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1 Sistema HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points) Eng.ª Daniela Teixeira 13 de Julho de 2020 SEGURANÇA ALIMENTAR IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS 3 PRÉ-REQUISITOS Para uma aplicação eficaz do Sistema HACCP é necessário controlar e garantir um conjunto de condições adequadas à produção de alimentos seguros. Os Pré - Requisitos definidos, quando implementados, estabelecem uma base sólida para assegurar boas condições de higiene e salubridade durante a produção de produtos. 4 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Conjunto de procedimentos que controlam condições operacionais, dentro de uma empresa alimentar, favorecendo o estabelecimento de condições ambientais favoráveis à produção de alimentos seguros. Devem ser implementados antes de iniciar o estudo HACCP 5 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS 6 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS ❖ Requisitos de desenho higiénico – Circuitos e Layout´s; ❖ Higiene e Segurança das instalações, equipamentos, utensílios e viaturas de transporte; ❖ Manutenção dos equipamentos; ❖ Higiene e Comportamento Pessoal; ❖ Acolhimento e Formação; ❖ Higienização; ❖ Qualificação de Fornecedores; ❖ Rastreabilidade e Identificação do Produto; ❖ Higiene e Segurança dos Processos; ❖ Controlo de Pragas; ❖ Controlo dos Resíduos 7 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS REQUISITOS DE DESENHO HIGIÉNICO CIRCUITOS E LAYOUT´S 8 As instalações têm que ser projetadas de modo a que os alimentos, materiais, resíduos e funcionários circulem ordenadamente de uma área para a outra, assegurando a “marcha em frente”, sem haver o risco de cruzamento de diferentes etapas de modo a evitar a contaminação cruzada. IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS DESENHO HIGIÉNICO “MARCHA EM FRENTE” 9 Os layout´s adequados (esboço mostrando a distribuição física das instalações e equipamentos) Devem ser planeados de forma a evitar espaços mortos que permitam acumulação de sujidades, desperdícios, resíduos bem como equipamentos obsoletos. IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS LAYOUT “MARCHA EM FRENTE” Layout de um estabelecimento de Restauração de acordo com os princípios básicos de Design 10 11 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS SEPARAÇÃO DAS ÁREAS • Definir circuito produto • Definir horários entrada e saída de matérias-primas, resíduos, fornecedores • Definir horários de produção do produto • Criar condições de trabalho higiénicas CUMPRIMENTO DO PRINCÍPIO DE: “MARCHA EM FRENTE” 12 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS HIGIENE E SEGURANÇA DAS INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, UTENSÍLIOS E VIATURAS DE TRANSPORTE 13 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS ZONAS ENVOLVENTES Podem começar aqui os problemas de contaminação!! O perímetro da unidade deve apresentar-se limpo (sem lixo, ervas e acumulação de materiais); Todo o espaço exterior deve ser mantido nas melhores condições higiénicas e de conservação; Não deve apresentar fendas nas paredes; Os canais de escoamento não podem estar obstruídos; Não podem existir zonas favoráveis à presença de roedores ou insetos, tais como charcos de água estagnada, terras soltas e matagais. RESPEITAR: 14 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS TETOS de modo evitar a acumulação de sujidade; reduzir a condensação e o desenvolvimento de bolores indesejáveis; evitar o desprendimento de partículas, outras substâncias ou objetos nocivos. O teto não deverá possuir elementos da sua estrutura à vista. Os tetos, tetos falsos e outros equipamentos neles suspensos devem ser concebidos, construídos e acabados: 15 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS TETOS Devem ser lisos, construídos em material lavável, impermeável e de fácil limpeza. Os equipamentos, tubagens e outros elementos instalados em tetos e tetos falsos devem-no ser de tal forma que facilite a realização eficaz das atividades de limpeza. A altura dos tetos pode variar consoante o tipo de operações, devendo ser o suficiente para permitir adequadas condições de trabalho e permitir a instalação dos equipamentos. No mínimo, é desejável que as instalações tenham um pé direito de pelo menos 3 m. 16 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PAVIMENTOS Antiderrapantes, tanto para pessoas como para veículos; Facilmente laváveis e desinfetáveis; Resistência ao ataque, impermeáveis a derrames de produtos a laborar na área onde são aplicados, tais como: detergentes e desinfetantes, água quente e fria, lubrificantes; Duráveis, isto é, resistentes aos impactos ou ao atrito por recipientes, equipamentos, tubos, mangueiras, pessoal; Não tóxicos ou fonte de cheiros passíveis de ser transmitidos aos produtos; Serem passíveis de ser reparados em secções ou parcialmente, caso ocorram estragos ou desgaste excessivo; Apresentar uma boa aparência: bem arranjados, limpos e bem mantidos CARACTERÍSTICAS DOS PAVIMENTOS 17 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PAVIMENTOS DRENAGEM DOS PAVIMENTOS O sistema de drenagem deve estar posicionado, ter a dimensão e a inclinação adequadas de forma que os resíduos sólidos e líquidos sejam contidos, rapidamente removidos e controlados de modo a minimizar a probabilidade de estes se espalharem no pavimento; Deverão existir ralos, ou outros sistemas de recolha de líquidos no chão, a intervalos suficientemente próximos de modo a assegurar uma adequada drenagem dos pavimentos; Em zonas molhadas, e especialmente no chão de andares superiores, é necessária a aplicação de uma membrana impermeável. 18 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PAREDES DEVEM SER CONSTRUÍDAS COM MATERIAIS: impermeáveis; não absorventes; cor clara; laváveis; não tóxicos; lisas até uma altura adequada às operações de limpeza. No mínimo, esta altura deverá ser de 1,5 m, sendo que o restante até ao teto deverá ser pintado com tinta de cor clara, de forma a facilitar a visualização da sujidade na sua superfície, e lavável. 