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LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE REDUÇÃO DE CUSTOS NA FARMÁCIA HOSPITALAR

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INSTITUTO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E EXTENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDIVAN LAUNE MENDES 
ELVIANA BARBOSA DE CARVALHO 
FABIO NAZARENO DA COSTA 
 
 
 
 
 
LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE REDUÇÃO DE CUSTOS NA FARMÁCIA 
HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM - PA 
2020 
EDIVAN LAUNE MENDES 
ELVIANA BARBOSA DE CARVALHO 
FABIO NAZARENO DA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOGISTICA COMO FERRAMENTA DE REDUÇÃO DE CUSTOS NA 
FARMACIA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de pós graduação apresentado 
à como requisito final para obtenção de grau de Logística e 
Engenharia de Produção 
 
Orientador: Msc. Victtor Takeshi Yano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM – PA 
 
2020 
EDIVAN LAUNE MENDES 
ELVIANA BARBOSA DE CARVALHO 
FABIO NAZARENO DA COSTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE REDUÇÃO DE CUSTOS NA 
FARMÁCIA HOSPITALAR 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de PÓS graduação 
apresentado à como requisito final para obtenção de grau 
de. 
 
Data de Aprovação: _______de_______________de_________________ 
 
Banca Examinadora: 
 
 
_______________________ 
Orientador: Msc.Victtor Takeshi Yano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA DE REDUÇÃO DE CUSTOS NA 
FARMÁCIA HOSPITALAR 
EDIVAN LAUNE MENDES
1
; ELVIANA BARBOSA DE CARVALHO
1
; FABIO 
NAZARENO DA COSTA
1
; VICTTOR TAKESHI YANO
2
 
RESUMO 
As atividades prestadas por uma farmácia hospitalar estão relacionadas com a dispensação de medicamentos 
com o propósito de auxiliar nas ações de saúde da população, essas ações passam por etapas de controle, 
segurança, eficácia do tratamento com o uso dos fármacos, monitoramento e avaliação do uso, obtenção e 
divulgação de informações sobre medicamentos e educação permanente para profissionais de saúde, pacientes e 
comunidades para garantir o uso coerente dos insumos da farmácia hospitalar. Os insumos presentes no estoque 
de uma farmácia hospitalar correspondem a maior parte dos custos hospitalares. Essas instituições devem estudar 
efetivamente seu inventário verificando a real demanda de oferta para investir e de forma racional e proveitoso 
eliminando os desperdício ou onerosidade, haja vista que o elevado custo de estoques torna a prática da 
medicina profissional inacessível, além de prejudicar a subsistência da instituição hospital. Para que haja um 
bom funcionamento dos estoques, é imprescindível uma averiguação do mesmo, nesse caso a acurácia dos 
estoques torna o trabalho mais eficiente, trazendo a tona a real situação do inventário. Junto com a acurácia, há 
duas técnicas de gestão de estoque que podem ser úteis, sendo elas a curva ABC e a classificação XYZ. Por meio 
da classificação ABC, o gestor responsável pode usar as condições de investimento de cada material para 
controlar os materiais do estoque. De acordo com esse método, os insumos podem ser divididos em três 
categorias, levando em consideração que o menor percentual de materiais tem maior representatividade 
financeira. O objetivo desta pesquisa é descrever a contribuição da gestão de estoque, com o auxilio da acurácia, 
alinhados a curva ABC e classificação XYZ para redução de custos nas farmácias hospitalares. A revisão da 
literatura foi utilizada como método de pesquisa. Os resultados mostram que a curva ABC engajado com o 
método XYZ tornam-se uma ferramenta conveniente que pode auxiliar na gestão de estoque de farmácias 
hospitalares, gerar recursos e reduzindo custos. 
 
Palavras-Chave: Redução de custos, acurácia, estoque, Curva ABC, Classe XYZ 
 
ABSTRACT 
The activities provided by a hospital pharmacy are related to the dispensing of drugs with the purpose of 
assisting in the population's health actions, these actions go through stages of control, safety, efficacy of 
treatment with the use of drugs, monitoring and evaluation of use , obtaining and disseminating information on 
medicines and continuing education for health professionals, patients and communities to ensure the consistent 
use of hospital pharmacy supplies. The inputs present in the stock of a hospital pharmacy correspond to most of 
the hospital costs. These institutions must effectively study their inventory, verifying the real demand for supply 
to invest and in a rational and profitable way, eliminating waste or burden, given that the high cost of stocks 
makes the practice of professional medicine inaccessible, in addition to impairing the institution's subsistence 
hospital. In order for the inventories to function properly, it is essential to check them, in this case the accuracy 
of the inventories makes the work more efficient, highlighting the real situation of the inventory. Along with 
accuracy, there are two inventory management techniques that can be useful, namely the ABC curve and the 
XYZ classification. Through the ABC classification, the responsible manager can use the investment conditions 
of each material to control the materials in the stock. According to this method, the inputs can be divided into 
three categories, taking into account that the lowest percentage of materials has greater financial 
representativeness. The objective of this research is to describe the contribution of inventory management, with 
the aid of accuracy, aligned with the ABC curve and XYZ classification for cost reduction in hospital 
pharmacies. The literature review was used as a research method. The results show that the ABC curve engaged 
with the XYZ method becomes a convenient tool that can assist in the management of hospital pharmacy 
inventory, generating resources and reducing costs. 
 
