Buscar

AULA 2 MEDICINA PREVENTIVA EM EQUINOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Lilian Ferrari 
MEDICINA PREVENTIVA EM EQUINOS 
(05/03) 
 
Importância da medicina preventiva – 
intervenção (medidas preventivas, manejo ou 
fármacos) para prevenir a ocorrência de 
doenças, para equinos principalmente 
programas de vacinação e vermifugação 
que são de estrema importância 
 
Medicina preventiva – programas profiláticos, 
como vacinação em massa, onde em um 
curto período a população é vacinada e 
impede o patógeno de se disseminar, e deve 
ser feito seguindo as regras de reforço da 
vacina no período correto de tempo entre 
elas, e em casos de endemia ou pandemia 
deve ser feita a vacinação de rebanho, para 
conter a doença nas áreas afetadas ou 
próximas. 
Orientação e educação de proprietários e 
funcionários, onde eles devem ser orientados 
como deve ser feito o uso por exemplo de 
vacinas, e os cuidados a serem tomados, e 
conscientizar da importância do programa 
profilático, sendo passada a importância. 
 
VACINAÇÃO 
 
Programas de vacinação contra doenças 
infecciosas que podem afetar o rebanho, ou 
até zoonoses que transmitem do animal para 
o homem. 
Vacina: 100% de eficiência? – nenhuma 
vacina possui 100% de eficiência, pois isto 
depende de um bom manejo vacinal, se 
atentar ao lote de validade, da eficiência do 
sistema imunológico do indivíduo. 
Redução da morbidade (alto índice de 
animais doentes, mas dificilmente muitos irão 
morrer) e mortalidade (índice de letalidade 
da doença, capacidade de matar) do 
plantel equino, contudo o custo para o 
tratamento e problemas que gera a criação, 
a morbidade traz grades prejuízos 
Programa médico preventivo: feito pelo 
médico veterinário, que monta programas de 
vacinações; além de um bom manejo como, 
baias arejadas, que pegue sol uma parte do 
dia, limpeza adequada feita diariamente e 
troca da cama feita dependendo se o 
trabalho de limpeza for adequado (manejo 
da maravalha), e não deixar restos de 
alimentos , alimentação correta, 
vermifugação (observar a condição de 
saúde e ver se está apto para ser 
vermífugado ou vacinado), além do 
isolamento dos animais doentes, impedindo a 
proliferação de patógenos para outros 
animais, por moscas por exemplos, com o uso 
de baias teladas 
- O médico veterinário que monta o 
calendário de vacinação e este programa 
preventivo; 
Programa básico profilático: para animais 
que não transitam muito, onde a populaça é 
controlada, para animais que saem mais da 
propriedade já se faz o uso de programas 
mais detalhados, o programa básico seria a 
vacina tríplice (encefalomielite, influenza e 
tétano) mais a raiva 
Principais doenças infecciosas equinas: 
 
Encefalomielite – cepas: leste, oeste e 
(venezuelana, mais temida por ser zoonose) 
Tétano – toxóide tetânico, tratável se pega no 
início. 
 
Influenza (gripe) - 
Herpesvírus equino – tipos 1 e 4 (quase sempre 
entra em programas básicos também) e 
pode levara aborto (tipo 4) e quadros 
respiratórios (tipo 1). 
 
Raiva - 
Patologias com sinais neurológicos 
geralmente causa morte rápida aos animais, 
pela falta dos testes muitas vezes não se 
confirma a causa e sua real incidência 
OBS: Muitas destas vacinas são encontradas 
isoladas ou em associações 
Tríplice – tétano + encefalomielite + influenza 
 
Manejo básico: fazer raiva e tríplice equina; 
 
ESCOLHA DA VACINA APROPRIADA 
 
Preferência do veterinário, época do ano 
(antes do inverno ou do frio – vacinação de 
influenza para prevenção que é a época que 
são mais acometidos), idade do animal, sexo 
(machos – 1 reforço ao ano e fêmeas no 
terceiro, quinto e sétimo mês de gestação, já 
que machos e freme-as são vacinados contra 
Herpesvírus pelos efeitos respiratórios e aborto, 
 Lilian Ferrari 
além da exposição aos agentes que se quer 
prevenir, como animais que viajam. 
 
