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http://unepi.com.br/site/index.php?pg=curso&nivel=1&curso=6 APRESENTAÇÃO Este referencial foi desenvolvido com o objetivo de servir como material didático para os estudantes do curso técnico em Transações Imobiliárias que irão atuar de forma ativa no mercado de trabalho e é fruto de um amplo e aprofundado estudo das necessidades a serem atendidas pelos profissionais formados, seguindo como material, mas, sobretudo, como pesquisa após a conclusão de apenas uma das fases essenciais, a fase acadêmica. Dele participaram professores especialistas que contribuíram com conhecimentos provenientes tanto da vasta e longa experiência prática de alguns, como da reflexão acadêmica, científica ou administrativa de outros. O Referencial é composto por três disciplinas, Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa, Direito e Legislação e Relações Humanas e Ética Profissional, e explanará sobre a linguagem como elemento transformador e de poder no ato da transação, bem como as várias tipologias textuais que podem ser necessárias durante este processo, abordando concomitantemente as leis, o código do consumidor e os tipos de bens, analisando e informando sobre seus direitos e deveres – como profissional ético e/ou consumidor -, durante a transação imobiliária, com o objetivo de contribuir para o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação de práticas acadêmicas, mas sobretudo da construção de propostas profissionais que respondam às demandas do mercado nas diferentes regiões do país. Portanto, dedique-se: “Para ser bom em qualquer profissão, é necessário aprender todas as etapas do seu novo ofício e isto exige esforço, luta e muita vontade de ser aquilo que um dia você sonhou para o seu futuro profissional. Para isto “não basta conquistar a sabedoria, é preciso saber usá-la. O corretor é um profissional que inspira fé na realização de sonhos, de um ‘viver bem’ mas também percebe que Gratidão, contentamento, paciência e fé tornam o que temos mais doce e o que não temos meta possível.” Bons estudos! http://unepi.com.br/site/index.php?pg=curso&nivel=1&curso=6 CONTEÚDO 1. AS VÁRIAS LINGUAGENS ................................................................ 11 1.1 Linguagem verbal e não verbal ................................................... 11 1.2 Língua falada ............................................................................... 11 1.3 Língua escrita .............................................................................. 11 2. TEXTO ............................................................................................ 13 2.1 Diversidade textual ..................................................................... 13 2.1.1 Textos literários .............................................................. 13 2.1.2 Textos não literários ....................................................... 14 2.2 Gêneros textuais ......................................................................... 14 2.3 Coerência e coesão textuais ........................................................ 17 2.4 Hierarquia de ideias e organização ............................................. 19 2.5 Elementos da Narrativa ............................................................... 19 2.6 Estrutura da narração ................................................................. 20 2.7 Argumentação e intencionalidade .............................................. 20 2.8 Semântica .................................................................................... 21 3. TEXTO TÉCNICO ............................................................................. 23 3.1 Elementos de um texto técnico .................................................. 23 3.2 Introdução ................................................................................... 23 3.3 Desenvolvimento ou Corpo ......................................................... 23 3.4 Metodologia ................................................................................ 23 3.5 Resultados ................................................................................... 24 3.6 Discussão ..................................................................................... 24 3.7 Conclusão .................................................................................... 24 3.8 Organização ................................................................................. 24 3.9 Como elaborar um texto técnico cientifico ................................. 24 3.10 Paragrafação ............................................................................... 25 4. ELEMENTOS GRAMATICAIS............................................................. 28 4.1 Frase, oração e período ............................................................... 28 4.2 Ortografia .................................................................................... 32 4.2.1 Ç ...................................................................................... 32 4.2.2 S ...................................................................................... 33 4.2.3 Ç ou S? ............................................................................ 35 4.2.4 S ou Z? ............................................................................ 35 4.2.5 SS .................................................................................... 37 4.2.6 ÇS ou SS .......................................................................... 38 4.2.7 J ....................................................................................... 38 4.2.8 G ..................................................................................... 39 4.2.9 X ...................................................................................... 40 4.2.10 UIR e OER ........................................................................ 41 4.2.11 UAR e OAR ...................................................................... 41 4.3 Acentuação .................................................................................. 41 4.4 Tabela traz regras já de acordo com a nova ortografia .............. 42 5. MATERIAL COMPLEMENTAR........................................................... 47 5.1 Correspondência oficial ............................................................... 47 5.1.1 A ATA .............................................................................. 47 5.1.2 CARTA OFICIAL................................................................ 51 5.1.3 O MEMORANDO ............................................................. 55 5.1.4 O OFÍCIO ......................................................................... 59 5.1.5 OFÍCIO-CIRCULAR ........................................................... 63 5.1.6 O REQUERIMENTO ......................................................... 67 6. TEXTOS PARA SEREM TRABALHADOS ............................................. 69 7. REFERÊNCIAS ................................................................................. 78 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 11 1. AS VÁRIAS LINGUAGENS 1.1 Linguagem verbal e não verbal Damos o nome de linguagem a todo sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação; que nos permite dizer algo. Tais mensagens podem ser transmitidas por meio da linguagem verbal – aquela que utiliza a língua (oral ou escrita) – e linguagem não verbal – aquela que utiliza qualquer código que não seja a palavra, como a pintura (que explora as formas e as cores, por exemplo), a mímica, a dança, a música etc. Os registros linguísticos Há uma língua-padrão? O modelo de língua-padrão é uma decorrência dos parâmetros utilizados pelo grupo social mais culto. A oralidade e a escrita são manifestações da língua com características próprias, entretanto, a comunicação não é regida por normas fixas e imutáveis, daí partem as variações. Dentro desse critério,podemos reconhecer, num primeiro momento, dois tipos de língua: a falada e a escrita. 1.2 Língua falada Maior uso de onomatopeias, exclamações e gírias; Repetição de palavras; Frases inacabadas; Liberdade de colocação pronominal; Omissão de preposição; Alguns tempos verbais são poucos ou quase nunca utilizados, por exemplo, o mais-que-perfeito. 1.3 Língua escrita Vocabulário mais preciso, termos técnicos; Frases bem construídas; Uso correto das preposições; Emprego correto dos pronomes; Emprego de todos os tempos verbais; Emprego da coordenação e da subordinação. