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3 Metabolismo e digestao de Lipidos MG 2019

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Bioquímica II 
 (ISCTEM. MG 2019) 
 
 
 
DIGESTÃO	E	ABSORÇÃO	DOS	LÍPIDOS	DA	
DIETA	
&	
	TRANSPORTE	DE	LÍPIDOS 
 
Prof. Doutor R. Ráice 
(ruiraice@yahoo.com.br) 
 
 
 
29.Julh – 22.Nov/2019 
RR-2019	 1	9/4/19	
Objectivos Educacionais 
1.  Mencionar a importância dos sais biliares na digestão 
e absorção dos lípidos. 
2.  Listar as enzimas que participam na digestão dos 
lípidos e os seus locais de acção e especificidade em 
relação ao substrato. 
3.  Explicar como se processa a absorção dos produtos 
da digestão dos lípidos. 
4.  Mencionar	como	são	transportados	os	lípidos	no	organismo	
humano.	
2	RR-2019	9/4/19	
Objectivos 
5.	Descrever	o	metabolismo	das	lipoproteínas	(local	de	síntese,	
composição,	o	que	transporta	e	como	é	metabolizada).	
	
6. Listar pelo menos três condições clínicas resultantes de 
distúrbios na digestão, absorção e transporte de lípidos 
3	RR-2019	9/4/19	
LIPIDOS DA DIETA 
•  Ingestão diária: 60-150g 
•  Principais lípidos da dieta: 
– 90% Triacilgliceróis 
– 10% Colesterol e ésteres de colesterol, 
vitaminas lipossolúveis e fosfolípidos 
•  Fontes alimentares: 
– Leite integral e derivados integrais 
– Carnes 
– Vegetais oleaginosos e derivados 
4	RR-2019	9/4/19	
Importancia Biomedica 
•  A digestão permite fácil absorção 
•  Absorção garante aporte de lípidos essenciais 
ingeridos 
•  Perturbações de diversa ordem e causa podem 
levar diferentes condições clínicas: 
 - Síndromes de má absorção de lípidos e 
desnutrição, 
 - aterosclerose, 
 - obesidade, etc. 
5	RR-2019	9/4/19	
Digestao dos Lipidos 
•  Local: 
–  Principalmente – intestino delgado 
–  Ocorre também – Boca e estômago 
•  Enzimas: 
–  Lipases (lingual, “gástrica”, intestinal e pancreática) 
–  Fosfolipases (A1 e A2) 
–  Colesterol esterase 
 
6	RR-2019	9/4/19	
Emulsificação 
•  Lípidos – insolúveis em água 
•  Enzimas actuam em meio aquoso 
– Superfície de contacto entre gotículas de lípidos e 
enzimas é reduzida. 
– Acção enzimática limitada a interface lípido-água 
 
7	RR-2019	9/4/19	
Digestão dos lípidos 
8	RR-2019	9/4/19	
Digestão de lípidos é facilitada pela solubilização 
Acção de detergentes ou emulsificantes 
Moléculas anfipáticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Solubilizar os lípidos e aumentar área de contacto com 
enzimas digestivas 
Ácido	biliar	
Ácido	gordo	
Fosfolípido	
Emulsificação 
. 
9	RR-2019	9/4/19	
EMULSIFICAÇÃO 
Emulsificante	
	
Lipidos	da	dieta	
•  Enzimas: 
– Lipases: hidrolisam ligações éster entre 
glicerol e ácidos gordos (1 e 3). Requerem um 
cofactor – a co-lipase 
11	RR-2019	9/4/19	
As principais funções biológicas da água 
12	RR-2019	9/4/19	
Digestao de Lipidos 
•  .	
Enzimas: 
 
Fosfolipases (A1 e A2): hidrolisam ligações éster 
entre glicerol e ácidos gordos (nas posições 1 ou 
2). A A2 é mais comum. 
•  	Digestao dos Lipidos 
•  Enzimas: 
– Éster de Colesterol hidrolase (colesterol 
esterase): hidrolisa ligação éster entre 
colesterol e ácido gordo 
	
 
 
 
 
 
13	RR-2019	9/4/19	
Digestão	de	lípidos	
Bile 
(micelas: FL, C, ABil) 
Digestão	de	lípidos	
Autocatálise de emulsificação – produtos da digestão 
ajudam na emulsificação 
Digestão de lípidos 
	