PROGRAMA PROFILÁTICO VACINAL 
 
TÉTANO – Clostridium tetani, que se prolifera 
em locais com pouco oxigênio, neurotoxina 
tetânica que é a toxina que se fixa no sistema 
nervoso central, causando o quadro da 
doença, a toxina migra para snc e fica 
encrostada nos receptores, que leva o animal 
a inflamação e espasticidade. 
Em potros umbigo é uma das portas de 
entrada mais comuns. 
Tratamento difícil, praticamente “impossível” 
pois a toxina só sai quando é metabolizada, 
não sai de outra forma, animal tem que resistir 
até lá, além de impedir o resto de se fixar e 
tirar a fonte da infecção operando o 
abscesso e uso de antibióticos como os a 
base de penicilina. 
Em equinos o diagnóstico é fácil de identificar 
no começo, pois a terceira pálpebra fica 
rígida, e começa a fazer protusão para o 
meio do olho, só essa espécie faz isso. 
Necessário vacinação. 
- Os potros neonatos que nascem em 
ambiente sujo, o umbigo é a principal porta 
de entrada para causar tétano em potros. 
- Difícil tratamento, porque essa toxina se fixa 
no SNC, e é difícil sair, tem que esperar ela ser 
metabolizada e eliminada. Se o animal estiver 
em quadro avançado mesmo com o 
tratamento é difícil reverter pela quantidade 
de toxinas presentes no SNC. 
- Se não der condições para o animal 
sobreviver e metabolizar a toxina instalada, 
ele não irá sobreviver. 
- Equino tem a 3 pálpebra maior, e quando 
ele entra em rigidez, ocorre a protrusão da 
terceira pálpebra, tentando ir para o meio do 
olho, é sinal patognomônico para tétano em 
cavalo. 
- A prevenção sempre é a vacinação, com 
reforço anual; 
- Quando pega animal machucado com 
possibilidade de contaminação por tétano 
deve vacinar e fazer o soro antitetânico. 
- O soro produz anticorpos imediatamente 
(imunização passiva) – proporciona 
anticorpos prontos, que combatem 
imediatamente as toxinas que não se fixaram 
no SNC, e as que irão se fixar serão 
bloqueadas. E a vacinação é uma 
imunização ativa para que o animal em 15 
dias tenha produzido anticorpos. 
- Se não intervir na porta de entrada fica difícil 
controlar a situação; entra com antibióticos e 
permitir a entrada de ar na ferida, onde a o 
foco de proliferação 
 
- Tratamento: imediatamente fazer soro 
antitetânico IV e vacina antitetânica. 
O soro é por dosagem – 4 a 5 ampolas IV 
lento; adultos 5-10 ampolas IV lento; 
*Administrar o soro na cisterna magna (entre 
atlas e axis – atlanto-occipital); - 3-5 ampolas 
intratecal no potro, e de 7 a 10 no equino 
adulto 
Bloqueia as toxinas prontas para se fixar no 
SNC; e as IV diminuem as que estão 
circulando no sangue. 
Fazer pentabiótico IM SID, 7 dias em dose alta; 
DMSO IV para o SN; algodão nos ouvidos pela 
sensibilidade aos sons, colocar em baia 
escura, com cama alta confortável, fazer 
miosel (VIT E e selênio); acepram em doses 
baixas SID ou BID, ou um alfa-2; 
Estresse pode liberar muita catecolamina e o 
animal ter uma parada 
 
ENCEFALOMIELITE – Doença transmitida por 
insetos hematófagos dos depósitos naturais 
(aves e animais silvestres) para o cavalo. 
- Acomete todo SN. 
Três tipos de vírus: leste, oeste e venezuelana 
(esta última pode ser transmitida entre 
cavalos através dos insetos hematófagos). 
Venezuelana – considerada uma zoonose 
Cavalos: mata acima de 90% dos casos – 
doença de alta mortalidade; 
Vacina deve ser aplicada anualmente. 
 
INFLUENZA: É uma gripe – trato respiratório 
equino. 
É altamente contagiosa, contaminando por 
aerossóis ao espirrar por exemplo 
Maior dificuldade – inabilidade das vacinas 
atuais de conferirem imunidade por um longo 
período. – As mutações que o vírus sofre não 
garante imunidade por longos períodos. 
Animais de alto risco de exposição ao agente 
– devem ser vacinados semestralmente ou a 
cada quatro meses. – Principalmente os 
animais que saem da propriedade para 
competir, exposição; 
 
 
 Lilian Ferrari 
RAIVA – enfermidade pouco comum em 
cavalos (pouco relatada). 
Regiões endêmicas 
Zoonose 
Fatal – não há descrição da transmissão 
cavalo-homem 
Todos os cavalos devem ser vacinados 
anualmente. 
 
