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HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 1a aula 1 Questão O termo África Branca pode ser considerado: um dado aceito pela historiografia pois isola a África em duas partes equivocada pois apesar de islâmicas os grupos eram morenos, não brancos. como uma boa forma de diferenciar a África negra e islâmica equivocado, pois dá uma noção de unidades que não existem equivocada pois o norte da África é negro e o Sul é branco 2 Questão A partir da interpretação do mapa acima, pode-se afirmar que O mapa identifica o reino do Congo como o maior de todos os reinos, por isso, a sua importância em abordagens na literatura de ficção e nas produções de cinema. O mapa mostra que os reinos não tinham dispersão, mesmo com desertos como os do Saara e o de Kalahari. O mapa mostra que todos os reinos coexistiram em paz e tinham intensas trocas comerciais. O mapa mostra a dificuldade de constituição de organizações no interior africano, daí a exclusividade de reinos pelo litoral, o que facilitou o comércio com outros povos. O mapa mostra que as antigas etnias não tiveram a conservação das etnias pelas fronteiras do atual mapa africano. 3 Questão Os berberes eram tribos nativas que viviam espalhadas por toda a África do Norte. Segundo o cronista muçulmano Ibn Khaldun (c. 1332-1395), os berberes eram quase totalmente nômades: ...gentes que vivem em tendas e que viajam no lombo do camelo, e se instalam nas alturas das montanhas (...) No deserto, a maioria da população mantém suas genealogias, porque, de todos os laços que servem para vincular um povo, o de sangue é o mais próximo e de maior força (...) Os povos que experimentam a influência desse sentimento preferem sempre a vida do deserto à das cidades... (IBN JALDÚN, 1997: 633). Acesso em: 15/05/2019. Sobre o trecho escrito pelo cronista islâmico, é CORRETO afirmar que: é uma fonte sem validade pois não foi feito por um africano. é uma fonte secundária, pois o que deve prevalecer nas pesquisas sobre a África são as fontes orais. é um texto que discrimina o povo berbere por se vincularem ao parentesco por sangue e preferirem o deserto à cidade. é um texto etnocêntrico. é uma fonte descritiva sem o uso de uma metodologia para explicar o povo citado. 4 Questão Por que sabemos tão pouco sobre a história da África? Segundo o antropólogo Kabengele Munanga, as razões são: Inexistência de historiadores na África interessados em produzir e divulgar a história africana Ausência de interesse por parte dos africanos em divulgar sua história Preconceitos, ignorância e uma questão ideológica ligada ao interesse colonizador. Falta efetiva de história e cultura no continente africano Falta de fontes para se estudar a história da África 5 Questão Leia o fragmento abaixo: A colonização tem difundido a civilização em países de uma evolução atrasada, tem subtraído muitas regiões à violência e à anarquia [...]; tem aumentado o bem-estar individual com novos produtos, que se tomaram de consumo corrente, dando lugar à criação de novas indústrias e a um grande desenvolvimento. (Mello e Castro, José de Sousa H. (1919), Administração colonial. Coimbra: Minerva Central). A partir desse fragmento podemos relacionar a visão eurocêntrica sobre a África com: a proposta de civilização de uma região atrasada, vista como se fosse uma única unidade e que o desenvolvimento do capitalismo poderia resolver o atraso africano. a resposta aos movimentos de anarquia na África a partir de movimentos pacificadores europeus o objetivo de modernizar a economia africana para resolver os graves problemas sociais geradas pela sua cultura atrasada pela industrialização. o reconhecimento que a civilização europeia trouxe para o continente africano anarquia e violência e a indústria traria paz e riquezas. a ideia de laços de solidariedade a um continente empobrecido. 6 Questão A respeito das línguas africanas, assinale a alternativa incorreta: O egípcio antigo manifesta-se nos hieróglifos e papiros mais famosos, recebendo sua versão copta com o advento do cristianismo. Como língua falada, deixou de existir por volta do século XVII, sacramentando um processo que se inicia com a conquista árabe daquela região. A linguagem é um dos elementos que aponta para a diversidade. Essa ampla heterogeneidade divide-se em quatro grandes famílias: a afro-asiática; a níger- kordofaniana; a nilo-saariana; e a khoisan. A família afro-asiática domina o norte do continente e também é chamada de camito- semítica. Subdivide-se em cinco grandes grupos linguísticos ou ramos da família: o berbere; o egípcio antigo; o semítico, o cuxítico e o chádico. O berbere tem pouca diversidade interna, sendo que algumas línguas pré-coloniais já extintas provavelmente faziam parte de seu universo, como a língua dos guanchos, das Ilhas Canárias, bem como uma extinta versão do líbio. O ramo semítico apresenta leve diferenciação interna, sendo muito similares os idiomas falados. 7 Questão ¿Eu tinha 19 anos. Minha colega de quarto americana ficou chocada comigo. Ela perguntou onde eu tinha aprendido a falar inglês tão bem e ficou confusa quando eu disse que, por acaso, a Nigéria tinha o inglês como sua língua oficial¿. ADICHIE, C. Os Perigos de uma História Única. A reação mencionada no texto esconde uma característica presente no imaginário do senso comum sobre a África. Sobre isto, assinale a alternativa correta. A reação da amiga americana é reflexo de uma visão nacionalista de que sua língua deveria ser restrita aos países anglófilos. A confusão da colega de quarto, mencionada no texto, está ligada à valorização da multiplicidade de línguas nativas no continente africano. A citação é expressiva dos perigos de uma história única, neste caso, daquela que os africanos contaram sobre si mesmos. A confusão relatada no texto refere-se à dificuldade em entender a adoção do inglês como língua oficial em um continente marcado por lutas fratricidas e guerras civis. O texto representa, de forma anedótica, o senso comum estereotipado acerca do continente africano. 8 Questão Quando falamos de tradição em relação à história africana, referimo-nos à uma tradição tal que nenhuma tentativa de penetrar a história e o espírito dos povos africanos terá validade a menos que se apoie nessa herança de conhecimentos de toda espécie, pacientemente transmitidos de boca a ouvido, de mestre a discípulo, ao longo dos séculos. Esse trecho se refere à: Pesquisa antropológica. Pesquisa arqueológica. História oral. Pesquisa sociológica. História escrita. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 2a aula 1 Questão QUAL FATOR GEOGRÁFICO POSSIBILITOU O DESENVOLVIMENTO DA CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA NA ANTIGUIDADE? A EXISTÊNCIA DE CIDADES QUE JÁ APRESENTAVAM UM CERTO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, FACILITANDO O CONTROLE DE DETERMINADOS FENÔMENOS DA NATUREZA. A PRESENÇA DO DESERTO DO SAARA QUE FAVORECEU O ESTABELECIMENTO DE ALDEIAS NA REGIÃO. A EXISTÊNCIA DE UMA DENSA FLORESTA TROPICAL NO NORDESTE DO CONTINENTE AFRICANO. O CLIMA SUBTROPICAL E O ALTO ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO (ÍNDICE DE CHUVAS) O TERRITÓRIO EGÍPCIO, FAVORECENDO A AGRICULTURA NA REGIÃO. A EXISTÊNCIA DO RIO NILO QUE POSSIBILITOU A PRÁTICA DA AGRICULTURA EM SUAS MARGENS, A PESCA E O USO DE SUAS ÁGUAS PARA DIVERSAS FINALIDADES. 