Micelas	mistas	–	tem	
formato	discoide.	Facilita	a	
difusão	dos	produtos	até	a	
borda	em	escova	das	
células	intestinais.	
Absorção	dos	lípidos	
Micelas	mistas	–	tem	formato	
discoide.	Facilita	a	difusão	dos	
produtos	até	a	borda	em	
escova	das	células	intestinais.	
Absorção	de	lípidos	
Absorção	de	lípidos	
Setas	indicam	vasos	linfáticos	cheios	de	lípidos	no	período	pós-refeição	
LN	–	gânglio	linfático	
Transporte de lípidos no organismo humano 
•  É feito por meio de lipoproteínas 
–  Quilomicrons à Lípidos da dieta 
–  VLDL à Lípidos endógenos sintetizados no fígado 
–  LDL à Ésteres de Colesterol 
–  HDL à Ésteres de colesterol 
Alguns lípidos são transportados complexados a 
proteínas como a albumina, a proteína ligadora de 
andrógenos, etc 
20	RR-2019	9/4/19	
Transporte de lípidos da dieta 
Transporte	de	lípidos	endógenos	do	
fígado	–	Triglicéridos	e	colesterol	
Captação	de	LDL	pelas	células	nos	tecidos	
periféricos	
LDL	–	colesterol	vilão	?	
Transporte	reverso	de	colesterol	
HDL	–	COLESTEROL	BOM?	
Algumas	medidas	para	aumentar	HDL	
Prática	regular	de	
exercício	físico	 Ter	uma	alimentação	saudável	
Consumo	regular	e	
moderado	de	vinho	
(150	ml)	
Transporte	de	ácidos	gordos	do	tecido	
adiposo	
Condições	clínicas	
•  Esteatorreia	
– Deficiência	de	enzimas	
– Deficiência	de	sais	biliares	
•  Esteatose	hepática	ou	fígado	gordo	
–  Jejum	prolongado	
– Dieta	rica	em	gorduras	
– Bloqueio	na	síntese	de	VLDL		
•  Não	síntese	de	apolipoproteínas,	não	montagem,	falta	de	fosfolípidos,	
deficiente	secreção	
– Alcoolismo	crónico	
•  Hiperlipoproteinemias	
Formação de VLDL não acompanha 
acúmulo de triglicérido no fígado 
Bibliografia	
1.  A. Lehninger - LEHNINGER: Principles of 
Biochemistry. 4ª Edição – FREEMAN. 2005 
2.  R. K. Murray; D.A.Bender; K.M.Botham; P.J. 
Kennelly; V. W. Rodwell; P.A. Weil - Harper’s 
Ilustrated Biochemistry – 30th edition – McGraw Hill 
Education. 2015 
3.  M.N. Chatterjea; R. Shinde – Textbook of Medical 
Biochemistry 8th Edition – JAYPEE. 2012 
4.  G. Meisenberg; W. Simmons – Principles of Medical 
Biochemistry – 4th Edition – Elsevier. 2017 
 
	
	
	
LIPÓLISE	OXIDAÇÃO	DE	ÁCIDOS	GORDOS	E	
METABOLISMO	DE	CORPOS	CETÓNICOS 
32	RR-2019	9/4/19	
Objectivos	educacionais 
1.  Mencionar a importância e as características gerais da lipólise 
2.  Descrever a lipólise 
3.  Explicar como é regulada a lipase sensível a hormonas 
4.  Mencionar a importância e as características gerais da β-
oxidação. 
5.  Mencionar outros tipos de oxidação dos ácidos gordos e os 
locais onde ocorrem. 
6.  Listas as etapas da oxidação de ácidos gordos 
7.  Explicar resumidamente como é regulada a β-oxidação 
33	RR-2019	9/4/19	
Objectivos	educacionais 
1.  Calcular o balanço energético da oxidação de um ácido 
gordo saturado e de um insaturado. 
2.  Mencionar os tecidos que utilizam preferencialmente os 
ácidos gordos como fonte de energia. 
3.  Mencionar o papel fisiológico e patológico dos corpos 
cetónicos 
4.  Explicar porque que é que em jejum ou na ausência de 
insulina formam-se corpos cetónicos em excesso. 
 
