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Proteção e Princípios do Nome Empresarial

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1 
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MAGISTRATURA E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAIS 
Alexandre Gialluca 
Direito Empresarial 
Aula 03 
 
 
ROTEIRO DE AULA 
 
 
8.6. Proteção do nome empresarial 
 
- O nome empresarial é o elemento de identificação da empresa no universo empresarial. 
 
- A proteção empresarial decorre AUTOMATICAMENTE do registro do empresário individual, 
sociedade empresária ou EIRELI na junta comercial. 
 
- O âmbito de proteção conferido pelo nome empresarial é de alcance estadual. Isso significa que 
se o empresário tem uma churrascaria cujo nome é GARFO DE OURO CHURRASCARIA LTDA, 
registrada na junta comercial paulista, o mesmo nome empresarial não pode ser utilizado em outros 
estados. Caso a sociedade empresária deseje exclusividade, é necessário realizar o registro do nome 
empresarial em todas as unidades da federação. 
 
Art. 1.166 do CC/02: A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos 
das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, 
asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. 
 
REsp 1686154 / SP - RECURSO ESPECIAL - 2015/0307502-5 
Relator(a) Ministra NANCY ANDRIGHI (1118) 
Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA 
 
 
 
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Data do Julgamento 20/02/2018 
Data da Publicação/Fonte DJe 23/02/2018 
 
RECURSO ESPECIAL. PROPRIEDADE INDUSTRIAL. NOME EMPRESARIAL. ÂMBITO DE PROTEÇÃO. 
UNIDADE DA FEDERAÇÃO EM QUE ARQUIVADOS OS ATOS CONSTITUTIVOS DA SOCIEDADE 
EMPRESÁRIA. PREQUESTIONAMENTO. INEXISTÊNCIA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. 
INADMISSIBILIDADE. 
 
1- Ação distribuída em 26/11/2010. Recurso especial interposto em 3/9/2014 e concluso à Relatora 
em 25/8/2016. 
2- O propósito recursal é definir se o nome empresarial adotado e utilizado pelo recorrido viola 
direitos de propriedade industrial titulados pelo recorrente. 
3- A ausência de decisão acerca das teses invocadas pelo recorrente impede, quanto a elas, o 
conhecimento do recurso especial. 4 - O nome empresarial goza de proteção jurídica tão somente 
no âmbito do ente federativo onde se localiza a Junta Comercial em que arquivados os atos 
constitutivos da sociedade que o titula, podendo ser estendida a todo território nacional apenas 
na hipótese de pedido de arquivamento nas demais Juntas Comerciais. Precedentes. 5- Na espécie, 
os atos constitutivos das partes foram arquivados em diferentes entes federativos, não havendo 
notícia de que o recorrente tenha pleiteado proteção em todo o território nacional, de modo que 
sua pretensão de abstenção de uso não merece prosperar. 6- Ademais, o acórdão recorrido concluiu 
que, dada a atividade desempenhada por cada uma das empresas, a existência simultânea dos 
nomes empresariais não é capaz de acarretar confusão e prejuízo aos consumidores. 7- O reexame 
de fatos e provas em recurso especial é inadmissível. 8- Recurso especial não provido. 
 
8.7. Princípios do Nome Empresarial 
 
- A Lei 8.934/94 é a Lei de Registros Públicos de Empresas Mercantis. 
 
Lei 8.934/94, Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da 
veracidade e da novidade. 
 
a) VERACIDADE/AUTENTICIDADE 
 
 
 
 
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- O princípio da autenticidade impõe que a firma individual ou firma social seja composta a partir do 
nome do empresário ou dos sócios respectivamente. 
 
- Imagine uma sociedade composta por João da Silva e Francisco da Silva. Imagine ainda que este 
último venha a falecer. Neste caso, é necessário retirar o nome do sócio falecido. 
 
Art. 1.165, CC. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se 
retirar, não pode ser conservado na firma social 
 
b) NOVIDADE 
 
- O princípio da novidade impõe que não poderão coexistir, na mesma unidade federativa, dois 
nomes empresariais idênticos ou semelhantes, prevalecendo aquele já protegido pelo prévio 
arquivamento. 
 