2 Questão O Reino de Kush foi um dos mais promissores da África Antiga, tendo dominado o Egito em períodos importantes além de ser uma saída estratégica para o Oceano índico, ainda que com grandes disputas. Estamos nos referindoaos: Songai Ganeses Zimbábue Núbios Nagôs 3 Questão A principal atividade econômica do reino Kush era: Artesanato Criação de animais Comércio Mineração Agricultura 4 Questão "O Egito é uma dádiva do Nilo". Durantes séculos essa frase do grego Heródoto serviu como síntese para explicar a grandeza e opulência do primeiro grande império centralizado no mundo. Porém, no segunda metade do século passado os egiptólogos discordavam da relação de causa e efeito provocada pela frase. Isso deve- se ao fato do etnocentrismo de Heródoto não dar crédito que o povo egípcio conseguiu dominar o Nilo, suas enchentes, suas estiagens, com obras que requeriam grande planejamento e que fizeram do Egito um império que fosse mais vistoso que o mundo helênico. à omissão de Heródoto quanto à importância do rio Níger para o comércio transaariano que os egípcios faziam com os povos ocidentais da África. ao fato do Egito ter se formado a partir da expansão do império romano pelo Mediterrâneo; sendo assim, o Nilo só servia para a agricultura e uso da água para beber. ao problema de Heródoto não ter conhecido as terras mais ao sul do Egito, o Sudão, aonde encontraria povos mais adiantados quanto á centralização e obras púlbicas, independente de terem acesso ao Nilo. ao fato que colocar o Egito como protagonista o viajante grego acabou por ocultar as obras e grandiosidades de povos como os dos Impérios de Gana, Mali e Songhai, também banhados pelo Nilo. 5 Questão Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte de Cartum, capital do atual Sudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta INCORRETA: Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo negociar com os hebreus e assírios. Napata começou atingindo seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra os assí- rios. Sua economia era essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico importante. Em 660 aC, os Nubios começaram a explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro Africana; Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma região muito rica em ouro. Os egípcios logo controlaram o comércio, de modo que o Egito se tornou uma potência imperialista na Núbia; Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-se pode-roso o suficiente para limitar o poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este foi o início do Terceiro Período Intermediário (1075 a.C-664 a.C). A fragmentação do poder no Egito permitiu que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaramum novo reino, Kush, centrado em Napata; Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava sofrendo de instabilidade política. O Rei Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi seguida por seus suces-sores Piye e Shabaka (721-707 aC), que finalmente trouxe todo o Vale do Nilo para o controle cushita no segundo ano do seu reinado. Shabaka também lançou uma política de construção de monumentos, no Egito e Núbia. Em geral, os reis de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um século e todo o Egito por cerca de 57 anos; 6 Questão Sobre o papel dos escribas no Egito Antigo, é possível afirmar: Eram os responsáveis pelos cultos religiosos do Reino Para se tornar um escriba, bastava nascer em uma família nobre. Graças ao seu trabalho, hoje conhecemos um pouco da História do Egito. Por saberem ler e escrever, detinham o poder político nas cidades do Reino. Os escribas dominavam o alfabeto persa. 7 Questão A respeito da organização econômica e social do Egito Antigo foi estabelecido de forma convencional o uso do conceito de modo de produção asiático, que, a despeito do Egito ser africano, foi considerado para a análise dessa sociedade. A respeito desse modo de produção, pode- se afirmar que a mão de obra mais comum era a de escravos, geralmente obtidos por compras em caravanas do deserto, como no caso dos hebreus. que as terras pertenciam aos nomarcas e o comércio e a pecuária eram o sustento do Império. as terras eram dos nobres que usavam a mão de obra camponesa para construir seus palácios e templos. o líder era escolhido por um conselho de anciãos e ficava responsável pelo comércio marítimo, base da economia egípcia. as terras eram do Estado e a base da mão de obra era servil, formada por camponeses. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 3a aula 1 Questão "A fala é considerada como a materialização ou exteriorização das vibrações das forças... Lá onde não existe a escrita ..., o homem está ligado à palavra que profere. Está comprometido por ela. Ele é a palavra, e a palavra encerra um testamento daquilo que ele é. A própria coesão da sociedade repousa no valor e no respeito pela palavra." (In: Hampaté Ba, A. História Geral da África, vol. I, capítulo 8) - Em sociedades tradicionais africanas: Os mais novos detêm a liderança comunitária, onde as novas tecnologias exercem um papel preponderante. A palavra só tem algum significado quando atrelada a relações sociais contratuais. O ancestral é uma referência grupal isolada e a tradição perde-se no tempo a cada nova geração. A palavra atribuída ao ancestral comum, ao mais velho, é sempre desconsiderada e sem valor nas relações sociais. O conhecimento é a própria palavra, é ela que transmite os conhecimentos de uma geração para outra. 2 Questão Podemos afirmar a respeito da Expansão Bantu que: I Ocorreu graças ao aumento populacional e ao desmatamento decorrentes da pesca farta e do cultivo de gêneros alimentícios. II Consistiu em dois grandes processos migratórios em busca de novas terras na região centro-sul do continente africano. III Foi um movimento migratório provocado por conflitos étnicos na região localizada ao norte do continente africano. IV Ocorreu em função da epidemia de doenças tropicais que assolou o território centro-oeste da África. Apenas a afirmativa II está correta As afirmativas I e II estão corretas Apenas a afirmativa III está correta Apenas a afirmativa I está correta Apenas a afirmativa IV está correta 3 Questão Sobre a África subsaariana, antes do século XV, podemos afirmar: I. Era composta de sociedades sem escrita e, portanto, sem história; II. Era composta de diversas sociedades com organizações diferentes, indo desde aldeias de agricultores e criadores até verdadeiros impérios bem estruturados; III. A escravidão só passou a existir a partir da expansão marítima européia do século XV; IV. Houve um processo de islamização de vários reinos do Sudão, a partir do século VII, embora a maioria de suas populações permanecesse com suas religiões tradicionais. São corretas as opções: I e II III e IV I e III II e IV I e IV 4 Questão Uma das principais instituições das chamadas sociedades tradicionais africanas era a família, pois era ela que primeiro definia o pertencimento dos indivíduos no grupo. Acerca da noção de família na África Subsaariana, é correto afirmar que: As famílias africanas, principalmente as mais ricas, procuravam manter suas posses através de casamentos consanguíneos, ou seja, casavam irmãos com irmãs, o que também contribuía para o fortalecimento dos laços familiares. As famílias africanas eram relativamente pequenas, se comparadas com as famílias europeias, principalmente em função das alta mortalidade infantil decorrente do baixo desenvolvimento das técnicas de medicina. A organização familiar africana era bastante semelhante ao modelo europeu. Ao filho primogênito cabia manter a linhagem ¿ e as posses ¿do patriarca. Enquanto os outros filhos, ao se casar, saiam de casa e davam início a uma nova estrutura familiar totalmente independente. As famílias africanas eram extensas, formadas não só pela mãe, pai e seus filhos, mas também pelos avós, tios, sobrinhos, netos e primos que tinham um ancestral em comum. Somente eram considerados membros de uma mesma família, os descendentes em linha direta, ou seja; pais, filhos, netos e bisnetos, e mesmo assim a famílias eram muito numerosas em função da alta taxa de natalidade. 