1
 Pós graduando em Logística e Engenharia de Produção 
2
 Professor Mestre do Curso de Pós graduação em Logística e Engenharia de Produção 
Keywords: Cost reduction, accuracy, stock, ABC curve, Class XYZ 
 
1. INTRODUÇÃO 
Quando falamos de gestão em instituições hospitalares seja em um órgão público ou 
privado uma das principais características são as crises que ocorrem há anos. A partir da 
publicação da Constituição Federal em 1988, um símbolo para a saúde pública a nação 
enfrentou transições em suas esferas sociais, econômicas e políticas. Através dela foi 
inaugurado o Sistema Único de Saúde (SUS) proporcionando a saúde um bem para todos e 
um dever do Estado, entretanto, é necessário um planejamento estratégico eficaz objetivando 
alavancar o alcance da saúde para sociedade como um todo (PAIM, 2012). 
Atualmente os obstáculos são nítidos, tanto estrutural, orçamentário e de pessoal, 
entretanto esses empecilhos são identificados pelos usuários que lamentavelmente são 
expostos através dos veículos de comunicação evidenciando à realidade das necessidades de 
assistência em hospitais (INFANTE; SANTOS, 2007). Desde 1994, era perceptível o 
atendimento precário no qual a população vinha se submetendo, entre ele; ausência de 
medicamentos, médicos despreparados, colaboradores sem informações e falta de pesquisa e 
investimentos, nota-se que problemas daquela época se faz presente em nossos dias. É 
perceptível que houve pouco ou quase nenhuma mudança do problema em questão, mesmo 
com o avanço da tecnologia, tem-se escassez nas atividades de melhoria na gestão em saúde 
(TONELLI, 2017). 
Além disso, fortes mudanças externas no contexto político e econômico do setor 
hospitalar público, faz com que o mesmo venha declinar, obrigando a gestão a ser mais 
centrada para uma boa gerência de seus serviços, atendendo não apenas as necessidades dos 
pacientes, mais dispondo de uma infraestrutura estabilizada fornecendo segurança a 
população, medicamentos a disposição, e colaboradores qualificados (LANNA, 2014). 
Gerenciar um hospital requer trabalho duro e competência, exigindo atenção aos cuidados 
com os pacientes e aptidão nos serviços prestados. O gerenciamento logístico, parte essencial 
da cadeia de suprimentos, com propósitode aprimorar o desempenho por meio do uso 
eficiente dos recursos, pelo planejamento e controle do produto do início até o consumidor 
final, esta oportunidades se torna um grande desafio pelos gestores de hospitais e clínicas 
(SOUZA ET AL, 2013). 
Os procedimentos das instituições hospitalares devem ser executado com o propósito 
de atender as demandas nessas organizações, aprimorando serviços e auxiliando não apenas 
os colaboradores mas também os pacientes que necessitam desse assistência para a resolução 
de problemas (INFANTE, SANTOS, 2007). Toda a operação logística atuada nos 
procedimentos internos de uma unidade hospitalar repercute de forma positiva ou negativa na 
sociedade como um todo. 
A logística tem representação no custo total de uma organização, sendo esta retratar 
até 30% da receita Bruta (BALLOU, 2009). A partir desse total a gestão de armazéns e 
estoques, notados na logística de suprimentos, chega a ser encarregado por cerca de 50% do 
custo logístico (CHRISROPHER, 2002). Qual valor o produto teria se não estivesse a 
disposição para o cliente final no momento em que for preciso? Um dos papeis fundamentais 
da logística é ser responsável para que o produto (ou serviço) fique disponível na hora certa, 
no local exato, nas exigências desejadas, com o melhor nível de serviço e menor custo, com a 
finalidade de alcançar a maior satisfação do cliente (AMARAL E GUERRERO, 2014). 
Estruturar as fases dos processos logísticos envolve diretamente na qualidade do serviço com 
a utilização de forma eficaz os recursos a dispor, diminuindo despensas e aumentando a 
lucratividade. 
Em empresas inovadoras, a logística já vem sendo encarado como uma das mais 
importantes ferramentas de gestão. No Brasil, seu estudo tem apresentado desenvolvimento 
mais significativo apenas nos últimos quinze anos, em especial se considerarmos o volume 
de publicações disponíveis durante este período. No entanto, a maioria do acervo 
bibliográfico existente, trata de redução de custos em geral, e aborda, basicamente, as 
variáveis produto, preço, distribuição e composto de comunicações (venda pessoal, 
propaganda e promoção de vendas), procurando fornecer ao homem de logística apenas uma 
visão conceitual das variáveis com as quais lida em sua empresa. 
Por um lado, especialmente nas empresas maiores e/ou mais organizadas, ocorre o 
acirramento e a sofisticação dos métodos de trabalho usados pelas empresas que compõem 
quase todos os setores da economia. Por outro lado, cada uma das variáveis do composto 
mercadológico (produto, preço, distribuição e comunicações) tem sido tratada, 
profundamente, de forma específica e especializada. 
No que concerne ao estudo e à especialização na logística, por exemplo, há muito 
pouco feito no Brasil. Formam-se estrategistas de marketing, administradores de venda, 
gerentes de produtos, homens de propaganda e de promoção, mas quase sempre não se 
conhecem especialistas em estratégia de distribuição, e os outros especialistas, em especial 
os de marketing, ainda são ínfimos frente à necessidade de qualificação demandada. Boa 
