Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
28/02/2021 1 BASES DERMATOLÓGICAS E INCORPORAÇÃO DE ATIVOS Profa. Ivana Maria Póvoa Violante Agradecimentos: Profa. Ana Paula Zanini Frasson BASES EPIDÉRMICAS Bases Catiônicas • condicionador • não penetra naturalmente Bases Não-iônicas • Pouco ou nenhum poder de penetração tipo e quantidade matérias primas • Ex: Polawax. Observações: • não adicionar óleo nobre que tenha afinidade pele • ideal vaselina. • não têm grau homologia. • utilizá-la em produtos para limpeza quantidade mais externa. 1 2 28/02/2021 2 Bases Não-iônicas • contendo: tensoativos etoxilados. • ativos constituição igual ou semelhante à pele. • Ex: Ácido oléico, palmítico, glicerina, propilenoglicol, óleos vegetais. Bases Aniônicas: • Lanette N boa penetrabilidade. • Estearato de Trietanolamina mais penetrante mais carga negativa. BASES DÉRMICAS Penetração nas camadas mais profundas ideal: massagem penetrabilidade aumentada = podendo levar à absorção sistêmica. ultrapassam pele princípio ativo sangue dúvida evitar usar diadermina mais negativa que bases dérmicas BASES DIADÉRMICAS 3 4 28/02/2021 3 REQUISITOS BASE seja adequada paciente promova boa hidratação atue eficientemente na pele com ou sem patologias dermatológicas possua componentes semelhantes emulsão epicutânea retire exsudatos quando presentes eficaz, segura, atóxica e não alergênica busque a otimização da fisiologia da pele possua maior número de atributos sentido melhorar quadro do paciente permita penetração ativos CLASSES DE MATÉRIAS-PRIMAS EMPREGADAS Água Álcool Etílico Umectantes Materiais Graxos - emolientes Espessantes Hidrofílicos Emulgentes - Tensoativos Aglutinantes Desagregantes Absorventes Conservantes Antimicrobianos Antioxidantes Sequestrantes Tamponantes Corantes Composições Aromáticas 5 6 28/02/2021 4 ÁGUA Processos de Purificação • RDC 67/2007, 38/2013 e 17/2010 Deionização: remoção de íons através de resinas, não garante esterilidade ou apirogenia da água. Destilação: processo de evaporação e condensação da água, garante água livre de microrganismos (moos.). Osmose reversa: ou ultrafiltração, processos de separação baseados nas diferenças de pressão através de membranas. Água livre de moos. e pirogênios. RDC 301/2019 • Álcool etílico (etanol) e as misturas etanol-água são empregadas como dissolventes em diversas preparações cosméticas e farmacêuticas; • Densidade: 0,789 g/mL a 20°C em misturas hidroalcoólicas, calcular a % v/v que difere da % p/p • Ex: Etanol 70% vol. = (69,0 a 71,0% vol) e (61,3 a 63,5% massa). º GL Indica a porcentagem de álcool em volume º INPM Indica a porcentagem de álcool em peso ÁLCOOL 7 8 28/02/2021 5 UMECTANTES UMECTANTES - CLASSES Inorgânicos: • cloreto de cálcio • uso limitado pelo grau de incompatibilidades. Metal-orgânicos: • lactato de sódio • odor característico difícil de mascarar, corrigir Ph. Orgânicos: • poliálcoois, seus ésteres e éteres: • Etilenoglicol; • Propilenoglicol; • Glicerina; • Sorbitol; • Polietilenoglicóis 9 10 28/02/2021 6 Capacidade das substâncias higroscópicas de absorver água do ambiente e manter a umidade nos tecidos. UMECTÂNCIA Facilitam distribuição e ação lubrificante dos cremes sobre a epiderme sensação agradável quando usados em baixas concentrações. Melhoram aderência dos pós à epiderme. Diminuem perda de água dos produtos acabados previnem ressecamento de preparações impedem formação de crostas superficiais atuam como anticristalizantes. Impedem a ruptura da emulsão. Devem apresentar grupos formadores de pontes de hidrogênio com a água na estrutura