5 Questão A religiosidade era uma das características definidoras das sociedades da África Subsaariana. Com relação as práticas religiosas das sociedades subsaarianas, é correto afirmar que: Até a chegada do cristianismo trazido pelos europeus todos os povos subsaarianos compartilhavam as mesmas três divindades: Ogum, Xangô e Oxumaré, aos quais cultuavam em grandes templos construídos no centro das comunidades. Embora as sociedades da África Subsaariana fossem essencialmente monoteístas e acreditassem numa única divindade, cada uma venerava esse deus de maneira diversa. Embora cada comunidade acreditasse em um deus ou em deuses próprios, as formas por meio das quais os membros desses grupos entravam em contato com o divino era muito semelhante. Até se iniciar o contato com os muçulmanos, todos povos da África Subsaariana não só compartilhavam a crença nos mesmos deuses, como mantinham a prática regular de realizar sacrifícios humanos. Assim como os as sociedades do Norte da África, os povos subsaarianos viam seus reis como figuras divinas, descendentes em linha direta dos criadores do universo. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 4a aula 1 Questão A Rota Saariana pode ser definida como: um trajeto militar gengi e nagô em busca de escravos um trajeto militar de expansão islâmica uma rota comercial dominada por judeus desde os tempos do velho testamento um trajeto comercial que integrava norte e sul africano a Europa e Ásia um trajeto em torno do Rio Nilo, única região em que era possível atravessar o Saara. 2 Questão Quando tratamos de rota saariana precisamos entender que é: é necessário entender que é conjugação das práticas sociais africanas, seu comércio e trocas, com as trocas de mercadores nômades e a inserção dos centros islâmicos. é o domínio do islão levando bens para todo o mundo, apesar que naquele momento o saara era na verdade uma grande floresta, passando pela desertificação só muito posteriormente. É o domínio europeu criando uma importante rota de escravos mais rápida e eficiente no norte na África. o domínio pleno do Islão não África é necessário entender que é uma rota comercial poderosa e que estão inseridos Europa, África, Oriente e Américas. 3 Questão As principais riquezas do reino africano de Gana são: O ouro, o sal e o controle do comércio transaariano (do Deserto do Saara). Os escravos. A prata, o mercúrio e a pimenta. Ouro, prata e diamantes. O óleo de palma, a noz de cola e o ébano. 4 Questão "As primeiras informações a respeito do reino de Gana foram encontradas na obra do escritor árabe Al-Fazari, no século VIII. Esse autor relata que, no Marrocos, Gana já era conhecida como a terra do ouro desde o século VIII, por conta da existência de reservas desse metal e do comércio estabelecido com o Norte da África, que trocava, entre outros produtos, o ouro por sal." MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2008. Com relação ao reino de Gana (séc VIII-XIII), assinale a alternativa INCORRETA: O reino de Gana beneficiou-se com o comércio transsaariano e a produção de ouro possibilitou, durante muito tempo, a manutenção de uma relação comercial superavitária com outras regiões. O reino de Gana conseguiu desenvolver grande independência econômica com relação aos outros territórios africanos, dada a sua enorme produção de ouro, possibilitando, inclusive, a diminuição de importações de produtos de outras regiões. A maioria das informações sobre o reino de Gana advém de narrativas feitas por comerciantes e escritores árabes daquele período. O território do reino de Gana localizava-se na região ocidental do continente africano, entre o deserto do Saara e os rios Níger e Senegal. O reino de Gana entra em declínio no ano de 1240 e, em seguida, foi dominado e anexado pelo Império do Mali. 5 Questão Audaghost A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor do Reino de Gana. Observe a descrição dessa importante cidade africana, situada num oásis e importante entroncamento de rotas comerciais pelo Deserto do Saara: "O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o equivalente a dois meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. Possui muita importância como centro islâmico, pois é dotada de uma mesquita-catedral e de numerosas mesquitas menores. O bem-estar desta povoação, a formigar de transações, rodeada de hortas, em que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção contra o calor do deserto A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros. Encontra se muito mel que vem do país dos negros. As gentes vivem desafogadamente e possuem muitos bens. O seu mercado é sempre muito animado. A multidão é tão densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que o vizinho diz. As compras são pagas em ouro em pó, pois não existe moeda de prata. Encontram-se belas construções e casas muito elegantes. A população é na maioria berbere. A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. " O reino africano de Gana era conhecido na língua soninque, povo dominante do país, como Uagadu, que significa "O País dos Rebanhos." Marque a alternativa abaixo, retirada do texto acima, que justifica o nome Uagadu: Nenhuma das frases justifica claramente o nome do reino, uma vez que o conteúdo é político não econômico. Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo. A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros. 6 Questão "As caravanas do Sudão ou do Níger trazem regularmente a Marrocos, a Túnis, sobretudo aos Montes da Barca ou ao Cairo, milhares de escravos negros arrancados aos países da África tropical ; os mercadores negros organizam terríveis razias, que despovoaram regiões inteiras do interior. Este tráfico muçulmano dos negros de África, prosseguindo durante séculos e, em certos casos até os mais recentes, desempenhou sem dúvida um papel primordial no despovoamento antigo da África." (In: HEERS, Jacques. O trabalho na Idade Média.) O texto descreve um episódio da história do Islã na Idade Média, quando: atuaram no tráfico de escravos negros, dominaram a África do norte, atravessaram de Gi-braltar e invadiram a península Ibérica; os reinos árabes floresceram no centro/sul do continente africano, nas regiões de florestas tropicais, berço do monoteísmo islâmico; os árabes ultrapassaram os Pirineus e mantiveram o domínio sobre o reino Franco, até o final da Idade Média ocidental. a expansão árabefoi propiciada pelos lucros do comércio de escravos, que visava abastecer com mão-de-obra árabe as regiões da península Ibérica Maomé começou a pregar a Guerra Santa no Cairo, como condição para a expansão da reli-gião de Alá, que garantia aos guerreiros