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 12 A comunicação oral, diferentemente da escrita, pressupõe o contato direto com o falante, por isso existem ainda pausas que dão ritmo à fala e auxiliam na decodificação da mensagem. A comunicação escrita não dispõe das pausas, que devem ser recriadas através da pontuação. A língua escrita é muito menos econômica, mas é mais precisa do que a falada. A língua falada e escrita pode ser classificada como: Culta É utilizada pelas classes intelectuais da sociedade. É a variante de maior prestígio. Sua sintaxe é mais complexa e seu vocabulário mais amplo; há nela, uma absoluta obediência à gramática. Coloquial A linguagem cotidiana ou coloquial é informal, mas não necessariamente inculta. As quebras de certas normas gramaticais que nela ocasionalmente ocorrem devem-se à liberdade de expressão e à sensibilidade estilística do falante. Usada em situações informais ou familiares, expressa afetividade, intimidade entre falantes. A linguagem coloquial engloba a gíria e a linguagem vulgar. É a linguagem utilizada pelos meios de comunicação de massa, em geral, nas suas formas oral e escrita. Ex: Agente vai pra casa logo; já tá chovendo. Linguagem Vulgar Usada por falantes de pouca ou nenhuma instrução. Apresenta erros graves de regência, concordância, ortografia. Ex: Eu vim cá chamá o sinhô pra mode i morá mais eu. Linguagem regional A linguagem regional emprega palavras, expressões e construções gramaticais características da região à qual pertence o falante. A fala regional do nordestino, do gaúcho, do carioca etc. Ex: Num se avexe, menino, que eu tô chegano! Língua popular A língua popular é aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem, expressões vulgares e gírias. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 13 Gíria “A gíria não é língua popular, como pensam alguns, mas apenas um estilo que se integra ao popular”. Tanto que nem todas as pessoas que se exprimem por meio da linguagem popular usam gíria. Embora a gíria possa aparecer como marca de espontaneidade no estilo literário, seu uso pode ser efêmero demais. Mas não se pode descartar a possibilidade de incorporação definitiva de uma gíria na língua, como aconteceu não raras vezes. A gíria é caracterizada como um vocabulário especial. Ela surge como um signo de grupo, a principio secreto, domínio exclusivo de uma comunidade social restrita (seja a gíria dos marginais ou da polícia, dos estudantes, ou de outros grupos e profissões). 2. TEXTO A noção de texto é ampla e ainda aberta a uma definição mais precisa. A grosso modo, pode ser entendido como manifestação linguística das ideias de um autor, que serão interpretadas pelo leitor de acordo com seus conhecimentos linguísticos e culturais. Seu tamanho é variável. Sempre que nos manifestamos linguisticamente, o fazemos por meio de textos. Cada texto realiza sempre um gênero textual. Cada vez que nos expressamos linguisticamente estamos fazendo algo social, estamos agindo, estamos trabalhando. Cada produção textual, oral ou escrita, realiza um gênero porque é um trabalho social e discursivo. As práticas sociais é que determinam o gênero adequado. Mas o que então pode ser classificado como gênero textual? Pode – se dizer que os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. 2.1 Diversidade textual Os textos se dividem em: 2.1.1 Textos literários Os textos literários são aqueles que, em geral, têm o objetivo de emocionar o leitor, e, para isso, exploram a linguagem conotativa ou poética. Em geral, ocorre o predomínio da função emotiva e poética. Exemplos de textos literários: poemas, romances literários, contos, telenovelas. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 14 2.1.2 Textos não literários Os textos não literários pretendem informar o leitor de forma direta e objetiva, a partir de uma linguagem denotativa. A função referencial predomina nos textos não-literários. Exemplos de textos não-literários: notícias e reportagens jornalísticas, textos de livros didáticos de História, Geografia, Ciências, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas de remédio. 2.2 Gêneros textuais São tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-literários. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atlas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, cartazes, comédias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos que circulam no mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes ao gênero em questão. Quanto à forma ou estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos composicionais, como demonstraemos no quadro a seguir: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leitor COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 15 DOMÍNIOS SOCIAIS DE COMUNICAÇÃO ASPECTOS TIPOLÓGICOS CAPACIDADE DE LINGUAGEM DOMINANTE EXEMPLO DE GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS Cultura Literária Ficcional Narrar; Mimeses de ação através da criação da intriga no domínio do verossímil [Conto Maravilhoso], Conto de Fadas, fábula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada Documentação e memorização das ações humanas Relatar Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, noticia, reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia Discussão de problemas Argumentar Sustentação, refutação e Textos de opinião, diálogo COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 16 sociais controversos negociação de tomadas de posição argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio Transmissão e construção de saberes Expor Apresentação textual de diferentes formas dos saberes Texto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de textos expositivose explicativos, resenha, relatório científico, relatório oral de experiência Instruções e prescrições Descrever ações Regulação mútua de comportamentos Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, textos prescritivos COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 17 Sempre que nos manifestamos linguisticamente, o fazemos por meio de textos. E cada texto realiza sempre um gênero textual. Cada vez que nos expressamos linguisticamente estamos fazendo algo social, estamos agindo, estamos trabalhando. Cada produção textual, oral ou escrita, realiza um gênero porque é um trabalho social e discursivo. As práticas sociais é que determinam o gênero adequado.Mas o que então pode ser classificado como gênero textual? Pode –se dizer que os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como mecanismo organização das atividades sociocomunicativas do dia-a-dia. Assim caracterizam-se como eventos textuais maleáveis e dinâmicos. Vejamos: Nas sociedades modernas, trabalho e obtenção de dinheiro estão intrinsecamente ligados. Por isso, muitas vezes não percebemos que algumas de nossas atividades cotidianas não remuneradas também são trabalho. O trabalho representa, na sociedade em que vivemos, para cada indivíduo, uma forma de se situar na sociedade, sendo ele remunerado ou não. Por isso trabalho é parte integrante da vida de cada um de nós.Nessa perspectiva, a linguagem é um dos nossos mais relevantes trabalhos. 2.3 Coerência e coesão textuais São dois conceitos importantes para uma melhor compreensão do texto e para a melhor escrita de trabalhos de redação de qualquer área. A coesão trata basicamente das articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e frases para garantir uma boa sequenciação de eventos. A coerência, por sua vez, aborda a relação lógica entre ideias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento compartilhado entre os usuários da língua. Pode-se dizer que o conceito de coerência está ligado ao conteúdo, ou seja, está no sentido constituído pelo leitor. Definição Especifica: Coesão - É a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 18 Coerência - A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar. É o resultado da não contradição entre as partes do texto. Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Para o emprego adequado, convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes. Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-las sem a devida orientação. / A instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de funcionamento. / A mãe amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto à outra. Seria a receita de bolo. Para garantir a coerência de um texto é preciso identificar o objeto do discurso. "A Coesão é a manifestação linguística da coerência, que advém da maneira como os conceitos e relações subjacentes são expressos na superfície textual. Responsável pela unidade formal do texto, a coesão constrói-se através de mecanismos gramaticais (pronomes anafóricos, artigos, elipse, concordância, correlação entre os tempos verbais e conjunções) e lexicais." (COSTA VAL) Pode-se dizer portanto, que o conceito de coesão está ligado aos elementos constituintes do texto. A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante de uma língua, quando não se encontra nenhum sentido lógico entre as proposições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística, tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de imediato a coerência de um discurso. A competência linguística combina-se com a competência textual para possibilitar certas operações simples ou complexas da escrita literária ou não literária: um resumo, uma paráfrase, uma dissertação a partir de um tema dado, um comentário a um texto literário, etc. Coerência e coesão são fenômenos distintos porque podem ocorrer numa sequência coesiva de fatos isolados que, combinados entre si, não têm condições para formar um texto. A coesão não é uma condição necessária e suficiente para constituir um texto. No exemplo: A Joana a não estuda nesta Escola. Priscila quer ser jornalista, e, não, cantora. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 19 Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade. Esta Escola tem um jardim. A Escola não tem laboratório de línguas. O termo lexical "Escola" é comum a quase todas as frases e o nome "Joana" está pronominalizado, contudo, tal não é suficiente para formar um texto, uma vez que não possuímos as relações de sentido que unificam a sequência, apesar da coesão individual das frases encadeadas (mas divorciadas semanticamente). 2.4 Hierarquia de ideias e organização Dá-se através da textualidade; é um conjunto de características que fazem com que um texto seja considerado como tal, e não como um amontoado de palavras e frases. Uma definição alternativa apontaria a hierarquia de ideias e a organização dentro do texto, como uma premissa adotada pelo interlocutor (nessa instância o termo não é ligado ao texto, mas aos agentes do processo comunicativo), baseada em seus prévios conhecimentos estruturais e funcionais de texto, que permite através da consideração de vários fatores realizar a textualização de uma mensagem em determinada situação comunicativa, facilitando assim a compreensão entre o tranamissor e o receptor. Dois blocos de sete fatores, segundo Beaugrande e Dressler, são os responsáveis pela textualidade de qualquer discurso: Fatores semântico/formal (coerência e coesão); Fatores pragmáticos (intencionalidade, aceitabilidade, situcionabilidade, informatividade e intertextualidade). 2.5 Elementos da Narrativa A narrativa literária costuma se apresentar em forma de prosa, mas pode ser também em versos (epopeia, romanceiros). Se tivermos de definir o texto narrativo de forma sucinta, citando Carlos Reis diremos que o texto narrativo é um processo de exteriorização, uma atitude objetiva e baseada na sucessividade. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 20 2.6 Estrutura da narração A ação da narrativa é constituída por três ações: Intriga, Ação principal e Ação secundária. Intriga: Ação considerada como um conjunto de acontecimentos que se sucedem, segundo um princípio de casualidade, com vista a um desenlace. A intriga é uma ação fechada. Ação principal: Integra o conjunto de sequências narrativas que detêm maior importância ou Texto a negrito relevo. Ação secundária: A sua importância define-se em relação à principal, de que depende, por vezes; relata acontecimentos de menor relevo. A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à medida que o tempo passa. O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e tempo. 2.7 Argumentação e intencionalidade Antes de abordar de uma forma mais abrangente o referido tema, é sempre bom lembrar que um texto bem construído e, naturalmente, bem interpretado, vai apresentar aquilo que Beaugrande e Dressier chamam de textualidade, conjunto de características que fazem, de um texto, e não uma sequência de frases. Esses autores apontam sete aspectos que são responsáveis pela textualidade de um texto bem constituído: FATORES LINGUÍSTICOS -Coesão, Coerência e Intertextualidade. FATORES EXTRALINGUÍSTICOS – Intencionalidade, Aceitabilidade, Informatividade e Situacionalidade. Antes já abordamos os fatores linguisticos, que fazem parte do argumento textual, vamos então abordar os quatro fatoes extraliguisticos, que justamente representam a intenção do texto de se fazer entendido: Intencionalidade - Refere-se ao esforço do produtor do texto em construir uma comunicação eficiente capaz de satisfazer os objetivos de ambos os interlocutores. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 21 Quer dizer, o texto produzido deverá ser compatível com as intenções comunicativas de quem o produz. Aceitabilidade - O texto produzido também deverá ser compatível com a expectativa do receptor em colocar-se diante de um texto coerente, coeso, útil e relevante. O contrato de cooperação estabelecido pelo produtor e pelo receptor permite que a comunicação apresente falhas de quantidade e de qualidade, sem que haja vazios comunicativos. Isso se dá porque o receptor esforça-se em compreender os textos produzidos. Informatividade - É a medida na qual as ocorrências de um texto são esperadas ou não, conhecidas ou não, pelo receptor. Um discurso menos previsível tem mais informatividade. Sua recepção é mais trabalhosa, porém mais interessante, envolvente. O excesso de informatividade pode ser rejeitado pelo receptor, que não poderá processá-lo. O ideal é que o texto se mantenha num nível mediano de informatividade, que fale de informações que tragam novidades, mas que venham ligadas a dados conhecidos. Situacionalidade - É a adequação do texto a uma situação comunicativa, ao contexto. Note-se que a situação orienta o sentido do discurso, tanto na sua produção como na sua interpretação. Por isso, muitas vezes, menos coeso e, aparentemente, menos claro pode funcionar melhor em determinadas situações do que outro de configuração mais completa. É importante notar que a situação comunicativa interfere na produção do texto, assim como este tem reflexos sobre toda a situação, já que o texto não é um simples reflexo do mundo real. O homem serve de mediador, com suas crenças e ide ias, recriando a situação. O mesmo objeto é descrito por duas pessoas distintamente, pois elas o encaram de modo diverso. 2.8 Semântica Semântica é o estudo do sentido das palavras de uma língua. Consideração sobre o significado das palavras Na língua portuguesa, o significado das palavras leva em consideração: COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 22 Sinonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos: Exemplos: Cômico - engraçado / Débil - fraco, frágil / Distante - afastado, remoto. Antonímia: É a relação que se estabelece entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários, isto é, os antônimos: Exemplos: Economizar - gastar / Bem - mal / Bom - ruim. Homonímia: É a relação entre duas ou mais palavras que, apesar de possuírem significados diferentes, possuem a mesma estrutura fonológica, ou seja, os homônimos: As homônimas podem ser: Homógrafas: palavras iguais na escrita e diferentes na pronúncia. Exemplos: gosto (substantivo) - gosto / (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo gostar) / conserto (substantivo) - conserto (1ª pessoa singular presente indicativo do verbo consertar); Homófonas: palavras iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Exemplos: cela (substantivo) - sela (verbo) / cessão (substantivo) - sessão (substantivo) / cerrar (verbo) - serrar ( verbo); Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na escrita. Exemplos: cura (verbo) - cura (substantivo) / verão (verbo) - verão (substantivo) / cedo (verbo) - cedo (advérbio); Paronímia: É a relação que se estabelece entre duas ou mais palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro - cavalheiro / absolver - absorver / comprimento - cumprimento/ aura (atmosfera) - áurea (dourada)/ conjectura (suposição) - conjuntura (situação decorrente dos acontecimentos)/ descriminar (desculpabilizar - discriminar (diferenciar)/ desfolhar (tirar ou perder as folhas) - folhear (passar as folhas de uma publicação)/ despercebido (não notado) - desapercebido (desacautelado)/ geminada (duplicada) - germinada (que germinou)/ mugir (soltar mugidos) - mungir (ordenhar)/ percursor (que percorre) - precursor (que antecipa os outros)/ sobrescrever (endereçar) - subscrever (aprovar, assinar)/ veicular (transmitir) - vincular (ligar) / descrição - discrição / onicolor - unicolor. Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar vários significados. Exemplos: Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abasteci meu carro no posto da esquina. / Os convites eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça recebida. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 23 Homonímia: Identidade fonética entre formas de significados e origem completamente distintos. Exemplos: São(Presente do verbo ser) - São (santo) 3. TEXTO TÉCNICO O que é texto técnico? Uma das principais características de um texto técnico é a utilização de linguagem de especialidade, isto é, a linguagem utilizada numa dada área que engloba tanto a terminologia como as formas de expressão específicas da área em questão. A linguagem de especialidade não se limita apenas à terminologia; ela inclui termos funcionais (que descrevem operações ou processos) e propriedades sintáticas e gramaticais; adere a convenções próprias, tais como evitar a voz passiva (na maior parte dos textos técnicos) e o uso de terminologia consistente. 3.1 Elementos de um texto técnico São os elementos que compõem o texto do artigo técnico. Dividem- se em introdução, desenvolvimento e conclusão. 3.2 Introdução A introdução expõe o tema do artigo, relaciona-o com a literatura consultada, apresenta os objetivos e a finalidade do trabalho. Trata-se do elemento explicativo do autor para o leitor. 3.3 Desenvolvimento ou Corpo O desenvolvimento ou corpo, como parte principal e mais extensa do artigo, visa a expor as principais ideias. É, em essência, a fundamentação lógica do trabalho. Dependendo do assunto tratado, existe a necessidade de se subdividir o desenvolvimento nas etapas que seguem. 3.4 Metodologia Metodologia é a descrição precisa dos métodos, materiais, técnicas e equipamentos utilizados. Deve permitir a repetição do experimento ou estudo com a mesma exatidão por outros pesquisadores. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 24 3.5 Resultados Resultados são a apresentação dos dados encontrados na parte experimental. Podem ser ilustrados com quadros, tabelas, fotografias, entre outros recursos. 3.6 Discussão Restringe-se aos resultados do trabalho e ao confronto com dados encontrados na literatura. 3.7 Conclusão A conclusão destaca os resultados obtidos na pesquisa ou estudo. Deve ser breve, podendo incluir recomendações ou sugestões para outras pesquisas na área. 3.8 Organização A elaboração de um texto técnico-científico, além da processualística do produzir cientificamente, tem como elementos indispensáveis: clareza na linguagem, precisão nas informações e objetividade na explanação da temática. Então, escrever é fácil? Sabe-se que não. Antes de se chegar à receita da simplicidade, há requisitos a preencher. De acordo com observações da Editora Abril (1990), em primeiro lugar, exige-se uma certa dose de talento, familiaridade com o tema tratado, vontade de pensar, capacidade de ordenar as ideias e, sobre elas, refletir, fazer inferências, argumentar. É o momento da expressão escrita o que também exige o conhecimento do idioma e de suas regras gramaticais, tudo isso, aliado à disposição. 3.9 Como elaborar um texto técnico cientifico Segundo Alves e Arruda(2003) e ainda; Santos (2004), a estrutura de um artigo técnico-científico deve conter: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. Os elementos pré-textuais são constituídos de: a) título, e subtítulo (se houver); b) nome (s) do (s) autor (es); resumo na língua do texto; palavras- chave na língua do texto. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 25 Os elementos textuais constituem-se de: a) introdução; b) desenvolvimento; c) conclusão. Os elementos pós-textuais são constituídos de: a) título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira; b) resumo em língua estrangeira; c) palavras-chave em língua estrangeira; d) nota (s) explicativa (s), se houver; e) referências; f) glossário; g) apêndice (s); (h) anexo (s); agradecimentos e a data de entrega dos originais para a publicação. 3.10 Paragrafação Esta coincidirá com 2,5 cm ou 10 toques da margem ou tabulação esquerda. APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS: Você é o tecladista convidado pela direção do CEFET para participar da Semana do Livro. Redija uma carta oficial à direção do Centro, agradecendo-lhe o convite e informando-o da impossibilidade de sua participação no evento, por causa de um compromisso assumido, nas datas indicadas. NOTAS *O órgão que utiliza frequentemente cartas oficiais pode colocar um título semelhante ao do ofício: na margem esquerda, a 2,5 cm timbre, composto das palavras Carta, da numeração sequencial, da sigla do órgão expedidor, ou seja, Carta nº 19/GD. Caso contrário, órgão omite essa parte da composição existente em vários documentos oficiais. * O local poderá ser omitido, se ele já vier impresso no timbre. Nesse caso, o remetente é uma personalidade pública e o destinatário é uma personalidade particular. O local não pode ser omitido, se o papel não possuir nenhum timbre. Assim sendo, o remetente é uma personalidade particular e o destinatário é uma personalidade pública. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 26 * O vocativo poderá ser dispensado, já que o endereço do destinatário se encontra expresso acima, na margem direita. * As novas normas substituíram os longos e tradicionais fechos de cortesia e estabeleceram o emprego de somente dois fechos para todas as modalidades de comunicação oficial. Assim emprega-se: 1. Respeitosamente para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República; 2. Atenciosamente para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. * Respeitosamente ou Atenciosamente deve aparecer: 1. seguida de ponto fina de oração (.) uma vez que tem como estrutura subjacente uma das orações: a) Subscrevo-me respeitosamente ou atenciosamente.; ou b) Subscrevemo-nos atenciosamente ou respeitosamente. Pela aplicação do princípio da economia linguística ou da concisão, apenas o adjunto adverbial permanece superficializado; 2. afinal, o texto propriamente dito termina, em sua composição, com uma dessas palavras; 3. com letra inicial maiúscula, uma vez que, mesmo sozinha, passa a formar o último parágrafo do texto. * A apresentação gráfica de qualquer documento oficial será sempre expressa em centímetro (cm) se o redator utilizar o computador. Mas ela será expressa em espaço (esp) caso o documento seja datilografado. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 27 O MEMORANDO I – EXEMPLO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO – PB Memorando nº 326/SP – CTAP João Pessoa, 8 de Julho de 1997. Ao Senhor Diretor da Secretaria Administrativa ASSUNTO: Realização da Reciclagem O Centro de Treinamento e Aperfeiçoamento de Pessoal (CTAP) deseja operacionalizar metas da atual presidência quanto à qualificação de seus servidores. 2. Por isso, em anexo, encaminho a V. As. o material para divulgação – Reciclar é Preciso /97, Língua Portuguesa – destinado aos servidores deste TRT. 3. Estou certa de que V. As. dará o apoio necessário à realização dessa atividade, liberando os servidores que desejarem participar dela. Atenciosamente Maria da Glória Bento Araújo Maria da Glória Bento Araújo Assistente - Chefe COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 28 4. ELEMENTOS GRAMATICAIS 4.1 Frase, oração e período FRASE: Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: ideias emoções ordens apelos A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada. Exemplos: O Brasil possui um grande potencial turístico. Espantoso! Não vá embora. Silêncio! O telefone está tocando. Observação: a frase que não possui verbo denomina-se Frase Nominal. Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe: Rua! Ai! Essas palavras, dotadas de entoação própria e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas necessidades expressivas. Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 29 Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer às regras gerais da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso é que: As meninas estavam alegres. Constitui uma frase, enquanto: Alegres meninas estavam as. Não é considerada uma frase da língua portuguesa. Tipos de FRASE: Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas: a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta. Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta) b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas. Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) Não faça isso. (Negativa) Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa) c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente prolongada. Por Exemplo: Que prova difícil! É uma delícia esse bolo! d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) Ela não está em casa. (Negativa) COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 30 e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. Por Exemplo: Deus te acompanhe! Bons ventos o levem! De acordo com a construção, as frases classificam-se em: Frase Nominal: é a frase construída sem verbos. Exemplos: Fogo! Cuidado! Belo serviço o seu! Trabalho digno desse feirante. Frase Verbal: é a frase construída com verbo. Por Exemplo: O sol ilumina a cidade e aquece os dias. Os casais saíram para jantar. A bola rolou escada abaixo. Estrutura da Frase As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, noentanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós. O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar". O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação). COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 31 Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo "jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal. ORAÇÃO: Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário: que o enunciado tenha sentido completo; que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal). Por Exemplo: Camila terminou a leitura do livro. Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática. Atenção: Nem toda frase é oração. Por Exemplo: Que dia lindo! Esse enunciado é frase, pois tem sentido. Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo. Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como: Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante! COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 32 A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: Brinquei no parque. (uma oração) Entrei na casa e sentei-me. (duas orações) Cheguei, vi, venci. (três orações) PERÍODO Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto. Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. Exemplos: O amor é eterno. As plantas necessitam de cuidados especiais. Quero aquelas rosas. O tempo é o melhor remédio. Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. Exemplos: Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. Quero aquelas flores para presentear minha mãe. Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece aoanoitecer. Cheguei, jantei e fui dormir. Saiba que: Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais. 4.2 Ortografia Ao escrever uma palavra com som de s, dez, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada. 4.2.1 Ç 1. Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposição COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 33 do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo). Portanto, deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç. Exemplos: erudito = erudição exceto = exceção setor = seção intuitivo = intuição redator = redação ereto = ereção educar - r + ção = educação exportar - r + ção = exportação repartir - r + ção = repartição 2. Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter. Exemplos: manter = manutenção reter = retenção deter = detenção conter = contenção 3. Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce. Exemplos: alcance = alcançar lance = lançar 4.2.2 S 1. Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir Exemplos: pretender = pretensão defender = defesa, defensivo despender = despesa compreender = compreensão COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 34 fundir = fusão expandir = expansão 2. Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir. Exemplos: perverter = perversão converter = conversão reverter = reversão divertir = diversão aspergir = aspersão imergir = imersão 3. Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr. Exemplos: expelir = expulsão impelir = impulso compelir = compulsório concorrer = concurso discorrer = discurso percorrer = percurso 4. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e - osa, com exceção de gozo. Exemplos: gostosa glamorosa saboroso horroroso 5. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, - ise e -ose, com exceção de gaze e deslize. Exemplos: fase crase tese COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 35 osmose 6. Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa. Exemplos: poetisa profetisa Heloísa Marisa 7. Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Exemplos: Eu pus Ele quis Nós usamos Eles quiseram Quando nós quisermos Se eles usassem 4.2.3 Ç ou S? Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z. Exemplos: eleição traição Neusa coisa 4.2.4 S ou Z? 1.-a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicaremnacionalidades, títulos ou nomes próprios. Exemplos: português norueguesa marquês duquesa Inês COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 36 Teresa 1.-b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e - eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade. Exemplos: embriaguez limpeza lucidez nobreza acidez pobreza 2.-a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. Exemplos: análise = analisar pesquisa = pesquisar paralisia = paralisar 2.-b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-. Exemplos: economia = economizar terror = aterrorizar frágil = fragilizar Cuidado: catequese = catequizar síntese = sintetizar hipnose = hipnotizar batismo = batizar 3.-a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e - sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical. Exemplos: casinha asinha portuguesinho COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 37 camponesinha Teresinha Inesita 3.-b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e - zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical. Exemplos: mulherzinha arvorezinha alemãozinho aviãozinho pincelzinho corzinha 4.2.5 SS 1. Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder. Exemplos: anteceder = antecessor exceder = excesso conceder = concessão 2. Escreveremos com -press- as palavras derivadasde verbos terminados em -primir. Exemplos: imprimir = impressão comprimir = compressa deprimir = depressivo 3. Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir. Exemplos: agredir = agressão progredir = progresso transgredir = transgressor COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 38 4. Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter. Exemplos: comprometer = compromisso intrometer = intromissão prometer = promessa remeter = remessa 4.2.6 ÇS ou SS Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos: 1. Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir. Exemplo: curtir - r + ção = curtição 2. Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante. Exemplo: divertir - tir + são = diversão 3. Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal. Exemplo: discutir - tir + ssão = discussão 4.2.7 J 1. Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. Exemplos: trajar = traje, eu trajei. encorajar = que eles encorajem viajar = que eles viajem COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 39 3. Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja. Exemplos: loja = lojista gorja = gorjeta canja = canjica 4. Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular. Exemplos: jeca jibóia jiló pajé 4.2.8 G 1. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, - égio, -ígio, -ógio, -úgio. Exemplos: pedágio colégio sacrilégio prestígio relógio refúgio 2. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem,lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar. Exemplos: a viagem a coragem a personagem a vernissagem a ferrugem a penugem COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 40 4.2.9 X 1. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha. Exemplos: mexilhão mexer mexerica México mexerico mexido 2. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Exemplos: enxada enxerto enxerido enxurrada mas: cheio = encher, enchente charco = encharcar chiqueiro = enchiqueirar 3. Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache. Exemplos: ameixa deixar queixa feixe peixe gueixa COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 41 4.2.10 UIR e OER Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-. Exemplos: tu possuis ele possui tu constróis ele constrói tu móis ele mói tu róis ele rói 4.2.11 UAR e OAR Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com -e-. Exemplos: Que eu efetue Que tu efetues Que ele atenue Que nós atenuemos Que vós entoeis Que eles entoem 4.3 Acentuação Abordaremos o tema já dentro das novas regras da reforma ortográfica. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 42 4.4 Tabela traz regras já de acordo com a nova ortografia TIPO DE PALAVRA OU SÍLABA QUANDO ACENTUAR EXEMPLOS (COMO ERAM) OBSERVAÇÕES (COMO FICARAM) Proparoxítonas sempre simpática, lúcido, sólido, cômodo Continua tudo igual ao que era antes da nova ortografia. Observe: Pode-se usar acento agudo ou circunflexo de acordo com a pronúncia da região: acadêmico, fenômeno (Brasil) académico, fenómeno (Portugal). Paroxítonas Se terminadas em: R, X, N, L, I, IS, UM, UNS, US, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS; ditongo oral, seguido ou não de S fácil, táxi, tênis, hífen, próton, álbum(ns), vírus, caráter, látex, bíceps, ímã, órfãs, bênção, órfãos, cárie, árduos, pólen, éden. Continua tudo igual. Observe: 1) Terminadas emENS não levam acento: hifens, polens. 2) Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: sêmen, fêmur (Brasil) ou sêmen, fémur (Portugal). 