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28/02/2021
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BASES DERMATOLÓGICAS 
E INCORPORAÇÃO DE 
ATIVOS
Profa. Ivana Maria Póvoa Violante
Agradecimentos:
Profa. Ana Paula Zanini Frasson
BASES EPIDÉRMICAS
Bases Catiônicas
• condicionador
• não penetra naturalmente
Bases Não-iônicas
• Pouco ou nenhum poder
de penetração  tipo e
quantidade matérias
primas
• Ex: Polawax.
Observações:
• não adicionar óleo nobre que tenha afinidade pele
• ideal vaselina.
• não têm grau homologia.
• utilizá-la em produtos para limpeza quantidade mais externa.
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Bases Não-iônicas
• contendo: tensoativos
etoxilados.
• ativos  constituição igual ou
semelhante à pele.
• Ex: Ácido oléico, palmítico,
glicerina, propilenoglicol, óleos
vegetais.
Bases Aniônicas:
• Lanette N  boa
penetrabilidade.
• Estearato de Trietanolamina 
mais penetrante  mais carga
negativa.
BASES DÉRMICAS
Penetração nas camadas mais profundas  ideal: 
massagem
penetrabilidade aumentada = podendo levar à absorção sistêmica.
ultrapassam pele  princípio ativo sangue
dúvida  evitar usar diadermina  mais negativa que bases
dérmicas
BASES DIADÉRMICAS
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REQUISITOS BASE
seja adequada 
paciente
promova boa 
hidratação
atue eficientemente 
na pele com ou sem 
patologias 
dermatológicas
possua 
componentes 
semelhantes 
emulsão epicutânea
retire exsudatos 
quando presentes
eficaz, segura, 
atóxica e não 
alergênica
busque a otimização 
da fisiologia da pele
possua maior 
número de atributos 
 sentido melhorar 
quadro do paciente
permita penetração 
ativos
CLASSES DE MATÉRIAS-PRIMAS EMPREGADAS 
Água Álcool Etílico Umectantes
Materiais Graxos 
- emolientes
Espessantes 
Hidrofílicos
Emulgentes -
Tensoativos 
Aglutinantes Desagregantes
Absorventes Conservantes Antimicrobianos Antioxidantes
Sequestrantes Tamponantes Corantes
Composições 
Aromáticas 
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ÁGUA
Processos de Purificação
• RDC 67/2007, 38/2013 e 17/2010
Deionização: remoção de íons através de resinas, não 
garante esterilidade ou apirogenia da água. 
Destilação: processo de evaporação e
condensação da água, garante água livre de
microrganismos (moos.).
Osmose reversa: ou ultrafiltração, processos de
separação baseados nas diferenças de pressão através
de membranas. Água livre de moos. e pirogênios.
RDC 301/2019
• Álcool etílico (etanol) e as misturas etanol-água são empregadas como 
dissolventes em diversas preparações cosméticas e farmacêuticas; 
• Densidade: 0,789 g/mL a 20°C em misturas hidroalcoólicas, calcular a 
% v/v que difere da % p/p 
• Ex: Etanol 70% vol. = (69,0 a 71,0% vol) e (61,3 a 63,5% massa). 
º GL
Indica a porcentagem 
de álcool em volume
º INPM
Indica a porcentagem 
de álcool em peso
ÁLCOOL
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UMECTANTES
UMECTANTES - CLASSES
Inorgânicos: 
• cloreto de cálcio
• uso limitado pelo 
grau de 
incompatibilidades.
Metal-orgânicos: 
• lactato de sódio 
• odor característico 
difícil de mascarar, 
corrigir Ph.
Orgânicos: 
• poliálcoois, seus 
ésteres e éteres:
• Etilenoglicol; 
• Propilenoglicol; 
• Glicerina; 
• Sorbitol; 
• Polietilenoglicóis
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Capacidade das substâncias higroscópicas de absorver água 
do ambiente e manter a umidade nos tecidos.