química. Glicois • Glicerina, propilenoglicol, polietilenoglicois álcoois graxos etoxilados Poliglicois • PEG 200 - 600 Sacarídeos e Polissacarídeos • Glicose e derivados, sorbitol, Glucans (metilglicose etoxilada e propoxilada) Ácidos carboxílicos e seus sais • PCA Na ou K, lactato de Na ou NH4, citratos de Na, K ou NH4 Derivados de ácidos carboxílicos (Ác. acético e lático) e MEA • Acetamida MEA, Lactamida MEA Incromectant LMEA, Incromectante AMEA-75 e Incromectante AL (Croda) Aminoácidos e derivados – caráter anfotérico • Componentes do NMF, Aquaderm® Existem associações com outros ativos, como aminoácidos + açucares • Hidroviton Extratos vegetais • Aloe vera, plântago, tília, malva Animais • colágeno, elastina, queratina Vegetais • trigo, amêndoas UMECTANTES 11 12 28/02/2021 7 mais usados: propilenoglicol, glicerina e sorbitol • glicerina mais higroscópico • sorbitol menos higroscópico e menos volátil que o propilenoglicol e glicerina Quando ocorre passagem de uma atmosfera úmida para uma seca sorbitol cede menos água que a glicerina. UMECTANTES - OBSERVAÇÕES Cremes emulsionados com sabões do ácido esteárico : sorbitol: • retarda a perda de umidade, em doses crescentes com as doses empregadas • mais efetivo em qualquer concentração e nível de umidade relativa AGENTES DE CONSISTÊNCIA DE FASE OLEOSA E EMOLIENTES 13 14 28/02/2021 8 Matérias-primas apolares, efeito emoliente sobre a pele; HIDROCARBONETOS: átomos de carbono e hidrogênio Forma de anel: hidrocarbonetos cíclicos; Forma de cadeia: acíclicos ou alifáticos; Complexidade molecular, presença de insaturações e número de Carbonos influenciam na escolha dos componentes graxos; Gorduras: Líquidos ou semissólidos, com baixo ponto de fusão; Ceras: sólidos, com médio ou alto ponto de fusão; Geralmente utilizados em emulsões. MATERIAIS GRAXOS EMOLIENTES • Substâncias que têm o poder de tornar os tecidos suaves e macios. • Água estrato córneo flexibilidade e maciez • Fixação da umidade queratina. • Emoliência característica das matérias-primas lipófilas formam película impede a evaporação da água da queratina. • Emolientes não são hidratantes. Considerados agentes de consistência os diversos componentes da fase oleosa: • ácidos graxos • álcoois graxos • ésteres de ácidos graxos e álcoois graxos • ésteres de ácidos graxos e glicóis ou polióis • ceras 15 16 28/02/2021 9 Triacilglicerol Formado pela reação de uma molécula de glicerol com três moléculas de ácidos graxos. + H O C O R1 H O C O R1 H O C O R1 C O CH O C O H H H H H H H H + C O CH O C O H H H H R1 O C R2 O C R3 O C + 3 H O H Glicerol Ácido carboxílico Triacilglicerol (óleo ou gordura) água + + Fórmula Geral do Triglicerídeo •R1, R2, R3 são cadeia alquílicas de grande número de carbonos. •Óleos: TAG que são líquidos a temperatura ambiente. •Gorduras: TAG que são sólidos a temperatura ambiente. C O CH O C O H H H H R1 O C R2 O C R3 O C 17 18 28/02/2021 10 TRIGLICERÍDEOS • Óleos, gorduras, manteigas ou ceras; • Principais fonte: óleos vegetais. • Estruturas moleculares os diferem entre si, não apenas o estado físico (sólidos ou líquidos). • Ex.: Ceras – são ésteres de ácidos graxos com álcoois graxos. • A jojoba por ex. é referida como óleo, mas trata-se de uma cera líquida. A partir de um triglicerídeo pode-se obter Tensoativo aniônico do tipo sabão – liberação da glicerina; Saponificação – quebra da ligação éster, produzindo um álcool graxo lipossolúvel e a glicerina hidrossolúvel; Reação de saponificação Quimicamente: mistura de um éster (proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se obter sabão (sal