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Tanatologia Aula 1

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Tanatologia - Medicina Legal – Aula 1
Definição:
· Thanatos: Deus da morte (mitologia grega);
· Tanatologia corresponde ao estudo científico da morte. Suas causas e os fenomenos a ela relacionados;
· A medicina legal é uma especialidade concomitantemente médica e jurídica que utiliza conhecimentos técnico-científicos da medicina para o esclarecimento de fatos de interesse da justiça; 
· O especialista médico praticante é denominado médico legista; 
Conteúdo da Tanatologia:
· Tanatosemiologia: estudo dos fenômenos/sinais cadavéricos;
· Cronotanagnose: o tempo decorrido entre a morte e o exame cadavérico; 
· Tanatoscopia/necrópsia/autópsia: estudo do cadáver para fins de verificar a causa da morte; 
Definiçã de morte:
· É a cessação de todos os fenômenos vitais de modo definitivo, total e permanente; 
· A morte não é um instante, um momento, mas um verdadeiro processo em que há um progressivo desmantelamento do organismo como um todo passando por sistemas, órgãos, tecidos até em nível celular; 
Definição de morte pela lei de transplantes de órgãos e tecidos (Lei 9434 de 1997 – artigo 3º):
· Lei nº9434 de 04 de fevereiro de 1997; 
· Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências; 
· Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por 2 médicos não particpantes das equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de Medicina; 
Formação do encéfalo:
· Cérebro
· Cerebelo
· Mesencéfalo
· Ponte
· Bulbo
· O mesencéfalo + ponte + bulbo formam o tronco encefálico CUIDADO: Morte cerebral não é definição de morte;
Formas diagnóstico complementar (Resolução CFM nº 2.173/17):
· Angiografia cerebral
· Eletroencefalograma
· Doppler transcraniano
· Cintilografia
Tanatologia – sinais ou fenômenos cadavéricos:
Subdivide-se em:
1) Sinais ou fenômenos abióticos imediatos;
2) Sinais ou fenômenos abióticos consecutivos;
Sinais abióticos IMEDIATOS (não são sinais de certeza e sim probabilidade de morte período de incerteza de Tourde: acaba no surgimento de sinais consecutivos)
· Ausência de consciência;
· Insensibilidade (excitação dolorosa/cócegas);
· Imobilidade (ausência de movimentação);
· Fáscie cadavérica ou fáscie hipocrática (ausência de expressão facial);
· Relaxamento muscular (midríase, esfincteres relaxados);
· Ausência de resposta a excitabilidade elétrica; 
· Ausência de respiração;
· Ausência de circulação;
Sinais abióticos TARDIOS/CONSECUTIVOS/MEDIATOS (certeza de morte):
· Resfriamento cadavérico (algor mortis)
· Temperatura corporal em vida é normalmente maior que o ambiente;
· Em morte perde-se regulação térmica perde calor para o ambiente; 
· Rigidez cadavérica (rigor mortis): começa das menores massas musculares para as maiores massas musculares. Das noções de cronotanagnose);
· Ordem de enrijecimento seguindo sentido céfalo-caudal;
· Primeiro músculo a enrijecer é o músculo masseter (já há pelo menos 2 horas da morte);
· O corpo estará todo enrijecido entre 6-8 horas; 
· A putrefação faz a perda da rigidez cadavérica (a partir de 24 horas da morte, seguindo também sentido céfalo-caudal);
· Mexer no membro enrijecido também pode tirar o enrijecimento do membro importante para saber se a cena do crime foi mexida); 
· Livores cadavéricos de hipóstase (livor mortis): pela força da gravidade os líquidos descem para as áreas de maior declive. Da noção de cronotanagnose; 
· Os livores começam a ocorrer com 30 minutos de morte se mostrando por pontos nas regiões de maior declive (parecendo petéquias);
· Livores estão generalizados em 6 horas;
· Não está presente em regiões de pressão ou contato com solo ou artefatos como cintos, por exemplo;
· De 8 a 12 horas os livores são fixados (hemácias sofrem autólise e tingem o tecido tegumentar); Ainda que o corpo seja mudado de posição, eles não se alteram mais, como tatuagem;
Fenômenos abióticos transformadores:
Se dividem em:
1) Destrutivos
2) Conservadores
Primeiro fenômeno destrutivo:
1) Autólise: auto destruição da célula
· Lisossomo: ocorrendo a morte, organela se rompe liberando enzimas que auto-destroem a célula; 
2) Maceração: destruição de um corpo por ação de um líquido. Ocorre em meio úmido. Exemplo: afogados, feto morto. 2 tipos de maceração. A asséptica (óbito fetal – sem ação das bactérias) e a séptica (afogados – ação das bactérias da água); 
· O líquido começa a atacar o corpo;
· 1º sinal: destacamento da epiderme (descasca);
· 2º sinal: a derme é embebida de sangue (lise de hemácias) aparência do feto é avermelhada; 
· 3º sinal: ampliação de ação das articulações (amplitude de movimento é aumentada); 
· 4º sinal: cavalgamento dos ossos do crânio (Sinal de Spalding) indica que a morte ocorreu há pelo menos 7 dias cronotanagnose;
· 
3) Putrefação: tem 4 fases;
· 1ª fase: fase cromática ou de coloração; 
· 2ª fase: gasosa ou enfisematosa; 
· 3ª fase: coliquação ou redutora; 
· 4ª fase: esqueletização; 
3.1 Fase cromática da putrefação
· Bactérias começam destruir o cadáver produz gás sulfídrico reage com a hemoglobina sulfoxihhemoglobina (possui coloração esverdeada);
· Pelo menos 24 horas de morte; 
· Mancha verde abdominal na fossa ilíaca 
· Observação: nos afogados, mancha esverdeada começa na região do tórax/cabeça. 
· Afogamento pulmões cheios com água com bactérias acelera putrefação iniciada por esses locais;
3.2 Fase Gasosa/ Enfisematosa da putrefação:
· A putrefação gera gases;
· Os gases empurram os tecidos/líquidos para cima;
· Circulação póstuma de Brourdel: os gases empurram os vasos sanguíneos para cima. A trama vascular é vista pela transparência da pele; 
3.3 Fase Coliquativa / Redutora da Putrefação
· Instala-se 2-3 meses após a morte;
· As partes moles do corpo começam a ser destruídas. Amolecimento e desintegração massa pastosa;
· Presença de larvas (miíase cadavérica);
3.4 Fase de Esqueletização (exposição dos ossos)
· Começa a expor o arcabouço ósseo;
· 1 a 2 anos após a fase coliquativa (se estiver embalsamado, sepultado) depende das situações ambientais;
Fenômenos conservadores:
· Mumificação
· Adipocera
· Corificação
Mumificação:
· Só se instala depois de instalar a putrefação;
· O processo de putrefação então é interrompido;
· Condições ambientais são necessárias: local QUENTE, SECO e BEM arejado;
Adipocera:
· As gorduras reagem com metais do solo surgindo material pastoso (gordura e ácidos graxos como camada protetora);
· Normalmente ocorre nos enterrados em valas comuns;
· Só se instala depois da instalação da putrefação;
· O processo de putrefação é interrompido; 
· Condições ambientais são necessárias: locais ÚMIDOS, POUCO AREJADOS, QUENTES;
Corificação:
· Corificação: observado em corpos enterrados em urnas funerárias metálicas;
· Pele adquire aparência de courto curtido;
· As vísceras permanecem conservadas, mas amolecidas;
Tanatologia 
-
 