UMECTÂNCIA
Facilitam distribuição e ação 
lubrificante dos cremes 
sobre a epiderme 
sensação agradável 
quando usados em baixas 
concentrações.
Melhoram aderência dos pós à 
epiderme.
Diminuem perda de água dos 
produtos acabados  previnem 
ressecamento de preparações 
 impedem formação de 
crostas superficiais  atuam 
como anticristalizantes.
Impedem a ruptura da 
emulsão.
Devem apresentar 
grupos formadores de 
pontes de hidrogênio 
com a água na estrutura 
química.
Glicois
• Glicerina, propilenoglicol, polietilenoglicois álcoois graxos etoxilados
Poliglicois
• PEG 200 - 600
Sacarídeos e Polissacarídeos
• Glicose e derivados, sorbitol, Glucans (metilglicose etoxilada e propoxilada)
Ácidos carboxílicos e seus sais
• PCA Na ou K, lactato de Na ou NH4, citratos de Na, K ou NH4
Derivados de ácidos carboxílicos (Ác. acético e lático) e MEA
• Acetamida MEA, Lactamida MEA  Incromectant LMEA, Incromectante AMEA-75 e Incromectante 
AL (Croda)
Aminoácidos e derivados – caráter anfotérico 
• Componentes do NMF, Aquaderm®
Existem associações com outros ativos, como aminoácidos + açucares 
• Hidroviton
Extratos vegetais
• Aloe vera, plântago, tília, malva
Animais
• colágeno, elastina, queratina
Vegetais
• trigo, amêndoas
UMECTANTES
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mais usados: propilenoglicol, glicerina e sorbitol
• glicerina mais higroscópico 
• sorbitol menos higroscópico e menos volátil que o propilenoglicol e glicerina
Quando ocorre passagem de uma atmosfera úmida para uma seca  sorbitol
cede menos água que a glicerina.
UMECTANTES - OBSERVAÇÕES
Cremes emulsionados com sabões do ácido esteárico : 
sorbitol:
• retarda a perda de umidade, em doses crescentes com as 
doses empregadas
• mais efetivo em qualquer concentração e nível de umidade 
relativa
AGENTES DE 
CONSISTÊNCIA DE FASE 
OLEOSA E EMOLIENTES 
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Matérias-primas apolares, efeito 
emoliente sobre a pele; 
HIDROCARBONETOS: átomos de 
carbono e hidrogênio 
Forma de anel: hidrocarbonetos 
cíclicos; 
Forma de cadeia: acíclicos ou 
alifáticos; 
Complexidade molecular, 
presença de insaturações e 
número de Carbonos influenciam 
na escolha dos componentes 
graxos;
Gorduras: Líquidos ou 
semissólidos, com baixo ponto de 
fusão; 
Ceras: sólidos, com médio ou alto 
ponto de fusão;
Geralmente utilizados em
emulsões.
MATERIAIS GRAXOS
EMOLIENTES
• Substâncias que têm o poder de tornar os tecidos suaves e macios.
• Água estrato córneo flexibilidade e maciez
• Fixação da umidade queratina.
• Emoliência  característica das matérias-primas lipófilas  formam película impede a
evaporação da água da queratina.
• Emolientes não são hidratantes.
Considerados 
agentes de 
consistência os 
diversos 
componentes 
da fase oleosa:
• ácidos graxos
• álcoois graxos
• ésteres de ácidos 
graxos e álcoois graxos
• ésteres de ácidos 
graxos e glicóis ou 
polióis
• ceras
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Triacilglicerol
Formado pela reação de uma molécula de
glicerol com três moléculas de ácidos graxos.
+
H O C
O
R1
H O C
O
R1
H O C
O
R1
C O
CH O
C O
H
H
H
H H
H
H
H
+
C O
CH O
C O
H
H
H
H R1
O
C
R2
O
C
R3
O
C
+ 3 H O H
Glicerol Ácido carboxílico Triacilglicerol
(óleo ou gordura)
água
+
+
Fórmula Geral do Triglicerídeo
•R1, R2, R3 são cadeia
alquílicas de grande
número de carbonos.
