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EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROCESSO Nº XXX CONDOMÍNIO BOSQUE DAS CAPIVARA, neste ato, representado pelo seu síndico, Sr. CÉLIO SILVA, já devidamente qualificado nos autos de ação indenizatória, movida por ARMANDO, também já devidamente qualificado na inicial, pelo rito ordinário, vem por seu advogado legalmente constituído por procuração em anexo, com endereço profissional XXX para fins do artigo 39, I, CPC, vem respeitosa mente perante vossa excelência propor: CONTESTAÇÃO I. PRELIMINAR CARÊNCIA DE AÇÃO POR ILEGITI MIDADE PASSIVA Planeja autor obter indenização, contudo o condomínio não é parte legitima para se encontrar no polo passivo desta demanda, uma vez que, tem-se o conhecimento de que tal pote foi lançado do apartamento 201, logo é parte individualizada, tratando- se portanto de unidade autônoma como assim dispõe o artigo 938 do Código Civil: “Art. 938, CC. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou for em lança das em lugar indevido.” Visto isso, não resta duvidas que a parte legitima para estar no polo passivo da demanda, é o dono do apartamento 201, unidade autônoma, seja ele proprietário ou possuidor, e não o condomínio, uma vez que, só comportaria legitimidade passiva caso fosse impossível de reconhecer de qual apartamento o pote foi lançado. II. DA SINTESE DOS FATOS Armando andava pela calçada da rua onde morava, no bairro de Botafogo, Cidade do Rio de Janeiro, alegou ele que foi atingido por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 201 do condomínio bosque das capivaras. Foi relatado em sua petição inicial que desmaiou com o impacto, sendo socorrido por pessoas que passavam na rua, acionaram o corpo de bombeiros que o levou para o hospital Municipal X. João foi atendido e passou por procedimento cirúrgico para estagnar um a hemorragia interna sofrida. Passados alguns dias Armando comenta que passou mal, e teve de retornar ao hospital do município X, e foi descoberto que devido há um erro médico ele deveria submeter-se a uma nova cirurgia para retirar uma gases esquecida pelo médico dentro do seu corpo, por ocasião da primeira cirurgia, causando-lhe uma infecção. Dito isso, ele alega na inicial que sofreu danos, requerendo o pagamento de lucros cessantes, tanto pelo tempo em que ficou sem trabalhar em decorrência da primeira cirurgia quanto pelo da segunda, porém não lhe comporta direito, além disso requer também danos morais. III. DO MÉRITO Vencida a preliminar anteriormente suscitada, imperioso o conhecimento da improcedência da obrigação de indenização do autor em relação aos danos sofridos em decorrência da segunda cirurgia a qual Armando foi submetido, ao passo que, os danos foram produzidos por essa cirurgia é consequência de erro médico, cometido por um ato falho da equipe cirúrgica do hospital do município X, devendo este ser de mandado, e não propriamente dito em relação da queda do pote de vidro, uma vez que, o próprio na inicial afirma que estava melhor até mesmo trabalhando, e que som ente alguns dias, depois da primeira cirurgia, se sentiu mal e descobriu que foi devido ao erro médico. Nestes termos, vejam os o que dispõe a legislação civil acerca desse tipo de situação: “Art. 403. CC. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do prejuízo disposto na lei processual.” Embora sob o ponto de vista material o evento esteja relacionado, a queda do pote de vidro que fora lançado do apartamento 201, unidade individualizada do condomínio bosque das capivaras, apenas deve ser atribuído os resulta dos sofridos do primei o evento, isto é, valor total de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), a título de lucros cessantes, pela violação de sua integridade física. Porém, como esse valor foi atribuído pelo autor na inicial, o procedimento correto seria nomear um perito em juízo, cabendo a este analisar se o valor foi corretamente calculado. Já existem nesse sentido entendimentos jurisprudenciais, vejamos os seguintes acórdãos: RESPONSABILIDADE CIVIL. OBJETOS LANÇADOS DA JANELA DE EDIFÍCIOS. A REPARAÇAO DOS DANOS É RESPONSABILIDADE DO CONDOMÍNIO. A impossibilidade de identificação do exato ponto de onde parte a conduta lesiva, impõe ao condomínio arcar com a responsabilidade reparatória por danos causados à terceiros. Inteligência do art. 1.529, do Código Civil Brasileiro. Recurso não conhecido. (REsp 64682/RJ - Relator: Ministro Bueno de Souza - Órgão Julgador: Quarta Turma - Data do Julgamento: 10/11/1998) IV. DOS PEDIDOS Diante do exposto requer a vossa excelência: 1) O acolhimento da preliminar de decadência de ação por ilegitimidade passiva, com a consequente extinção do processo sem análise do mérito; 2) Julgar parcialmente os pedidos do autor, alegados na inicial; 3) A condenação do autor aos honorários advocatícios fixados em 20%; V. DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do artigo 332 do CPC, em especial a prova Documental, testemunhal, perícia e laudo médico. Nestes termos, Pede deferimento Local XXX e data XXX. Nome do Advogado XXX OAB XXX/UF XXX
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