 
34	RR-2019	9/4/19	
•  Triacilgliceróis		da	dieta	(maior	componente)	
– Maior	parte	é	oxidada	nos	tecidos	
• Ácidos	gordos:	95%	da	energia	
• Glicerol:	5%	da	energia	
– Excesso	Armazenado	no	tecido	adiposo	(5-15KG)	
•  Triacilgliceróis	endógenos	são	armazenados	no	
adipócito	
35	RR-2019	9/4/19	
Generalidades 
 
Um adulto precisa diariamente 2400-2900 Kcal/dia 
a partir de Alimentacao. 
 
Os alimentos serão oxidados dependendo do 
estado nutricional e na intensidade da actividade 
fisica. 
 
O individuo alimenta-se 3-4 vezes por dia. Há 
n e c e s s i d a d e d e f o r m a r r e s e r va s q u e 
posteriormente terão que ser disponibilizadas 
 36	9/4/19	 RR-2019	
Se o consumo nutricional for sistematicamente 
maior que as necessidades, o excesso é 
armazenado em forma de TAG, no tecido adiposo, 
conduzindo a obesidade. 
 
Um baixo consumo nutricional conduz a debilidade 
do oganismo, enfermidades e morte. 
 
37	9/4/19	 RR-2019	
Mobilização	de	lípidos	-	Lipólise	
•  Lipase	sensível	a	hormona:	
–  Inibida	por:		
•  Insulina	
•  Ácidos	gordos	livres	
– Activada	por:	
•  Glucocorticóides	
•  Glucagon	
•  Adrenalina	
•  ACTH,	TSH,	GH	
•  Hormonas	da	tiróide	
39	RR-2019	9/4/19	
Regulacao da Lipólise 
Utilização	de	ácidos	gordos	
Fonte	de	energia	
	
40 
β-oxidação de ácidos gordos	
Nos animais, a oxidação de ácidos gordos ocorre na 
mitocôndria enquanto que nas plantas superiores ocorre nos 
peroxissomas /ou glioxissomas (orgamelos nos animais e 
plantas onde se sintetisa H2O2 a partir da oxidação de ác. 
gordos /ou lípidos). 
 
Seja como for é importante uma activação do ácido gordo 
pelo ATP e acção daacil-CoA-sintetase já que a ligação é 
formada com intervenção directa do ATP. 
 
R-COO- + CoA + ATP + H2O à Acetil-CoA + AMP + 2Pi + 2H+ 
 
41	9/4/19	 RR.2019	
Oxidação	dos	ácidos	gordos	
•  Ocorre	na	matriz	mitocondrial	
•  Etapas	
– activação	inicial	do	ácido	gordo	
– Transporte	para	matriz	mitocondrial	–etapa	
de	compromisso	
– β-Oxidação	
•  Gera	acetil-CoA,	NADH	e	FADH2	
•  Oxidação	de	ácidos	gordos	de	cadeia	ímpar	ou	
insaturados	necessita	de	passos	adicionais	
42 
Reacções da β-oxidação 	
β-oxidação é feita em presença do acil-CoA que sucessivamente conduz 
a um novo acil-CoA com menos 2C que o anterior. 4 sequências de 
oxidação são requeridas para degradar um acil-CoA (2 desidrogenases 
por FAD e outras 2 por NAD). 
As enzimas envolvidas são: 
1.  Acil-CoA-desidrogenase 
2.  Enoil CoA-hidratase 
3.  L-β-hidroxiacil-CoA-desidrogenase 
4.  β-cetotiolase 
Note que no invez de oxidação o oxigénio pode provir da hidratação ou 
de desidrogenação (reacção 2 e 3 no esquema a seguir). 
43	9/4/19	 RR.2019	
β-oxidação peroxissomal nos animais	
β-oxidação peroxissomal ocorre no fígado dos animais só se 
a sua dieta contiver muitos lípidos. 
 
A β-oxidação peroxissomal permite a converção de ác. 
gordos mesmo que a conc. de ác. oxaloacético seja baixa. 
 
Nas mitocôndrias se o nível de acetil-CoA for baixo não pode 
iniciar o ciclo de Krebs. Primeiro o acetil-CoA tem de se 
acumular para formar corpos cetónicos (cetogénese) tais 
como ác. acetoacético (acetoacetato), ác. β-hidroxibutírico (β-
hidroxibutirato) e acetona. 
 