•Óleos: TAG que são
líquidos a temperatura
ambiente.
•Gorduras: TAG que são
sólidos a temperatura
ambiente.
C O
CH O
C O
H
H
H
H R1
O
C
R2
O
C
R3
O
C
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TRIGLICERÍDEOS
• Óleos, gorduras, manteigas ou ceras;
• Principais fonte: óleos vegetais. 
• Estruturas moleculares os diferem entre si, não apenas o estado físico 
(sólidos ou líquidos).
• Ex.: Ceras – são ésteres de ácidos graxos com álcoois graxos. 
• A jojoba por ex. é referida como óleo, mas trata-se de uma cera 
líquida. 
A partir de um triglicerídeo pode-se
obter Tensoativo aniônico do tipo
sabão – liberação da glicerina;
Saponificação – quebra da ligação
éster, produzindo um álcool graxo
lipossolúvel e a glicerina hidrossolúvel;
Reação de saponificação
Quimicamente: mistura de um éster (proveniente de um 
ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se 
obter sabão (sal orgânico).
Consiste na hidrólise básica de lipideos, mais precisamente triglicerídeos
mediante a adição de uma base forte e facilitada com aquecimento.
Cada molécula de triglicerídeo se quebra em uma molécula de glicerina e em
seus três ácidos graxos correspondentes.
SabãoÓleo ou gordura Base inorgânica
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AGENTES DE CONSISTÊNCIA DE FASE OLEOSA E 
EMOLIENTES 
CERAS
• Normalmente sólidos à temperatura ambiente
• Classificadas quanto à origem:
• Animal : cera deabelha, espermacete
• Vegetal: carnaúba, karité, manga, jojoba
• Mineral: parafina
ÁCIDOS GRAXOS
• Quimicamente: átomos de carbono, unidos por
simples (saturado) ou duplas (insaturados) ligações,
e um grupamento carboxílico.
• Os ácidos graxos: conferem aos lipídeos as
principais propriedades, diferindo basicamente
entre si pelo:
• comprimento de sua cadeia de hidrocarbonetos 
(4 – 24 átomos de carbono) 
• número (1 a 6) e posição de suas ligações duplas. 
• 3 a 6: cadeia curta; 
• 6 a 12: cadeia média;
• 16 a 22: cadeia longa; 
• Essas características são responsáveis pelas
diferentes propriedades físicas e químicas desses
compostos.
• Ácidos graxos essenciais (AGE): não podem ser
sintetizados pelo homem.
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ÁCIDOS GRAXOS
• Podem ser neutralizados
parcialmente com um
agente alcalino (NaOH,
KOH ou TEA)  resultando
formação do tensoativo in-
loco  reação
saponificação.
• Apresentam dupla função:
• agentes de consistência
 aumentam
viscosidade
• agentes emulsionantes
• Xampu  estabilizam
formação espumas 
amida do ácido graxo de
coco.
Classificados quanto à 
composição em:
Simples: 
palmítico, estearílico, laurílico, 
miristílico, e ceto-estearílico
Modificados quimicamente 
por adição de óxido de etileno 
ou propoxileno:
oleílico etoxilado 20M, oleílico 
etoxilado 3M, cetílico 
etoxilado 10M, ceto-estearílico 
etoxilado 20M, ceto-estearílico 
etoxilado e propoxilado
ÁCIDOS GRAXOS –
OBSERVAÇÕES: ÁCIDO ESTEÁRICO
Quando neutralizado 
com um álcali, produz 
um tensoativo aniônico 
chamado estearato 
alcalino; 
Doador de consistência 
em emulsões; 
Pode ser de origem 
vegetal (preferível) ou 
animal (odor 
desagradável)
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ÁLCOOIS GRAXOS
• cadeia com 12 ou mais carbonos
• hidroxila terminal
• Podem ser etoxilados  óxido de etileno  torna 
o produto mais solúvel ou dispersível em água e 
com caráter emulsionante.
