cefalosporinas de 1ª geração 
• Fratura Tipo III – A 
o Ferida grande (>10cm) 
o Contaminada 
o Lesão de partes moles: grave, mas a 
cobertura cutânea ainda é possível 
o Lesão óssea: multifragmentar 
o Todo PAF é um III-A 
o Cefalosporina de 1ª geração + 
Aminoglicosídeo (gentamicina) 
• Fratura Tipo III – B 
o Ferida grande (>10cm) 
o Contaminada 
o Lesão de partes moles: grave, com 
perda de continuidade cutânea 
(necessita de enxerto/retalho para 
reconstrução) 
o Lesão óssea: multifragmentar 
o Cefalosporina de 1ª geração + 
Aminoglicosídeo (gentamicina) 
• Fratura Tipo III – C 
o Ferida grande (>10cm) 
o Contaminada 
o Lesão de partes moles: grave + 
lesão vascular 
o Lesão óssea multifragmentar 
o Cefalosporina de 1ª geração + 
Aminoglicosídeo (gentamicina) 
Obs: fratura em ambiente rural, adicionar 
penicilina cristalina.PIOARTRITE → frequente em criança (+/- 9a), 
infecção e pus na articulação, etiologia bacteriana, 
geralmente é no joelho, bloqueio articular, febre!!! 
ARTRITE REATIVA → reação inflamatória que ocorre 
na articulação de crianças (até 12a) após infecção 
viral 
Espícula óssea 
Laís Kemelly – HM V 
Ortopedia 
Então o paciente chegou com fratura exposta, o 
que você vai fazer? 
Na emergência, como clínico geral: 
• “Não precisa” lavar, a lavagem é específica 
e deve ser feita pelo ortopedista em até 12h. 
• Lavagem mecânica: o objetivo é diluir a 
concentração de bactérias do local. O soro 
deve ser corrente, não em jatos. 
o Gustile 1: 3l de soro 
o Gustile 2: 6l de soro 
o Gustile 3: 9l de soro 
• Exceção: o clínico deve tirar fragmentos 
grosseiros. 
• Não deve suturar, exceto quando houver 
sangramento ativo. 
• Curativo sempre: diminuir a 
contaminação do paciente durante o 
transporte. 
• Imobilização sempre: o osso pode lesar 
outras estruturas caso permaneça solto 
Técnicas de Imobilização 
• Bandagem: tratamento conservador, não 
operável. Imobilização solidária, um dedo 
dá suporte ao outro 
• Tala gessada 
• Aparelho gessado 
• Fixador externo 
• Cinta de imobilização de pelve: deve ser 
posicionada na altura dos trocanteres com 
os membros em rotação interna. (fratura em 
livro aberto) 
• Tipoia 
 
 
 
 
Exame Físico 
Avaliar: 
• Deformidade 
• Perda da amplitude dos movimentos (indica 
fratura articular) 
• Comprometimento neurovascular 
o “Abre e fecha a mão”, “movimenta 
o pé” 
• Tromboembolismo venoso (comum em 
MMII) 
o Pct fica muito tempo deitado, tem 
que fazer profilaxia para TV 
• Síndrome compartimental 
o Comum em antebraço e perna 
o Edema rígido 
o Paciente refere muita dor ao tocar 
região após o edema 
• Desvios 
Exames de Imagem 
RX 
• AP e perfil (clássico) 
• Oblíquas (mão e pé) 
USG 
• Ver partes moles, mais comum em casos 
ambulatoriais 
Como localizar a fratura? 
Analise as bordas, se tem “degrau” tem fratura. 
 
 
Laís Kemelly – HM V 
Ortopedia 
Profilaxia 
Mecânicas 
• Controle de danos 
• Elevação do membro 
• Mobilidade precoce 
• Compressão pneumática 
o Simula a compressão do 
gastrocnêmio já que o paciente não 
está andando 
Química 
• Risco de trombose secundária a fratura de 
MMII 
Fisioterapia 
Fratura na Criança 
Tendência ao tratamento conservador 
Não confundir fise de crescimento com fratura 
 
Maior flexibilidade 
Fratura supracondiliana (cotovelo) 
• 5 – 6 anos 
• RX AP e perfil + bilateral 
• Clínica 
o Dor 
o Edemia 
o Deformidade 
o Hematoma 
• Lesão neurovascular é frequente 
Ao exame físico: 
• Sinal de Punk (equimose) 
• Sinal de Kimerson 
 
Fratura do Adulto 
• Tendência ao tratamento cirúrgico 
• Trauma de maior energia 
• Urgências: 
o Expostas 
o Diafisária de fêmur 
▪ Risco de embolia gordurosa 
o Fraturas de anel pélvico (urgência 
por conta da energia do trauma) 
▪ Fratura oculta: quando o osso vai 
para a parte central do esqueleto, 
pode perfurar órgãos internos 
▪ Fazer toque retal e vaginal para 
avaliar se houve lesão dessas 
regiões 
o Flutuantes 
▪ Fraturou fêmur e perna, joelho 
fica flutuante. 
▪ Fraturou braço e antebraço, 
cotovelo fica flutuante 
▪ Como não tem a estrutura do osso 
diafisário para sustentar, ele fica 
“solto”, como se fosse uma 
luxação 
Fratura de tornozelo 
• Clínica: dor e edema 
• Sempre: maléolo lateral e maléolo medial 
• RX: incidência PA e perfil 
 
Fise de 
crescimento 
Laís Kemelly – HM V 
Ortopedia 
Fratura do Idoso 
Locais mais acometidos: ombro, punho e quadril. 
Peculiaridades: 
• Osteoporose 
• Trauma de baixa energia 
Fratura de fêmur proximal → intervenção em até 
48h. QC clássico: 
o Encurtamento do membro (+/- 2 cm) 
o Membro em rotação externa 
Por que operar? 
Para que o idoso não fique acamado. Idoso 
acamado: risco de pneumonia, ITU... 
Quando indicar? 
Idoso andava antes do trauma? Opere. 
• Deambulador domiciliar 
• Deambulador comunitário 
O tipo de cirurgia depende do grau de mobilidade 
do paciente. 
Depende também das avaliações do pré-operatório, 
se ele for apto opere. 
Fraturas de colo 
• Idade: +/- 62 anos 
• Fator de risco: queda e osteoporose 
• Clínica: 
o Paciente não deambula 
Fratura transtrocantérica 
• > 65 anos 
 
 
 
 
 
 
Evolução Ortopédica 
 
• DT (data do trauma) 
• MT (mecanismo do trauma) 
• Descrever fraturas 
• Dados do exame físico ortopédico 
 
 
 
 
Fratura transtrocantérica 
Fratura de colo

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