 
44	9/4/19	 RR.2019	
eb364	
 
 
 CoA Acetil-CoA + H2O CoA 
 
 
 β-cetonolilase hidroximetilglutaril-CoA-sintetase 
 
 
 
 β-hidroxi-β-metilglutaril-CoA 
 
 Acetil-CoA 
 
 
 
 NADP NADPH+ 
 
 CO2 
 
 β-hidrobutirato-desidrogenase 
 
 
 
 Ác- β-hidroxibutírico ác. Acetoacético Acetona 
45	
CH3
O
O
R
HH CH3CH3
OHO
RO
HH
HH
CH3
O
HH
OH
O
H
CH3
HH
OH
O
OH CH3
O
CH3
Acetil-CoA
Formação de corpos cetônicos (cetogênese)	
9/4/19	 RR.2019	
β-oxidação peroxissomal nos animais	
 
Uma dieta exageradamente rica em lípidos fornece grandes 
níveis de acetil-CoA (que a célula não consegue utilizar) e 
resulta na formação anormal de corpos cetônicos que se 
acumulam no figado e urina provocando doenças como 
cetonemia e cetonúria respectivamente. 
(Cetonúria é a presença de corpos cetônicos na urina, 
servindo como sinal de infecção urinária em grávidas). 
 
Por mecanismos regulatórios do organismo humano o excesso 
de corpos cetônicos é usado para suprir défice de glucose 
como fonte de energia no cérebro. 
 
46	9/4/19	 RR.2019	
Oxidação	dos	ácidos	gordos	
•  Activação	do	ácidos	gordo	
47 
2Pi 
Oxidação	dos	ácidos	gordos	
•  Transporte	para	matriz	mitocondrial			
– Membrana	mitocondrial	interna	–	
impermeável:	
• Ácidos	gordos	de	cadeia	curta	e	média	–	
difusão	simples	
• Ácidos	gordos	de	cadeia	longa	–	difusão	
facilitada	(co-transporte	tipo	antiport)	
48 
Oxidação	dos	ácidos	gordos	
•  Transporte	para	matriz	mitocondrial		
49 
CPT-I 
CPT-II 
– Cíclos	de	4	reacções:	
• Desidrogenação	
• Hidratação	
• Desidrogenação	e		
•  Lise	
– Cada	cíclo	liberta:		
•  1	acetil-CoA,		
•  1	FADH2	
•  1	NADH,		
50 
βeta-oxidação	
β-oxidação	
51 
β-oxidação	
52 
β-oxidação	
53 
β-oxidação	
54 
55 
β-oxidação	
β-oxidação e Helice de Lynen	
β-Oxidação é representada por uma hélice em que cada 
espiral corresponde a encurtamento de acil-CoA em 2 
átomos de carbono no ácido gordo libertados em forma de 
acetil-CoA. 
 
 
(Helice de Lynen) 
56	eb360	9/4/19	 RR.2019	
β-oxidação e Helice de Lynen	
(Helice de Lynen) 
57	
Ácido	Palmitico	 C16	
C10	
C12	
C14	
C6	
Acetil-CoA	
C4	
C8	
C2	
Acetil-CoA	
CoA	
Acetil-CoA	
CoA	
Miristil-CoA	
Lauril-CoA	
Capril-CoA	
Caprilil-CoA	
Caproil-CoA	
Butiril-CoA	
9/4/19	 RR.2019	
•  Ácido	gordo	insaturado	
– Requer	passos	adicionais:	
• Com	participação	de	mais	duas	enzimas	para	a	
colocação	das	ligações	duplas	na	posição		e	
configuração	correcta	
– 	Isomerase	Cisà	Trans	e	Reductase	
58 
Oxidação	de	ácidos	gordos	
59 
Oxidação	de	ácidos	gordos	
•  Ácido	gordo	de	cadeia	ímpar	
– No	último	ciclo	da	fase	I	liberta-se	propionil-CoA	
–  Propionil	é	convertido	em	succinil-CoA		
	 	 	 		
	
	 	 	 	 	 		
	
	 	 	 	 	 	Ciclo	de	Krebs	
60 
Oxidação	de	ácidos	gordos	
•  .	
61 
Oxidação	de	ácidos	gordos	
 