• Excelentes espessantesMais efetivos  cadeia 
carbônica C16-22.
altas concentrações  conferem às emulsões:
• aspecto ceroso
• pouco brilho
• viscosidade aumenta com o envelhecimento
ÁLCOOIS GRAXOS
• Álcool cetílico: consistência (C16) - em combinação com agentes 
emulsificantes hidrossolúveis auxilia na emulsificação O/A, é 
emoliente da pele.
• Álcool estearílico: consistência (C18)
• Álcool cetoestearílico: consistência (C16 – 30% ; C18 – 70%)
• Álcool 2-octildodecanol: emoliente
• Álcool cetoestearílico etoxilado: emulsionante
• Álcool cetílico etoxilado: emulsionante
• Álcool graxo sulfatado: tensoativo (alquil sulfatos)
• Álcool graxo sulfatado etoxilado: tensoativo (alquil éter sulfatos)
• Álcool Behênico (C22)
• Hyfatol 16-95* – Álcool cetílico
• Hyfatol CS* – Álcool cetoestearílico
• *Agentes consistência, estabilizadores emulsões e co-
emulsionantes de origem vegetal
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ÉSTERES GRAXOS
• União química de um ácido + álcool = éster (esterificação –
processo inverso a saponificação).
• Emolientes tradicionais.
• Sujeitos a hidrólise em altas temperaturas.
• Dependendo do ácido ou álcool que dão origem ao éster, podem
ser líquidos ou sólidos (ceras).
• Apresentam boa capacidade espessante.
• Ausência deste componente na emulsão:
• dificulta o espalhamento.
• efeito esbranquiçado quando aplicado na pele.
Exemplos: 
• Miristato de Isopropila 
(líquido); 
• Palmitato de cetila (cera); 
• Miristato de miristila 
(cera); 
• Monoestearato de 
Glicerila (cera); 
Ceras naturais: ésteres de 
ácidos graxos com álcoois de 
elevado peso molecular 
(origem mineral ou vegetal). 
• Cera de abelhas 
(Beeswax); 
• Cera de Carnaúba 
(Copernicia cerifera) 
• Cera de Jojoba (Jojoba Oil 
/ Jojoba wax)
ÉSTERES GRAXOS
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ÓLEOS VEGETAIS
• Emolientes intrínsecos.
• Formadores película oleosa não oclusivo.
• Fazem reposição manto hidrolipídico  promovem
amolecimento e hidratação da pele  substâncias
semelhantes à pele  vitaminas, lecitina, esteroides e
ácidos graxos (oleico e palmítico).
• Facilmente oxidáveis  comprometimento da
estabilidade de outras substâncias oxidantes.
• Ex: ácido retinoico, peróxido de benzoíla, hidroquinona
 formação de peróxidos e hidroperóxidos nos
cremes.
ÓLEOS VEGETAIS - TENDÊNCIAS
Óleos da Amazônia e Cerrado:
• açaí, andiroba, babaçu, bacaba, buriti, cupuaçu, patauá, pequi,
tucumã, ucuuba (ou bicuiba), palmeiras.
• Outros: castanha do Pará, amêndoas doces, oliva, macadâmia,
semente de uva, maracujá, tomate, cenoura.
• Concentração: 10%
açaí andiroba babaçu bacaba buriti
cupuaçu patauá pequi tucumã ucuuba
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Óleos Hidrogenados:
• Substâncias vegetais cerosas que dão consistência às
emulsões:
• Carnaúba
• Manteiga de cacau
• Manteiga de Karité
Óleos Minerais
• Obtidos pela destilação do petróleo
• Destaca-se: necessidade do emprego de óleos minerais de grau
farmacêutico ou cosmético
• Óleos com grau técnico apresentam impurezas carcinogênicas.