uma vida celestial de pura espiritualidade 7 Questão A organização islâmica na África foi: fácil pois a religião islâmcia foi facilmente aceita difícil pois eram áreas de floresta e os árabes não estavam acostumados rápida pelo atraso local difícil pois roma, que era a senhora do norte da África criou grande resistência cheia de idas e vindas, uma vez que as expedições não foram contínuas e os bérberes reagima constantemente 8 Questão Um dos elementos religiosos que acabam por reforçar as rotas africanas de comércio foi: a peregrinação a Meca, que criou entrepostos e trocas culturais a Sharia, que criou organização política em todas as regiões as Mesquitas que criaram espaços singulares de troca aos nômades a Jihad pois a guerra santa cria novos reinos o Dhimi que fortaleceu numerários dos governos HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 5a aula 1 Questão O Império Mali foi um estado da África Ocidental, perto do rio Níger, que dominou esta região nos séculos XIII e XIV. Sobre tal reino, qual é a alternativa INCORRETA: o império alcançou o auge no início do século XIV, durante o governo de Mansa Musa, que se converteu ao Islão. Em sua peregrinação a Meca, esse soberano fez-se acompanhar de uma comitiva com 15 mil servos, cem camelos e expressiva quantidade de ouro dominou a região do Maghreb, até serem derrotados pelos cruzados em 756, por Pepino, o Breve de três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de Songhai e do Gana o Império Mali sucumbiu finalmente ante o assalto combinado das tribos tuaregues do Norte e dos Mossinos, do Sul, durante os anos de 1400. O império controlava as rotas comerciais transaarianas da costa sul ao norte. Os principais produtos comercializados eram: ouro, sal, peixe, cobre, escravos, couro de animais, noz de cola e cavalos 2 Questão O imperador do Mali, Mansa Musa, ficou mundialmente conhecido no século XIV, pois: Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a fazer a peregrinação à Meca. Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma faustosa, levando consigo milhares de escravos e toneladas de ouro. Foi o único imperador do Mali a recusar a islamização. Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a se converter ao islamismo. Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma humilde, tendo, inclusive, que fazer um empréstimo com um importante mercador de Alexandria (atual Cairo). 3 Questão A dignidade de Mansa Musa impressionou muito. Embora falasse bem o árabe, só comunicava por intermédio de um intérprete. Mas esta dignidade foi posta a dura prova quando lhe pediram que se prostasse perante o sultão do cairo. Recusou energicamente: "Como poderia fazer uma coisa dessas?", exclamou. KI-ZERBO, A História da África Negra, p. 171. Sobre a religisiosidade do Império do Mali à época de Mansa Musa é correto afirmar que: Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve sua crença no cristianismo ortodóxo. Somente o Mansa Musa converteu-se ao islamismo após o contato com o sultão do Cairo. Toda a população mantinha-se animista, daí a recusa do Imperador ao encontrar o sultão do Cairo. Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve suas práticas tradicionais. Toda população havia se convertido ao islamismo. 4 Questão "A coisa mais importante é a família. Após a família é a linhagem ou grande família. Após a linhagem é o clã ou grande conjunto de linhagens. E só depois vem o Estado, seja a cidade-estado, seja o Império, seja o Reino. [...] curiosamente, elas também tinham um deus. E o deus encarnava no chefe." [Alberto da Costa e Silva] Alberto da Costa e Silva oferece uma explicação sem a qual não é possível compreender a história do continente africano. Na passagem acima se refere especificamente a: Estruturação sócio-econômica dos diferentes grupos sociais espalhados pelo continente africano, depois da chegada dos europeus, fundamentada no poder dos líderes políticos que também detinham o poder divino, como o Reino do Congo. Organização social e política, extremamente hierárquica, dos diferentes povos africanos, antes da colonização europeia, na qual o chefe político também exercia o poder religioso, como o Império Monomopata. Sistematização cultural das sociedades africana, antes da colonização europeia, fundamentada na transmissão oral dos saberes e fazeres entre os membros das famílias de geração para geração. Estruturação econômica das diferentes sociedades africanas, antes da colonização europeia, baseada nas atividades voltadas para subsistência distribuídas entre os diferentes membros das famílias, a exemplo do Império Songhai. Organização social e política das diferentes sociedades africanas, após a chegada dos europeus ao continente, na qual o poder político tendia a ser mais forte nas estruturas familiares, a exemplo das cidades-estado do Índico. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 6a aula 1 Questão No início do século XVI, o Obá de Benin determinou a troca de mulheres por mercadorias como armas, cavalos e munição e com uma grande limitação de entrega de homens dos territórios por ele conquistados. Isso se devia à necessidade de mulheres no continente americano para reprodução de cativos. ao receio da perda de mão de obra masculina resultar em um exército mais enfraquecido, o que diminuiria o controle sobre pessoas e terras e haveria problemas na agricultura com a perda da mão de obra masculina, na concepção do Obá. ao fato dos homens poderem fazer rebeliões com as famílias de nobres que desafiavam o reinado do Obá, ao contrário das mulheres, que eram pegas de regiões mais distantes na África Subsaariana. ao fato das mulheres serem politeístas e todos os homens serem islâmicos, como um irmão de fé não escraviza outro, as mulheres foram a solução para o tráfico negreiro. ao patriarcalismo do Obá que percebia a mulher com inferior aos homens, portano, podia ser submissa à escravidão. 2 Questão O povo Iorubá, de grande influência na formação da sociedade brasileira, por conta da presença de escravos dessa origem, tinha uma autoestima elevada, uma visão muito positiva sobre a sua comunidade. Isso é nítido quando você descobre que ¿iorubá¿ significa ¿umbigo do mundo¿, ou seja, o centro da criação do Universo. A sua mitologia de origem está conectada com a seguinte mitologia: O mito da criação era de natureza monoteísta e o povo iorubá era o povo escolhido pelo seu deus, Olodumaré. As divindades do povo iorubá determinavam a sua formação a partir de elementos metálicos, o que justificava o uso do ferro. A expressão "umbigo do mundo" não é de caráter mítico ou religioso, mas derivado da produção de ouro dessa região que lhe permitia ser um reino de grande opulência. Os reinos iorubás acreditavam que Oxalá, orixá supremo, teria gerado toda a natureza e dado a seus filhos, Xangô, Oxossi e Omolu, controle sobre as terras, os mares e o mundo dos mortos, respectivamente, e que Xangô teria escolhido como seu povo protegido aqueles que fossem os iorubás. A centralidade que o povo iorubá se deu é em virtude da cosmovisão da criação do mundo, onde o semideus Ododua plantou uma palmeira no centro do mundo cujo tronco gerou galhos que seriam os reinos iorubás.3 Questão O reino de Benin, através de seu líder, o Obá, pediu para Portugal no século XVI um grupo de missionários para que o reino pudesse ser catequizado no modelo religioso cristão. A explicação para