8.8. Características do nome empresarial 
 
- A primeira característica está inserida no Art. 1.164 do CC, que veda a alienação do nome 
empresarial. O nome empresarial, portanto, é inalienável. 
 
Art. 1.164 do CC/02: O nome empresarial não pode ser objeto de 
alienação. 
 
Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, 
pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do 
seu próprio, com a qualificação de sucessor. 
 
- A segunda característica está inserida no Art. 1.167 do CC, que estabelece a imprescritibilidade da 
ação anulatória de inscrição do nome empresarial. 
 
Art. 1.167 do CC/02: Cabe ao prejudicado, a qualquer tempo, ação para 
anular a inscrição do nome empresarial feita com violação da lei ou do 
contrato. 
 
(FCC - 2015 - TJ-PE - Juiz Substituto) Acerca do nome empresarial, é correto afirmar: 
 
a) O nome de sócio que vier a falecer pode ser conservado na firma social. 
 
 
 
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b) É vedada a alienação do nome empresarial. 
c) A inscrição do nome empresarial somente será cancelada a requerimento do seu titular, mesmo 
quando cessado o exercício da atividade para que foi adotado. 
d) Independentemente de previsão contratual, o adquirente de estabelecimento, por ato entre 
vivos, pode usar o nome empresarial do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de 
sucessor. 
e) A sociedade em conta de participação pode ter firma ou denominação. 
 
Gabarito: B 
 
(TJ-AM 2016) No que se refere às espécies de empresário, seus auxiliares e colaboradores e aos 
nomes e livros empresariais, assinale a opção correta. 
 
a) É suficiente autorização verbal do empresário para que seu preposto possa fazer-se substituir no 
desempenho da preposição. 
b) Caso crie o chamado caixa dois, falsificando a escrituração do empresário preponente, o 
contabilista responderá subsidiariamente ao empresário pelas consequências de tal conduta. 
c) São livros empresariais todos os exigidos do empresário por força das legislações empresarial, 
trabalhista, fiscal e previdenciária. 
d) A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa e seu 
nome empresarial será necessariamente a firma seguida da sigla EIRELI. 
e) Em observância ao princípio da veracidade, o nome do sócio que falecer não pode ser conservado 
na firma social. 
 
8.9. Diferenças entre Nome Empresarial e Marca 
 
NOME EMPRESARIAL MARCA 
Identifica a pessoa, seja ela Jurídica ou Física 
que explore atividade empresarial 
Identifica um produto ou serviço 
Registrado para fins de proteção na Junta 
Comercial 
Registrada no Instituto Nacional de 
Propriedade Industrial (INPI) 
Goza de proteção a nível estadual Protegida em âmbito federal 
 
 
 
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8.10. Diferenças entre Nome Empresarial e Título de Estabelecimento 
 
Nome Fantasia: também conhecido como Nome de Fachada, é o nome popular de uma empresa, o 
apelido comercial dado que pode ser ou não ser igual à sua razão social. Geralmente, é o nome que 
serve para a divulgação de determinada empresa, visando o maior aproveitamento da sua marca e 
da estratégia de marketing e vendas. 
 
NOME EMPRESARIAL NOME FANTASIA 
Companhia Brasileira de Distribuição Pão de Açúcar 
Via Varejo Ponto Frio 
Arcos Dourados Comércio de Alimentos LTDA Mc’ Donalds 
 
- O nome fantasia é instrumento jurídico colocado a disposição do empresário para que ele possa 
atrair a clientela. 
 
- No Brasil, a proteção do título do estabelecimento (= nome fantasia) é muito frágil. Por isso, é 
muito comum que os empresários registrem o nome fantasia como marca, pretendendo obter uma 
proteção mais efetiva, sobretudo no âmbito do alcance territorial. 
 
- É comum que do cadastro feito na Junta Comercial conste tanto o nome empresarial quanto o 
título do estabelecimento. 
 
 
 
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9) ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL 
 
- O tema do estabelecimento empresarial está situado entre os artigos 1142 a 1149 do Código Civil.9.1. Conceito 
 
Art. 1.142 do CC/02: Considera-se estabelecimento todo complexo de 
bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por 
sociedade empresária. 
 
