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linguísticos da língua de sinais. Vamos assistir! VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ESTUDAMOS QUE A LÍNGUA-PADRÃO PODE SER CONSIDERADA A VARIÁVEL LINGUÍSTICA MAIS DIFUNDIDA E ENTENDIDA POR TODOS OS FALANTES DA LÍNGUA. NO ENTANTO, VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS OCORREM EM TODAS AS LÍNGUAS E SÃO FENÔMENOS NATURAIS QUE MOSTRAM SUA ORGANICIDADE; NO BRASIL, O REGIONALISMO É MUITO COMUM. ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETA SOBRE O TEMA. A) O regionalismo é mais frequente na língua inglesa. B) Dialetos são variedades de uma língua falada por comunidades geograficamente mal definidas. C) A língua varia no espaço geográfico, no decorrer do tempo e nos diferentes espaços sociais, bem como nas diferentes situações comunicativas. D) As línguas possuem relação superficial com a sociedade. 2. O ESTUDO DE EICHMANN (2009) FAZ CRÍTICAS PERTINENTES AOS PROCESSOS DE PADRONIZAÇÕES QUE POR VEZES SÃO IMPOSTOS E LIDERADOS POR OUVINTES. A AUTORA DIFERENCIA DOIS TIPOS DE PADRONIZAÇÃO LINGUÍSTICA. SOBRE ESSA DIFERENCIAÇÃO, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA. A) As línguas se transformam naturalmente com o tempo; sendo assim, há uma padronização espontânea. B) Padronizações podem ser impostas de “cima para baixo”. C) Nos processos de padronização, o protagonismo surdo deve ser respeitado. D) A única padronização possível acontece naturalmente. GABARITO 1. Estudamos que a língua-padrão pode ser considerada a variável linguística mais difundida e entendida por todos os falantes da língua. No entanto, variações linguísticas ocorrem em todas as línguas e são fenômenos naturais que mostram sua organicidade; no Brasil, o regionalismo é muito comum. Assinale a afirmativa correta sobre o tema. A alternativa "C " está correta. Vimos no texto que variação linguística é objeto de estudo da Sociolinguística, tendo como seu expoente os estudos de William Labov. Nos estudos seminais do autor, fica claro que língua e sociedade são fortemente correlacionadas. Por conta dessa correlação, a língua varia no espaço geográfico, no decorrer do tempo, e nos diferentes espaços sociais, bem como nas diferentes situações comunicativas. O regionalismo é um fenômeno natural, muito comum no Brasil por conta da riqueza cultural e extensão geográfica. 2. O estudo de Eichmann (2009) faz críticas pertinentes aos processos de padronizações que por vezes são impostos e liderados por ouvintes. A autora diferencia dois tipos de padronização linguística. Sobre essa diferenciação, assinale a alternativa incorreta. A alternativa "D " está correta. A ausência de código escrito difundido das línguas de sinais faz com que alguma padronização deliberada se faça necessária – como vimos no exemplo do ENEM, uma prova que atinge todo o país e necessita de escolhas lexicais adequadas. Portanto, quando os códigos escritos são inseridos deliberadamente em certo contexto, devem ser procedidos com cuidado e respeito aos direitos linguísticos e ao protagonismo dos surdos em relação à própria língua. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos três módulos aqui apresentados, compreendemos os conceitos relativos às comunidades surdas e às línguas de sinais. No caso dos surdos brasileiros, a língua utilizada é a Língua de Sinais Brasileira (Libras). Vimos que as línguas de sinais não são universais, mas línguas complexas que surgem naturalmente nas comunidades surdas. As línguas de sinais possuem gramática própria e todos os níveis linguísticos existentes nas línguas orais, ou seja, fonologia, morfologia, semântica, sintaxe e pragmática. Portanto, possuem o mesmo status das línguas orais e sua peculiaridade mais importante é o fato de serem línguas visoespaciais, isto é, expressas pelo corpo no espaço e compreendidas visualmente. Estudamos que é uma língua recombinativa e arbitrária, apesar de ter presente a iconicidade. Entramos em contato com o universo da cultura surda, com artefatos culturais riquíssimos como a literatura surda, o humor surdo e assim por diante. As identidades surdas são diversas e heterogêneas, atravessadas pela cultura ouvinte. Nesse sentido, temos uma percepção sociológica dos indivíduos surdos e não clínica e normatizadora, que se preocupa apenas com reabilitação e grau de perda auditiva. Por conta da enorme variabilidade das línguas de sinais, o que as torna complexas, vivas e orgânicas, estudamos também o desafio dos processos de padronização das línguas de sinais. Esperamos que a história da comunidade surda inspire você a lutar por uma sociedade mais
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