• Óleos minerais ou vaselinas diferentes graus de viscosidade.
• Petrolatos ou vaselinas sólidas.
• Isoparafinas.
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Óleos e “ceras” animais:
• Produtos em desuso extinção de espécies.
• Complexos quanto à composição  presença de
enzimas.
• Óleo de tartaruga: rico em vitamina A, que pode ser
substituído pela própria vitamina A na forma de
retinol palmitato.
• Óleo de fígado de bacalhau: rico em vitamina A, B, D, F,
iodo, fósforo e enxofre. Maior inconveniente odor.
• Cera de abelha.
• Espermacete de baleia: cérebro da baleia Cachalote.
Silicones
• Compostos semiorgânicos com silício (óleos sintéticos
derivados da sílica) na cadeia principal combinado
principalmente com o oxigênio;
• Quimicamente inertes, incolores, insípidos e inodoros.
Resistentes à decomposição pelo calor, água ou agentes
redutores.
• Formas fluída, resinosa ou de elastômeros (borrachas
sintéticas).
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Estabilidade 
térmica 
excepcional; 
Baixa variação das 
características 
físicas em função 
da temperatura;
Inércia química; 
Hidrorrepelência; 
Baixa tensão 
superficial 
(silicones líquidos); 
Boas propriedades 
dielétricas; 
Propriedades 
antiaderentes; 
Grande 
estabilidade; 
Compatibilidade 
com os meios de 
aplicação. 
SILICONES - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
TIPOS DE SILICONE
Ciclometicone (Cyclomethicone): 
• DC244 fluido, DC245 fluido, DC344 fluido, SF1173, SF1202, etc. 
Dimeticone (Dimethicone): 
• DC 225 fluido, DC200 fluido, DC medical fluid 360, SF 18 (350), etc; 
Dimeticonol (Dimethiconol): 
• Dimeticone + dimeticonol; 
Dimeticone Copoliol: 
• propriedade tensoativo O/A, solúvel em água e pouco solúvel em álcool.
Fenil Trimeticone (Phenyl trimeticone);
Amodimeticone: 
• agente condicionante cabelos, depósito seco formando película de reticulação
• DC 929. 
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LANOLINA
• Material graxo complexo obtido da lã do carneiro, submetido a
processos de purificação para retirar teor residual de água
(menos de 1%);
• Constituída pela mistura  ácidos graxos, álcoois e óleos
presentes na secreção oleosa dos animais ótimos emolientes.
• Características únicas  Constitui-se de emolientes e outros
compostos hidratantes;
• Atualmente representam matérias-primas altamente purificadas
e de mínima alergenicidade.
Tipos de lanolinas comercializadas:
• purificadas 
• derivados  formados associações ou alterações que otimizam 
as propriedades:
• emoliência
• absorção de água
• poder emulgente secundário 
Tipos de Lanolina
• Lanolina Anidra: 
• Emoliente e cotensoativa em emulsões A/O. 
• Lanolina Líquida: 
• Forma pseudo-emulsões em combinação com H2O. 
• Álcoois de Lanolina: 
• Obtidos pelo refino da fração insaponificável da lanolina. Uso em emulsões A/O, 
bases de absorção, cremes condicionadores, etc; 
• Álcoois de Lanolina Etoxilados: 
• Reação de óxido de etileno + álcoois de lanolina = ésteres de polietilenoglicois; 
• Formam tensoativos (O/A) ou mesmo materiais completamente solúveis em água. 
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TENSOATIVOS
TENSOATIVOS
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TENSOATIVOS
Grupos hidrófobos: 
• Normalmente cadeias de hidrocarbonetos alifáticos
(cadeias abertas ou acíclicas), lineares ou ramificados,
com radicais aromáticos ou alifáticos.
• Radical alquila (10 a 18C), porção terminal CH3.