 
 
 
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▪ Bens Corpóreos (ou materiais): bens móveis, utensílios, maquinários, equipamentos, 
mercadoria, veículos, imóvel, etc... 
 
▪ Bens incorpóreos (ou imateriais): marca, patente, ponto comercial, domínio de internet, 
etc... 
 
- O estabelecimento é o complexo de bens, corpóreos e incorpóreos, organizados para o bom 
desenvolvimento da atividade empresarial (ex.: supermercado). 
 
Enunciado nº 7 da 1ª Jornada de Direito Comercial da Justiça Federal: “O nome de domínio integra 
o estabelecimento empresarial como bem incorpóreo para todos os fins de direito.” 
 
ATENÇÃO: O imóvel não é o estabelecimento, mas sim elemento integrante deste. 
 
Enunciado nº 488 da V Jornada de Direito Civil “Art. 1.142 e Súmula n. 451 do Superior Tribunal de 
Justiça. Admite-se a penhora do website e de outros intangíveis relacionados com o comércio 
eletrônico.” 
 
9.2. Estabelecimento é diferente de patrimônio 
 
- Imagine que a PADARIA KIPÃO LTDA possui dois imóveis: imóvel (1), destinado à atividade 
empresarial, e imóvel (2), cujo aluguel é revertido para a compra de mercadorias para a padaria. 
 
- Ainda que o dinheiro do aluguel seja revertido para a compra de mercadorias, ele não integra o 
estabelecimento empresarial. Esse último é composto apenas pelos bens que estão diretamente 
relacionados à atividade empresarial. 
 
- O imóvel do qual provém o aluguel compõe o patrimônio da empresa, tal como ações da sociedade 
na bolsa de valores, ouro, outros imóveis, etc... 
 
9.3 - Natureza Jurídica do estabelecimento 
 
 
 
 
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- O estabelecimento não é sujeito de direito, mas sim objeto de direito. Sujeito de direito é a 
sociedade empresária, o empresário individual ou a EIRELI, visto que são eles que exploram a 
atividade empresarial. 
 
- O estabelecimento é analisado em sua unidade (= objeto unitário de direito) e não de modo 
fragmentado. 
 
- Além disso, o estabelecimento é uma universalidade de fato, tendo em vista que a reunião de bens 
que o compõe deriva da vontade do empresário ou sociedade empresária que organizou os fatores 
de produção. 
 
LEMBRE-SE: a universalidade de Direito é aquela que decorre de determinação legal (ex.: herança, 
massa falida, etc...). A universalidade de fato, por sua vez, é reunião de bens não imposta pela lei, 
mas reunida pelo seu titular no intuito de conferir-lhe tratamento unitário. 
 
Art. 1.143 do CC/02: “Pode o estabelecimento ser objeto unitário de 
direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam 
compatíveis com a sua natureza”. 
 
9.4. Trespasse 
 
- Trespasse é o nome que se dá ao contrato de compra e venda de estabelecimento empresarial. 
 
a) Formalidade 
 
- No trespasse, há a figura do alienante (que vende o estabelecimento) e do adquirente (que compra 
o estabelecimento). Entre eles, que são partes, o contrato produz os seus efeitos regulares. 
 
- Nos termos do Art. 1144 do CC, para produzir efeitos contra terceiros, o contrato de trespasse 
necessita de: 
 
(a) Averbação na junta comercial 
(b) Publicação na imprensa oficial 
 
 
 
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Art. 1.144 do CC/02: O contrato que tenha por objeto a alienação, o 
usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos 
quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do 
empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas 
Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. 
 
- Vale lembrar que a publicação oficial é necessária por diversos motivos; dentre eles, se destacam 
o necessário conhecimento dos credores que, inclusive podem se opor a venda em alguns casos, 
bem como para fins de regulação e controle da concorrência. 
 
b) Eficácia do trespasse 
 
- Imagine que a KIPÃO PADARIA LTDA possua dois estabelecimentos (1 e 2). O primeiro 
estabelecimento, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), e o segundo, avaliado em R$ 
3.000.000,00 (três milhões de reais). Imagine ainda que a padaria tenha uma dívida de R$ 
2.000.000,00 (dois milhões de reais). 
 