Reacções da β-oxidação 
Esquema de β-oxidação de um acil-CoA 
 	
 
62	eb358	
R S
CoA
O
FAD FADH2
R S
CoA
O
H
H
2 O
 Hidratac„ o (2)
R S
CoA
O
H
OH
H
L-beta-hidroxiacil-CoA
Oxidac„ o (3) 
Oxidac„ o (1) 
R S
CoA
O
H
O
H
beta-cetoacil-CoA
NADH + H+ NAD+
C
oA 
Tiolise (4)
R
S
CoA
O
H
H
Acil-CoA (com menos 2 Carbonos
+
CH3 S
CoA
O
Acetil-CoA
CetogÈnese
Ciclo de Krebs
biossinteslipidica
alfa 
bata 
alfa
alfa
beta
Acil-CoA 
9/4/19	 RR.2019	
Vias	alternativas	de	oxidação	
•  α-oxidação	–	liberta	1	carbono	de	cada	vez	na	
forma	de	CO2	
•  β-oxidação	nos	peroxissomas	–	ác.	de	cadeia	
muito	longa.		
– Só	até	8	carbonos	–	depois	ω-oxidação	
mitocondrial	
•  ω-oxidação	no	RE	(reticulo	endoplasmatico)–	
oxida	carbono	ω	em	-COOH	depois	β-oxidação		
63 
Oxidação	de	ácidos	gordos	
•  Fase	II	
– Oxidação	de	Acetil-CoA	no	ciclo	de	Krebs	
•  Fase	III	
– Reoxidação	de	NADH	e	FADH2	–	Cadeia	
respiratória	
– Fosforilação	oxidativa	
64 
Balanço	energético	da	β-oxidação	
Enzima	que	cataliza	a	
oxidação	
NADH	ou	FADH2	
formado	
(Esteárico/oléico)	
ATP	sintetizado	
	
(Esteárico/oléico)	
Acil-CoA		DH	 8		/		7		FADH2	 16			/	14	
Hidroxiacil-CoA		DH	 8		/	8			NADH	 24		/		24	
Isocitrato		DH	 9		/		9		NADH	 27		/		27	
α-cetoglutarato		DH	 9	/		9		NADH	 27		/		27	
Succinil-CoA		sintetase	 9		/		9		GTP	 9			/			9	
Succinato		DH	 9		/		9		FADH2	 18		/		18	
Malato		DH	 9		/		9		NADH	 27		/		27	
Total	 148 			/		146	
Balanço	 146			/			144	
Oxidação		do	ácido	esteárico	(18C:0)	e	oléico	(18C:1)	
65 
Regulação	da	β-oxidação	
•  Oxidação	é	regulada	pela	disponibilidade	de	
ácido	gordos	livres	na	circulação	
•  Enzima	chave		
– Carnitina-acil	transferase	I	
•  Inibida	pelo	malonil-CoA	
66 
Regulação	da	β-oxidação	
67 
Bibliografia	
1.  A. Lehninger - LEHNINGER: Principles of 
Biochemistry. 4ª Edição – FREEMAN. 2005 
2.  R. K. Murray; D.A.Bender; K.M.Botham; P.J. 
Kennelly; V. W. Rodwell; P.A. Weil - Harper’s 
Ilustrated Biochemistry– 30th edition – McGraw Hill 
Education. 2015 
3.  M.N. Chatterjea; R. Shinde – Textbook of Medical 
Biochemistry 8th Edition – JAYPEE. 2012 
4.  G. Meisenberg; W. Simmons – Principles of Medical 
Biochemistry – 4th Edition – Elsevier. 2017 
 
METABOLISMO	DE		
CORPOS	CETÓNICOS	
β-oxidação peroxissomal nos animais	
β-oxidação peroxissomal ocorre no fígado dos animais só se 
a sua dieta contiver muitos lípidos. 
 
A β-oxidação peroxissomal permite a converção de ác. 
gordos mesmo que a conc. de ác. oxaloacético seja baixa. 
 
Nas mitocôndrias se o nível de acetil-CoA for baixo não pode 
iniciar o ciclo de Krebs. Primeiro o acetil-CoA tem de se 
acumular para formar corpos cetónicos (cetogénese) tais 
como ác. acetoacético (acetoacetato), ác. β-hidroxibutírico (β-
hidroxibutirato) e acetona. 
 