Medicina Legal 
–
 
Aula 1
 
 
Definição:
 
ü
 
Thanatos: Deus da morte (mitologia grega);
 
ü
 
Tanatologia corresponde ao estudo científico da morte. Suas causas e os fenomenos a ela 
relacionados;
 
ü
 
A medicina legal é uma especialidade concomitantemente médica e jurídica que utiliza 
conhecimentos técnico
-
científicos da medicina para o esclarecimento de fatos de interesse da 
justiça; 
 
ü
 
O especialista médico praticante é denominado médico legista; 
 
 
Cont
eúdo da Tanatologia:
 
ü
 
Tanatosemiologia: estudo dos fenômenos/sinais cadavéricos;
 
ü
 
Cronotanagnose: o tempo decorrido entre a morte e o exame cadavérico; 
 
ü
 
Tanatoscopia/necrópsia/autópsia: estudo do cadáver para fins de verificar a causa da morte; 
 
 
Definiçã de
 
morte:
 
ü
 
É a cessação de todos os fenômenos vitais de modo definitivo, total e permanente; 
 
ü
 
A morte não é um instante,um momento, mas um verdadeiro processo em que há um progressivo 
desmantelamento do organismo como um todo passando por sistemas, órgãos, t
ecidos até em 
nível celular; 
 
 
Definição de morte pela lei de transplantes de órgãos e tecidos (Lei 9434 de 1997 
–
 
artigo 3º):
 
ü
 
Lei nº9434 de 04 de fevereiro de 1997; 
 