parte da culpa por esta realidade decorre do fato de não se dispor aqui, de bibliografia 
específica sobre o assunto. Registra-se, pois, uma lacuna imperdoável, visto que o estudo e a 
prática do marketing é fator fundamental para a conquista de qualquer mercado, na 
demonstração das vantagens e desvantagens deste tipo de mercado. 
As farmácias vêm se organizando em redes há um bom tempo. Melhorando sua 
aparência visual, onde várias operam por 24 horas por dia, usam métodos complexas mais 
teoricamente eficazes no que diz respeito à gestão de estoque, possuem softwares avançados, 
a operação é simplificada e às vezes os depósitos são automáticos, ocorrendo entrega diária 
nas lojas, entrega rápida, códigos de barras ajudam a controlar os produtos. No entanto, ainda 
existem muitos problemas, como a dificuldade de previsão de demanda, a limitação da 
capacidade do banco de dados, a relação instável entre os departamentos de compra e venda 
da empresa e a frequência e velocidade de reposição de produtos, que ainda são insuficientes. 
Em depósitos e lojas, há um grande número de medicamentos de baixa rotatividade e, 
principalmente, os garçons e caixas não têm as qualificações para lidar com a crescente 
demanda todos os dias. 
Considerando o exposto nestas considerações introdutórias, este estudo busca 
verificar os benefícios que se apresentam com a adoção das inovações logísticas de redução 
de custos nas farmácias hospitalares de Belém (Pa) e as desvantagens que podem advir 
quando os profissionais de logística não estão em sintonia com as cobranças exigidas pelo 
mercado e/ou atendendo ou buscando atender a estas exigências. Especificamente, trata de 
identificar as exigências do atual mercado varejista de farmácias, que já tomam grande vulto 
num mundo sem fronteiras, assim como identificar os problemas que vem se apresentando 
nas redes de farmácias hospitalares. Hipoteticamente, supõe-se que as redes de farmácias 
sediadas na cidade de Belém (Pa) ainda não estão preparadas para atender ao grande 
aumento de demanda que vem se apresentando. 
 A principal dificuldade encontrada pelas organizações recentemente é o aumento no 
custo de operação que poderia levar ao inevitável controle de custos e esquema de redução o 
que torna difícil para a maioria das organizações operar na fronteira da eficiência de custos. 
Cada organização que quer sobreviver e manter seus consumidores deve procurar melhorar 
seu produto. Portanto, para não exceder seu orçamento e não correr com prejuízo, bem como 
não reduzir a qualidade de seus produtos, a organização precisa controlar custos e reduzi-los 
ao mínimo mais baixo. Para este motivo, o estudo investiga a extensão da aplicação de 
controle de custos e técnica de redução de custos e o grau de seu impacto sobre a eficiência 
operacional em uma organização. 
Asaolu e Nassar (2007) definem redução de custos como o termo usado para 
abordagem planejada e positiva para a melhoria da eficiência. Pode ser visto em muitos 
formas, como aumento de produtividade e eliminação De resíduos. Lucey (1996) refere-se à 
redução de custos como um conceito que tem como objetivo reduzir custos de um norma ou 
padrão previamente aceito sem reduzir a eficácia ou desempenho do projeto ou Serviços. 
Dury (1985) define controle como o meio de verificar se a atividade de uma 
organização segue o plano padrão e que seu objetivo seja alcançado. Sikka (2003) discutiram 
que o sistema de controle de custos consiste em maneiras e métodos que são usados para 
controlar o custo operacional de um trabalho e garantir que o custo não ultrapasse certo 
Montante. 
Considerando esta realidade e com vistas ao interesse no desenvolvimento de 
investigações de cunho científico e no aprimoramento de conhecimentos concernentes à 
importância e indispensabilidade do marketing e da logística nas relações de comércio 
farmacêutico e na tomada de decisão, este estudo foi levado a termo no sentido de atender a 
uma exigência curricular e acadêmica, e traz em seu bojo a tarefa de demonstrar a importância 
que a logística vem representando para as empresas no bojo da sociedade contemporânea, 
uma sociedade de consumo e influenciada pela atuação da mídia. 
Espera-se contribuir para a divulgação de “boas técnicas logísticas” aplicadas ao 
comércio nacional e debater problemas que continuam constituindo desafios à obtenção de 
serviços mais eficientes e de melhor qualidade. Bem diferente das antigas “pharmácias” e 
boticas, hoje os medicamentos são dispostos de forma compacta em prateleiras abertas, no 
fundo e nas laterais, enquanto o centro da loja está repleto de gôndolas de cosméticos e artigos 
de higiene pessoal. Tal como nos supermercados, o caixa é computadorizado. Além das 
melhorias que saltam aos olhos, outras questões merecem destaque, como um softwareque 
liga o caixa ao computador central da rede, atualizando o faturamento e o estoque, em tempo 
real, sempre que entra ou sai mercadoria da loja. Foi com base no levantamento de dados 
secundários, no acervo bibliográfico disponível ao público, em autores como Woener (1997); 
Manzo (1999); Vavra (2003) e outros que este estudo foi desenvolvido, esperando atender às 
exigências curriculares solicitadas e empreender futuramente uma pesquisa de maior alcance 
científico. 
 