3) Não ponha acento nos prefixo paroxítonos que terminam em R nem nos que terminam em I: inter- helênico, super-homem, anti-herói, semi- internato. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 43 TIPO DE PALAVRA OU SÍLABA QUANDO ACENTUAR EXEMPLOS (COMO ERAM) OBSERVAÇÕES (COMO FICARAM) Oxítonas Se terminadas em: A, AS, E, ES, O, OS, EM, ENS vatapá, igarapé, avô, avós, refém, parabéns Continua tudo igual. Observe: 1. terminadas em I,IS, U, US não levam acento: tatu, Morumbi, abacaxi. 2. Usa-se indiferentemente agudo ou circunflexo se houver variação de pronúncia: bebê, purê(Brasil); bebé, puré(Portugal). Monossílabos tônicos (são oxítonas também) terminados em A, AS, E, ES, O,OS vá, pás, pé, mês, pó, pôs Continua tudo igual. Atente para os acentos nos verbos com formas oxítonas: adorá-lo, debatê-lo, etc. Í e Ú em palavras oxítonas e paroxítonas Í e Ú levam acento se estiverem sozinhos na sílaba (hiato) saída, saúde, miúdo, aí, Araújo, Esaú, Luís, Itaú, baús, Piauí 1. Se o i e u forem seguidos de s, a regra se mantém: balaústre, egoísmo, baús, jacuís. 2. Não se acentuam i e u se depois vier 'nh': rainha, tainha, moinho. 3. Esta regra é nova: nas paroxítonas, o i e u não serão mais acentuados se vierem depois de um ditongo: baiuca, bocaiuva, feiura, maoista, saiinha (saia pequena), cheiinho (cheio). COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 44 TIPO DE PALAVRA OU SÍLABA QUANDO ACENTUAR EXEMPLOS (COMO ERAM) OBSERVAÇÕES (COMO FICARAM) 4. Mas, se, nas oxítonas, mesmo com ditongo, o i e u estiverem no final, haverá acento: tuiuiú, Piauí, teiú. Ditongos abertos em palavras paroxítonas EI, OI, idéia, colméia, bóia Esta regra desapareceu (para palavras paroxítonas).Escreve-se agora: ideia, colmeia, celuloide, boia. Observe: há casos em que a palavra se enquadrará em outra regra de acentuação. Por exemplo: contêiner, Méier, destróier serão acentuados porque terminam em R. Ditongos abertos em palavras oxítonas ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) papéis, herói, heróis, troféu, céu, mói (moer) Continua tudo igual(mas, cuidado: somente para palavras oxítonas com uma ou mais sílabas). Verbos arguir e redarguir (agora sem trema) arguir e redarguir usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo. Esta regra desapareceu. Os verbos arguir e redarguir perderam o acento agudo em várias formas (rizotônicas): eu arguo (fale: ar-gú-o, mas não acentue); ele argui (fale: ar-gúi), mas não acentue. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 45 TIPO DE PALAVRA OU SÍLABA QUANDO ACENTUAR EXEMPLOS (COMO ERAM) OBSERVAÇÕES (COMO FICARAM) Verbos terminados em guar, quar e quir aguar enxaguar, averiguar, apaziguar, delinquir, obliquar usavam acento agudo em algumas pessoas do indicativo, do subjuntivo e do imperativo afirmativo. Esta regra sofreu alteração. Observe:. Quando o verbo admitir duas pronúncias diferentes, usando a ou i tônicos, aí acentuamos estas vogais: eu águo, eles águam e enxáguam a roupa (a tônico); eu delínquo, eles delínquem (í tônico). tu apazíguas as brigas; apazíguem os grevistas. Se a tônica, na pronúncia, cair sobre o u, ele não será acentuado: Eu averiguo (diga averi-gú-o, mas não acentue) o caso; eu aguo a planta (diga a- gú-o, mas não acentue). ôo, ee vôo, zôo, enjôo, vêem Esta regra desapareceu. Agora se escreve: zoo, perdoo veem, magoo, voo. Verbos ter e vir na terceira pessoa do plural do presente do indicativoeles têm, eles vêm Continua tudo igual. Ele vem aqui; eles vêm aqui. Eles têm sede; ela tem sede. Derivados de ter e vir (obter, na terceira pessoa do ele obtém, detém, Continua tudo igual. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 46 TIPO DE PALAVRA OU SÍLABA QUANDO ACENTUAR EXEMPLOS (COMO ERAM) OBSERVAÇÕES (COMO FICARAM) manter, intervir) singular leva acento agudo; na terceira pessoa do plural do presente levam circunflexo mantém; eles obtêm, detêm, mantêm Acento diferencial Esta regra desapareceu, exceto para os verbos: PODER (diferença entre passado e presente. Ele não pôde ir ontem, mas pode ir hoje. PÔR (diferença com a preposição por): Vamos por um caminho novo, então vamos pôr casacos; TER e VIR e seus compostos (ver acima). Observe: 1) Perdem o acento as palavras compostas com o verbo PARAR: Para-raios, para-choque. 2) FÔRMA (de bolo): O acento será opcional; se possível, deve-se evitá-lo: Eis aqui a forma para pudim, cuja forma de pagamento é parcelada. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 47 TIPO DE PALAVRA OU SÍLABA QUANDO ACENTUAR EXEMPLOS (COMO ERAM) OBSERVAÇÕES (COMO FICARAM) Trema (O trema não é acento gráfico.) Desapareceu o trema sobre o U em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, Gisele Bündchen, müleriano Elaborada pelo professor Everaldo Rocha Seixas, tendo como fonte de pesquisa os sites abaixo relacionados: http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u7.jhtm http://www.algosobre.com.br/gramatica/ortografia.html 5. MATERIAL COMPLEMENTAR 5.1 Correspondência oficial 5.1.1 A ATA I –EXEMPLO Ata da 15ª Reunião do Departamento de Letras e Artes da Universidade Federal da Paraíba. Aos trinta dias do mês de março do ano de mil novecentos e noventa e oito, às catorze horas, na sala 1, presentes as professoras Georgette Castro de Almeida, Terezinha Maria de Melo Barros, Maria Zélia Galvão de Almeida e o professor José Amâncio da Silva, sob a presidência do professor Fernando Jório Rodrigues, realiza-se a terceira reunião ordinária do ano. O expediente do dia constou da leitura da ata da reunião anterior, sendo aprovada sem restrições. Na ordem do dia, foi apresentado o Protocolo n. 193/98, de José Petrônio de Oliveira, requerendo dispensa da disciplina Português Básico, ao qual, depois de algumas considerações, foi dado o seguinte parecer: O senhor presidente fez a leitura das retificações do calendário escolar, Regime Seriado e Regime de Crédito, área III, 1998, seguindo-se ainda, algumas observações: pontualidade na entrega dos resultados da Verificação de Aprendizagem do primeiro período letivo; computo, como aula, das horas previstas para as verificações. Nada mais havendo a tratar, às catorze e cinquenta, foi encerrada a reunião da qual, para constar, lavrei a presente http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1693u7.jhtm http://www.algosobre.com.br/gramatica/ortografia.html COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 48 ata que subscrevo e vai assinada pelo presidente. João Pessoa, trinta de março de mil novecentos e noventa e oito. Edvaldo Cruz Secretário Fernando Jório Rodrigues Presidente ll - ORIENTAÇÃO A. DEFINIÇÃO: A ata é o resumo escrito de ocorrências, resoluções e decisões de uma reunião ou assembleia. B. COMPOSIÇÃO: 1. Título: a) Identificação da reunião: número de ordem da reunião e nome da entidade; b) No exemplo: Ata ..... Paraíba 2. Texto: 1) Introdução: a) Data por extenso, no início, hora, local e fins da reunião, os nomes dos presentes, o nome do presidente; b) No exemplo: Aos ....... do ano. 2) Expediente do dia: a) Leitura, discussão e aprovação da Ata da sessão anterior, leitura de correspondências recebidas e expedidas; b) No exemplo: O expediente .......... restrições. 3) Ordem do dia: a) Discussões, votações e deliberações; b) No exemplo: Na ordem ........ verificações. 4) Fecho: a) Quase inalterável; COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 49 b) No exemplo: Nada mais ........... presidente. 5) Local e data (dia, mês e ano): a) Por extenso, imediatamente depois do fecho; b) No exemplo: João Pessoa, ...... mil novecentos e noventa e oito. 3. Assinaturas: a) Pelo secretário, pelo presidente e/ou pelos presentes; o cargo em linha diferente; b) No exemplo: Edvaldo Cruz / Fernando Tório Rodrigues Secretário Presidente C. APRESENTAÇÃO GRÁFICA: 1. Lavratura em livro próprio: 1) Margeação: 2) Espaçamento: a) Do título ao texto – 5 linhas; b) Da última linha do texto à assinatura – 3 linhas; c) Da assinatura ao cargo – linha seguinte; 3) Paragrafação: a) Três centímetros da margem esquerda; b) Não se fazem parágrafos, a não ser no título, para impossibilitar acréscimos ou modificações nos espaços em branco. lll - APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS: Instruções: Terminada a gestão da diretoria do Diretório Estudantil da entidade a que você pertence, houve as eleições para o mandato da nova diretoria; apresentação das chapas, votação e outras ocorrências; apuração: votos válidos e votos nulos, proclamação dos resultados finais. Redija a ata. Notas *A lavratura de uma ata deve ser feita em livro próprio, autenticado, cujas páginas são numeradas e rubricadas pela autoridade que redige os termos de abertura e de encerramento. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 50 Exemplo de um termo de abertura: *Este livro contém cinquenta folhas numeradas de um a cinquenta e rubricadas por mim, Chefe do Departamento de Letras e Artes (DLA) desta Universidade. Ele se destina ao registro das Atas das Reuniões do DLA. Minha rubrica é FIR. João Pessoa, 29 de fevereiro de 1997. Fernando Jório Rodrigues Exemplo de um termo de encerramento: *Este livro, contendo cinquenta folhas numeradas de um a cinquenta e rubricadas por mim, Chefe do DLA, foi destinado ao registro das Atas das Reuniões do Departamento conforme o termo de abertura. Maceió, 5 de abril de 1998. Fernando Jório Rodrigues *Se o redator cometer erros ou enganos na lavratura da ata, ele deve recorrer à expressão “digo”, registrando, em seguida, a palavra ou a expressão correta. Por causa desse recurso, não se admitem rasuras. Se o redator somente verificou depois da lavratura da ata, ele deve recorrer à expressão “em tempo”, para registrar a retificação ou acrescentar algo registrado. Exemplo: Em tempo, onde se lê cocheira, leia-se cachoeira. *Em Seções Eleitorais ou em Estabelecimento de Ensino, já existem formulários impressos para o registro da ata. Assim sendo, somente necessário o preenchimento das lacunas. *Omitiram-se os centímetros da margeação visto que ela já vem impressa no próprio livro. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 51 5.1.2 CARTA OFICIAL I-EXEMPLO João Pessoa, 11 de maio de 1999. Ao Senhor Edwaldo Cruz Rua Prof. José Paulino, nº55 – Centro CEP 58021-550 Nesta Capital Senhor Tecladista, A direção deste Centro Federal de Educação Tecnológica/AL (CEFET/AL), por meio da Gerência Educacional I, realizará as comemorações alusivas à Semana do Livro na Biblioteca Benevides Monte, nos dias 26,27 e 29 de outubro, às 10 h. Por isso, na função de diretor-geral deste CEFET/AL, convida V.Sa. para honrar as comemorações como tecladista, nos dias 27 e 29. Desde já, agradeço-lhe sua presença participativa. Atenciosamente Mário César Jucá MÁRIO CÉSAR JUCÁ Diretor - Geral II - ORIENTAÇÃO A. Definição: A carta oficial é uma forma de expediente entre uma personalidade pública e particular, utilizada para fazer convites, externar agradecimentos, transmitir informações, fazer solicitações. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 52 B. Composição:1. Local e data: a) Com alinhamento na margem direita, por extenso; b) No exemplo: João Pessoa, 11 de outro de1999. 2. Endereço do destinatário: a) Na margem esquerda, compostos da forma de tratamento, do nome e endereço completos; b) No exemplo: Sr. Edwaldo Cruz Rua Prof. José Paulino, nº 55- Farol Cep: 57021-550 3. Vocativo: a) Em posição de parágrafo, composto pela forma de tratamento e pela função: Por extenso, com letras iniciais maiúsculas, seguidos de vírgula. No exemplo: Senhor Tecladista, 4. Texto: 1) Introdução: a) Em posição de parágrafo, resumo do assunto motivador da carta oficial. No exemplo: A direção deste Centro ... Às 10h. 2) Desenvolvimento: a) Em posição de parágrafo, constituído pelo convite e pelo agradecimento. No exemplo: Por isso,... Convido V. As. ... e, desde já, lhe agradeço ... Participativa. 3) Fecho: a) Centrada em relação ao texto, quase invariável. No exemplo: Atenciosamente 5. Nome: a) Centrado em relação ao texto, completo, em versal. No exemplo: MÁRIO CÉSAR JUCÁ COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 53 6. Assinatura: a) Tangenciando o nome, completa, apenas com iniciais maiúsculas, legível. No exemplo: Mário César Jucá MÁRIO CÉSAR JUCÁ 7. Cargo: a) Centrado em relação ao nome, logo abaixo dele e apenas com as letras iniciais maiúsculas. No exemplo: MÁRIO CÉSAR JUCÁ Diretor-Geral C. Apresentação Gráfica: 1. Margeação: a) Esquerda – 2,5 cm; b) Direita – 1,5 cm. 2.Espaçamento: a)Da borda superior do papel à data – 10 cm; b)Da data ao endereço do destinatário – 1,5 cm; c) Do endereço do destinatário ao vocativo – 4,5 cm; d)Do vocativo ao texto – 1,5 cm; e)Do final do texto ao nome – 2,5 cm. 3. Paragrafação: Esta coincidirá com 2,5 cm ou 10 toques da margem ou tabulação esquerda. III - APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS: Você é o tecladista convidado pela direção do CEFET para participar da Semana do Livro. Redija uma carta oficial à direção do Centro, agradecendo-lhe o convite e informando-o da impossibilidade de sua participação no evento, por causa de um compromisso assumido, nas datas indicadas. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 54 NOTAS *O órgão que utiliza frequentemente cartas oficiais pode colocar um título semelhante ao do ofício: na margem esquerda, a 2,5 cm timbre, composto das palavras Carta, da numeração sequencial, da sigla do órgão expedidor, ou seja, Carta nº 19/GD. Caso contrário, órgão omite essa parte da composição existente em vários documentos oficiais. * O local poderá ser omitido, se ele já vier impresso no timbre. Nesse caso, o remetente é uma personalidade pública e o destinatário é uma personalidade particular. O local não pode ser omitido, se o papel não possuir nenhum timbre. Assim sendo, o remetente é uma personalidade particular e o destinatário é uma personalidade pública. * O vocativo poderá ser dispensado, já que o endereço do destinatário se encontra expresso acima, na margem direita. * As novas normas substituíram os longos e tradicionais fechos de cortesia e estabeleceram o emprego de somente dois fechos para todas as modalidades de comunicação oficial. Assim emprega-se: 1. Respeitosamente para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República; 2. Atenciosamente para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. * Respeitosamente ou Atenciosamente deve aparecer: 1. seguida de ponto fina de oração (.) uma vez que tem como estrutura subjacente uma das orações: a) Subscrevo-me respeitosamente ou atenciosamente.; ou b) Subscrevemo-nos atenciosamente ou respeitosamente. Pela aplicação do princípio da economia linguística ou da concisão, apenas o adjunto adverbial permanece superficializado; 2. afinal, o texto propriamente dito termina, em sua composição, com uma dessas palavras; 3. com letra inicial maiúscula, uma vez que, mesmo sozinha, passa a formar o último parágrafo do texto. * A apresentação gráfica de qualquer documento oficial será sempre expressa em centímetro (cm), se o redator utilizar o computador. Mas ela será expressa em espaço (esp) caso o documento seja datilografado. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 55 5.1.3 O MEMORANDO I – EXEMPLO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO – PB Memorando nº 326/SP – CTAP João Pessoa, 8 de Julho de 1997. Ao Senhor Diretor da Secretaria Administrativa ASSUNTO: Realização da Reciclagem O Centro de Treinamento e Aperfeiçoamento de Pessoal (CTAP) deseja operacionalizar metas da atual presidência quanto à qualificação de seus servidores. 2. Por isso, em anexo, encaminho a V. As. o material para divulgação – Reciclar é Preciso /97, Língua Portuguesa – destinado aos servidores deste TRT. 3. Estou certa de que V. As. dará o apoio necessário à realização dessa atividade, liberando os servidores que desejarem participar dela. Atenciosamente Maria da Glória Bento Araújo Maria da Glória Bento Araújo Assistente - Chefe III- ORIENTAÇÃO A- DEFINIÇÃO: O memorando é uma modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, as quais podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou nível diferente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna e expositora de qualquer assunto referente à atividade administrativa. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 56 B- COMPOSIÇÃO: 1. Titulo a) Na margem esquerda superior do expediente; composto do nome Memorando somente com inicial maiúscula, do numero do documento e da sigla do órgão ou setor de origem, em versais. No exemplo: Memorando n. 326/SP – CTAP 2. Data: a) Em nível abaixo do titulo, com o seu termino alinhado com a margem direita, por extenso. No exemplo: João Pessoa, 8 de julho de 1997. 3. Destinatário: a) Com início na margem esquerda superior do expediente; composto do tratamento Senhor, ou de uma de suas variáveis, e do cargo ocupado. No exemplo: Ao Senhor Diretor da Secretaria Administrativa 4. Resumo: a) Composto da palavra Assunto, seguido de dois pontos (:) e de uma frase nominal. No exemplo: Assunto: Realização de reciclagem 5. Texto: 1) Introdução: a) Referencia ao documento anterior ou ao assunto motivador do expediente. No exemplo: O Centro de Treinamento e servidores. 2) Desenvolvimento: a) Composto de informações, esclarecimentos, exposição de projetos, ideias e diretrizes. No exemplo: 2. Por isso, .......... deste TRT. 3. Estou certa ......... dela. 3) Conclusão: a) Centrada em relação ao texto, quase invariável; No exemplo: Atenciosamente. 