19 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PAREDES Todos os ângulos e cantos nas paredes e as junções entre as paredes e o chão e teto deverão ser convenientemente seladas e arredondadas para facilitar a limpeza. Junções com um raio de curvatura de 80 mm são consideradas como satisfatórias na generalidade das situações. Onde as linhas de serviços (água, vapor,...) e outras tubagens atravessem paredes, tetos ou pavimentos, estas devem ser seladas para eliminar fendas nas superfícies internas e externas, de modo a prevenir a acumulação de humidade, a deposição de resíduos e o desenvolvimento de pragas. As tubagens fixadas a paredes, deverão estar afastadas no mínimo 15 cm de forma a facilitar a limpeza. 20 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PORTAS DEVEM TER: superfícies lisas; cor clara; material resistente; imputrescível; não absorventes; permitir uma limpeza adequada. As frinchas das portas devem ser o mais pequenas possível (5 mm ou menos) de modo a quando fechadas, não permitirem o acesso a roedores. 21 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PORTAS As portas de comunicação interior deverão preferencialmente não possuir puxadores e estar equipadas com mola vaivém e óculo, para visualização. No caso de portas que abram para o exterior devem ser, sempre que possível de fecho automático. Alternativamente, uma antecâmara com duas portas, entre a área alimentar e o exterior ou a área onde se encontram subprodutos, é considerada uma alternativa aceitável; As portas para o exterior e que sejam utilizadas durante a noite, é boa prática a utilização de luzes no exterior, entre 9 a 12 m da porta, de modo a afastar os insetos da porta; É de ter em atenção que os beirais em portas externas, tendo em vista a proteção do pessoal da chuva, podem servir de locais de nidificação para aves, pelo que devem ser evitados. 22 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS JANELAS As janelas e outras aberturas devem ser construídas de modo a evitar a acumulação de sujidade e estar equipadas, sempre que necessário para assegurar a segurança e salubridade dos géneros alimentícios, com redes de proteção (redes mosquiteiras) contra insetos.A armação que suporta a rede mosquiteira deverá possuir um sistema ou estar colocada de modo a que a sua desmontagem seja fácil de forma a permitir as operações de limpeza. 23 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS JANELAS As janelas devem permanecer fechadas durante a laboração, quando da sua abertura resultar a contaminação dos géneros alimentícios pelo ambiente exterior; Se for utilizado vidro nas janelas, este deverá ser inquebrável (material acrílico); Os caixilhos das janelas deverão ser resistentes à corrosão; Os peitoris ou rebordos internos deverão ser o mais pequenos possível e com um ângulo de 20° a 45° para facilitar as operações de limpeza e evitar que sejam usados como prateleiras para o armazenamento temporário de embalagens, ferramentas, canetas e outros instrumentos. 24 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS ILUMINAÇÃO A iluminação poderá ser de origem natural ou artificial, no entanto, quando existir necessidade de recurso a: iluminação artificial, esta deve ser elétrica e de intensidade uniforme. As fontes de iluminação não devem provocar um excessivo aquecimento, nem devem ser suscetíveis a grandes variações de intensidade. 25 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS ILUMINAÇÃO Ser de cor adequada quando necessário, por exemplo em zonas de inspeção, de modo a que a cor natural dos produtos não seja alterada; Estar instalada em armaduras que permitam: evitar a contaminação dos alimentos ou equipamentos por vidros em caso de rebentamento das lâmpadas; evitar as acumulações de poeiras e o acesso a insetos; uma fácil limpeza e manutenção. UMA BOA ILUMINAÇÃO DEVE: Ser suficiente para os trabalhos ou funções a realizar num determinado local; 26 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS VENTILAÇÃO As instalações devem ser convenientemente ventiladas naturalmente ou através de sistemas de ventilação mecânicos, que promovam a contínua renovação do ar. Uma ventilação adequada deve ser assegurada em todas as áreas de trabalho de modo a: Minimizar a contaminação dos alimentos por via do ar; Controlar a temperatura e humidade, por remoção de calor em excesso e vapor de água. 27 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS VENTILAÇÃO FILTROS As entradas de ar nas áreas alimentares devem dispor de um sistema de filtros eficaz. Os filtros deverão ser capazes de reter partículas que tenham potencial para causar contaminação no produto ou no ambiente de processamento. Em áreas onde estejam a ser manuseados produtos de alto risco, os filtros deverão ter uma porosidade de 0,5 mm de forma a prevenir a entrada de microrganismos. Os sistemas de ventilação devem ser construídos de forma a proporcionar um acesso fácil aos filtros e a outras partes que necessitem de limpeza ou de substituição. Os filtros devem poder ser facilmente removíveis para substituição ou limpeza. TUBAGENS A tubagem de condução do ar deve ser tão curta quanto possível. Deverá possuir pontos de acesso, não distantes mais do que 3m, de forma a facilitar a sua limpeza. 28 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS EXAUSTÃO A exaustão de fumos e cheiros é outro requisito importante e independente da ventilação do estabelecimento. Deverão ser construídos em material incombustível, terem uma potência suficiente e conduzirem os fumos e cheiros diretamente para o exterior. Devem ser periodicamente limpos, pois são propícios à acumulação de gordura. 29 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS EXAUSTÃO REMOÇÃO DA CONDENSAÇÃO Nas zonas onde existe equipamento que liberta vapor deverá ser instalada ventilação adequada para a remoção de vapor. Prevenir a ocorrência de condensação contribui para reduzir o crescimento de fungos e a corrosão dos equipamentos. REMOÇÃO DE FUMOS Os sistemas de exaustão devem ser igualmente capazes de assegurar a remoção de fumos que se produzam nos processos, evitando que estes retornem à área e se espalhem por esta, transmitindo odores estranhos a outros produtos. 