 
REFERENCIAL TEÓRICO 
Em 1972, a Escola Paulista de Administração de Empresas da Fundação Getúlio 
Vargas e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 
firmaram convênio. Este projeto se denomina PROAHSA-Programa de Pesquisa Avançada 
em Gestão Hospitalar e do Sistema de Saúde. Desde então, vem ministrando cursos 
profissionalizantes e mestrados strictu sensu para profissionais da área médica, e conduzindo 
pesquisas e consultorias nesta área. (BARBIERI E MACHLINE, 2006). 
O mesmo escritor mencionou que a logística de materiais é fundamental neste 
campo. Por um lado, o custo de manutenção de estoque é alto e é necessário fornecer um 
excelente nível de atendimento prestado aos pacientes, sem qualquer alteração da alta de 
insumo, é necessária uma boa proficiência por parte do gestor de materiais. Depois de cobrar 
do paciente ou confirmar o seguro saúde, Os hospitais privados podem esperar lucrar com a 
economia de custos de aquisição de materiais e medicamentos, e os hospitais públicos podem 
equilibrar seus orçamentos (MAIA ET AL, 2008). 
 
Figura 1- Despesas com saúde como porcentagem do PIB, países selecionados Adaptada, 
2010. 
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
EUA
HOLANDA
SUIÇA
CANADA
PORTUGAL
REINO UNIDO
JAPÃO
ESPANHA
FILANDIA
TURQUIA
17,9 
11,9 
11,9 
11,6 
11,5 
11,4 
11,3 
11 
11 
9,6 
9,6 
9,5 
9,5 
9,5 
9,5 
9 
8,7 
7,5 
6,7 
5,1 
A prestação de cuidados de saúde de alta qualidade a um custo acessível é um grande 
desafio para a saúde. Nos últimos anos, os gastos com saúde têm aumentado mais rápido do 
que o crescimento econômico na maioria dos países. Em muitas nações, a maior parte do 
crescimento anual dos gastos se deve a aumentos nos preços de bens e serviços de saúde e a 
disponibilidade de cada vez mais novos produtos e tratamentos médicos, frequentemente de 
alto custo. Como resultado, os prestadores de cuidados de saúde estão enfrentando uma 
pressão cada vez maior para reduzir os custos operacionais sem afetar o nível e a qualidade de 
seus serviços. 
Neste contexto, os hospitais são mais interessados, pois constituem o maior 
componente de custo no sistema de saúde. Formas potenciais de reduzir custos envolvem 
mais gestão de recursos eficaz e eficiente (ou seja, fazer com que o fornecimento atenda a 
demanda de forma adequada). Os recursos incluem profissionais de saúde quartos, 
equipamentos, suprimentos, dispositivos implantáveis e instrumentos (MINISTÉRIO DA 
SAUDE, 2013). 
Normalmente, todos esses recursos de saúde são escassos e assim o desafio está em 
sincronizar sua disponibilidade com as necessidades de atendimento. Isso envolve garantir 
que os bens e serviços certos sejam entregues ao paciente no lugar certo, na hora certa, na 
quantidade certa, na qualidade certa e no preço certo. Essas cinco medidas são conhecidas 
como os "cinco direitos" da logística. Eles desempenham um papel igualmente importante na 
saúde, em setores ambientes, industriais e comerciais. 
Ainda nesse contexto, Fleury et al (2000) destaca que a logística deixou de ser 
apenas atividades ligada ao transporte e armazenamento do produto, mais vai além disso. Ela 
engloba desde a entrada (aquisição da matéria-prima) até os produtos finalizados nas mãos do 
consumidor final. Pode-se definir como a gestão estratégica do produto certo no momento 
certo, na quantidade certa, no local certo, na qualidade certa e no menor custo. 
Em hospitais, a logística é normalmente associada à compra, armazenamento, 
transporte e atividades de eliminação. Os fluxos de materiais compreendem, e. refeições, 
roupa de cama, medicamentos, suprimentos farmacêuticos, e resíduos, e fazem parte do dia a 
dia da operação logística de um hospital. Um estudo recente conduzido por Beaulieu et al. 
(2012) em Quebec (Canadá) indica que as atividades relacionadas à logística. respondem por 
mais de 40 por cento dos gastos de um hospital. Considerando um contexto mais amplo, a 
logística também é preocupada com os fluxos do paciente. Planejar, coordenar e controlar os 
recursos envolvidos no material, bem como nos fluxos do paciente, são as funções 
desempenhadas pela gestão de operações (OM). Portanto, da mesma forma que as 
configurações industriais, logística e OM também são duas áreas interligadas em um hospital. 
Juntos, eles respondem por uma parte considerável do orçamento de um hospital, o que é 
provável ser muito maiores do que o valor relatado por Beaulieu et al (2012). 
2.1 O Histórico Da Logística 
O vocábulo logística etimologicamente vem do francês logistique, o dicionário 
Larousse descreve essa termo como “parte da arte da guerra que visa garantir provisões, 
transporte, alojamento, hospitalização, etc, aos efeitos militares em operação”. Alguns autores 
defendem que o verbete possui outra origem, sendo ela do grego logos, significando razão, 
cálculo, pensar e analisar. (FERNANDES, 2012) 
Diante disso, logística Segundo Ballou (1999, apud PAURA, 2012, p.13)
 