- Em última análise, se a KIPÃO não pagar a dívida, o credor pode propor ação de execução e 
requerer a penhora do estabelecimento, uma vez que a Súmula nº 451 do STJ reconhece essa 
possibilidade. No entanto, a Súmula não expressa de modo completo o entendimento sobre o 
assunto, uma vez que a autorização transcrita nela só é possível quando todos os bens da empresa 
já foram expropriados. 
 
Súmula 451 do STJ: É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial. 
 
- Não obstante, o credor ainda pode requerer a falência do estabelecimento, que, nesta hipótese, 
será arrecadado e vendido para que se obtenha o valor necessário à satisfação da obrigação. 
 
- Se a KIPÃO vende o estabelecimento I, mas permanece com o II, ainda há quantia suficiente para 
saldar a dívida. Logo, não é necessário autorização dos credores. Em contrapartida, se a pretensão 
da KIPÃO fosse vender a unidade II, seria necessário autorização dos credores, pois, neste caso, não 
 
 
 
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haveria mais garantia suficiente para satisfazê-los. Aplica-se, nesse sentido, o disposto no Art. 1.145 
do CC/02, que impõe o consentimento dos credores como condição de eficácia da alienação. 
 
Art. 1.145 do CC/02: Se ao alienante não restarem bens suficientes para 
solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende 
do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de 
modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação. 
 
c) Responsabilidade por dívidas anteriores 
 
- Se a dívida não estiver regularmente contabilizada, o adquirente não responde por ela. 
 
- Quanto ao alienante, ele continua solidariamente obrigado pelas dívidas durante o prazo de 1 (um) 
ano, contado o prazo de acordo com a natureza da dívida: da publicação, se for dívida vencida, ou 
da data do vencimento, se for dívida vincenda. 
 
Art. 1.146 do CC/02: O adquirente do estabelecimento responde pelo 
pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que 
regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo 
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos 
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do 
vencimento. 
 
(VUNESP - 2015 - TJ-SP - Juiz Substituto) Sobre alienação dos estabelecimentos empresariais, é 
correto afirmar: 
 
a) exige que o alienante ceda, separada e individualmente, ao adquirente cada um dos contratos 
estipulados para a exploração do estabelecimento. 
b) permite que o alienante se restabeleça de imediato se assim desejar, continuando a exploração 
da mesma atividade, caso não haja expressa vedação contratual no contrato de trespasse. 
c) o contrato de alienação de estabelecimento produzirá efeitos imediatos entre as partes e perante 
terceiros, salvo se alienante e adquirente exercerem o mesmo ramo de atividades, quando a 
operação ficará na dependência da aprovação da autoridade de defesa da concorrência. 
d) a alienação implica a responsabilidade do adquirente pelos débitos anteriores à transferência, 
desde que regularmente contabilizados, sem prejuízo da obrigação solidária do devedor primitivo 
na forma da lei. 
 
 
 
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Gabarito: D 
 
EXCEÇÕES???? 
 
Art. 141. Na alienação conjunta ou separada de ativos, inclusive da 
empresa ou de suas filiais, promovida sob qualquer das modalidades de 
que trata este artigo: 
 
II – o objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não haverá 
sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de 
natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as 
decorrentes de acidentesde trabalho. 
 
- Existem situações em que o adquirente não responde pelas dívidas, tal como na hipótese prevista 
no Art. 141 da Lei nº 11.101/2005. 
 
- A compra do estabelecimento de uma empresa que teve a falência decretada não implicará em 
responsabilidade por parte daquele que comprou. Isso não significa que os credores ficarão sem 
pagamento, visto que o valor da compra reverte para a massa falida. Não há sucessão nem mesmo 
em relação as dívidas de natureza trabalhista ou tributária. 
 
Art. 60, Lei n. 11.101/2005. Se o plano de recuperação judicial aprovado 
envolver alienação judicial de filiais ou de unidades produtivas isoladas do 
devedor, o juiz ordenará a sua realização, observado o disposto no art. 142 
desta Lei. 
 
Parágrafo único. O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e não 
haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as 
de natureza tributária, observado o disposto no § 1odo art. 141 desta Lei. 
 