orgânico). Consiste na hidrólise básica de lipideos, mais precisamente triglicerídeos mediante a adição de uma base forte e facilitada com aquecimento. Cada molécula de triglicerídeo se quebra em uma molécula de glicerina e em seus três ácidos graxos correspondentes. SabãoÓleo ou gordura Base inorgânica 19 20 28/02/2021 11 AGENTES DE CONSISTÊNCIA DE FASE OLEOSA E EMOLIENTES CERAS • Normalmente sólidos à temperatura ambiente • Classificadas quanto à origem: • Animal : cera deabelha, espermacete • Vegetal: carnaúba, karité, manga, jojoba • Mineral: parafina ÁCIDOS GRAXOS • Quimicamente: átomos de carbono, unidos por simples (saturado) ou duplas (insaturados) ligações, e um grupamento carboxílico. • Os ácidos graxos: conferem aos lipídeos as principais propriedades, diferindo basicamente entre si pelo: • comprimento de sua cadeia de hidrocarbonetos (4 – 24 átomos de carbono) • número (1 a 6) e posição de suas ligações duplas. • 3 a 6: cadeia curta; • 6 a 12: cadeia média; • 16 a 22: cadeia longa; • Essas características são responsáveis pelas diferentes propriedades físicas e químicas desses compostos. • Ácidos graxos essenciais (AGE): não podem ser sintetizados pelo homem. 21 22 28/02/2021 12 ÁCIDOS GRAXOS • Podem ser neutralizados parcialmente com um agente alcalino (NaOH, KOH ou TEA) resultando formação do tensoativo in- loco reação saponificação. • Apresentam dupla função: • agentes de consistência aumentam viscosidade • agentes emulsionantes • Xampu estabilizam formação espumas amida do ácido graxo de coco. Classificados quanto à composição em: Simples: palmítico, estearílico, laurílico, miristílico, e ceto-estearílico Modificados quimicamente por adição de óxido de etileno ou propoxileno: oleílico etoxilado 20M, oleílico etoxilado 3M, cetílico etoxilado 10M, ceto-estearílico etoxilado 20M, ceto-estearílico etoxilado e propoxilado ÁCIDOS GRAXOS – OBSERVAÇÕES: ÁCIDO ESTEÁRICO Quando neutralizado com um álcali, produz um tensoativo aniônico chamado estearato alcalino; Doador de consistência em emulsões; Pode ser de origem vegetal (preferível) ou animal (odor desagradável) 23 24 28/02/2021 13 ÁLCOOIS GRAXOS • cadeia com 12 ou mais carbonos • hidroxila terminal • Podem ser etoxilados óxido de etileno torna o produto mais solúvel ou dispersível em água e com caráter emulsionante. • Excelentes espessantesMais efetivos cadeia carbônica C16-22. altas concentrações conferem às emulsões: • aspecto ceroso • pouco brilho • viscosidade aumenta com o envelhecimento ÁLCOOIS GRAXOS • Álcool cetílico: consistência (C16) - em combinação com agentes emulsificantes hidrossolúveis auxilia na emulsificação O/A, é emoliente da pele. • Álcool estearílico: consistência (C18) • Álcool cetoestearílico: consistência (C16 – 30% ; C18 – 70%) • Álcool 2-octildodecanol: emoliente • Álcool cetoestearílico etoxilado: emulsionante • Álcool cetílico etoxilado: emulsionante • Álcool graxo sulfatado: tensoativo (alquil sulfatos) • Álcool graxo sulfatado etoxilado: tensoativo (alquil éter sulfatos) • Álcool Behênico (C22) • Hyfatol 16-95* – Álcool cetílico • Hyfatol CS* – Álcool cetoestearílico • *Agentes consistência, estabilizadores emulsões e co- emulsionantes de origem vegetal 25 26 28/02/2021 14 ÉSTERES GRAXOS • União química de um ácido + álcool = éster (esterificação – processo inverso a saponificação). • Emolientes tradicionais. • Sujeitos a hidrólise em altas temperaturas. • Dependendo do ácido ou álcool que dão origem ao éster, podem ser líquidos ou sólidos (ceras). • Apresentam boa capacidade espessante. • Ausência deste componente na