“É o 
processo de planejamento do fluxo de materiais, objetivando a entrega das necessidades na 
qualidade desejada no tempo certo, otimizando recursos e aumentando a qualidade nos 
serviços.” Contudo, a demanda para se obter a qualidade, pode entrar em divergência com os 
desígnios da redução de custos, ou seja, diminuir para que haja um aumento da qualidade. 
Assim sendo, a logística passou a ser a “chave mestre" nas organizações, pelo simples fato 
que o procedimento que envolve redução de custos e até investimentos, dependem dela para 
que haja eficiência na qualidade. 
Nesse parâmetro a logística torna-se essencial para qualquer organização no quesito 
de redução de custo. Paterno (1990) destaca a relevância da logística de materiais na farmácia 
hospitalar, garantindo que os materiais utilizados sejam razoavelmente suplementados para 
manter o fluxo regular do processo de produção. Seu ciclo de operação é fundamental quando 
o gestor se vê obrigado a adotar atitudes de gerenciamento mais específicas, tais como: 
controle de entradas e saídas dos estoques, armazenar minimizando os custos, manter controle 
do sistema de gerenciamento dos medicamentos, etc. 
 
2.2 A Gestão De Estoque 
Estoque é um aglomerado de recursos materiais entre etapas específicas de 
transformação, quer seja uma transição física (Fabricação), status (processo, manutenção, etc.) 
ou posse e localização (processo de disseminação e logística). O controle de estoque visa 
evitar principalmente a falta de nenhum material, Isso requer um inventário, para manter o 
nível adequado de demanda do consumidor (ALMEIDA, 2011). 
Segundo Ballou (2007) estoque, é um amontoado de matérias-primas, suprimentos, 
peças, materiais em desenvolvimento e produtos finalizados aparecem em várias posições dos 
canais de produção e logística da empresa. O autor declara que o nível de estoque sendo 
gerenciado de forma correta é economicamente prudente, uma vez que o custo de preservação 
desses estoques pode retratar de 20% a 40% do valor de cada estoque por ano. Em outras 
palavras, reduzir o estoque pode melhorar dinheiro gasto e o retorno do investimento. Diante 
disso, percebe-se que estoques é todo e qualquer elemento armazenado (Pontes, 2013). 
Em comparação com outros setores, o setor de saúde precisa prestar mais atenção à 
sua gestão de estoque, porque a falta de fármacos / materiais em hospitais pode causar a perda 
de vidas (POULIN, 2003). Para que esse gerenciamento sejada maneira eficaz, é preciso que 
os gerentes escolham as diretrizes e procedimentos a serem usados de acordo com seus 
objetivos. 
Segundo a descrição de Gomes e Reis (2000), a organização hospitalar pode ser 
descrita como um sistema logístico complexo, no qual os recursos humanos, materiais e 
informacionais precisam ser coordenados e unificados. Os sistemas de gerenciamento e de 
suporte à decisão são incorporados ao processo de gerenciamento para desempenhar com 
eficácia essa tarefa. 
No Brasil, essas despesas representam cerca de 5% a 20% do orçamento do hospital 
(YUK, KNEIPP E MAEHLER, 2007). Como sabe-se que a taxa básica de juros e a taxa de 
juros de mercado fixadas pelo governo são altas, o que encarece a manutenção de estoques em 
comparação com os países desenvolvidos. Constata-se também que variáveis como a 
estocagem de medicamentos e o tempo de estoque são um dos fatores que provocam 
diretamente o aumento do preço dos produtos farmacêuticos hospitalares (Novaes, Gonçalves, 
e Simonetti, 2006). 
O propósito final do estoque deve ser categorizado para evitar o uso de 
medicamentos vencidos; evitar ausências e excessos; manter o estoque no nível correto, 
planejar, monitorar e organizar os requisitos e, finalmente, orientar informações suficientes, 
que é todo o processo de gestão de estoque. A escolha dos medicamentos pode garantir que o 
hospital obtenha os medicamentos mais básicos e imprescindíveis, e faça uso racional dos 
medicamentos segundo critérios como eficácia, segurança, qualidade e custo (SILVA, 2010). 
A maior parte dos recursos investidos no processamento de uma farmácia hospitalar 
está em estoque, portanto, é necessário um planejamento minucioso. Para evitar perdas, é 
preciso estar atento à demanda do mercado e focar no estoque dos insumos mais utilizados. 
Medicamentos descontinuados podem expirar, de outra forma, não investir em insumos com 
maior consumo afetará nos custo e despesas da farmácia hospitalar tonando-se onerosa à 
instituição. 
Para que haja uma boa gestão do estoque, se faz necessário uma auditoria contínua. 
Nesse contexto entra a acurácia, é uma apuração e análise do estoque com a finalidade de 
registrar se os itens no sistema condizem com o estoque físico, aumentando a segurança do 
planejamento de aquisição de novos insumos, evitando compras desnecessárias, extravio e 
melhorando o controle do estoque. Uma má gestão de estoques pode ocasionar a falta de 
medicamentos nas unidades hospitalares levando a interrupção do tratamento prestado 
acarretando danos ao paciente. 
 