Enunciado nº 47 da I Jornada de Direito Comercial: “Nas alienações realizadas nos termos do art. 
60 da Lei nº 11.101/2005, não há sucessão do adquirente nas dívidas do devedor, inclusive nas de 
natureza tributária, trabalhista e decorrentes de acidentes de trabalho.” 
 
d) Concorrência 
 
- O contrato de trespasse pode estabelecer se o alienante pode concorrer ou não com o adquirente. 
 
 
 
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- Na omissão do contrato, dispõe o Art 1.147 do CC que o alienante não pode concorrer com o 
adquirente nos 5 (cinco) anos que se seguirem a venda. 
 
Art. 1.147 do CC/02: Não havendo autorização expressa, o alienante do 
estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco 
anos subseqüentes à transferência. 
 
Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do 
estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o 
prazo do contrato. 
 
OBS.: A previsão do art. 1.147 do CC, todavia, não reflete limitação á liberdade de concorrência, 
mas, pelo contrário, expressão de um dever de concorrência leal. 
 
- Vale lembrar que a definição do que é concorrência depende da análise concreta. 
 
e) Sub-rogação nos contratos de exploração 
 
- Imagine que uma Pizzaria esteja fazendo muito sucesso em razão do Chopp de qualidade que ela 
vende a baixo custo e das especiarias utilizadas em sua pizza. Nesse sentido, é evidente que um 
eventual adquirente do estabelecimento deseja não só comprar a pizzaria, mas manter a clientela. 
Por esta razão, a lei estabelece que o adquirente do estabelecimento se sub-roga nos contratos de 
exploração anteriormente realizados, tendo em vista que em muitos casos são esses contratos que 
garantem a clientela do estabelecimento. Trata-se de regra de proteção do investimento realizado 
pelo adquirente. 
 
Art. 1.148 do CC/02: Salvo disposição em contrário, a transferência 
importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para 
exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo 
os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação 
da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a 
responsabilidade do alienante 
 
(FCC - 2015 - TJ-AL - Juiz Substituto) Relativamente ao estabelecimento empresarial, considere: 
 
 
 
 
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I. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, 
só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, 
ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na 
Imprensa Oficial. 
 
II. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação 
do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, 
somente de modo expresso, em trinta dias a partir de sua notificação. 
 
III. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à 
transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo 
solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da 
publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento. 
 
IV. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência 
ao adquirente, nos três anos subsequentes ao registro da transferência. 
 
V. É legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial. 
 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
a) II, III e IV. 
b) II, III, IV e V. 
c) I, III e V. 
d) I, II, IV e V. 
e) I, III, IV e V 
 
Gabarito: C 
 
9.5 – AVIAMENTO / GOODWILL OF TRADE 
 
 
 
 
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- É o potencial de lucratividade da empresa. A articulação dos bens que compõem o estabelecimento 
na exploração de uma atividade econômica agregou-lhes um valor que o mercado reconhece. 
 
- Imagine que “A” deseje investir em um restaurante japonês. O valor do restaurante, entretanto, 
não será determinado pela soma do valor de cada bem, como se fosse necessário apenas realizar 
um inventário destes bens e incluir o valor de cada um no cálculo. O cálculo do valor do 
estabelecimento se dá pela soma do conjunto de bens com o potencial de lucratividade que este 
mesmo estabelecimento representa. 
 
- O potencial de lucratividade pode ser obtido a partir da consideração de elementos como: (i) a 
carteira de clientes cadastrados nas redes sociais do restaurante; (ii) o delivery; (iii) o chef de cozinha 
do restaurante que é premiado; (iv) premiações que o restaurante recebeu; (v) localização, etc... 
 
- O potencial de lucratividade equivale ao aviamento do estabelecimento. 
 
10) Conceito de Sociedade 
 
- Conjunto de pessoas que se organizam e mobilizam os fatores de produção para desempenhar 
uma atividade econômica e, por esta via, alcançar o lucro. Os sócios integralizam capital por meio 
de bens e serviços para o bom termo da atividade econômica, partilhando-se, ao final, todos os 
resultados que advirem da atividade, sejam eles bons (o lucro) ou ruins (o prejuízo). 
 