emulsão: • dificulta o espalhamento. • efeito esbranquiçado quando aplicado na pele. Exemplos: • Miristato de Isopropila (líquido); • Palmitato de cetila (cera); • Miristato de miristila (cera); • Monoestearato de Glicerila (cera); Ceras naturais: ésteres de ácidos graxos com álcoois de elevado peso molecular (origem mineral ou vegetal). • Cera de abelhas (Beeswax); • Cera de Carnaúba (Copernicia cerifera) • Cera de Jojoba (Jojoba Oil / Jojoba wax) ÉSTERES GRAXOS 27 28 28/02/2021 15 ÓLEOS VEGETAIS • Emolientes intrínsecos. • Formadores película oleosa não oclusivo. • Fazem reposição manto hidrolipídico promovem amolecimento e hidratação da pele substâncias semelhantes à pele vitaminas, lecitina, esteroides e ácidos graxos (oleico e palmítico). • Facilmente oxidáveis comprometimento da estabilidade de outras substâncias oxidantes. • Ex: ácido retinoico, peróxido de benzoíla, hidroquinona formação de peróxidos e hidroperóxidos nos cremes. ÓLEOS VEGETAIS - TENDÊNCIAS Óleos da Amazônia e Cerrado: • açaí, andiroba, babaçu, bacaba, buriti, cupuaçu, patauá, pequi, tucumã, ucuuba (ou bicuiba), palmeiras. • Outros: castanha do Pará, amêndoas doces, oliva, macadâmia, semente de uva, maracujá, tomate, cenoura. • Concentração: 10% açaí andiroba babaçu bacaba buriti cupuaçu patauá pequi tucumã ucuuba 29 30 28/02/2021 16 Óleos Hidrogenados: • Substâncias vegetais cerosas que dão consistência às emulsões: • Carnaúba • Manteiga de cacau • Manteiga de Karité Óleos Minerais • Obtidos pela destilação do petróleo • Destaca-se: necessidade do emprego de óleos minerais de grau farmacêutico ou cosmético • Óleos com grau técnico apresentam impurezas carcinogênicas. • Óleos minerais ou vaselinas diferentes graus de viscosidade. • Petrolatos ou vaselinas sólidas. • Isoparafinas. 31 32 28/02/2021 17 Óleos e “ceras” animais: • Produtos em desuso extinção de espécies. • Complexos quanto à composição presença de enzimas. • Óleo de tartaruga: rico em vitamina A, que pode ser substituído pela própria vitamina A na forma de retinol palmitato. • Óleo de fígado de bacalhau: rico em vitamina A, B, D, F, iodo, fósforo e enxofre. Maior inconveniente odor. • Cera de abelha. • Espermacete de baleia: cérebro da baleia Cachalote. Silicones • Compostos semiorgânicos com silício (óleos sintéticos derivados da sílica) na cadeia principal combinado principalmente com o oxigênio; • Quimicamente inertes, incolores, insípidos e inodoros. Resistentes à decomposição pelo calor, água ou agentes redutores. • Formas fluída, resinosa ou de elastômeros (borrachas sintéticas). 33 34 28/02/2021 18 Estabilidade térmica excepcional; Baixa variação das características físicas em função da temperatura; Inércia química; Hidrorrepelência; Baixa tensão superficial (silicones líquidos); Boas propriedades dielétricas; Propriedades antiaderentes; Grande estabilidade; Compatibilidade com os meios de aplicação. SILICONES - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: TIPOS DE SILICONE Ciclometicone (Cyclomethicone): • DC244 fluido, DC245 fluido, DC344 fluido, SF1173, SF1202, etc. Dimeticone (Dimethicone): • DC 225 fluido, DC200 fluido, DC medical fluid 360, SF 18 (350), etc; Dimeticonol (Dimethiconol): • Dimeticone + dimeticonol; Dimeticone Copoliol: • propriedade tensoativo O/A, solúvel em água e pouco solúvel em álcool. Fenil Trimeticone (Phenyl trimeticone); Amodimeticone: • agente condicionante cabelos, depósito seco formando película de reticulação • DC 929. 