2.3 A Importânica Da Acurácia À Gestão De Estoque 
Acurácia traz o significado de exatidão. Em seguida, a precisão do inventário pode 
ser definida por medição (porcentagem) da quantidade do item físico pela quantia catalogada 
no Sistema de informação (SHELDON, 2004 APUD LEITE ET AL., 2017). O cálculo é 
realizado da seguinte forma: 
 
O bom nível de precisão do inventário é de cerca de 95% (FERNANDES E PIRES, 
2005). Nesta pesquisa, esse valor foi classificado a meta, mas melhorou ao comparar os 
valores de precisão do inventário inicial e do inventário final, das farmácias hospitalares 
hipotéticas estudadas são consideradas relevantes. 
 
2.4 A Curva Abc 
É chamada de curva ABC ou norma 80/20 porque cerca de 80% das vendas de uma 
negociação é responsável por apenas 20% de todos os itens de estoque. Normalmente, uma 
pequena parte do total de itens no estoque representa grande parte do valor total do estoque 
(SLACK, 2009). De acordo com Slack et al. (2009), esta ferramenta pode ser empregada para 
relacionar diferentes tipos de itens em estoque devido a alterações de preço. Isso permite que 
os gerentes concentrem-se em controlar os itens mais importantes: 
a) Categoria A - 20% dos itens de valor elevado, caracterizando cerca de 80% do valor total 
dos itens no estoque. 
b) Grau B - aqueles que estão na média, geralmente representando cerca de 30% dos itens, 
constituindo 10% do total. 
c) Categoria C - itens de valor baixo, embora representem cerca de 50% do total de itens em 
estoque, equivalem cerca de 10% do valor total. 
Segundo Pozo (2010), a vantagem de utilizar a curva ABC está no estoque de 
materiais, pois os mesmos podem ser rotulados de acordo com o custo, quantidade ou outros 
fatores. 
As farmácias hospitalares possuem uma grande variedade de medicamentos e outros 
insumos em estoque, sendo difícil planejar sua reposição. Uma vez que cada grupo de 
medicamentos tem certas características de gestão (demanda, preço, consumo, tempo de 
entrega) e sua demanda é altamente aleatória, é interessante que o profissional responsável 
pelo estoque divida os produtos em classes semelhantes, facilitando seu gerenciamento 
(CORRÊA; GIANESI; CAON, 2001). 
Diante disso, faz – se necessário a usabilidade de um procedimento eficaz para 
classificar os produtos contidos no estoque, nesse parâmetro a curva ABC irá determinar 
quais medicamentos necessitarão de um gerenciamento mais minucioso pelo fato de pertencer 
a classe de valor mais elevado, por outro lado, também irá definir quais medicamentos são 
imprescindíveis no estoque, retendo a atenção do gestor para tentar diminuir os custos totais 
concernentes a gestão de estoque. 
 
2.5 A Classificação XYZ 
Além da curva ABC, outro método que alinhado a gestão de estoques, pode auxiliar 
na preservação da qualidade dos insumos nele contidos é a classificação XYZ. 
Segundo Pontes (2013), a metodologia de classificação XYZ é essencial para o 
gerenciamento de estoque. Lourenço e Castilho (2007) explicando o uso da classificação XYZ 
Propriedades críticas/ materiais essenciais na performance das intervenções realizadas e o 
inventário para classificar o item (ou seja, medicamento) sobre categorias X, Y e Z. (apud 
BARBIERI E MACHLINE, 2006). 
A classificação XYZ, se resume nas seguintes características: Os itens X são os 
materiais de baixa criticidade, isto é, sua ausência não interfere nas atividades da instituição, 
há grande possibilidade de substituição; já os da classe Y são produtos de média criticidade, 
ou seja, são essenciais nas execução das atividades, podendo ser substituído por outros 
eventual facilidade e por fim os itens da classe Z, são insumos de alta criticidade, ou melhor, 
sua ausência ocasiona a paralisação de uma ou mais fases operacionais da instituição, não 
podendo ser substituído por outros semelhantes (PONTES, 2013). 
Em suma, a classificação XYZ tornou-se importantíssimo, e mais adequado para uso 
em farmácias hospitalares a ferramenta apenas classifica materiais (não se incluindo) 
acessórios, portanto, o dispositivo pode ser Incluído na classificação ABC, o objetivo é 
classificar os produtos por grau de criticidade ou imprescindibilidade (Lourenço e Castilho, 
2007 apud Mota e Camuzi, 2017). 
Com uma eficaz administração de materiais, torna-se possível providenciar a 
medicação certa na quantidade e tempo correto. Entre tanto é necessário uma boa gestão de 
estoques nivelados com uma continua auditoria dos estoques, fazendo- se necessário um 
método produtivo para auxiliar na classificação dos insumos. 
 