6. Nome: a) Centrado em ralação ao texto, completo e versal. No exemplo: MARIA DA GLORIA BENTO ARAÚJO COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 57 7. Assinatura: a) Acima do nome, completa e com letra legível. No exemplo: MARIA DA GLORIA BENTO ARAÚJO MARIA DA GLORIA BENTO ARAÚJO 8. Cargo: a) Centrado em relação ao nome, logo abaixo dele e apenas com as letras iniciais maiúsculas. No exemplo: MARIA DA GLORIA BENTO ARAUJO Assistente- Chefe C. APRESENTAÇÃO GRÁFICA: 1. Margeação: a) Direita – 6 toques de retrocesso; b) Esquerda – 10 toques 2. Espaçamento: a) Do timbre ao titulo – 2 espaços duplos; b) Do titulo à data – 2 espaços duplos; c) Da data ao destinatário – 2 espaços duplos; d) Do destinatário ao resumo – 1 espaço duplo; e) Do resumo ao texto – 2 espaços duplos f) Do texto ao fecho – 1 espaço duplo e 1 simples; g) Do fecho ao nome – 3 espaços duplos; h) Do nome ao cargo – 1 espaço simples. 3. Paragrafação: Ela deve coincidir com 2,5 cm ou 10 toques a partir da margem esquerda. III- APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS: Instrução: Como Assistente-Chefe do Setor de Treinamento e Aperfeiçoamento de Pessoal do TRT – 19 Região, comunique ao Juiz- Presidente o encerramento da reciclagem (LínguaPortuguesa) e o convide para sua participação nesse evento. O expediente deve ter, pelo menos, dois parágrafos. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 58 NOTAS *A característica principal do memorando é agilidade. A tramitação dele em qualquer órgão ou setor deve pautar-se pela rapidez e simplicidade de procedimentos burocráticos. Seus despachos, se isso for necessário, devem ser dados no próprio documento ou, no caso de falta de espaço, em folha de continuação, formando, assim, um processo simplificado. *É frequente a existência de modelos desse tipo de correspondência oficial com dados já impressos. Caso fujam da Instituição Normativa em vigor, na oportunidade, é conveniente atualizá-los, em vez de mantê-los. *Omite-se o local, quando ele já aparece no timbre. *O texto de um memorando terá tantos parágrafos quanto forem necessários. Eles são seguidamente numerados excetuando-se o primeiro (introdução) e o último (conclusão ou fecho). A numeração deve ser feita com algarismos arábicos e colocada na margem esquerda do corpo do texto. Este procedimento facilita, no despacho, a remissão a passagens especificas. *No singular, as formas verbais estou certo, informo, encaminho são incisivas e parecem até pretensiosas e autoritárias. No entanto, podem indicar que o signatário assume a responsabilidade do conteúdo do documento sem presunção, sem autoritarismo, mas com referencialidade, isto é, utilização do tipo de linguagem adequada a documentos oficiais. No plural, as formas verbais estamos certa, ficamos desapontada, informamos, encaminhamos,conotam polidez, modéstia. Mesmo assim, adjetivos ou particípios que se lhe refiram ficam no singular, feminino ou masculino, de acordo com o sexo de quem assina a correspondência. *Se o memorando for longo e precisar de mais uma folha, a I.N. recomenda:1. não deixar a assinatura, o nome e o cargo em outra página do expediente, sendo transferidos para a folha seguinte com, pelo menos, o ultimo parágrafo e o fecho; 2. a 2 centímetros da borda superior do papel, a 2,5 centímetros do início da continuação do texto e na margem esquerda, escrevem-se os seguintes dados entre parênteses: Fl.2 do Memorando n 326/SP – CTAP, DE 8.7.98) COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 59 5.1.4 O OFÍCIO I - EXEMPLO GOVERNO DO ESTADO DA PARAIBA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA Oficio n. 108/SEC João Pessoa, 9 de maio de 1996 Senhor Diretor, A fim de preencher uma vaga de professor regente de Língua Portuguesa no Colégio Cônego Machado, este Órgão fará realizar, no dia 31 do corrente mês, o Concurso, em conformidade com o Edital publicado no Diário Oficial do Estado, do dia 2 do mês em curso. 2. Por isso, solicito de V. Sa. a indicação de um professor da Área de Comunicação e Expressão desse Estabelecimento, para compor a Banca Examinadora da referida disciplina. 3. Devido a problemas administrativos, sugiro a V. Sa. comunicar o fato a esta Direção por escrito, o mais urgente possível. Atenciosamente. Saulo José dos Santos Saulo José dos Santos Secretário da Educação e Cultura Ao Senhor Diretor Alberto José Mendonça Cavalcante Escola Técnica Federal da Paraiba Rua Barão de Atalaia, s/n – Poço CEP 58020-510 Tel.: (082) 336 2873 COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 60 II – ORIENTAÇÃO A. DEFINIÇÃO: O ofício é uma forma de correspondência entre autoridades das repartições públicas e particulares, tratando sempre de assuntos de relevada importância e relativa formalidade. B. COMPOSIÇÃO: 1. Título: a) Colocado na margem esquerda, composto da palavra Ofício, da seriação e da sigla do órgão expedidor. No exemplo: Ofício nº 108/SEC 2. Data: a) Abaixo do título, com seu término alinhado com a margem direita e por extenso. No exemplo: João Pessoa, 9 de maio de 1996. 3. Vocativo: a) Constituído pela forma de tratamento e pelo cargo do receptor, seguido pela vírgula. No exemplo: Senhor Diretor, 4. Texto: 1) Introdução: a) Referência à situação que vai ensejar a solicitação. No exemplo: A fim de preencher uma vaga .... mês em curso. 2) Desenvolvimento: a) Solicitação, esclarecimento, informações, sugestões. No exemplo: 2. Por isso, solicito ... referida disciplina. 3. Devido ... possível. 3) Fecho: a) Centrado em relação ao texto; somente com inicial maiúscula. No exemplo: Atenciosamente. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 61 5. Nome e Cargo: a) Nome: centrado em relação ao texto e em letras versais; Cargo: centrado em relação ao nome, somente com as iniciais maiúsculas. No exemplo: SAULO JOSÉ DOS SANTOS Secretário da Educação e Cultura 6. Assinatura: a) Acima do nome, completa e legível; b) No exemplo: Saulo Jose dos Santos SAULO JOSE DOS SANTOS Secretário da Educação e Cultura 7. Destinatário e Endereço: a) Na margem esquerda do papel, a 3 espaços duplos a partir do cargo, com os dados em linhas diferentes. No exemplo: Ao Senhor Diretor Alberto José Mendonça Cavalcante Escola Técnica Federal de Paraiba Rua Barão de Atalaia, s/n – Poço Cep 58020-510 Tel.: (082) 336 2873 C. APRESENTAÇÃO GRÁFICA: 1. Margeação: a) Direita – 6 toques de retrocesso; b) Esquerda – 10 toques. 2. Espaçamento: a) Título: 2 espaços duplos a partir do timbre; b) Data: 4 espaços duplos a partir do timbre; c) Vocativo: 2 espaços duplos a partir da data; d) Introdução do texto: 2 espaços duplos a partir do vocativo; e) Fecho: 1 espaço duplo mais 1 simples a partir do término do texto; f) Nome: 2 espaços duplos a partir do fecho; g) Cargo: 1 espaço simples a partir do nome; h) Endereço do destinatário: 3 espaços duplos a partir do cargo. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 62 3. Paragrafação: O início dos parágrafos coincidirá com 2,5 cm ou com 10 toques da margem esquerda. III – APLICAÇAO DOS CONHECIMENTOS: Instrução: Na função de Presidente do T.R.T., redija um Ofício solicitando ao Diretor da ETFAL a cessão de um ônibus por três dias, para servir à Comissão que vai a Arapiraca para um Seminário sobre assuntos trabalhistas. NOTAS *Omite-se o local, quando ele já se encontra indicado no cabeçalho. *Como se depreende do exemplo do destinatário, fica dispensado o uso do superlativo Ilustríssimo (Ilmo.) para autoridades que recebem tratamento de Vossa senhoria (V. Sa.) e para particulares. É suficiente o emprego da forma de tratamento Senhor. *O texto de um ofício terá tantos parágrafos quantos se fizerem necessários, seguidamente numerados com algarismos arábicos, excetuando- se o primeiro (introdução) e o último (fecho). Os parágrafos podem ser desdobrados em alíneas. Na primeira folha, devem ser datilografados apenas 20 linhas; nas demais, 30 linhas. Havendo necessidade de mais folha, a 2 cm da borda superior do papel, na margem esquerda, entre parênteses, coloca- se: (Fl. 2 do Ofício nº 108/SEC, de 9.596). A continuação do texto deve ficar a 2,5 cm dessa referência. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA 63 5.1.5 OFÍCIO-CIRCULAR SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE PARAIBA GABINETE DO REITOR Ofício-Circular nº 14/GR João Pessoa, 20 de março de 1998. Senhor(a) Servidor(a), Comunicamos a V. Sa. que o valor do IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE, constante do contracheque de pagamentos do mês de março/98, emitido pelo Ministério da Administração e reforma do Estado (MARE), apresenta um acréscimo para alguns servidores ativos, inativos e pensionistas. 2. O referido imposto era descontado com base no somatório dos 70% do salário do período anterior mais os 30% do salário do mês seguinte. Em março, acontecendo o pagamento dentro do mesmo mês, somaram-se os 70% do salário de fevereiro com o salário de março/98, elevando-se assim o valor retido.
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