• CH3-(CH2)n
Determinam a solubilidade em água, geralmente
apresentam grupamentos ácidos ou básicos
• Grupos de enlace: grupos funcionais não dissociáveis que
conferem hidrossolubilidade à molécula.
• –COO-, -NH-, -CH(OH)-, -O-
TENSOATIVOS
• não possuem cargas em solução.
• alcoolaminas de ácidos graxos de coco, ésteres de
glicerol, ésteres de glicóis, ésteres de polietilenoglicóis,
ésteres de sorbitano, álcoois graxos etoxilados.
Não-iônicos
• grupamento polar possui carga negativa (-).
• sabões de ácidos graxos, alquil sulfatos, alquil éter
sulfatos, alquil sulfossuccinatos.
Aniônicos
• grupamento polar possui carga positiva (+).
• Ex.: sais de alquil trimetil amônio, sais de dialquil
dimetil amônio, sais de alquil dimetil benzil
amônio.
Catiônicos
• comportamento varia em função do pH do meio.
• Ex.: anfóteros betaínicos e imidazolínicos
(glicinatos ou cocoanfocarboxiglicinatos, ou
cocoanfotéricos.
Anfotéricos
IÔ
N
IC
O
S
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AGENTES ESPESSANTES DA 
FASE AQUOSA
AGENTES ESPESSANTES DA FASE AQUOSA
impedem a mobilidade e a coalescência da fase 
dispersa  agem na camada interfacial que 
cobre as partículas dispersas da fase oleosa:
• proporcionando cargas elétricas  estabilização por 
repulsão
• impedindo uma aproximação muito estreita  através de 
impedimento estérico
influência na caracterização do comportamento 
reológico da emulsão 
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AGENTES ESPESSANTES DA FASE AQUOSA
• CMC, HEC, HPC, HPMC
DERIVADOS DA 
CELULOSE
• Carbopóis, Sepigel, Salcare Sc 80 e Cs81, Simulgel
DERIVADOS DO ÁCIDO 
ACRÍLICO
• Goma guar, xantana, adraganta, alginatos, pectinasGOMAS NATURAIS
• AmigelESCLEROGLUCANAS
• Cos-Kelp AS
ÁCIDO ALGÍNICO E 
SEUS DERIVADOS
• silicato de alumínio e magnésio (SAM) Ex: Veegum 
(silicato natural) INORGÂNICOS
• Ultragel 300POLIQUATÉRNIUNS
CONSERVANTES E 
ANTIOXIDANTES
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CONSERVANTES
• Substâncias adicionadas com a finalidade de impedir o crescimento 
de micro-organismos: bactérias, fungos e leveduras.
• Principais fontes de contaminação: 
• Matérias-primas 
• Água 
• Equipamentos 
• Manipuladores 
• Ambiente 
RDC n.º 29, de 1 
de junho de 2012
Nº ORD SUBSTÂNCIA MÁXIMA CONCENTRAÇÃO AUTORIZADA
11
Ácido 4-hidroxibenzóico, seus sais e
ésteres
(4-HIDROXYBENZOIC ACID, salts &
esters: METHYLPARABEN,
PROPILPARABEN, etc)
a) 0,4% (expresso como ácido) individual
b) 0,8% (expresso como ácido) para
misturas de sais ou ésteres
24
Imidazolidinil ureia
(IMIDAZOLIDINYL UREA)
0,6%
26
2-Fenoxietanol
(PHENOXYETHANOL)
1,0%
30
1,3-Dimetilol-5,5-dimetilhidantoína
(DMDM HYDANTOIN)
0,6%
RDC n.º 29, de 1 de junho de 2012
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ANTIOXIDANTES
• Reduzem reações de oxirredução nos componentes da formulação
Mecanismo de Ação Substâncias Solubilidade
Antioxidantes que agem
interrompendo as cadeias de
radicais livres.
