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Resumo Texto: Pesquisa de Campo em Geografia Autor (a): Dirce Maria Antunes Suertegaray A pesquisa de campo em Geografia, envolve métodos construtivos de conceber o conhecimento a partir desse tipo de ferramenta de análise. O processo da pesquisa, está atrelado ao de conhecer o objeto e ao mesmo tempo se reconhecer enquanto sujeito, tal sujeito pode ser reconstruído através do objeto. Mas o método da pesquisa pode ser de diferentes tipos, de acordo com os momentos históricos vivenciados. No método positivista, a verdade é perceptível apenas naquilo que se vê. No método neo – positivista, a realidade externa é formulada pelo sujeito atuante. Enquanto que no método dialético, o campo é uma complementação do sujeito, a pesquisa seria uma inter- relação entre sujeito e objeto. Em contrapartida ao método positivista, o método fenomenológico trata o campo como diversificado pelos diversos olhares sobre seu conteúdo. Não ocorre separação entre sujeito e objeto. Havendo diferentes métodos, tem-se distintas formas de pesquisa, acarretando em concepções diversas de Geografias. Para o geógrafo, a pesquisa deve ser a análise da realidade do outro, sua interpretação em relação a este ocorre por meio das práticas sociais. O conhecimento produzido a partir de então, revela contradições e promove transformações, criando uma nova visão, um novo mundo. Ocorre uma transformação dualista, sujeito e objeto são passíveis de sofrerem inovações, influenciados tanto por um quanto pelo outro. Assumindo o caráter virtual e real do mundo, não há como compreender o real (o campo), sem utilizar o virtual, com sua grande rede de informações. Essa tarefa exige que se escolha um ritmo para observar o mundo, sendo necessário dessa forma, a utilização de um método capaz de corresponder ao ritmo do sujeito. Fazendo uso de novas tecnologias, tais instrumentos devem ser apenas mediadores técnicos da pesquisa, o que irá encaminhar os resultados a serem atingidos será o olhar de quem realiza a pesquisa. Portanto, o trabalho de campo, não pode estar fundamentado na quantidade de informação e classificação que se possa apreender de um objeto de estudo. Seu foco deve ser guiado pelo pesquisador, pois se as tecnologias aplicadas começarem a desvendar o conhecimento de maneira mercadológica, como já vem acontecendo, o pesquisador passa a ser objeto, tornando-se parte do campo. Mas neste caso, ele não tem voz para argumentar ou questionar, pelo fato de que será mais um entre tantos movimentos que a realidade possui, sendo classificado através de procedimentos mecânicos. Referência Bibliográfica SUERTEGARAY, Dirce Maria Antunes. Pesquisa de campo em Geografia. Blog de Geografia.