35 36 28/02/2021 19 LANOLINA • Material graxo complexo obtido da lã do carneiro, submetido a processos de purificação para retirar teor residual de água (menos de 1%); • Constituída pela mistura ácidos graxos, álcoois e óleos presentes na secreção oleosa dos animais ótimos emolientes. • Características únicas Constitui-se de emolientes e outros compostos hidratantes; • Atualmente representam matérias-primas altamente purificadas e de mínima alergenicidade. Tipos de lanolinas comercializadas: • purificadas • derivados formados associações ou alterações que otimizam as propriedades: • emoliência • absorção de água • poder emulgente secundário Tipos de Lanolina • Lanolina Anidra: • Emoliente e cotensoativa em emulsões A/O. • Lanolina Líquida: • Forma pseudo-emulsões em combinação com H2O. • Álcoois de Lanolina: • Obtidos pelo refino da fração insaponificável da lanolina. Uso em emulsões A/O, bases de absorção, cremes condicionadores, etc; • Álcoois de Lanolina Etoxilados: • Reação de óxido de etileno + álcoois de lanolina = ésteres de polietilenoglicois; • Formam tensoativos (O/A) ou mesmo materiais completamente solúveis em água. 37 38 28/02/202120 TENSOATIVOS TENSOATIVOS 39 40 28/02/2021 21 TENSOATIVOS Grupos hidrófobos: • Normalmente cadeias de hidrocarbonetos alifáticos (cadeias abertas ou acíclicas), lineares ou ramificados, com radicais aromáticos ou alifáticos. • Radical alquila (10 a 18C), porção terminal CH3. • CH3-(CH2)n Determinam a solubilidade em água, geralmente apresentam grupamentos ácidos ou básicos • Grupos de enlace: grupos funcionais não dissociáveis que conferem hidrossolubilidade à molécula. • –COO-, -NH-, -CH(OH)-, -O- TENSOATIVOS • não possuem cargas em solução. • alcoolaminas de ácidos graxos de coco, ésteres de glicerol, ésteres de glicóis, ésteres de polietilenoglicóis, ésteres de sorbitano, álcoois graxos etoxilados. Não-iônicos • grupamento polar possui carga negativa (-). • sabões de ácidos graxos, alquil sulfatos, alquil éter sulfatos, alquil sulfossuccinatos. Aniônicos • grupamento polar possui carga positiva (+). • Ex.: sais de alquil trimetil amônio, sais de dialquil dimetil amônio, sais de alquil dimetil benzil amônio. Catiônicos • comportamento varia em função do pH do meio. • Ex.: anfóteros betaínicos e imidazolínicos (glicinatos ou cocoanfocarboxiglicinatos, ou cocoanfotéricos. Anfotéricos IÔ N IC O S 41 42 28/02/2021 22 AGENTES ESPESSANTES DA FASE AQUOSA AGENTES ESPESSANTES DA FASE AQUOSA impedem a mobilidade e a coalescência da fase dispersa agem na camada interfacial que cobre as partículas dispersas da fase oleosa: • proporcionando cargas elétricas estabilização por repulsão • impedindo uma aproximação muito estreita através de impedimento estérico influência na caracterização do comportamento reológico da emulsão 43 44 28/02/2021 23 AGENTES ESPESSANTES DA FASE AQUOSA • CMC, HEC, HPC, HPMC DERIVADOS DA CELULOSE • Carbopóis, Sepigel, Salcare Sc 80 e Cs81, Simulgel DERIVADOS DO ÁCIDO ACRÍLICO • Goma guar, xantana, adraganta, alginatos, pectinasGOMAS NATURAIS • AmigelESCLEROGLUCANAS • Cos-Kelp AS ÁCIDO ALGÍNICO E SEUS DERIVADOS • silicato de alumínio e magnésio (SAM) Ex: Veegum (silicato natural) INORGÂNICOS • Ultragel 300POLIQUATÉRNIUNS CONSERVANTES E ANTIOXIDANTES 45 46 28/02/2021 24 CONSERVANTES • Substâncias adicionadas com a finalidade de impedir o crescimento de micro-organismos: bactérias, fungos e leveduras. • Principais fontes de contaminação: • Matérias-primas • Água • Equipamentos • Manipuladores • Ambiente RDC n.