 
70	9/4/19	 RR.2019	
Cetogênese	
•  Corpos	cetónicos:	Acetona,	hidroxibutirato	e	
acetoacetato	
– Sintetizados		só	no	fígado	a	partir	de	acetil-CoA	
– Acetona	é	volátil	(eliminado	nos	pulmões)	
•  Ocorre	no	jejum	prolongado	e	na	ausência	de	insulina	
–  Excesso	de	ácidos	gordos	è	↑produção	de	corpos	cetónicos	
	 	Fonte	alternativa	de	energia	para	vários	tecidos	
	
71 
β-oxidação peroxissomal nos animais	
 
Uma dieta exageradamente rica em lípidos fornece grandes 
níveis de acetil-CoA (que a célula não consegue utilizar) e 
resulta na formação anormal de corpos cetônicos que se 
acumulam no figado e urina provocando doenças como 
cetonemia e cetonúria respectivamente. 
(Cetonúria é a presença de corpos cetônicos na urina, 
servindo como sinal de infecção urinária em grávidas). 
 
Por mecanismos regulatórios do organismo humano o excesso 
de corpos cetônicos é usado para suprir défice de glucose 
como fonte de energia no cérebro. 
 
72	9/4/19	 RR.2019	
Cetogênese	
73 
Cetogênese	
74 
Cetogênese	
75 
Corpos	cetónicos	como	fonte	de	energia	
76 
Bibliografia	
1.  A. Lehninger - LEHNINGER: Principles of 
Biochemistry. 4ª Edição – FREEMAN. 2005 
2.  R. K. Murray; D.A.Bender; K.M.Botham; P.J. 
Kennelly; V. W. Rodwell; P.A. Weil - Harper’s 
Ilustrated Biochemistry – 30th edition – McGraw Hill 
Education. 2015 
3.  M.N. Chatterjea; R. Shinde – Textbook of Medical 
Biochemistry 8th Edition – JAYPEE. 2012 
4.  G. Meisenberg; W. Simmons – Principles of Medical 
Biochemistry – 4th Edition – Elsevier. 2017 
 
LIPOGENESE,		
síntese	de	acilgliceróis,	
glicerofosfolípidos	e	eicosanóides	
Objectivos	educacionais	
1.  Listar as características gerais da lipogénese 
2.  Listar as fontes de NADPH usado nos processos de biossíntese 
3.  Explicar como é feita a regulação da lipogenese 
4.  Mencionar aspectos adicionais necessários para a de formação 
dos ácidos gordos de cadeia muito longa, e insaturados 
5.  Nomear os ácidos gordos precursores dos eicosanoides e as 
suas fontes exógenas e endógenas 
Objectivos	educacionais	
6. Nomear as principais enzimas envolvidas na síntese de 
eicosanóides 
7. Mencionar qual é o precursor inicial comum para a síntese de 
triacilgliceróis e fosfolípidos 
8. Mencionar como é regulada a síntese de tracilgliceróis e 
fosfolípidos 
Biossíntese	de	lípidos	
•  Lípidos	desempenham	várias	funções	no	
organismo	humano	
– Maior	parte	não	essenciais	
– Sintetisados	pela	maioria	das	células	
•  Células	mais	activas:	
–  Hepatócito;	cortex	adrenal;	gônadas;	adipócito;	glândula	mamária	
lactante;	oligodendrócito	
– Síntese	depende	das	necessidades	e	
disponibilidade	a	partir	da	dieta	
81 
Biossíntese	de	lípidos	
Importância	biomédica	
•  Triacilgliceróis	/Ácidos	gordos	–	Reserva	/fonte	
de	energia.	
•  Fosfolípidos,	glicolípidos,	colesterol	–	Formação	e	
renovação	das	membranas	
•  Eicosanóides	–	diversas	funções	
•  Colesterol	–	hormonas	esteróides,	Vitamina	D,	
ácidos	biliares	
•  Defeitos	metabólicos	à	diversas	patologias	
•  Fármacos	com	alvo	enzimático	
82 
Síntese	de	ácidos	gordos	
•  Características gerais: 
•  Ocorre no citosol 
•  Complexo ácido gordo sintase 
•  Requer: NADPH, HCO3- e ATP 
•  Substrato imediato: acetil-CoA activado (malonil-CoA) 
•  Produto final: Palmitato livre 
•  Enzima chave: Acetil-CoA carboxilase 
•  Dependente da dieta – quando há excesso de glícidos 
(fonte de acetil-CoA) 
•  Acetil-CoA deve ser transportado para o citosol via 
citrato 
83 
Síntese	de	ácidos	gordos	
•  Acetil-CoA	deve	ser	activada	
	
	
	