o pedido do embaixador de Benin em Portugal deve-se à compreensão da elite de Benim que a sua cosmovisão religiosa não era compatível para a salvação das suas almas, assim, abandonaram os seus deuses para adotarem o monoteísmo judaico-cristão por questões de fé. ao fato dos portugueses começarem a colonização pelo interior do continente pelo Reino de Benim e o Obá precisar de meios políticos vindos da Igreja Católica para evitar a escravidão do seu povo, pois negros católicos não podiam ser escravos. à pressão dos vizinhos tuaregues para a conversão ao islamismo, religião que ao usar a escravidão africana, causava repulsa à elite de Benim que desejava um aliado forte contra os islâmicos. ao fato da Igreja Católica pressionar os Estados europeus a permitir a venda de armas de fogo para povos africanos após a conversão desses ao catolicismo. à necessidade do Obá de se garantir no poder com a ajuda de uma religião monoteísta, forma pela qual ele entendia ser a única garantia do poder continuar centralizado em suas mãos. 4 Questão "Tida como o centro espiritual dos iorubás, Ifé talvez tenha, durante muito tempo, recebido tributo e homenagem de vários outros estados cujas dinastias reclamavam a descendência de Odudua e mantinham possivelmente certa forma de vassalagem em relação ao 'Oni'". COSTA E SILVA, Alberto da. "A enxada e a lança". p. 482 Oni de Ifé era um representante de Odudua junto às cidades- estado dele descentendes. Além de seu poder religioso, assumia a responsabilidade de: I - escolher todos os líderes das cidades-estado tidas como "descendentes de Odudua". II - Receber tributos religiosos das cidades-estado. III - Controlar a agricultura e o comércio de Ifé. Apenas a afirmativa I está correta Apenas a afirmativa II está correta Apenas as afirmativas II, e III estão corretas Todas as afirmativas estão corretas Apenas a afirmativa III está correta 5 Questão De acordo com o mito de origem, a cidade-estado de Ifé era sagrada para os povos iorubás porque: Aquela localização demarcava uma área muito irrigada por diversos rios, o que facilitaria a vida humana, Aquela localização havia sido escolhida por Ododua para o início do mundo. Aquela localização havia sido o local de nascimento do mais importante rei iorubá. Aquela localização demarcava o local inicial da islamização dos iorubás. Aquela localização marcava a vitória dos iorubás sobre os povos circunvizinhos. 6 Questão Sobre a organização social e econômica do Benin é possível afirmar: Abaixo do Obá havia uma nobreza responsável pelo controle das finanças. O Sal era usado como moeda no sistema monetário do Benin. A agricultura fértil se apresentava como base da economia. A produção do amendoim, do melão, do dendê e dos feijões ficava a cargo dos homens e das crianças. As mulheres, maioria da população, eram responsáveis pelo cultivo do inhame, base da alimentação do Obá. 7 Questão O Reino de Benin teve como sua principal fonte econômica no século XV a exploração de ouro. dos altos tributos aos seus súditos em formas de lingotes de ouro e prata. a venda de cobre, especialmente artefatos como máscaras. a venda de srogo, milho, feijão e penas e peles de animais. o tráfico de escravos que provinham do comércio transaariano. 8 Questão Leia o texto a seguir: Pelo Benim passavam o peixe seco e o sal, da costa para as savanas. Do interior para o litoral, baixavam o inhame, o dendê, os feijões, os animais de corte. E de leste para oeste, e do oeste para leste, pelas trilhas na mata e pela série de lagoas, furos e canais costeiros, que se estende do rio Volta ao Imo, iam e vinham não só esses produtos, mas também as contas, os tecidos e o cobre. (SILVA, Alberto da Coste e. A manilha e o libambo. Nova Fronteira: Rio de Janeiro, 2014.) - A partir do trecho, pode-se inferir que a economia do Reino de Benim era um reino com pouco destaque comercial, pois se dedicava à pesca e extração de sal, somente. era um grande entreposto comercial, de onde extraía sua riqueza. tinha como marca da sua economia a extração de cobre para poder trocar por outras mercadorias. fazia as trocas comerciais entre vários pontos da África a partir do trabalho escravo. era formado por grandes plantações de inhame e dendê. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 7a aula 1 Questão Leia o trecho abaixo: "Nos documentos deixados pelos primeiros agentes da monarquia portuguesa, por comerciantes e missionários enviados ao Congo, toda a região é qualificada de 'reino', os governantes de 'reis', as demais lideranças locais como 'vassalos' e as áreas próximas a Mbanza Congo como 'províncias'. Ao fazer isso, os portugueses projetavam a realidade que eles conheciam na Europa para a África, mas na prática as diferenças entre os seus modelos de governo e o dos africanos eram significativos" (MACEDO, José Rivair. História da África, São Paulo: Contexto, 2013. p.83) Escolha a opção que aponte a diferença na forma de organização social do Reino do Congo em relação à estrutura organizacional política portuguesa. O Reino do Congo estabelecia uma divisão das terras entre os nobres do reino e exigia trabalho de camponeses em troca de proteção de ataques de vizinhos. O Reino do Congo estabeleceu ao longo do litoral da África várias feitorias, cujo obbjetivo era extrair riquezas diversas e trocá-las por ouro, maior referência de riqueza no reino. Após algumas guerras, ficou estabelecido um poder central nas mãos do mani congo, porém, as famílias tradicionais tinham o controle sobre regiões com autonomia, uma espécie de federalismo. O mani congo era um enviado de um único Deus para os seus súditos. O poder do mani congo era legitimado pelo sacerdote supremo e no reino havia uma divisão em três partes: os que guerreavam; os que eram responsáveis pelos rituais religiosos e os que trabalhavam nas terras e na pecuária. 2 Questão É possível afirmar que a organização social do Congo teve como principais características: I- Os povos de origem "bantu" entre suas primeiras populações. II- A poligamia como prática social e estruturadora das famílias. III- As famílias extensas e de linhagens como base da organização social do Reino. Apenas a afirmativa II está correta Todas as afirmativas estão equivocadas. Apenas a afirmativa III está correta Todas as afirmativas estão corretas Apenas a afirmativa I está correta 3 Questão Assinale a alternativa correta. Na costa do Atlântico, um grande reino se tornaria uma das sociedades mais conhecidas da África, sobretudo depois da conversão de sua realeza ao cristianismo a partir dos últimos anos do século XV. A afirmação anterior se refere ao: Reino de Gana Reino da Núbia Reino do Congo Reino do Mali Reino de Angola 4 Questão Assinale a alternativa correta: Dentre as possíveis razões para a decadência do Reino do Congo à partir do século XVII, podemos citar: A disputa pelo poder político entre o manicongo e os feiticeiros, que além dos poderes sobrenaturais também eram ferreiros. A guerra entre os congoleses e os zulus, estimulada pelos europeus interessados nas jazidas de ouro do Transvaal. A conversão do Rei do Congo ao islamismo e sua submissão ao Sultão do Mali. A conversão do manicongo ao cristianismo, ainda no século XV, e a criação do comércio de africanos escravizados paraas Américas O esgotamento das reservas de nzimbo: as conchas do litoral atlântico utilizadas como moedas no reino do congo. 