Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Antibióticos: parte 1 Aula: 01 - Professora:Nélio Bactéria ● Unicelular; ● Nucléolo desorganizado; ● Procarionte (não tem membrana nuclear); ● Citoplasma contém tds organelas; ● Membrana citoplasmática fosfolipídica; ● Parede Celular (proteção bacteriana) Classificação das Bactérias Forma ⇢ cocos, bacilos, espirilos, vibriões. Coloração ⇢ Gram positivas (captam corante) ou Gram negativas (Não captam o corante). Respiração: Aerobiose ou anaerobiose. PROVA (qual antibiótico pega anaeróbio e aeróbios). Nutrição: Autotróficos e heterotróficas. Gram Positiva x Gram Negativa ● Gram positivas: Camada espessa de parede celular (peptideoglicano) e hiperosmolaridade intracelular com pressão alta, colorem azul. ● Gram negativa: Camada delgada de parede celular, hiposmolaridade com pressão baixa, possui uma espessa camada de lipopolissacarídeos, o que confere mais atração por antibióticos lipossolúveis e pouca eficácia com atb hidrossolúveis (penicilinas), colorem rosa; Locais de ação das bactérias Ana Carolina Picanço Cocos Gram Positivos (+) Temos que saber qual doença cada uma causa! ● Streptococcus pyogenes - Amigdalite; - Erisipela; - Impetigos; - Febre Reumática (essa bactérias tem antígenos iguais ao do ser humano, o que causa o ataque); - Infecções de pele* ● Streptococcus viridans - cárie; - endocardite. ● Streptococcus pneumoniae (Também chamado de PNEUMOCOCO = Diplococo) - Meningite; - Sinusite; - Otite; - Infecção Pulmonar ● Streptococcus agalactiae - Meningite na criança. ● Staphylococcus epidermidis - Gosta de próteses cardíacas por exemplo; - Algumas infecções de pele. ● Staphylococcus aureus - Infecções de pele; - Furúnculo. ● Enterococcus faecalis - TGI; - TGU; - sangue ● Enterococcus faecium (idem acima) ● Peptostreptococcus sp Cocos Gram Negativos (-) *TODAS SÃO DIPLOCOCOS. ● Moraxella catarrhalis - Sinusite ● Neisseria gonorrhoeae - Gonorréia ● Neisseriae meningitidis - Meningite PROVA! Em resumo temos que saber: O diplococo gram positivo é o pneumococo e o diplococo gram negativo é a neisseriae. Bacilos Gram Negativos (-): Enterobactérias Cuidado: enterobactérias não tem nada a ver com enterecoco, que é um coco gram positivo. ● Citrobacter freundii ● Enterobacter aerogenes ● Enterobacter cloaceae ● Escherichia coli ● Klebsiella pneumoniae ● Morganella morganii ● Proteus mirabilis ● Proteus vulgaris ● Salmonella typhi ● Serratia marcescens ● Shigella sp ● Yersinia pestis ● Yersinia enterocolítica Outras ➢ Acinetobacter baumanni - É muito agressiva. ➢ Bacterioides fragilis - Anaeróbio do intestino relacionado a perfurações do msm. Perigosa! Qlqr infecção purulenta abaixo no diafragma temos que pensar nela. Ana Carolina Picanço ➢ Bordetella pertussis ➢ Brucella sp ➢ Campylobacter jejuni ➢ Fusobacterium sp ➢ Gardnerella vaginalis ➢ Helicobacter pylori ➢ Haemophilus influenzae - Cuidado! Isso não é gripe vírus não, só tem nome parecido e nada mais. ➢ Legionella pneumophila - Não tem parede celular, juntamente com Micoplasma e clamídia, e são chamadas atípicas. PROVA! (Quais os antibióticos que atuam nelas, não pode usar atb que atuam em parede viu!) ➢ Pseudomonas aeruginosa - Grave infecção urinária e hospitalar! ➢ Stenotrophomonas maltophilia ➢ Burkholderia cepacia - Essas duas acima são tipo de pseudomonas não aeruginosas que também dão em infecções hospitalares. ➢ Vibrio cholerae Bacilos Gram Positivos (+): ➢ Actinomyces israelii ➢ Bacillus anthracis ➢ Clostridium difficile - Cresce muito no intestino de quem toma antibiótico, levando a uma super infecção, diarréia com sangue ficar alerta para colite pseudomembranosa! ➢ Clostridium tetani (causador do tétano) ➢ Corynebacterium diphtheriae (causador da difteria) ➢ Listeria monocytogenes Obs: Todos os clostridium são anaeróbios! Bactérias Atípicas *SÃO PEQUENAS E NÃO POSSUEM PAREDE CELULAR. ● Legionella pneumophila ● Mycoplasma pneumoniae ● Chlamydya pneumoniae Outras Bactérias ● CLAMÍDIAS – C. pneumoniae, C. psittaci, C. trachomatis ● ESPIROQUETAS: - Borrelia burgdorferi (causadora da DOENÇA DE LYME) - Leptospira interrogans (causadora da LEPTOSPIROSE) - Treponema pallidum (causadora da SÍFILIS) ● MICOBACTÉRIAS - Hanseníase; - Tuberculose. ● MICOPLASMAS ● RIQUÉTSIAS - Febre Maculosa. Mecanismos de aquisição de resistência Primeiramente a bactéria fica tolerante para depois ficar resistente, a não ser que ela nasça resistente. A frente veremos os mecanismos de aquisição da resistência. Ana Carolina Picanço ● Mutação - a bactéria sofre ação de uma fonte de radiação e ocorre uma mutação nos genes, promovendo uma resistência. ● Transformação - uma bactéria joga um gene de resistência para a outra bactéria e ela absorve esse gene. Em geral, esse evento acontece em bactérias de mesmas espécies. ● Conjugação; - é a forma mais comum de transmissão de resistência bacteriana. Nesse evento, a bactéria resistente usa a fímbria para transferir o gene de resistência para a outra. Este processo de transporte de um gene para outra bactéria acontece tanto entre as mesmas espécies quanto entre espécies diferentes. ● Transposição - um gene de resistência na forma de plasmídeo que estava desativado no citoplasma, de uma hora para a outra, sofre mutação e passa a ter resistência. ● Transdução - ocorre quando um vírus (bacteriófago) transmite um gene de resistência para a determinada bactéria e esta passa a integrar esse gene em seu material genético. Muito comum em estafilococos. Resistência Fenotipicamente (como se expressa a resistência) ● Alteração de permeabilidade: ocorre espontaneamente, fazendo com que a bactéria fique impermeável a determinado antibiótico. ● Mecanismo enzimático: a bactéria libera uma substância que inativa o antimicrobiano. ● Bomba de efluxo: a bactéria pega o antibiótico que entrou e joga para fora. ● Alterar o sítio de ligação do antibiótico, impedindo a sua ligação e, consequentemente, a sua ação dentro da bactéria. Classificação por local Bactericidas: Os antibióticos β-lactâmicos são inibidores da parede celular, então, ao impedir a formação da parede, a bactéria se rompe e morre. Por esse motivo, essa classe é chamada de bactericidas. São as melhores classes possíveis, pois matam as bactérias e não reagem com as células do nosso corpo, uma vez que não temos parede celular. Bacteriostáticos: Os antibióticos que atuam nos ribossomos, fazendo com que eles parem de produzir proteínas bacterianas, impedindo o processo Ana Carolina Picanço metabólico. Por esse motivo, essa classe é chamada de bacteriostáticos, Exceção: os aminoglicosídeos, pois apesar destes agirem na síntese proteica, eles fazem com que haja a transcrição do RNAm de forma errada, fazendo com quea bactéria passe a produzir proteínas de forma errada, matando-a; por esse motivo, os aminoglicosídeos são considerados bactericidas. Estes antibióticos possuem uma chance de toxicidade, uma vez que em nós também ocorre síntese protéica. Os antimicrobianos que agem no DNA bacteriano, atuam por meio de polimerases. Pode ser um problema se o fármaco atuar em uma polimerase que só também possuímos. Os antimicrobianos que atuam na membrana plasmática da bactéria, porém, possuem um nível maior de toxicidade, uma vez que nossas células possuem membrana plasmática. Bactericida X Bacteriostático Associações de antibióticos a) Vantagens: sinergismo, aumenta o espectro, etc. b) Desvantagens: antagonismo, aumenta o risco de toxicidade, etc Fatores que modificam a terapêutica Por exemplo, se há abscesso profundo, deve-se drenar antes; se há diabetes, a conduta pode ser alterada. Resuminho ● Infecção urinária: os prováveis germes são Escherichia coli, Klebsiella e Proteus. ● Pneumonia comunitária: pode ser por Pneumococo. ● Erisipela ou amigdalite purulenta: Provavelmente é Streptococcus pyogenes. ● Sinusite bacteriana aguda ou otite média aguda: Provavelmente é Pneumococo ou Haemophilus influenzae. Principais Opções Antibióticas contra bactérias Ana Carolina Picanço Ana Carolina Picanço
Compartilhar