Acetil-CoA		 	 	 	 	Malonil-CoA	
									
	
	 	ATP	+HCO3- 	 	ADP	+	Pi	
	 	 		
Acetil-CoA carboxilase 
Biotina 
85 
Síntese	de	ácidos	gordos	
•  Ácido	gordo	sintase	com	7	sítios	activos	
– Repetição	de	um	ciclo	de	4	reacções	que	resultam	
na	incorporação	de	2	carbonos	da	acetil-CoA	
86 
Síntese	de	ácidos	gordos	
87 
Síntese	de	ácidos	gordos	
88 
Síntese	de	ácidos	gordos	
89 
Síntese	de	ácidos	gordos	
90 
Síntese de ácidos gordos 
91 
Síntese de ácidos gordos 
92 
Síntese de ácidos gordos 
93 
Síntese de ácidos gordos 
•  Quando	o	ácido	gordo	tem	16C	a	tioesterase	o	liberta	
da	ácido	gordo	sintase.		
•  Isoenzima	na	glândula	mamária:	8C,	10C	e	12C	
	
94 
Fontes	de	NADPH	
•  Via	das	pentoses	fosfato	–	fase	oxidativa	
•  Oxidação	do	malato	a	piruvato	no	citosol	
•  Oxidação	do	isocitrato	no	citosol	
95 
Síntese de ácidos gordos - Regulação 
•  Principal	factor	regulador	da	lipogenese	–	estado	
nutricional	
–  	↑	nos	bem	alimentados	com	dieta	rica	em	glícidos	
– ↓	nas	situações	de	restrição	calórica,	de	dieta	rica	em	
gordura	ou	na	ausência	de	insulina	
–  Ingestão	excessiva	de	frutose	acelera	lipogenese	
•  Metabolismo	de	frutose	salta	o	passo	limitante	da	glicólise	
è	excesso	de	acetil-CoA	=>	citrato	
96 
Síntese de ácidos gordos - Regulação 
97 
Síntese	de	ácidos	gordos	
•  Síntese	de	ácidos	gordos	com	mais	de	16C:	
– Sistema	da	ácido	gordo	alongase	microssomal	(REL)	
•  Alonga	ácidos	gordos	saturados	e	insaturados	com	10C	
ou	mais	
•  Síntese	de	ácidos	gordos	insaturados	
– Envolve	acção	de	oxidases	(acil-CoA	desaturase)	
– Humanos	só	introduzem	ligações	duplas	até	
posição	Δ9	
•  Por	isso	linoleato	e	linolenato	são	essenciais	
98 
Síntese	de	ácidos	gordos	
99 
Síntese	de	eicosanóides	
Eicosanoides	–	derivados	de	ácidos	gordos:	
– Os	prostanóides,	leucotrienos	e	as	lipoxinas	
•  Precursores:	
– Ácido	eicosatrienóico	
– Ácido	eicosatetraenóico	(araquidónico)	
– Ácido	eicosapentaenóico	
•  Enzimas:	Ciclooxigenase	e	lipooxigenase	
100 
Síntese	de	eicosanóides	
101 
Síntese	de	eicosanóides	
102 
Síntese	de	acilgliceróis	e	glicerofosfolípidos	
•  Os	ácidos	gordos	da	dieta	ou	sintetisados	no	
organismo	são	principalmente	usados	para	
armazenar	energia	ou	para	síntese	de	
fosfolípidos	
•  Destino	depende	da	necessidade	da	célula	
– Na	fase	de	crescimento	à	síntese	de	fosfolípidos	
da	membrana	
– No	adulto	(excesso)	à	síntese	de	acilgliceróis	
(armazenar)	
103 
Síntese	de	acilgliceróis	e	glicerofosfolípidos	
Síntese de ambos inicia no mesmo ponto: síntese de 
ésteres de glicerol e ácidos gordos 
104 
Bibliografia	
1.  A. Lehninger - LEHNINGER: Principles of 
Biochemistry. 4ª Edição – FREEMAN. 2005 
2.  R. K. Murray; D.A.Bender; K.M.Botham; P.J. 
Kennelly; V. W. Rodwell; P.A. Weil - Harper’s 
Ilustrated Biochemistry – 30th edition – McGraw Hill 
Education. 2015 
3.  M.N. Chatterjea; R. Shinde – Textbook of Medical 
Biochemistry 8th Edition – JAYPEE. 2012 
4.  G. Meisenberg; W. Simmons – Principles of Medical 
Biochemistry – 4th Edition – Elsevier. 2017 
 