30 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS A forma de conceção e construção dos equipamentos e contentores deve assegurar uma correta limpeza e desinfeção e que os mesmos sejam mantidos de modo a prevenir a contaminação dos alimentos/produtos. O equipamento deve ser construído de material resistente, não tóxico, movível ou desmontável para permitir manutenção, limpeza, desinfeção, monitorização e, inspeção de existência de pragas. 31 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS Todos os utensílios devem ser construídos a partir de materiais sem risco de transmitir aos produtos substâncias tóxicas, odores ou cheiros indesejáveis, não absorventes, resistentes à corrosão e capazes de suportar as operações repetitivas de limpeza e de desinfeção. Estantes, armários, prateleiras, estrados e superfícies de trabalho em contacto com géneros alimentícios devem ser de material liso, não tóxico, resistente a fraturas e corrosão, não absorventes e inertes aos produtos, detergentes e desinfetantes, sob condições normais de operação. As superfícies devem ser lisas e sem ângulos retos. Uma superfície porosa e absorvente como a madeira é um habitat para germes, que podem contaminar os alimentos a qualquer momento. 32 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS EQUIPAMENTOS E UTENSÍLIOS LAVATÓRIOS Deverão existir nas zonas de produção de alimentos, lavatórios em número suficiente, devidamente localizados e sinalizados, para lavagem das mãos: Equipados com água corrente quente e fria; Materiais para limpeza (sabonete líquido, escova de unhas, etc.); Dispositivos para secagem higiénica (toalhetes de papel descartável); Recipiente para colocar os toalhetes usados (revestidos por saco plástico, tapados e de abertura não manual) DEVEM EXISTIR INSTALAÇÕES APROPRIADAS PARA A PREPARAÇÃO DOS ALIMENTOS E LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS, COM UMA FONTE DE ÁGUA POTÁVEL, QUENTE OU FRIA. * Não é recomendado o uso de secadores automáticos de mãos com ar forçado, já que as correntes de ar que provocam poderão arrastar contaminantes para produtos ou equipamentos. 33 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS MEIOS DE TRANSPORTE INTERNOS E EXTERNOS As caixas de carga dos veículos de transporte e os contentores utilizados para o transporte devem ser mantidos limpos e em boas condições, de forma a proteger da contaminação, e devem ser concebidos e construídos de forma a permitir uma limpeza e desinfeção adequadas. As caixas de carga e os contentores não devem ser utilizados para o transporte de quaisquer outras substâncias que não sejam géneros alimentícios, sempre que disso possa resultar a sua contaminação. 34 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS MEIOS DE TRANSPORTE INTERNOS E EXTERNOS Sempre que necessário para assegurar a segurança e salubridade dos géneros alimentícios, as caixas de carga e os contentores utilizados para o transporte devem estar equipados de forma a manter os géneros alimentícios a temperatura e humidade adequadas e ser concebidos de forma a permitir que essa temperatura e humidade sejam controladas. Durante o transporte, os alimentos devem ser protegidos da poeira e outros poluentes. A colocação e proteção dos géneros alimentícios dentro das caixas de carga e dos contentores deve reduzir ao mínimo o risco de contaminação. 35 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS, VESTIÁRIOS E BALNEÁRIOS OS SANITÁRIOS, VESTIÁRIOS E BALNEÁRIOS, POR SEREM UM POTENCIAL FOCO DE CONTAMINAÇÃO, DEVEM SER TOMADOS EM CONTA COMO LOCAIS ONDE AS REGRAS DE LIMPEZA E DESINFEÇÃO DEVEM SER ESCRUPULOSAMENTE RESPEITADAS. 36 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS O acesso deve ser efetuado a partir de uma antecâmara provida de lavatórios e equipamento de desinfeção, não sendo permitida uma comunicação direta entre as instalações sanitárias e os locais onde sejam manipulados alimentos; Água canalizada, quente e fria, e esgotos ligados à rede geral ou fossa séptica com interposição de sifões hidráulicos; Separadas por sexos e sinalizadas; Teto, pavimento, paredes,portas, janelas, ventilação e iluminação adequados; Deverão existir retretes e urinóis em número suficiente e separados por sexo: uma retrete e um urinol por cada grupo de 25 homens e uma retrete por cada grupo de 15 mulheres; Lavatórios com comando não manual (1 por cada 10 indivíduos) e com espelho. 37 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS Escova de unhas; Sabonete líquido bactericida; Toalhetes de papel; Papel higiénico; Recipiente para lixo; Piaçaba junto das sanitas. IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS DISPOSITIVOS COMPLETOS 38 INSTALAÇÕES DE BALNEÁRIO Os balneários deverão estar instalados em local independente, separado dos sanitários; As cabines de banho com chuveiro devem ser instaladas em local próprio, apenas em comunicação com as instalações do vestiário; Deverá existir uma cabina de banho, com chuveiro, por cada grupo de 10 trabalhadores ou fração que cessem simultaneamente o trabalho; Cabines individuais de duche com água quente e fria e de uma saboneteira; As cabines de banho devem ser dotadas de uma antecâmara de vestir dispondo esta de cabide, toalheiro e banco; As cabines de banho devem ter piso antiderrapante com estrado; As cabines de banho devem ser providas de porta ou construídas de modo a manter resguardo suficiente. 39 INSTALAÇÕES DE VESTIÁRIO Devem ser salas próprias, separadas por sexo, em comunicação direta com as cabines de chuveiro e os lavatórios; Cacifos individuais arrumados, fechados e identificados; Os armários deverão ser preferencialmente construídos em aço inoxidável, com arejamento inferior e superior; A parte superior deverá possuir inclinação para evitar a acumulação de sujidade; Os armários devem ser duplos, de forma a permitir a separação das roupas de uso pessoal e de trabalho e ainda divisórias para calçado; Dimensões mínimas 0,30m x 0,40m x 1,50m; Junto ao armário colocar um banco de apoio à mudança de roupa em material lavável. 