 
3. METODOLOGIA 
Foi realizado um estudo bibliográfico acerca dos sistemas de classificação de 
materiais e a sua aplicação na gestão de medicamentos em uma farmácia hospitalar. A coleta 
de dados foi realizada por meio de artigos científicos pesquisados nas seguintes bases de 
dados: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribeem Ciências da Saúde), SciELO 
(Scientific Eletronic Library On Line), SPELL (ScientificPeriodicals Electronic Library), 
Scopus/Elsevier, Portal Periódicos CAPES (Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento 
de Pessoal de Nível Superior) e Google Acadêmico. 
Os autores realizaram as buscas utilizando os termos: Classificação de Curva ABC; 
Classificação XYZ; medicamentos; sistemas de classificação; acurácia; redução de custos.4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Nesta pesquisa, foram apontados alguns dos fatores essenciais para redução de custos 
na farmácia hospitalar, tais como gestão de estoque e acurácia, curva ABC e curva XYZ, que 
será explanado a seguir. 
A principal função de uma farmácia hospitalar é distribuir medicamentos de acordo 
com as prescrições médicas. O objetivo desse tipo de dispensação é fornecer ao paciente o 
medicamento correto, na quantidade e especificações exigidas, com segurança e no tempo 
necessário, de modo a promover o uso seguro e exato do medicamento. Erros na dispensação 
dos fármacos expressa infringir a segurança das drogas administradas. Todavia, apesar de 
uma grande quantidade não chegue a causar males ao paciente, as falhas na hora de dispensar 
a medicação quando acontecem, constatam a vulnerabilidade no processo de atividade e desta 
forma demonstram uma maior probabilidade de acidentes graves. 
Nesse sentido na farmácia do hospital, cada conjunto de medicamentos tem suas 
características, ocasionando o estoque alojar uma série diversidade de produtos hospitalares, 
podendo dificultar a organização do ressuprimento e administração. Segundo Sforsin et al 
(2012) A falta de utilização de recursos técnicos, como procedimentos de controle de estoque, 
dificulta o processo de gestão de materiais hospitalares, sendo este um dos problemas de baixa 
eficiência e uma das fragilidades do processo logístico, o uso da tecnologia da informação 
pode tornar a gestão de estoque, mais precisa e rápida. 
Ainda nesse para paradigma para um melhor controle, o pessoal de gerenciamento de 
estoque pode conduzir avaliações de periodicamente para avaliar a acuracidade do seu 
estoque. A analise dessa precisão indicará se o estoque e as compras de reposição são 
consistentes com a situação real da farmácia hospitalar e se há uma falha neste processo de 
controle de estoque. 
A curva ABC é um procedimento que auxilia a identificar itens que requerem 
atenção e procedimento minucioso, contribuindo aos administradores a gerenciar o estoque e 
na redução de custos Nesse caso, Novaes, Gonçalves e Simonetti (2006) apontam que a 
gestão da curva ABC pode gerenciar farmácias determinando os níveis de estoque e métodos 
adequados para o controle. 
 
Tabela 1- Disposição total de gastos com antibióticos em uma Farmácia Hospitalar 
fictícia no estado do Pará. Brasil, 2020. 
 
MEDICAÇÃO APRESENTAÇÃO CONSUMO 
ANUAL 
CUSTO 
UNITARIO 
VALOR TOTAL % 
VALOR 
TOTAL 
ABC 
CEFTRIAXONA 1G EV 3600 R$ 21,19 R$ 
76.284,00 
45,51% A 
CEFOLTINA 1G EV 2160 R$ 20,00 R$ 
43.200,00 
25,77% A 
OXACILINA 500MG EV 1440 R$ 
6,08 
 R$ 
8.755,20 
5,22% B 
MEROPENEM 1G EV 240 R$ 26,17 R$ 
6.280,80 
3,75% B 
AMOXICILINA 250MG/ML 
SOLUÇÃO 
360 R$ 15,00 R$ 
5.400,00 
3,22% B 
AMOXICILINA + 875+125MG CP 1800 R$ R$ 3,20% B 
CLAVULANATO 2,98 5.364,00 
AMPICILINA 1G EV 1200 R$ 
4,35 
 R$ 
5.220,00 
3,11% B 
AZITROMICINA 500 MG CP 1800 R$ 
2,68 
 R$ 
4.824,00 
2,88% B 
GENTAMICINA 80MG EV 1350 R$ 
2,80 
 R$ 
3.780,00 
2,26% C 
 
CIPROFLOXACINO 
500MG CP 3200 R$ 
1,07 
 R$ 
3.424,00 
2,04% C 
CEFALXINA 500MG CP 1200 R$ 
1,28 
 R$ 
1.536,00 
0,92% C 
AMOXICILINA 500MG CP 2000 R$ 
0,71 
 R$ 
1.420,00 
0,85% C 
AMPICILINA 500 MG CP 1000 R$ 
1,11 
 R$ 
1.110,00 
0,66% C 
METRONIDAZOL 250MG CP 3000 R$ 
0,34 
 R$ 
1.020,00 
0,61% C 
 
