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Mariana Marques – T29 Toxinas Urêmicas ---------------------------------------------------------------------------------- INTRODUÇÃO São substancias provenientes de metabólitos da alimentação que devido à uma falha na filtração, se acumulam nos tecidos e na circulação corporal Sob condições normais, estas toxinas ditas são excretados pelos rins Um grande número de toxinas urêmicas têm efeitos deletérios em vários órgãos e tecidos do corpo, sobretudo o sistema cardiovascular Toxinas urêmicas podem ser classificados de acordo com suas características físico-químicas em 3 classes: Pequenos, solúveis em água: são facilmente removidas por diálise e que não têm necessariamente efeitos tóxicos (uréia, creatinina e guanidinas) Toxinas de tamanho médio: só podem ser removidos por membranas de diálise com poros grandes e afetam um grande número de órgãos e sistemas (microglobulina-β2e leptina) Compostos ligados a proteínas: exercem uma variedade de efeitos tóxicos e são difíceis de remover por diálise (fenóis e indóis) DOENÇA RENAL CRÔNICA Um paciente com essa doença possui uma queda na filtração, fazendo com que ele possua um aumento nos níveis de toxinas urêmicas circulantes no sangue (principalmente creatina – marcador ideal) A doença renal crônica é dividida em cinco estágios, sendo elas: (1) Nessa etapa, ainda não é possível identificar uma redução na taxa de filtração (pouca lesão), porém, é possível identificar um quadro de microalbuminúria (proteinúria), condição caracterizada pela baixa presença de proteínas na urina (albumina) (2) Nessa etapa, ocorre uma queda da filtração, há pequenas concentrações de toxinas no sangue (3) Nessa etapa, há cerca de 50% de comprometimento na filtração, demonstrando um significativo acúmulo de toxinas no sangue (4) Fase anterior à diálise, a filtração apresenta-se num estágio avançado de comprometimento (5) Aproximadamente 85% da filtração está prejudicada, tornando-se necessária a realização de procedimentos e dialise ou transplantação, nessa etapa, o rim não consegue mais realizar os equilíbrios hidroeletrolítico, de ácido-base e não produz hormônios → perda total de função TRATAMENTO: Transplante Dialise peritoneal: técnica de substituição da função renal, onde o peritônio faz o papel de membrana semipermeável, é usado o cateter de Tenckholf, o qual possui vários furos que são responsáveis por impedir a movimentação, por ele é infundido um líquido Hemodiálise: procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o sangue, substituindo a função dos rins, o paciente é ligado a uma máquina, a qual promove uma circulação extracorpórea e possui um filtro que age como membrana. Mariana Marques – T29 IMPACTO DAS TOXINAS NOS TECIDOS Provocam inflamação, pois estimulam a produção de mediadores pró- inflamatórios (há ativação dos neutrófilos, monócitos, linfócitos que migram para a camada subendotelial para liberar mais mediadores químicos, os quais aumentam ainda mais a expressão das citocinas pró-inflamatórias) Endotélio fica sensível causando lesão endotelial Há formação plaquetas em excesso Esse processo ocorre de forma sistêmica, gerando uma inflamação crônica e provocando uma lesão vascular, motivo pelo qual as doenças cardiovasculares serem consideradas a principal causa de morte em pacientes com DRC A resposta inflamatória também é gerada pela alta liberação de radicais de oxigênio que geram estresse oxidativo, peroxido que aumenta a lesão Outra causa dos óbitos são as infecções que ocorrem devido à sobrecarga do sistema imune, impedindo assim, a formação de respostas imunológicas contra outras agentes e parasitas, visto que o sistema está ocupado na eliminação das toxinas Toxinas especificas podem realizar o processo de calcificação extra óssea, gerada pelo excesso de cálcio sérico, essas toxinas são capazes de transformar células musculares lisas em células like osteoblastos, causando um enrijecimento de vasos sanguíneos Outras toxinas geram fibrose através da transformação de células endoteliais em fibroblastos Além disso, os mediadores inflamatórios podem provocar apoptose de células percursoras de hemácia na medula e causar quadros de anemia devido ao impedimento da ação da eritropoetina
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