40 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS MANUTENÇÃO 41 MANUTENÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Todas as operações devem ser realizadas de modo a evitar as contaminações dos equipamentos, utensílios, matérias-primas, materiais de embalagem e produtos. Estabelecer regras de execução e periodicidade de manutenção dos equipamentos com o objetivo de garantir a sua operacionalidade. As operações de manutenção dos estabelecimentos são imprescindíveis para manter a qualidade e segurança alimentar. 42 PLANO DE MANUTENÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS DOCUMENTOS E REGISTOS ASSOCIADOS Plano de Manutenção Certificados de conformidade dos equipamentos/ Características dos equipamentos; Fichas técnicas dos produtos de lubrificação. Registo das Operações de Manutenção (preventivas ou corretivas); Registos de Calibrações e Certificados. 43 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS ACOLHIMENTO E FORMAÇÃO 44 CONHECIMENTO = PREVENÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Dotar os Colaboradores de formação adequada no manuseamento de alimentos e de comportamento pessoal durante o processo de produção 45 FORMAÇÃO PROFISSIONAL IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Formação Contínua de Ativos deve abranger, em cada ano, pelo menos 10% dos Colaboradores com contrato sem termo de cada Empresa. Garantir, no mínimo, 40 horas de formação certificada a estes Colaboradores. Em cada 3 anos, todos os Colaboradores deverão beneficiar de formação certificada. CÓDIGO DE TRABALHO (ART. 125º) 46 FORMAÇÃO PROFISSIONAL IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS REGULAMENTO (CE) Nº 852/2004 (ANEXO II – CAPÍTULO XII) Os operadores das empresas do sector alimentar devem assegurar que: O pessoal que manuseia disponha, em matéria de higiene dos géneros alimentícios, de instrução e/ou formação adequadas para o desempenho das sua funções; Os responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção do processo referido no nº 1 do artigo 5º do presente regulamento ou pela aplicação das orientações pertinentes tenham recebido formação adequada na aplicação dos princípios HACCP. Todos os requisitos da legislação nacional relacionados com programas de formação de pessoas que trabalhem em determinados sectores alimentares sejam respeitados. 47 PLANO DE ACOLHIMENTO E FORMAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS DOCUMENTOS ASSOCIADOS: Diagnóstico de necessidades de formação e Sistema para a revisão de necessidades de formação; Plano de formação (Referencial do curso); Cronograma das ações de formação; Manual de formação; Diplomas de participação dos funcionários; Registo da formação de integração e acolhimento do pessoal; Registo de participação nos módulos de formação; Registo de ocorrências; Validação e resultados das formações (Relatórios de controlo) 48 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS HIGIENIZAÇÃO 49 HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS REGRAS GERAIS Durante as operações da unidade, verifica-se a acumulação de Resíduos e Sujidade DEVE SER HIGIENIZADA TODA A INSTALAÇÃO Eliminação das sujidades visíveis e não visíveis e a destruição de microrganismos 50 HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS A higienização pode ser efetuada através de uma limpeza OU através de uma limpeza seguida de uma desinfeção, dependendo: PROCESSO DE FABRICO; TIPO DE PRODUTO; TIPO DE SUPERFÍCIES; TIPO DE SUJIDADE; NÍVEL DE HIGIENE REQUERIDO. LIMPEZA (L) – Remoção de resíduos sólidos, poeiras, oxidação e restos de alimentos, entre outros. LIMPEZA (L) + DESINFEÇÃO (D) – Destruição dos microrganismos 51 DESINFEÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Em superfícies e equipamentos que entrem em contacto direto com os alimentos, em qualquer fase do processo (receção, armazenagem, preparação, fabrico, distribuição); Em superfícies que entram em contacto direto com as mãos dos manipuladores (utensílios, manípulos das portas); Recipientes para lixo. Assegure-se que efetua a operação de DESINFEÇÃO após a operação de limpeza, nas seguintes situações: 52 LIMPEZA E DESINFEÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS A limpeza e desinfeção de rotina não matam todos os microrganismos, apenas os reduzem a níveis aceitáveis 53 ETAPAS DA HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS 1. Remoção dos resíduos maiores depositados nas superfícies; 2. Enxaguamento inicial da superfície; 3. Aplicação do produto detergente na superfície, na quantidade e tempo necessários à sua ação; 4. Enxaguamento da superfície com água corrente; 5. Aplicação do produto desinfetante na superfície, na quantidade e tempo necessários à sua ação; 6. Enxaguamento da superfície com água corrente; 7. Secagem utilizando papel descartável. 54 LIMPEZA + DESINFEÇÃO = HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Processos Mecânicos, como lavagem da louça na máquina, o uso da temperatura adequada promove a desinfeção e secagem. (55ºC a 60ºC na lavagem e 80ºC a 85ºC no enxaguamento) Após a desinfeção todos os equipamentos/utensílios devem ser secos com papel e acondicionados em local próprio ao abrigo de poeiras ou ser protegidos com um saco plástico transparente. 55 EFICIÊNCIA DE DETERGENTES / DESINFETANTES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Deve-se sempre respeitar as instruções específicas dos produtos... …Caso contrário a sua eficácia fica comprometida! 