ü
 
Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplan
te e 
tratamento e dá outras providências; 
 
ü
 
Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a 
transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e 
registrada por 2 médicos não
 
particpantes das equipes de remoção e transplante, mediante a 
utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de 
Medicina; 
 
 
Formação do encéfalo:
 
ü
 
Cérebro
 
ü
 
Cerebelo
 
ü
 
Mesencéfalo
 
ü
 
Ponte
 
ü
 
Bulbo
 
ü
 
O mesencéfalo + ponte + bulbo formam o tronco encefálico 
à
 
CUIDADO: Morte cerebral não é 
definição de morte;
 
 
Formas diagnóstico complementar (Resolução CFM nº 2.173/17):
 
ü
 
Angiografia cerebral
 
ü
 
Eletroencefalograma
 
ü
 
Doppler transcraniano
 
ü
 
Cintilografia
 
 
Tanatol
ogia 
–
 
sinais ou fenômenos cadavéricos:
 
Subdivide
-
se em:
 
1)
 
Sinais ou fenômenos abióticos imediatos;
 
2)
 
Sinais ou fenômenos abióticos consecutivos;
 
 
Sinais abióticos IMEDIATOS (não são sinais de certeza e sim probabilidade de morte 
à
 
período de 
incerteza de Tour
de: acaba no surgimento de sinais consecutivos)
 
ü
 
Ausência de consciência;
 
ü
 
Insensibilidade (excitação dolorosa/cócegas);
 
ü
 
Imobilidade (ausência de movimentação);
 
ü
 
Fáscie cadavérica ou fáscie hipocrática (ausência de expressão facial);
 
ü
 
Relaxamento muscular 
(midríase, esfincteres relaxados);
 
ü
 
Ausência de resposta a excitabilidade elétrica; 
 
Tanatologia - Medicina Legal – Aula 1 
 
Definição: 
 Thanatos: Deus da morte (mitologia grega); 
 Tanatologia corresponde ao estudo científico da morte. Suas causas e os fenomenos a ela 
relacionados; 
 A medicina legal é uma especialidade concomitantemente médica e jurídica que utiliza 
conhecimentos técnico-científicos da medicina para o esclarecimento de fatos de interesse da 
justiça; 
 O especialista médico praticante é denominado médico legista; 
 
Conteúdo da Tanatologia: 
 Tanatosemiologia: estudo dos fenômenos/sinais cadavéricos; 
 Cronotanagnose: o tempo decorrido entre a morte e o exame cadavérico; 
 Tanatoscopia/necrópsia/autópsia: estudo do cadáver para fins de verificar a causa da morte; 
 
Definiçã de morte: 
 É a cessação de todos os fenômenos vitais de modo definitivo, total e permanente; 
 A morte não é um instante, um momento, mas um verdadeiro processo em que há um progressivo 
desmantelamento do organismo como um todo passando por sistemas, órgãos, tecidos até em 
nível celular; 
 
Definição de morte pela lei de transplantes de órgãos e tecidos (Lei 9434 de 1997 – artigo 3º): 
 Lei nº9434 de 04 de fevereiro de 1997; 
 Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e 
tratamento e dá outras providências; 
 Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano destinados a 
transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e 
registrada por 2 médicos não particpantes das equipes de remoção e transplante, mediante a 
utilização de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do Conselho Federal de 
Medicina; 
 
Formação do encéfalo: 
 Cérebro 
 Cerebelo 
 Mesencéfalo 
 Ponte 
 Bulbo 
 O mesencéfalo + ponte + bulbo formam o tronco encefálico  CUIDADO: Morte cerebral não é 
definição de morte; 
 
Formas diagnóstico complementar (Resolução CFM nº 2.173/17): 
 Angiografia cerebral 
 Eletroencefalograma 
 Doppler transcraniano 
 Cintilografia 
 
Tanatologia – sinais ou fenômenos cadavéricos: 
Subdivide-se em: 
1) Sinais ou fenômenos abióticos imediatos; 
2) Sinais ou fenômenos abióticos consecutivos; 
 
Sinais abióticos IMEDIATOS (não são sinais de certeza e sim probabilidade de morte  período de 
incerteza de Tourde: acaba no surgimento de sinais consecutivos) 
 Ausência de consciência; 
 Insensibilidade (excitação dolorosa/cócegas); 
 Imobilidade (ausência de movimentação); 
 Fáscie cadavérica ou fáscie hipocrática (ausência de expressão facial); 
 Relaxamento muscular (midríase, esfincteres relaxados); 
 Ausência de resposta a excitabilidade elétrica;

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