5 Questão Sobre as atividades econômicas e sociais do Reino do Congo descritas a seguir, escolha a opção INCORRETA: Havia uma divisão sexual do trabalho onde os homens eram responsáveis pela caça ou derrubada de florestas. Aldeias e cidades pagavam tributos em espécie, seja com alimentos, sal ou nzimbos (conchas marinhas que serviam de moeda) para o mani Congo. O trabalho das mulheres no Reino do Congo era pesado, pois eram responsáveis pelo cultivo de alimentos, cuidado com os animais, pelo transporte de mercadorias e o cuidado com as crianças. A economia dos congos era exclusivamente voltada para o tráfico de escravos pelas rotas transaarianas para os mercados de escravos na Península árabe ou na Europa mediterrânea. Os congos tinham como característica o forjar do ferro, matéria-prima para a criação de instrumentos para a agricultura, como enxadas e pás. 6 Questão "Acreditava-se que apenas os chefes das "Candas"e o "Manicongo"detinha o poder sobrenatural conhecido como "cariapemba". Para não correr o risco de perder o trono, o Manicongo": [Material didático Estácio online] Permitia a liberdade religiosa entre as diferentes Candas de modo a manter o controle mediante a cobrança de impostos. Manipulava a cariapemba a seu favor no sentido de perpetuar seu poder por vias religiosas. Mantinha as doze tradicionais Candas sob seu poderio militar Concentrava os recursos dos impostos em suas mãos para criar relação de dependência das Candas em relação seu poder central. Mantinha uma esposa em cada uma das Candas garantindo vínculos pessoais e às vezes familiares com seus chefes 7 Questão Segundo Luca Caregnato, "O rei tinha uma função de destaque social no reino [...]" A respeito do manicongo, pode-se afirmar que: Detinha um poder apenas simbólico, uma vez que o poder político era exercido pelas lideranças regionais. Seu poder era restrito à riqueza e ao prestígio junto à sociedade Representava o poder divino dos deuses tradicionais africanos, sem ter nenhuma ingerência nos assuntos políticos do reino. Exercia forte poder político e religioso sobre o Reino. Seu poder foi conquistado através de campanhas militares 8 Questão Uma característica marcante no comércio africano pré-colonial foram as travessias no Saara pelas caravanas. Enquanto que, a África subsaariana fornecia escravos, cerâmica, peles ou plumas de animais, pimenta ou noz-de-cola; recebia, em troca, metais, armas, cavalos, pólvora e um ingrediente muito comum nessas transações: sal. Porém, no Reino do Congo o sal não era obtido por esse comércio. Escolha a opção CORRETA que identifique o porquê dessa especificidade. O sal fazia parte da cosmovisão religiosa que ligava o produto ao mundo dos mortos, sendo assim, não era um produto que era usado com regularidade e que poderia ser extraído de salinas no litoral gratuitamente. Pela oposição política e religiosa dos árabes à cultura do reino do Congo. Pela aquisição de sal que vinha do litoral do reino através de tributos. O sal era proveniente da África meridional, de territórios como os de Orange e Transvaal, que estava sob domínio de descendentes de holandeses. Pela ausência do sal nos hábitos alimentares do reino. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 8a aula 1 Questão A cidade que se tornou referência no antigo Império Monomotapa, parte do atual Moçambique, pela sua grande produção de ouro que chegou no século XVI a superar a importância do tráfico de escravos nessa conjuntura e região e atraiu portugueses, holandeses e alemães era Oyo. Transvaal. Benim. Sofala. Ifé. 2 Questão Os portugueses não fizeram da África Oriental o seu principal entreposto no comércio de cativos africanos no século XVI, diferentemente do que ocorreu na costa atlântica. Isso se deve ao fato da pouca densidade demográfica nessa região; o que oferecia uma quantidade pequena de escravos. da costa oriental ser dominada pelos turcos que impediram qualquer tipo de comércio com europeus ocidentais. dos portugueses terem para o Índico a única perspectiva comercial do comércio das especiarias, algo que não se encontrava na costa oriental africana. de ser uma viagem com mais custos pelo tempo de navegação e o risco de se perder navios ao se passar pelo Cabo da Boa Esperança. das lideranças locais optarem por trocas de sal, marfim e ouro a darem escravos, com o medo de perderem mão de obra nas lavouras, o que foi aceito pelos portugueses. 3 Questão A região que teve um fluxo intenso de comércio originado pela instalação de entrepostos comerciais e pelo tráfico negreiro na África Oriental foi o deserto do Saara. o mar Mediterrâneo. o Cabo da Boa Esperança. o Oceano Índico. o Oceano Atlântico. 4 Questão Os portugueses, liderados por Vasco da Gama, ao chegarem ao litoral oritental da África acabaram por se espantar com as cidades costeiras que tinham uma densidade populacional grande e um comércio intenso. As cidades o impressionaram tanto a ponto de verem semelhanças com cidades ibéricas, o que não os impediu de bombardear e saquear várias delas. Porém, em algumas, os africanos ofereceram grande resistência aos lusitanos, como ocorreu em Mombaça. Escolha a alternativa CORRETA que identifique a origem da resistência de algumas cidades à presença lusitana. As cidades costeiras não apenas viviam do comércio, mas das trocas de ouro por várias mercadorias do interior do continente, portanto, a presença portuguesa seria uma ameaça para o monopólio da extração do metal por essas cidades. A formação dessas cidades costeiras era em virtude de um comércio de vários séculos entre a região e os árabes muçulmanos, portanto, a região era dominada por uma elite islâmica que não queria a presença de europeus cristãos em seus domínios. Havia uma animosidade entre o Reino da Etiópia e várias cidades costeiras que se converteram ao islamismo e os portugueses eram aliados dos etíopes. Havia uma disputa entre os comerciantes africanos e os recém-chegados portugueses pelo controle da rota das especiarias. Os africanos tinham receio da captura de homens para o tráfico negreiro que já se tornava intenso naquela região. 5 Questão Sobre o Império Monomotapa, podemos afirmar: O controle das minas auríferas ficava nas mãos do Conselho que assessorava o monomotapa. O rei monomotapa aparecia em público com roupas de seda bordadas a ouro, além de inúmeros braceletes e colares. A corte monomotapa fixava sua morada na capital do Império. A figura central do Império era o rei que acumulava poderes políticos e divinos. A sociedade era formada por diferentes cidades cujos habitantes viviam exclusivamente do comércio. 6 Questão Sobre as cidades do Índico, é possível afirmar: Eram lugares onde imperava o desenvolvimento do comércio, especialmente o marítimo, sem espaço para as demais atividades econômicas. Por serem litorâneas, viviam exclusivamente das atividades ligadas ao mar, como a pesca e a navegação. Viviam exclusivamente da agricultura e da pecuária. Eram cidades que desenvolviam diferentes atividades econômicas e lugar de trocas culturais. Tinha população muito fiel às tradições locais, não recebendo bem as contribuições culturais dos forasteiros. 7 Questão Vários representantes de Portugal estiveram em um reino e o consideraram pobre por conta das vestimentas da maioria da população, que se vestia apenaspara cobrir os órgãos genitais; pela comida, como o hábito de comer carne crua e fazer de chifres de bois, copos; e a presença sempre oculta do seu líder. Porém, mal sabiam os portugueses que esse reino participava ativamente do comércio de escravos pelo continente e contava com reservas de ouro em abundância. Estamos falando do Reino do Congo. do Mali. dos tuaregues. da Etiópia ou Abissínia. do Magreb. 