56 EFICIÊNCIA DE DETERGENTES / DESINFETANTES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Nunca usar detergentes e desinfetantes “a olho”! Deve seguir rigorosamente instruções de trabalho. PORQUÊ ? Podem ocorrer 2 situações graves: Se a quantidade for insuficiente poderá deixar a superfície com microrganismos. Se a quantidade for excessiva, poderão ficar resíduos químicos. CONTAMINAÇÃO DOS ALIMENTOS 57 DETERGENTES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Servem essencialmente para remover resíduos orgânicos tais como restos de gorduras; As moléculas de detergente envolvem a gordura encapsulando-a, aquando do enxaguamento o detergente complexado com os resíduos é removido conjuntamente com a água. 1 2 3 58 AÇÃO DE UM DETERGENTEIMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Moléculas de detergente Moléculas de gordura O detergente envolve a gordura, sendo ambos removidos pela água 59 DESINFETANTES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Um desinfetante pode ser simultaneamente um detergente possuindo também a capacidade de remover resíduos orgânicos. O desinfetante, normalmente provoca a morte dos microrganismos pelo rebentamento das células tornando-as inviáveis. A SUA ACÇÃO É MAIS EFICAZ SE FOR UTILIZADO APÓS UMA CORRETA LIMPEZA. 60 DETERGENTES E DESINFETANTES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Os produtos de higienização estão normalmente muito concentrados e, apresentando um risco elevado para a saúde humana. Os funcionários responsáveis das tarefas de higienização devem obedecer às seguintes REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO 61 REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Devem utilizar vestuário adequado e exclusivo a esse fim (luvas, máscaras); Ter formação sobre os métodos de preparação e aplicação dos químicos de limpeza, bem como os cuidados em termos de proteção pessoal; Utilize apenas produtos comerciais autorizados para indústria alimentar; Não transferir produtos de limpeza/higienização para recipientes alternativos de armazenamento. 62 REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Todos os produtos químicos potencialmente perigosos devem ser rotulados e acompanhados pelo respetivo símbolo de perigo químico, indicando o tipo de perigos e as consequências de uso indevido; Substituir de imediato rótulos ilegíveis ou danificados; Água e soluções de limpeza derramadas são um perigo de queda, como tal deve proceder-se à remoção dos líquidos e produtos derramados com rapidez. 63 REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Não misture os produtos de limpeza, a não ser em situações devidamente indicadas. NÃO MISTURAR LIXÍVIA COM UM PRODUTO ÁCIDO, uma vez que liberta, cloro gasoso que é extremamente irritante para o sistema respiratório e para os olhos. 64 REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Cuidado ao abrir as embalagens para evitar salpicos e possíveis gases; As tampas das embalagens devem ser sempre fechadas firmemente; Nunca se deve pipetar os produtos de higienização com a boca, nem tentar identificá-los através do olfacto. 65 REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Não manuseie embalagens de produtos de limpeza com peso superior ao que consegue suportar; No final da higienização, por razões de proteção pessoal, os operadores devem lavar as mãos; A aplicação de produtos químicos nunca deve ser feita na presença de alimentos ou suas matérias-primas. Estes devem ser retirados ou devidamente tapados para evitar contaminações. 66 REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Nunca comer, beber, fumar ou aplicar cosméticos durante a manipulação de substâncias químicas; Todo o equipamento de limpeza manual deve estar identificado por um sistema de cores associado a cada área de laboração. Por exemplo, os utensílios utilizados na limpeza dos sanitários e áreas sociais não devem ser utilizados na limpeza das áreas produtivas. O sistema de identificação por cores evita a possibilidade de engano. 67 REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS O local de armazenamento do material de limpeza/desinfeção deve estar separado de outras áreas do estabelecimento e ser um espaço fechado com acesso restrito. Este local deve ser fresco, seco, de tamanho e ventilação adequados, bem sinalizado e mantido limpo; Mudar a água de enxaguamento, quando fria ou suja, de modo a evitar recontaminações; A temperatura da água na qual ó desinfetante é diluído não deve ser demasiado elevada, para não desativar o produto. 68 REGRAS BÁSICAS DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Nunca utilize vassouras para varrer o pavimento das cozinhas e das salas de refeições; Começar a limpeza de paredes e equipamentos de cima para baixo, ou seja, a limpeza deve iniciar-se pelo teto e paredes e posteriormente pelas superfícies horizontais e chão. Esta orientação tem como objetivo evitar a recontaminação das superfícies; Após cada utilização de equipamentos que contactam os alimentos, devem ser desmontados, lavados e desinfetados. 69 PLANO DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS É um documento que indica quais as ações que têm que ser tomadas para limpar e/ou desinfetar, de forma apropriada, as instalações, equipamentos, utensílios e viaturas da unidade; Deve ser apropriado, acessível e do conhecimento dos responsáveis destas operações; Deve ser constituído um dossier com as fichas técnicas, fichas de segurança e autorizações de venda de todos os produtos de higienização utilizados 70 PLANO DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS O QUE DEVE CONSTAR: O QUE SE LIMPA (zonas, equipamentos, utensílios, viaturas de transporte); QUEM LIMPA (responsável); COMO LIMPA (o método, a frequência e duração das operações, bem como a concentração dos agentes a utilizar); PRODUTOS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A UTILIZAR; PRECAUÇÕES A TOMAR; VESTUÁRIO DE PROTEÇÃO, se necessário; Quem é RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO E MONITORIZAÇÃO; Qual o PROCEDIMENTO NECESSÁRIO PARA SE EFETUAR A VERIFICAÇÃO E MONITORIZAÇÃO; TIPO DE REGISTOS a efetuar. 