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Acadêmica Maria Beatriz @biawtiful Staphylococcus Características: forma esférica; gram positivos; catalase positivo; anaeróbios facultativos. “cocos em cacho”, imóveis, toleram temperaturas entre 18-40ºC. Há pelo menos 30 espécies: S. Aureus, S. coagulase negativos (S. epidermidis S. saprophyticus S. haemolyticus S. hominis S. capitis S. warneri S auricularis S. simulans S. cohni S. lugdunensis...). Cocos gram positivos. Importantes colonizantes de pele. Produzem colônias características em ágar sangue de carneiro. Mesófilos sendo facilmente eliminados em temperaturas em torno de 60ºC; halotolerantes (podem crescer em ambientes com até 10% de NaCl; produzem substâncias extracelulares (ex.: catalase). Catalase falso-positiva: quando te estrepto e da (+) devido ao meio de cultura (ágar sange). Catalase falso-negativa: quando estafilo da (-) por causa da água oxigenada que provavelmente foi degradada. O teste mais importante na identificação dos estafilococos é a prova da coagulase, que divide os estafilococos em duas categorias: • Staphylococcus coagulase negativa (SCN); • Staphylococcus aureus. Bactérias gram negativas reduzem nitrato a nitrito. Prova da coagulase: Verificar a presença da enzima catalase que decompõe H2O2 em água e O2 e, desta forma, distinguir os grupos estafilococos e estreptococos. -Formação de bolhas indica ser a família Microccocaceae (Ex.: Staphylococcus spp., Micrococcus spp., Planococcus spp., Stomatococcus spp.); -Sem formação de bolhas indica ser a família Streptococcacea (Ex.: Enterococcus spp., Streptococcus spp., Aerococcus spp., Gemella spp., Leuconostoc spp., Lactococcus spp.) S. Aureus: o mais patogénico, coagulase positivo, colónias douradas. É um patógeno associado a altas taxas de mortalidade e morbidade, capaz de produzir infecções em diversos tecidos do corpo humano. Sua capacidade em adquirir resistência à antibióticos e de sobreviver em diferentes condições ambientais o torna um perigoso agente infeccioso no ambiente hospitalar. A eficiência da disseminação de S. aureus se deve, em parte, à grande versatilidade desse microrganismo. A capacidade de se adaptar rapidamente a diferentes ambientes, muitas vezes hostis devido ao pH, umidade, pressão osmótica ou deficiência de nutrientes, possibilita não só a colonização do homem como do ambiente ao seu redor, criando reservatórios de células aptas a colonizar outros indivíduos. De fato, S. aureus é uma bactéria comum na microbiota humana, colonizando de forma persistente as narinas de cerca de 20% da população e de forma intermitente 30%. A maioria dos portadores são assintomáticos e o processo de infecção normalmente está associado a algum fator que diminui a resposta imunológica do indivíduo, como doenças, tratamentos mais agressivos, ou procedimentos médicos invasivos, que abrem uma via de acesso para os microrganismos. A patogenicidade de S. aureus é um processo que envolve uma grande quantidade de componentes extracelulares e da parede celular, que são coordenadamente expressos durante os diferentes estágios da infecção. Esses estágios podem ser definidos como: colonização, evasão das defesas do hospedeiro, divisão celular e disseminação bacteriana. A colonização Acadêmica Maria Beatriz @biawtiful ocorre em geral pelo contato físico do hospedeiro com um reservatório de células. Microrganismos do gênero Staphylococcus são bastante adaptados para sobreviver nas condições do ambiente externo, inclusive quando expostos à irradiação solar. A contaminação e posterior colonização pode ocorrer tanto após o contato com um indivíduo portador, como a partir de um objeto contaminado. Após o contato ocorre a fixação da célula ao hospedeiro e neste estágio, S. aureus possui adesinas específicas para vários tipos de tecidos humanos. A colonização do homem por S. aureus ocorre com certa facilidade, porém o início de um processo infeccioso normalmente depende de fatores externos. Um procedimento médico invasivo ou mesmo uma doença crônica pode criar as condições necessárias para o início das infecções oportunistas características de S. aureus. Uma vez estabelecida, a bactéria deve proteger-se contra o ataque do sistema imunológico do hospedeiro. Uma série de genes são então coordenadamente expressos para evitar a fagocitose das células invasoras. Os produtos de tais genes são responsáveis pela formação de cápsula, síntese da proteína A e de coagulase. Esses entre outros fatores transformam o S. aureus em um incrível agente patológico, podendo causar uma vasta gama de infecções associadas a altas taxas de mortalidade e morbidade. Sua versatilidade e alta capacidade de disseminação causou os relatos de clones epidêmicos em diferentes países, que se não passaram a adotar medidas específicas e onerosas contra a disseminação tiveram que conviver com taxas endêmicas dessas infecções. Doenças: são frequentemente encontrados sobre a pele e o trato respiratório de seres humanos; acne (entupimento de poros por oleosidade + hormônio + genética + alimentação), foliculite (infecção na base do pelo), furúnculo (tipo de cepa de S. Aureus), furunculose (necessário antibiótico). Resistência a antimicrobianos: Os mecanismos de aquisição de resistência podem ser classificados em dois grupos principais: mutação em um gene no cromossomo bacteriano, ou aquisição de um gene de resistência de outro microorganismo, através de transdução, transformação ou conjugação. Fatores de virulência: Hemolisina (bactéria lisa a hemácia e pega ferro), hialuronidase (invasão tecidual), toxinas (endotoxinas gram negativas), biofilme. • Coagulase +: extremamente virulenta (S. aureus). • Coagulase -: pouco virulenta (outras bactérias). A coagulase é um fator importante por que coagula o sangue/tecido e deixa a bactéria isolada do meio externo, ou seja, isolada de antibióticos e células da resposta imune. Estrutura polissacarídica que envolve a parede celular da maioria das cepas de S. aureus, protegendo a bactéria da fagocitose mediada pelo complemento (C3b) por parte dos neutrófilos polimorfonucleares, aumentando a virulência e a capacidade de invasão dos tecidos e da corrente sangüínea, a partir de um foco periférico, e ativando o complemento por via Acadêmica Maria Beatriz @biawtiful alternativa. Para causar infecção a bactéria precisa estar grudada na parede do tecido. Manifestação: atopias, toxigênicas (celulite, síndrome da pele escaldada), infecções da corrente sanguínea (infecção disseminada), sepse, infecção urinária, infecção respiratória Medicamento: oxacilina, vancomicina (maior espectro, atinge várias bactérias diferentes).
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