BHT
BHA
a-tocoferol
Propilgalato
Oleosa
Oleosa
Oleosa
Oleosa
Antioxidantes que atuam
sofrendo oxidação (agentes
redutores).
Bissulfito de sódio
Metabissulfito de sódio
Ácido ascórbico
Palmitato de ascorbila
Aquosa
Aquosa
Aquosa
Oleosa
Antioxidantes que atuam por
mecanismos preventivos.
EDTA
Ácido cítrico
Aquosa
Aquosa
BASES 
DERMOCOSMÉTICAS
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PREPARAÇÕES OBTIDAS PELO PROCESSO DE 
EMULSIFICAÇÃO
Cremes:
• Produtos resultantes
da emulsificação de
substâncias hidro e
lipossolúveis.
• São esteticamente
elegantes,
agradáveis e
dermatologicamente
bem aceitos, devido
sua afinidade com a
pele.
Loções cremosas:
• São emulsões com
baixo teor de ceras
que possuem alta
capacidade
hidratante da pele.
Ex.: loções
hidratantes
corporais.
Leites:
• É a denominação
vulgar de emulsões
fluidas, muitas vezes
chamadas loções.
Caráter Iônico das Emulsões
Não iônicas
• Paramul
• Polawax
• Crodabase
• Uniox
Aniônicas
• Lanette
Catiônicas
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GÉIS
• Formas viscosas, mucilaginosas, obtidas a partir de coloides 
protetores, transparentes ou não, as quais podem deixar ao 
secar uma película plástica, dependendo da sua formulação.
Géis não-iônicos
• Natrosol (Hidroxietil Celulose)
• Aristoflex AVC
Géis aniônicos
• Carbopol
• Lubragel
• Sepigel 305
Caráter Iônico dos Géis
GEL-CREME
• Emulsões com alta porcentagem de fase aquosa
e baixíssima concentração de óleos,
estabilizadas por coloides hidrofílicos.
• Os óleos devem ser substâncias não-
comedogênicas como silicones, esqualeno e
óleo de macadâmia.
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LOÇÕES TÔNICAS
• Soluções cosméticas alcoólicas ou hidroalcoólicas
• A maioria destina-se a ser aplicada por fricções
PÓS
• Produtos em estado seco, finamente divididos e
intimamente misturados.
• Podem conter substâncias líquidas, como essências ou
óleos, as quais são rapidamente absorvidas pelo pó.
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VEÍCULOS VETORIAIS
• LIPOSSOMAS
• NANOSFERAS
• SILANÓIS (SILÍCIOS ORGÂNICOS)
Incorporação de Ativos 
em Bases Semissólidas
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Regras de Aditivação
Incorporação de Ativos Sólidos e Líquidos 
em Base Semi-sólida
1. Em um gral, pesar o(s) pó(s) um a um, homogeneizando
por trituração até tenuidade desejada.
 Triturar primeiro o pó com maior granulometria.
2. Molhar (levigar) o(s) pó(s) com agente molhante
adequado.
 Observar a solubilidade do pó.
3. Adicionar q.s. (parte) da base e homogeneizar.
4. Incorporar o ativo líquido um a um  homogeneizando a
cada adição.
5. Adicionar o restante da base (completar o q.s.p.) e
homogeneizar.
6. Fazer a homogeneização final.
REFERÊNCIAS
• BORGES, F.S. Dermato-funcional: modalidades
terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte,
2006. Cap. 13 – Cosmetologia.
• FERREIRA, A. Guia Prático da Farmácia Magistral. 4 ed.
São Paulo: Pharmabooks, 2010.
• BARATA, E. A. F. A Cosmetologia – Princípios básicos.
São Paulo: Tecnopress, 2002.
•HERNANDEZ, M.; MERCIER-FRESNEL, M. Manual de
Cosmetologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1999.
• LEONARDI, G. R. Cosmetologia aplicada. 2 ed. São
Paulo: Medfarma. 2007.
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