71 VERIFICAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Uma vez validado e implementado o Plano de Higienização Se necessário, fazer revisão do plano Deve AVALIAR O RESULTADO da sua aplicação 72 VERIFICAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Inspeções visuais; Análises microbiológicas; Outras análises, como kits rápidos que avaliam a quantidade de microrganismos existentes, ou simplesmente se esta sujo ou não. PARA MONITORIZAÇÃO E VERIFICAÇÃO 73 PLANO DE HIGIENIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS DOCUMENTOS E REGISTOS ASSOCIADOS: Plano de Controlo de Higienização; Mapas dos Planos de Higienização; Fichas Técnicas e de Segurança dos Produtos de Limpeza e Desinfeção; Registos de higienização; Avaliação da eficácia da higienização Boletins de registo dos testes de higiene; Lista de verificação visual das operações de higienização Instruções de trabalho Higienização de instalações; Higienização de equipamentos; Higienização de utensílios; Higienização de viaturas; Higienização de mãos DATA 74 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES 75 QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS É necessário que todos os operadores da cadeia alimentar tenham implementado os mesmos padrões de higiene e segurança alimentar; Deve ser assegurado que os fornecedores têm Boas Práticas de fabrico e segurança alimentar implementadas. 76 QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Reunir documentação que garanta a qualificação apropriada de todos os fornecedores; Auditorias às instalações do fornecedor; Estabelecer as especificações a que cada matéria-prima deve obedecer durante a inspeção e a receção por forma a prevenir que entrem produtos não conformes 77 QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Os fornecedores devem ser avaliados no decorrer das entregas e compras de produtos de acordo com critérios estabelecidos (estado do produto, embalagem, rotulagem, temperatura, higiene); Estabelecer regras de atuação perante o não cumprimento por parte dos fornecedores 78 PLANO DE QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Identificação de fornecedores; Documentação de laboração autorizada; Especificações de segurança alimentar aplicáveis às matérias primas; Declaração comprovativa do sistema de segurança alimentar (HACCP); Descrição, frequência e resultados do controlo microbiológico realizado; Fichas técnicas das matérias-primas; Certificados de conformidade das embalagens e de outros materiais que entrem em contacto com os produtos alimentaresDOCUMENTOS POR FORNECEDOR: 79 PLANO DE QUALIFICAÇÃO DE FORNECEDORES IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Os fornecedores que não apresentarem os documentos requisitados não serão homologados!! 80 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS RASTREABILIDADE E IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO 81 RASTREABILIDADE IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS Capacidade de detetar a origem e seguir o rasto de um género alimentício, de um animal produtor de géneros alimentícios, uma substância, alimento para animais, destinados a ser incorporados em géneros alimentícios ou em alimentos para animais, ou com probabilidades de o ser, ao longo de todas as fases de produção, transformação e/ou distribuição. (segundo o Regulamento CE nº 178/2002). 82 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS 83 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS SISTEMA DE RASTREABILIDADE Permitir que ao longo da cadeia alimentar, exista uma continuidade na informação na medida em que, através de um sistema de registo de dados se obtenha um fluxo contínuo de informações associadas a um fluxo físico de mercadorias. OBJETIVO: Permite ao consumidor conhecer a história do produto que está a comprar, desde a sua produção até ao local de venda. 84 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS SISTEMA DE RASTREABILIDADE Identificar o operador anterior e o operador imediatamente posterior na cadeia É UM DEVER DO OPERADOR ECONÓMICO: UM PASSO ATRÁS E UM PASSO À FRENTE 85 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS AGRUPAMENTO DE PRODUTOS LOTE Conjunto de unidades de venda de um género alimenticio produzido, fabricado ou acondicionado em circunstâncias praticamente identicas ROTULAGEM SISTEMA DE RASTREABILIDADE 1º Categoria Tempo de reacção ● nome e morada do fornecedor bem como a natureza dos produtos que foram fornecidos pelo mesmo, ● nome e morada do cliente bem como a natureza dos produtos que lhe foram entregues, ● data da transacção; De imediato 86 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS TIPOS DE INFORMAÇÃO 2º Categoria – Informação Adicional Tempo de reacção ● volume ou quantidade, ● indicação do lote, se existir, ● outros detalhes do produto (pré-embalado, variedade, processado, etc.) No mais curto espaço de tempo 87 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PRAZOS DE CONSERVAÇÃO DE REGISTOS Regra geral - 5 anos; Sem data de validade - 5 anos; Com data de validade superior a 5 anos - período de validade mais 6 meses; Géneros alimentícios altamente perecíveis que tenham uma data limite de consumo inferior a 3 meses ou sem data (ex: frutas, vegetais e produtos não pré- embalados), destinados diretamente ao consumidor final - 6 meses após a data de fabrico ou a entrega do produto 88 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS EXEMPLO RESTAURAÇÃO Preservação dos rótulos de origem dos géneros alimentícios; Identificação dos géneros alimentícios sem rótulos (Rastreabilidade das matérias-primas); Mapa de controlo de produção de cada refeição; Recolha de amostras testemunho AS TAREFAS A EXECUTAR NESTE PLANO SÃO: 89 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PLANO DE RASTREABILIDADE E IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO DOCUMENTOS E REGISTOS ASSOCIADOS: Plano de identificação e rastreabilidade dos produtos; Fichas técnicas dos produtos elaborados; Listagem de fornecedores e matérias-primas; Listagem de clientes - destino dos produtos; Boletim de registos de rastreabilidade de matérias-primas (Entradas); Boletim de registos do mapa de controlo de produção (Saídas) 90 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS 91 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS 92 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS CARACTERÍSTICAS E PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS PRAGAS Quando procuram alimento, as pragas libertam pêlos, pele, excrementos e saliva, contendo microrganismos