SINTESE	E	EXCREÇÃO	DO	
COLESTEROL	
OBJECTVOS	EDUCACIONAIS	
•  Mencionar	as	fontes	de	colesterol	para	o	organismo	
humano	
•  Nomear	as	etapas	e	a	enzima	chave	da	síntese	de	
colesterol.	
•  Explicar	a	importância	da	excreção	do	colesterol	
•  Mencionar	as	formas	e	o	local	de	excreção	do	
colesterol	
•  Definir	circulação	entero-hepática.	
•  Explicar	a	importância	desta	circulação	na	
manutenção	do	pool	de	ácidos	biliares.	
Colesterol	
•  Ingestão	diária:	200-500	mg	
•  Fontes	alimentares:	Origem	animal•  Fontes	de	colesterol	do	organismo	humano:	
– Alimentos	
– Síntese	endógena.	
•  Colesterol	–	importantes	funções 		
» Excesso	–	maléfico:	deposição	no	
endotélio	à	aterosclerose.	
Síntese	de	colesterol	
•  Ocorre	em	quase	todas	as	células	nucleadas	
– Principalmente	no	hepatócito,	glândula	mamária	
lactante	e	nas	células	produtoras	de	hormonas	
esteróides	
•  Ocorre	no	citosol	
– Substrato:	Acetil-CoA	
– Requer	NADPH	como	equivalente	redutor	
– 5	fases	ou	etapas		
	
Síntese	de	colesterol	
•  Etapas:	
– Síntese	de	Mevalonato	
– Síntese	de	unidades	isoprenóides	
– Formação	do	esqualeno	
– Formação	do	lanosterol	
– Formação	do	colesterol		
Síntese	de	colesterol	
Síntese	de	colesterol	
Síntese	de	colesterol	
•  Regulação:	
– Enzima	chave:	HMG-CoA	reductase	
– A	sua	regulação	é	feita	em	função	das	
necessidades	de	colesterol	
•  Colesterol	inibe	a	síntese	desta	enzima,	
•  Insulina	estimula	a	activação	desta	enzima	
•  Glucagona	estimula	a	inactivação	desta	enzima	
•  Durante	o	período	de	jejum	a	síntese	desta	enzima	
diminui	à	diminui	a	síntese	de	colesterol	
	
Excreção	do	colesterol	
•  Núcleo	esteróide	não	é	degradado	pelo	
humanos	
•  Colesterol	eliminado	na	fezes	na	forma	de:	
– Colesterol	 	 	 		
– Sais	biliares	
•  No	lúmen	intestinal	Colesterol	é	metabolizado	
a	coprostanol,	colestanona	e	outros	
esteróides	por	acção	de	bactérias.		
20 g/d 
19,6 g/d 
1 g/d 
Excreção de colesterol circulação 
entero-hepática 
Síntese	de	ácidos	biliares	
Síntese	de	ácidos	biliares	
Síntese	de	ácidos	biliares	-	primários	
Síntese	de	ácidos	biliares	-	secundários	
*	
Regulação	da	síntese	de	ácidos	biliares	
T4 
Ácidos biliares 
-
Factores reguladores actuam alterando a taxa 
de transcrição da 7 α-hidroxilase 
Condições	clínicas	associadas	
•  Deficiência	de	acil-CoA	sintetase	
•  Cetoacidose	diabética	
•  Hipercolesterolemia	
•  Colelitíase	e	colecistite	
	
•  Obstrução	biliar	
Bibliografia	
1.  A.	Lehninger	-	LEHNINGER:	Principles	of	
Biochemistry.	4ª	Edição	–	FREEMAN.	2005	
2.  R.	K.	Murray;	D.A.Bender;	K.M.Botham;	P.J.	
Kennelly;	V.	W.	Rodwell;	P.A.	Weil	-	Harper’s	
Ilustrated	Biochemistry	–	30th	edition	–		
McGraw	Hill	Education.	2015	
3.  M.N.	Chatterjea;	R.	Shinde	–	Textbook	of	
Medical	Biochemistry	8th	Edition	–	JAYPEE.	
2012	
4.  G.	Meisenberg;	W.	Simmons	–	Principles	of	
Medical	Biochemistry	–	4th	Edition	–	Elsevier.	
2017

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