Em uma elaboração, ainda que hipotética constituída por 14 itens, da Curva ABC, 
pode-se identificar (Tabela 1) que os grupos de itens com maior registro de demanda da 
farmácia hospitalar estão na classe A e B. Os dados exposto refere-se a classificação extraída 
do sistema informatizado da farmácia de um hospital fictício, e reflete possível realidade 
vivenciado pela farmácia no respectivo estudo, isso para o registro dos itens considerados 
medicamentos. 
Na Tabela 1 em anexo a este trabalho. Percebe-se que os percentuais tanto das 
quantidades de itens quanto do valor financeiro da curva ABC elaborada, estão dentro dos 
percentuais estimados na literatura, verificou que na Curva A com 2 itens correspondeu a 
71,28% com esse grupo de medicamentos.. 
Zatar (2012) realizou um estudo sobre a gestão de estoques em um hospital público e 
encontrou 12,86% dos itens da curva A na classificação ABC de medicamentos injetáveis, o 
que equivale a 67,80% do custo desse grupo de medicamentos. 
Vago et al. (2013) estabeleceram a curva ABC de medicamentos no hospital 
estudado. De um total de 526 itens, 13% da curva A, 25% da curva B e 62% da curva C. 
Quanto às variações financeiras das curvas A, B e C, são 71%, 22% e 7% respectivamente. 
Simonetti, Novaes e Gonçalves (2007) na pesquisa de seleção e classificação. Os 
resultados mostram que entre 128 medicamentos padronizados em hospitais privados, a curva 
ABC dos medicamentos: curva A tem 7% dos itens, equivalente a 71% do valor do estoque; 
entretanto, na curva B contém 20% das commodities e 20% do valor do estoque; e por fim a 
curva C, com os 104 itens, apresentando 9% do valor do estoque. Embora a quantidade total 
de medicamentos seja quase 2,5 vezes maior esses percentuais são próximos ao desta 
pesquisa, indicando que o método é aplicável a diferentes estoques. 
Gonçalves et al (2015) destacam que os gestores não devem ignorar produtos com 
correlações mais baixas, embora a curva ABC seja importante para a gestão de estoque, ela é 
limitada por considerar apenas o valor financeiro dos insumos. Clevert et al. (2007) 
advertiram que a classificação ABC foi insuficiente para otimizar o estoque porque não 
avaliou as possíveis flutuações na demanda, e argumentam que observar o estoque por um 
período mais longo de tempo pode identificar produtos com consumo relativamente contínuo 
e com consumo relativamente estável, identificando variações ou demanda instável. 
Sabendo-se que a classificação XYZ é fundamentada em bases estatísticas, sendo 
que a variância está relacionada ao consumo, o cálculo é obtido a partir da razão do desvio 
padrão e a média aritmética do período analisado (a apuração é por 100 para obter o valor em 
percentual). Diante disso, com a situação hipotética três grupos foram criados: itens X 
significam com a maior demanda e menos flutuações no consumo; itens de coleta Y 
mostrando mudanças na demanda; Z significa aqueles com maior consumo instável e previsão 
mais limitada. 
Lourenço & Castilho (2007) apontam que em alguns hospitais privados de São Paulo 
a gestão de materiais e medicamentos utilizava a classificação ABC em combinação com a 
XYZ, no entanto, não foram identificadas publicações sobre a aplicação prática das 
combinações da curva ABC e classificação XYZ, tanto de materiais ou medicamentos na 
farmácia hospitalar. 
Em síntese, compreende-se que para o alcance da redução de custos na farmácia 
hospitalar é necessária uma boa estrutura organizacional na gestão de estoques alinhada com a 
acuracidade, nesse sentido com um sistema de gestão de estoque eficiente que viabilize as 
ações do serviço as quais demandam procedimentos bem definidos, na escolha da medicação 
exata para o consumidor, com a curva ABC, se faz necessário redobrar a atenção aos itens da 
classe A, sabendo que por seu alto custo anual é imprescindível a introdução de controle de 
estoque mais acentuado, já a classe B pode ser administrada por um controle mediano e por 
fim a classe C, podem ser gerenciadospor um controle mais simples, mas sem perder a 
eficácia nas atividades. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As farmácias hospitalares são responsáveis por diversos processos que têm um 
grande impacto na saúde. Essas unidades precisam executar contínuas atividades complexas 
de maneira organizada e eficaz para atender às necessidades dos pacientes que atendem. 
A resultância desse trabalho evidencia nitidamente a importância dos fatores 
considerados na investigação e análise para auxiliar a farmácia hospitalar a alcançar melhor 
desempenho na redução de custos. 
Nesta tarefa diversificada, vai desde a gestão de estoque, passando por outros 
métodos e finalizando na classificação XYZ. Sem a devida eficiência e controlo, a unidade 
farmacêutica será onerosa para o hospital, sem mencionar que o paciente (consumidor final do 
produto) corre sérios riscos de danos à saúde, caso haja falha no processo de gerenciamento 
desses insumos. 
A classificação e divisão dos itens permitem que os gerentes de estoque 
personalizem cada grupo de medicamentos, pois o tipo de controle efetivo de um produto 
pode não ser outro. Portanto, a classificação ABC é um método prático, eficaz e necessário 
para a gestão de estoques. A classificação XYZ se mostra imprescindível pelo fato de também 
diferenciar os materiais que podem ser analisados e mensurados independentemente se for um 
item de alto ou baixo consumo. 
O ideal é tentar aplicar os dois métodos, pois assim o gestor tem uma visão holística 
do gerenciamento do estoque, possibilitando aperfeiçoar sua gestão e auxiliando na redução 
de custos na farmácia hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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