que podem ser patogénicos CONTAMINAM OS ALIMENTOS EM QUE TOCAM E DOS QUAIS SE ALIMENTAM 93 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS CARACTERÍSTICAS E PROBLEMAS ASSOCIADOS ÀS PRAGAS ROEDORES • Ratos • Ratazanas INSETOS • Voadores (mosca, mosquitos, melgas, abelhas) • Rastejantes (baratas, formigas, escaravelhos, aranhas, etc). PÁSSAROS • Pombos • Pardais • Estorninhos 94 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS ROEDORES Necessitam de desgastar os seus dentes incisivos que crescem continuamente (roem equipamentos, canos de gás ou água, cabos elétricos,...); Procuram alimentos variados, alimentam-se, danificam e contaminam, através dos pêlos, urinas e fezes. PERIGO DE SAÚDE E VIDA HUMANA * Podem veicular germes produtores de salmonelas, peste bubónica, raiva, febre de mordida de rato, icterícia, doenças endémicas (ácaros das pulgas dos roedores), tricnoses, e outras doenças! http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://img77.imageshack.us/img77/3261/mouseeu6.gif&imgrefurl=http://colonline.blogspot.com/2006_09_01_archive.html&usg=__vxBAJnCKb3AkWuXVnaJDkfCrlbY=&h=350&w=303&sz=192&hl=pt-PT&start=5&tbnid=MLJcP7LE9z0odM:&tbnh=120&tbnw=104&prev=/images?q=ratos+alimentos&gbv=2&ndsp=21&hl=pt-PT&sa=N 95 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS INSETOS As baratas vivem em locais quentes e húmidos, como atrás do fogão ou junto aos canos de água quente. Atravessam orifícios relativamente apertados e, habitualmente aparecem à noite, transportando e disseminando microrganismos. A alimentação das moscas inclui desperdícios e fezes de animais, transportando assim um grande número de microrganismos patogénicos. PERIGO DE SAÚDE E VIDA HUMANA 96 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PÁSSAROS Os pássaros podem construir os seus ninhos nas canalizações, originando entupimento; Os excrementos dos pássaros contaminam os alimentos PERIGO DE SAÚDE E VIDA HUMANA 97 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO EXTERNA Para prevenir o risco da ocorrência de infestações, DEVEM contar com a intervenção de técnicos especializados no controlo de pragas. Estes estarão aptos a identificar o tipo de pragas a controlar e a metodologia do serviço a efetuar para a prevenção do aparecimento das pragas. 98 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO EXTERNA São responsáveis por instalar os postos de isco em pontos estratégicos das instalações. Estes postos devem ser assinalados na planta da unidade. Devem ainda, elaborar um plano de monitorização periódica a estes postos. Cada inspeção dará origem a um relatório no qual devem ser registados os resultados das inspeções e as medidas que foram tomadas. Devem, ainda, fornecer as fichas técnicas, as fichas de segurança e as autorizações de venda dos produtos que utilizam 99 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO INTERNA A utilização de fardamento próprio e exclusivo dentro das instalações reduz a probabilidade de entrada de pragas por esta via; A limitação da acessibilidade a animais domésticos, sendo desaconselhado alimentá-los perto das instalações, de modo a não incentivar a sua permanência nas áreas circundantes às instalações. 100 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO INTERNA A manutenção do exterior das instalações devidamente limpo: Sem resíduos; Sem materiais de embalagens, paletes e equipamento obsoleto ou fora de utilização; Sem vegetação que permita a proteção nomeadamente a insetos rastejantes e roedores; Sem charcos que favoreçam o desenvolvimento de infestações de moscas e mosquitos, entre outras. 101 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO INTERNA Manutenção das portas e janelas fechadas e protegidas de forma apropriada, exceto quando estritamente necessário para a realização de operações. Colocação de redes protetoras – mosquiteiras - nas janelas com possibilidade de abertura para o exterior; Colocação de cortinas, do tipo manga, plásticas nalgumas portas, nomeadamente em portas de menor dimensão utilizadas para circulação de pessoas; Utilização de portas de aberturae fecho automático; Utilização de cortinas de ar. Verificar que não existem frinchas entre portas e pavimento! 102 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO INTERNA A utilização de proteções (e.g. grades ou redes) nas entradas e saídas de tubagens das instalações (e.g. no sistema de ventilação; na rede de águas residuais); A fixação das grelhas dos canais de escoamento das águas do pavimento; A manutenção dos sistemas de drenagem devidamente limpos por forma a que não haja nenhum obstáculo que impeça o escoamento de águas residuais ou pluviais que permitam o refúgio ou entrada de pragas 103 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO INTERNA A remoção das instalações de materiais e equipamentos não utilizados que possam favorecer o alojamento de pragas no seu interior; A reparação imediata de todos os danos estruturais nas instalações, tais como buracos nas paredes, janelas partidas, telhas soltas no telhado, estruturas de isolamento danificadas 104 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO INTERNA A remoção das embalagens secundárias no exterior das áreas produtivas é uma boa prática que permite minimizar a entrada de pragas diretamente nas áreas mais suscetíveis a infestações; A remoção de resíduos das áreas de processamento de alimentos e a adequada colocação destes em contentores próprios, colocados no exterior das instalações. O local de armazenamento de resíduos deve-se encontrar numa zona afastada da entrada das instalações. 105 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO INTERNA A adequabilidade e o cumprimento do plano de higienização para as instalações e os equipamentos, incluindo a limpeza do espaço compreendido entre o teto e o teto falso, quando aplicável; A existência de espaço suficiente para a higienização dos equipamentos e a eliminação de espaços mortos que permitam a acumulação de alimentos ou outros resíduos. 