Art. 981, CC. Celebram contrato de sociedade as pessoas que 
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o 
exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 
 
- As sociedades se dividem em personificadas e despersonificadas, conforme tenham ou não 
personalidade jurídica. 
 
11 ) Sociedades despersonificadas 
 
- São aquelas que não têm personalidade jurídica. 
 
 
 
 
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- A sociedade adquire personalidade jurídica com o registro dos atos constitutivos no órgão próprio 
(junta comercial, cartório de pessoas jurídicas, etc...). 
 
Art. 985, CC. A sociedade adquire personalidade jurídica com a inscrição, 
no registro próprio e na forma da lei, dos seus atos constitutivos (arts. 
45 e 1.150). 
 
- São atributos da personalidade jurídica: 
 
(a) Titularidade negocial: aptidão da sociedade para realizar negócios jurídicos. 
 
(b) Titularidade processual: aptidão para a sociedade demandar ou ser demandada. 
 
(c) Autonomia patrimonial: a sociedade que tem personalidade jurídica terá um patrimônio 
próprio, que se distingue do patrimônio dos sócios que compõe a sociedade. 
 
- As sociedades despersonificadas são: 
 
(i) Sociedade em comum 
 
(ii) Sociedade em conta de participação 
 
11.1 – Sociedade em comum 
 
- Sociedade em comum é aquela que não foi levada a registro. 
 
Art. 986, CC. Enquanto não inscritos os atos constitutivos, reger-se-á a 
sociedade, exceto por ações em organização, pelo disposto neste Capítulo, 
observadas, subsidiariamente e no que com ele forem compatíveis, as 
normas da sociedade simples. 
 
a) Patrimônio 
 
- Imagine que em uma sociedade em comum, o sócio “A” se comprometa a integralizar o capital por 
meio da instalação de computadores, impressora e cabeamento. O sócio “B”,por sua vez, assume 
 
 
 
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a responsabilidade de integralizar o capital por meio de maquinários de limpeza. Na situação 
narrada, considerando que esse tipo societário não goza de autonomia patrimonial, o patrimônio 
integralizado não pertence a sociedade, mas sim aos sócios em comum. É o que a lei chama de 
patrimônio especial (Art. 988, CC). 
 
Art. 988, CC. Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do 
qual os sócios são titulares em comum. 
 
b) Responsabilidade 
 
- A lei traz uma regra de punição ao sócio negligente, entendido como aquele que deixou de realizar 
o registro. A responsabilidade do sócio da sociedade em comum será uma responsabilidade 
ilimitada, respondendo ele com seus bens pessoais pelas dívidas da sociedade. 
 
Art. 990, CC. Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas 
obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, previsto no art. 1.024, 
aquele que contratou pela sociedade. 
 
- Na sociedade em comum, o credor só pode cobrar de maneira solidária os sócios que contratam 
pela sociedade. A regra na sociedade comum, portanto, é a responsabilidade subsidiária, devendo 
o credor esgotar a busca por bens sociais para prover a satisfação da obrigação antes de executar 
os bens particulares dos sócios. 
 
Art. 1.024, CC. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados 
por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais. 
 
- Entre sócios e a sociedade, a responsabilidade é subsidiária, pois prevalece o benefício de ordem. 
Todavia, entre os sócios, a responsabilidade é solidária. Logo, uma vez esgotados os bens sociais, é 
lícito ao credor obter o pagamento da totalidade da dívida por meio da execução da integralidade 
dos bens particulares de qualquer um dos sócios. 
 
c) Prova 
 
- Quando a sociedade não é levada a registro, o modo de provar a sua existência depende de quem 
produzirá a prova. A lei pune o sócio negligente limitando a sua prova a modalidade escrita ao 
 
 
 
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mesmo tempo em que confere ao terceiro que contratou com a sociedade a possibilidade de realizar 
a prova por qualquer outro modo. 
 
Art. 987, CC. Os sócios, nas relações entre si ou com terceiros, somente 
por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros 
podem prová-la de qualquer modo. 
 
d) Se for levada a registro 
 
- No momento em que a sociedade é levada a registro, ela adquire a condição de sociedade 
personificada, isto é, com personalidade jurídica.

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