8 Questão A base econômica do Império Monomotapa era: Todas as respostas estão corretas. Comércio Mineração Cobrança de tributos Agricultura e criação de gado. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 8a aula 1 Questão Sobre a decadência dos Xonas, no Zimbábue, no século XV, podemos elencar entre os motivos: I. O crescimento descontrolado da população. II. A seca de alguns rios próximos. III. O aparecimento da mosca tsé tsé. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. Nenhuma das afirmativas estão corretas. As afirmativas I, II e III estão corretas. Apenas as afirmativas I e III estão corretas. 2 Questão O Império Monomotapa remonta ao século XV, segundo fontes orais e escritas. Sua organização econômica foi alterada com a chegada dos europeus, especialmente, os portugueses que ali fundaram feitorias na região que no futuro seria Moçambique. Identifique, dentre as opções abaixo, a fonte de riqueza inicial desse reino que era do interesse português. Ouro Navegação em rios que davam acesso ao Congo Cerâmicas e tecidos Escravos Marfim 3 Questão Os portugueses não fizeram da África Oriental o seu principal entreposto no comércio de cativos africanos no século XVI, diferentemente do que ocorreu na costa atlântica. Isso se deve ao fato da pouca densidade demográfica nessa região; o que oferecia uma quantidade pequena de escravos. dos portugueses terem para o Índico a única perspectiva comercial do comércio das especiarias, algo que não se encontrava na costa oriental africana. da costa oriental ser dominada pelos turcos que impediram qualquer tipo de comércio com europeus ocidentais. de ser uma viagem com mais custos pelo tempo de navegação e o risco de se perder navios ao se passar pelo Cabo da Boa Esperança. das lideranças locais optarem por trocas de sal, marfim e ouro a darem escravos, com o medo de perderem mão de obra nas lavouras, o que foi aceito pelos portugueses. 4 Questão Sobre as cidades do Índico, é possível afirmar: Eram lugares onde imperava o desenvolvimento do comércio, especialmente o marítimo, sem espaço para as demais atividades econômicas. Por serem litorâneas, viviam exclusivamente das atividades ligadas ao mar, como a pesca e a navegação. Eram cidades que desenvolviam diferentes atividades econômicas e lugar de trocas culturais. Tinha população muito fiel às tradições locais, não recebendo bem as contribuições culturais dos forasteiros. Viviam exclusivamente da agricultura e da pecuária. 5 Questão Vários representantes de Portugal estiveram em um reino e o consideraram pobre por conta das vestimentas da maioria da população, que se vestia apenas para cobrir os órgãos genitais; pela comida, como o hábito de comer carne crua e fazer de chifres de bois, copos; e a presença sempre oculta do seu líder. Porém, mal sabiam os portugueses que esse reino participava ativamente do comércio de escravos pelo continente e contava com reservas de ouro em abundância. Estamos falando do Reino dos tuaregues. da Etiópia ou Abissínia. do Congo. do Magreb. do Mali. 6 Questão A base econômica do Império Monomotapa era: Mineração Comércio Todas as respostas estão corretas. Agricultura e criação de gado. Cobrança de tributos 7 Questão Sobre o Império Monomotapa, podemos afirmar: O controle das minas auríferas ficava nas mãos do Conselho que assessorava o monomotapa. A corte monomotapa fixava sua morada na capital do Império. A sociedade era formada por diferentes cidades cujos habitantes viviam exclusivamente do comércio. O rei monomotapa aparecia em público com roupas de seda bordadas a ouro, além de inúmeros braceletes e colares. A figura central do Império era o rei que acumulava poderes políticos e divinos. 8 Questão A região que teve um fluxo intenso de comércio originado pela instalação de entrepostos comerciais e pelo tráfico negreiro na África Oriental foi o Oceano Atlântico. o mar Mediterrâneo. o Cabo da Boa Esperança. o deserto do Saara. o Oceano Índico. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 9a aula 1 Questão A presença portuguesa na África foi geralmente caracterizada pela instalação de feitorias e criação de abomináveis alojamentos para cativos onde muitos morriam de sede, fome e doenças até esperar outro navio. A não inserção dos lusitanos no continente é consequência do pouco interesse na Coroa portuguesa que se preocupava com suas disputas com a Espanha no domínio territorial das Américas, como se pode observar no Tratado de Tordesilhas. pela forte pressão da Igreja Católica, excetuando algumas correntes minoritárias, que defendia o trabalho servil do negro, mas não o escravo, pois sua alma seria um "papel em branco" a ser desenhada a verdadeira fé para a salvação. da pouca lucratividade no tráfico negreiro, pois a produção do açúcar ainda não havia se desenvolvido no Brasil e não havia necessidade de muita mão de obra na lavoura, algo que se desenvolveu somente no final do século XVII com as invasões holandesas. da incapacidade de se adentrar na África por motivos de doenças que o organismo europeu não tinha anticorpos, como a malária; além de Portugal ter um apequena população masculina para deslocamentos de grande porte. da prática de escambo com chefes locais que se interessaram por armas e munições para o domínio de outros povos e davam em troca metais de ferro e de cobre. 2 Questão Assinale a alternativa correta A Partir do século XV, navegadores europeus começaram a explorar as costas da África Ocidental. O pioneirismo dessas explorações coube aos: Ingleses, que estabeleceram feitorias nas costas de Serra Leoa em 1433. Espanhóis, que ocuparam as Ilhas Canárias e Cabo Verde em 1419. Genoveses, que construíram fortalezas nas costas da Eritréia, em 1405. Portugueses, que conquistaram Ceuta em 1415. Franceses, que estabeleceram entrepostos comerciais no Senegal em 1406. 3 Questão "Na África, antes da chegada dos Europeus], o escravo já existia como elemento de troca. Mas o escravo doméstico africano não tinha nada a ver com o que o que era exportado para o Atlântico. Nas aldeias africanas não se vendiam os próprios cidadãos, membros da comunidade. No Congo, por exemplo, até o século XVII, todos os escravos que saíam eram de outras regiões. Existia, portanto, um processo de escravidão doméstica, em que na segunda, terceira geração, o escravo era assimilado à família. Quando veio o mercado mundial e a demanda negeira, o processo se degradou de tal forma que se vendiam até os próprios filhos." (Entrevista com Luiz Felipe de Alencastro, Revista Teoria e Debate, nº 32, julho, agosto e setembro de 1996). A leitura do texto permite compreender que: A escravidão nunca foi um fator socioeconômico preponderante nas sociedades africanas, que praticamente não utilizavam esse sistema de trabalho. com a chegada dos europeus ao continente africano, a demanda por escravos decresceu devido aos argumentos religiosos utilizados pelosinvasores contra a escravidão. a escravidão sempre era feita dentro das próprias sociedades, com pessoas escravizando membros da própria família como forma de enriquecimento. embora a escravidão já existisse, a chegada dos europeus fez com que aumentasse o número de escravos na África, principalmente com a expansão do tráfico negreiro para as colônias europeias na América. a prática da escravidão foi iniciada somente com a chegada dos europeus no continente africano, que utilizavam os africanos como mão-de-obra barata. 