106 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS PREVENÇÃO INTERNA Colocar nas zonas de produção, armazenamento e distribuição, insectocaçadores, em locais adequados, perto das entradas http://www.electronicalugo.com/images/insectocutor120502.jpg 107 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE PRAGAS SINAIS DE INFESTAÇÃO Presença de roedores, insetos, pássaros vivos ou mortos; Vestígios de excrementos; Vestígios de materiais roídos; Sacos ou caixas tombadas e/ou rasgadas e/ou roídos; Pegadas 108 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PLANO DE CONTROLO DE PRAGAS DOCUMENTOS E REGISTOS ASSOCIADOS: Plano de controlo de pragas; Contrato com a empresa de controlo de pragas; Fichas técnicas e de segurança dos produtos utilizados; Autorizações de venda dos produtos utilizados; Planta com a localização das estações de iscos e de electrocaçadores. As estações de isco deverão estar devidamente identificadas nas unidades com sinalética que referencie: nº da estação de isco, o tipo de isco, princípio ativo, antídoto e nº de telefone de Centro Anti-Venenos; Relatórios das visitas dos técnicos; Registo de limpeza e manutenção dos electrocaçadores. 109 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE RESÍDUOS 110 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE RESÍDUOS NÃO CONFORMIDADES: 111 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS CONTROLO DE RESÍDUOS Quando as sobras não podem ser aproveitadas, vão constituir resíduos Segundo o Decreto-Lei n.º 178/2006 de 5 de Setembro “qualquer substância ou objeto de que o detentor se desfaz ou tem a intenção ou a obrigação de se desfazer”. 112 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS GESTÃO DE RESÍDUOS Resíduos sujeitos a operações de gestão que compreendem: a sua recolha; transporte; armazenagem; triagem; tratamento; valorização e eliminação. A RESPONSABILIDADE PELA GESTÃO DOS RESÍDUOS É DE QUEM OS PRODUZ!! 113 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS GESTÃO DE RESÍDUOS o abandono de resíduos, bem como a sua emissão, transporte, armazenagem, tratamento, valorização ou eliminação, por entidades ou em instalações não autorizadas. É PROIBIDO : É da competência do Instituto de Resíduos coordenar a execução da política nacional no âmbito dos resíduos. 114 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS REMOÇÃO E ARMAZENAGEM DE RESÍDUOS NO SETOR ALIMENTAR Não deve ser permitida a acumulação de resíduos em áreas de manipulação e armazenamento de alimentos, em áreas de trabalho ou em zonas circundantes a menos que seja inevitável para o funcionamento apropriado das instalações. 115 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS REMOÇÃO E ARMAZENAGEM DE RESÍDUOS NO SETOR ALIMENTAR Os resíduos devem ser removidos após cada turno de laboração e/ou sempre que necessário, com subsequente lavagem e desinfeção dos recipientes; No final do dia NÃO poderão ficar resíduos nos caixotes de lixo nas zonas de produção, armazenamento ou distribuição de alimentos, uma vez que os microrganismos desenvolvem-se rapidamente nos contentores; O circuito de recolha de resíduos deve ser diferente do circuito dos alimentos, permitindo no final o acondicionamento do lixo em local próprio. 116 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS REMOÇÃO E ARMAZENAGEM DE RESÍDUOS NO SETOR ALIMENTAR Devem existir baldes de resíduos IDENTIFICADOS em quantidade adequada à realidade do estabelecimento; Os baldes de resíduos devem estar equipados com tampa de abertura não manual e devem manter-se sempre fechados; Estes dispositivos devem ser revestidos de sacos plásticos; Devem ser frequentemente higienizados 117 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS EMBALAGENS As embalagens têm de estar abrangidas por um sistema de gestão de resíduos; As embalagens não reutilizáveis informam o consumidor, através do Símbolo Ponto Verde, que deverá colocar a embalagem utilizada num determinado Ecoponto. Em Portugal, a entidade gestora dos resíduos de embalagem é a Sociedade Ponto Verde. 118 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS GESTÃO DE RESÍDUOS Devem ser separados adequadamente os diversos tipos de resíduos: ► Plástico/metal ► Papel/cartão ► Vidro ► Detritos comuns (restos de comida, borras de café, etc.). 119 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS GESTÃO DE RESÍDUOS Posteriormente esses detritos serão depositados nos devidos contentores (ecopontos ou ecocentros) e nos horários determinados pela entidade responsável (Sociedade Ponto Verde) pela recolha seletiva na área em que se encontra o estabelecimento. 120 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS RESÍDUOS DE ÓLEOS ALIMENTARES Recorrer a empresas que e recolham e encaminhem para reciclagem este tipo de resíduos; Quem os possui deve assegurar que a empresa responsável por efetuar a recolha está autorizada para este fim, e também que o transporte de resíduos de óleo seja acompanhado de guia 121 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS ARMAZENAMENTO DE RESÍDUOS 122 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PLANO DE CONTROLO DE RESÍDUOS Certificado VERDORECA (Se aplicável); Óleos alimentares Guias de Acompanhamento de Resíduos; Cópia da Licença para o serviço que prestam. DOCUMENTOS ASSOCIADOS: DATA 123 TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES 124 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES OBJETIVO: eliminar as causas reais e potenciais de não conformidades Estabelecimento das regras para: DESENCADEAR; IMPLEMENTAR; ACOMPANHAR; AVALIAR; A eficácia das ações de melhoria (ações corretivas e das ações preventivas) levadas a efeito 125 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS TRATAMENTO DE NÃO CONFORMIDADES DOCUMENTOS ASSOCIADOS: Registos de Não Conformidades; Relatório de Ação Corretiva; Reclamação de Clientes. 126 IMPLEMENTAÇÃO DE PRÉ-REQUISITOS PRÉ-REQUISITOS Não é possível ter um Sistema de Segurança Alimentar eficaz se os Pré- Requisitos referidos não estiverem definidos e implementados! A implementação dos Pré-Requisitos é o suporte de um Sistema HACCP!
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