º 29, de 1 de junho de 2012 Nº ORD SUBSTÂNCIA MÁXIMA CONCENTRAÇÃO AUTORIZADA 11 Ácido 4-hidroxibenzóico, seus sais e ésteres (4-HIDROXYBENZOIC ACID, salts & esters: METHYLPARABEN, PROPILPARABEN, etc) a) 0,4% (expresso como ácido) individual b) 0,8% (expresso como ácido) para misturas de sais ou ésteres 24 Imidazolidinil ureia (IMIDAZOLIDINYL UREA) 0,6% 26 2-Fenoxietanol (PHENOXYETHANOL) 1,0% 30 1,3-Dimetilol-5,5-dimetilhidantoína (DMDM HYDANTOIN) 0,6% RDC n.º 29, de 1 de junho de 2012 47 48 28/02/2021 25 ANTIOXIDANTES • Reduzem reações de oxirredução nos componentes da formulação Mecanismo de Ação Substâncias Solubilidade Antioxidantes que agem interrompendo as cadeias de radicais livres. BHT BHA a-tocoferol Propilgalato Oleosa Oleosa Oleosa Oleosa Antioxidantes que atuam sofrendo oxidação (agentes redutores). Bissulfito de sódio Metabissulfito de sódio Ácido ascórbico Palmitato de ascorbila Aquosa Aquosa Aquosa Oleosa Antioxidantes que atuam por mecanismos preventivos. EDTA Ácido cítrico Aquosa Aquosa BASES DERMOCOSMÉTICAS 49 50 28/02/2021 26 PREPARAÇÕES OBTIDAS PELO PROCESSO DE EMULSIFICAÇÃO Cremes: • Produtos resultantes da emulsificação de substâncias hidro e lipossolúveis. • São esteticamente elegantes, agradáveis e dermatologicamente bem aceitos, devido sua afinidade com a pele. Loções cremosas: • São emulsões com baixo teor de ceras que possuem alta capacidade hidratante da pele. Ex.: loções hidratantes corporais. Leites: • É a denominação vulgar de emulsões fluidas, muitas vezes chamadas loções. Caráter Iônico das Emulsões Não iônicas • Paramul • Polawax • Crodabase • Uniox Aniônicas • Lanette Catiônicas 51 52 28/02/2021 27 GÉIS • Formas viscosas, mucilaginosas, obtidas a partir de coloides protetores, transparentes ou não, as quais podem deixar ao secar uma película plástica, dependendo da sua formulação. Géis não-iônicos • Natrosol (Hidroxietil Celulose) • Aristoflex AVC Géis aniônicos • Carbopol • Lubragel • Sepigel 305 Caráter Iônico dos Géis GEL-CREME • Emulsões com alta porcentagem de fase aquosa e baixíssima concentração de óleos, estabilizadas por coloides hidrofílicos. • Os óleos devem ser substâncias não- comedogênicas como silicones, esqualeno e óleo de macadâmia. 53 54 28/02/2021 28 LOÇÕES TÔNICAS • Soluções cosméticas alcoólicas ou hidroalcoólicas • A maioria destina-se a ser aplicada por fricções PÓS • Produtos em estado seco, finamente divididos e intimamente misturados. • Podem conter substâncias líquidas, como essências ou óleos, as quais são rapidamente absorvidas pelo pó. 55 56 28/02/2021 29 VEÍCULOS VETORIAIS • LIPOSSOMAS • NANOSFERAS • SILANÓIS (SILÍCIOS ORGÂNICOS) Incorporação de Ativos em Bases Semissólidas 57 58 28/02/2021 30 Regras de Aditivação Incorporação de Ativos Sólidos e Líquidos em Base Semi-sólida 1. Em um gral, pesar o(s) pó(s) um a um, homogeneizando por trituração até tenuidade desejada. Triturar primeiro o pó com maior granulometria. 2. Molhar (levigar) o(s) pó(s) com agente molhante adequado. Observar a solubilidade do pó. 3. Adicionar q.s. (parte) da base e homogeneizar. 4. Incorporar o ativo líquido um a um homogeneizando a cada adição. 5. Adicionar o restante da base (completar o q.s.p.) e homogeneizar. 6. Fazer a homogeneização final. REFERÊNCIAS • BORGES, F.S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. Cap. 13 – Cosmetologia. • FERREIRA, A. Guia Prático da Farmácia Magistral. 4 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010. • BARATA, E. A. F. A Cosmetologia – Princípios básicos. São Paulo: Tecnopress, 2002. •HERNANDEZ, M.; MERCIER-FRESNEL, M. Manual de Cosmetologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. • LEONARDI, G. R. Cosmetologia aplicada. 2 ed. São Paulo: Medfarma. 2007. 59 60
Compartilhar