4 Questão Sobre a chegada dos portugueses ao continente africano, é correto afirmar: Foi pacífica, com o estabelecimento de relações comerciais e através da conversão religiosa de líderes africanos. Foi marcada pela imediata submissão dos povos africanos que viviam na costa do continente. Não teve nenhum impedimento, por parte dos africanos, para o acesso às minas de ouro e outras riquezas cobiçadas. Acabou por intensificar e ampliar o comércio de escravos já existente no continente africano. Foi motivada, principalmente, pelo interesse no comércio de cativos para as Américas. HISTÓRIA DA ÁFRICA PRÉ-COLONIZAÇÃO - 10a aula 1 Questão Sobre escravidão africana observe os enunciados abaixo: I. Inicialmente, a comercialização ocorreu na Europa, onde a demanda não era grande, e o negro foi utilizado nas plantações do sul de Portugal, nas Minas da Espanha e nos serviços domésticos em geral, inclusive na França e na Inglaterra. II. Os escravos de ganho trabalhavam com relativa autonomia em relação ao seu proprietário, isto é, trabalhavam em diversas funções remuneradas: transportes de cargas e de pessoas, vendedores ambulantes, dentre outras funções. Assim procediam escravos que já traziam esta formação do território africano. III. Não há registro de resistência no território africano a implementação do sistema europeu. Marque a opção correta: I e II I II e III I, II e III III 2 Questão "Nada mais temos a dizer da Ásia e Europa. Passemos então à África. Quase só podemos falar de suas costas, porque o interior nos é desconhecido. As costas da Barbária, onde está implantada a religião maometana, já não são povoadas quanto no tempo dos romanos, pelas razões que acima te expus. Quanto às da Guiné, devem ter sido terrivelmente dizimadas nestes duzentos anos em que seus régulos ou chefes de aldeia têm vendido seus súditos aos príncipes da Europa para que os transportem a suas colônias da América. O curioso é que essa mesma América, que todos os anos recebe novos habitantes, também está deserta ao retirar proveito algum da contínua sangria da África. Os escravos, deportados para um clima distinto do seu, morrem aos milhares. Os trabalhos nas minas, onde estão constantemente ocupados tanto os nativos da América quanto os estrangeiros, as exalações malignas que dali saem, o azougue que continuamente se utiliza, tudo isso os extermina de maneira implacável. Nada pode ser tão extravagante quanto impor a morte a um número incontável de homens a fim, de retirar ouro e prata das entranhas da terra: dos metais absolutamente inúteis e que, se constituem riqueza, é apenas porque foram escolhidos para representá-la." (Montesquieu. Cartas Persas. São Paulo: Editora Paulicéia, 1991. p.193) Montesquieu, importante pensador iluminista, em sua obra "As Cartas Persas", publicada em 1721, faz uma contundente crítica das práticas escravistas nas colônias européias na América. Com base no documento, assinale a opção que melhor traduz o contexto histórico descrito pelo autor: a colonização européia na América se encontrava em colapso à medida que se aprofundava a exploração de ouro e prata no continente latino-americano; houve uma crise do sistema colonial europeu, uma vez que o tráfico negreiro declinou no século XVIII em razão da acentuada queda demográfica no continente africano. o colapso do tráfico negreiro no Atlântico implicou em um avanço das redes mercantis negreiras no Mar Mediterrâneo, abastecidas por traficantes árabes que monopolizavam o comércio na região; iniciou-se a utilização da mão-de-obra indígena na América à medida que ocorre um decréscimo demográfico na África após um longo período de escravidão no continente; a escravidão negra foi um dos pilares da colonização européia na América, sendo viabilizada pela ação de mercadores europeus, associados aos reinos africanos comprometidos com o tráfico negreiro; 3 Questão Sobre o tráfico de escravos é correto afirmar: Era praticado entre portugueses e muçulmanos apenas, ampliando-se posteriormente para o Atlântico, Mediterrâneo e Índico. Envolvia uma rede de agentes, entre os quais, mercadores e membros das elites africanas que muito lucravam com o comércio de cativos. Embora não fosse muito lucrativo, foi uma forma de compensar a falta de acesso dos europeus às minas de ouro e às riquezas naturais do continente. Tinha, entre as suas condições, a guerra santa, ou seja, o africano que resistisse à conversão ao catolicismo, tornava-se escravo e era comercializado. Foi iniciado pelos europeus após chegada ao continente africano, no século XV. 4 Questão "Nós conquistamos a África pelas armas temos direito de nos glorificarmos, pois após ter destruído a pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX é uma vergonha para a Europa inteira, agora temos outra missão não menos meritória, de fazer penetrar a civilização num continente que ficou para trás." (Da influência civilizadora das ciências aplicadas às artes e às indústrias. Revue Scientifique, 1889) A partir da citação acima e de seus conhecimentos acerca do tema, examine as afirmativas abaixo. I. A idéia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente no discurso dos que defendiam a política imperialista. II. Aquela não era a primeira vez que o continente africano era alvo dos interesses europeus. III. Uma das preocupações dos países, como a França, que participavam da expansão imperialista, era justificar a ocupação dos territórios apresentando os melhoramentos materiais que beneficiariam as populações nativas. IV. Para os editores da Revue Scientifique (Revista Científica), civilizar consistia em retirar o continente africano da condição de atraso em relação à Europa. Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. Somente as afirmativas II e IV estão corretas. Todas as afirmativas estão corretas. Somente a afirmativa IV está correta. Somente as afirmativas I e III estão corretas. 5 Questão No século XVIII, o conhecimento sobre a África aumentava à medida que aumentavam os contatos com o continente, e nisso as obras das etapas anteriores muito ajudaram. Contudo, com o advento do Iluminismo e do Renascimento os povos não europeus não se tornavam dignos de serem estudados. Uma névoa eurocêntrica encobre o restante do mundo, agora o outro não mais se qualificava como objeto de estudo, teorias de superioridade racial, ou afirmações de que os negros constituíam uma raça avessa à cultura e inteligência, ou afirmações de que a África não tinha um passado a ser estudado antes da chegada dos europeus, ou discussões sobre o tráfico negreiro, fizeram com que a imagem do continente se negativasse, tais perspectivas elevavam barreiras dicotômicas irreparáveis. Para tal imagem Hegel em muito contribuiu indiretamente, como nos mostra Fage: "A África não é um continente histórico, ela não demonstra nem mudança nem desenvolvimento". - A ideia proposta expõe uma linha que discute muito a relação de África e História durante os séculos XVIII e XIX. Este movimento foi conhecido como a criação de um modelo chamado: África o continente perdido. África do atraso ÁfricaEterna África negra África Sub-saariana