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1 Doença de Alzheimer A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia que, atualmente, representa a forma mais comum de demência em idosos. Em 2011, as estimativas indicavam 24 milhões de pessoas acometidas pela DA no mundo, e prevê-se que, até o ano de 2030, este número atinja 72 milhões. Sintomas O primeiro estudo descrevendo esta doença foi publicado por Alois Alzheimer e nesse estudo foi relatado alguns sintomas comportamentais como a perda da memória recente, paranoia, problema de linguagem e comportamentais; esses sintomas foram associados com pacientes que possuíam cérebros atróficos com deposições proteicas (situações relatadas em exames post-mortem), denominadas Placas de Senis e Emaranhados Neurofibrilares. Genes Após anos estudos relacionadas à DA os pesquisadores relacionaram alguns genes alterados com a DA. Podemos citar como os principais genes envolvidos com a DA o gene APP, responsáveis pela produção da Proteína Precursora Amilóide (PPA), que está presente na membrana plasmática de neurônios, o gene ApoE, responsável pela produção de uma proteína relacionada no transporte de lipídeos, a Apolipoproteína E. PPA – Proteína precursora Beta amilóide A PPA não possui uma função específica descoberta, porém, sabe-se que ela pode exercer participação em excitabilidade celular, transmissão sináptica e potencial de longa duração (relacionados com a plasticidade sináptica). Contudo, há uma teoria que relaciona a participação da PPA com a DA; esse mecanismo ocorreria quando microrganismos conseguiriam atravessar a barreira hematoencefálica, provocando uma reação imunológica que fragmentaria a PPA em fragmentos β- amilóide (proteína estrutural não funcional), formando as Placas de Senis (fragmentos β-amilóide + microrganismos). ApoE O gene ApoE possui 3 alelos diferentes na população, podendo gerar proteínas com conformações diferentes (isoformas), sendo eles o alelo ApoEe2, o alelo ApoEe3 e o alelo ApoEe4. O alelo ApoEe4 é o que está relacionado com a DA, pois, ele possui uma maior atração pelas proteínas β-amilóides. O mecanismo se baseia na integração, por endocitose, de APP, juntamente, com ApoEe4 (ligada a colesterol), a partir do receptor de para ApoE, denominado ABCA1; no interior da célula, essa vesícula se unirá com lisossomos para que ocorra a degradação das proteínas e a liberação do colesterol para a célula; com isso, o fragmento β-amilóides (derivado da APP) irá interagir com a ApoEe4, formando um complexo que será liberado pela célula para o estroma neural. Esse complexo, por ser formado de proteínas estruturais não funcionais, irá se acumular e formar as Placas de Senis. Proteína Tau A presença de Emaranhados neurofibrilares está relacionada com uma proteína denominada Tau. Essa proteína é responsável pela estabilização dos microtúbulos, permitindo a fosforilação e desfosforilação dos microtúbulos (fazer e desfazer microtúbulos). Em pacientes com DA, essa proteína sofre hiperfosforilação, perdendo a sua função e formando emaranhados neurofibrilares, que se depositaram entre as fendas sinápticas, diminuindo a interação neuronal.