HERPES VÍRUS EQUINO: Maior causador de 
abortamentos em éguas. 
Afecções respiratórias em potros e cavalos 
adultos – por este motivo é colocado no 
programa básicode vacinação, mesmo 
tendo éguas prenhas ou não. 
Éguas devem ser vacinadas no 5, 7 e 9o mês 
de gestação. 
Pode ser reforçada desde o 3 mês, não so no 
quinto mês, em casos onde a surtos da 
doença em áreas próximas 
Atualmente – vacinas para a aplicação de 
uma única dose (no 8º mês, se o controle for 
rígido); 
Tecido placentário ou vasos e órgãos 
parenquimatosos do feto abortado (fígado, 
rim e baço) – onde encontramos os vírus e 
podemos coletar material para PCR. 
Uma égua que já foi infectada por ter 
reinfecção viral, ou seja, ela não fica 
imunizada para sempre. 
 
POTROS: 
Vacinados quando não tiverem a imunidade 
passiva atuante e forem imunocompetentes 
(3 ou 4 meses de idade) – na fase de 
desmama; 
Facilidade de manejo – desmama (5 ou 6 
meses de idade) facilita pelo animal não ficar 
sozinho já que é um manejo com vários 
animais, feito em grupo; ou manejo de 
desmama gradual onde coloca a égua em 
uma baia e faz um buraco na parede e deixa 
o potro vendo ela em outra baia, ou coloca 
um pouco com a mãe e vai tirando, mas esse 
manjo progressivo é difícil, por precisa de 
pessoas para isso. 
 
Revacinação – um mês após a primeira 
vacinação em todos os potros. 
E depois entrar em esquema de reforço 
anual; - entram no programa do restante do 
plantel após este período. 
 
OBS: Introdução de animais novos no plantel 
sem histórico prévio de vacinação: 
recomenda-se vacinação de todas as 
afecções supracitadas e também a 
revacinação um mês após a primeira 
vacinação. 
 
TABELA DE VACINAÇÃO 
 
- Pode fazer todas ao mesmo tempo; o corpo 
é capaz de identificar o antígeno e produzir 
anticorpos; 
 
VERMIFUGAÇÃO 
 
VERMIFUGAÇÃO + VACINAÇÃO, ambas feitas 
juntas. 
Manejo profilático de parasitas intestinais. 
Vermifugações periódicas, tendo cuidado 
para não repetir o mesmo princípio ativo, 
para evitar resistência, como o que está 
acontecendo com a ivermectina. 
Herbívoros – mais susceptíveis aos parasitas 
intestinais e suas reinfestações (pois comem o 
volumoso a partir da raiz onde pode ter ovos 
de parasitas); 
Parasitas intestinais – nematóides (vermes 
redondos) – grandes estrongilos, pequenos 
estrongilos. 
Vermes chatos – anaplocefala (ceco) 
podendo causar obstrução de íleo/ intestino 
delgado; não é vulnerável a ivermectina, se 
usa associação com praziquantel. 
Larvas de grupos de moscas; 
 
VERMIFUGAÇÃO 
 
Cólicas, hiporexia, queda de rendimento, 
anemia, diarréias, def. de crescimento, 
aneurisma verminótico (da artéria 
mesentérica cranial, drena o intestino, os 
pequenos estrongilos migra pela parede da 
artéria mesentérica, e vai fazendo nódulos 
que cresce e obstrui o fluxo para o intestino de 
sangue, que leva ao aumento do 
 Lilian Ferrari 
peristaltismo e resulta em torções e 
deslocamento), etc. 
Rotação do princípio ativo; 
 
Escolha do vermífugo: idade (não usar 
ivermectina em potro pela sobrecarga 
hepática), estado nutricional, grau de 
exposição aos parasitas e fatores ambientais 
(clima, como na seca que a grande 
proliferação de carrapatos); 
Eficácia do produto e estratégica de 
controle; caso tenha poucos animai fazer 
exame de fezes, o OPG, para guiar a 
vermifugação, em plantel grande colher de 
forma aleatória e ver qual parasita tem maior 
incidência; 
 
PROGRAMA DE CONTROLE PARASITÁRIO 
 
Diferentes estratégias de controle: pode fazer 
rotação de piquetes, onde dois fica 
descansando. 
Vantagens e desvantagens: usa vermífugo 
mais especifico, porem pode deixar passar 
animais com outros tipos de parasita 
despercebidos. 
Vermifugação de todos os animais 
regularmente: principalmente os que saem 
da propriedade, que podem criar resistência 
e se os outros não forem vermifugados pelo 
menos de 4 em 4 meses pode ter alto índice 
de contaminação. 
Intervalo de aplicação? Produto x finalidade 
do equino – 6 em 6 meses; animais de prova 
vermifugar em intervalo mais curto; 
 
BOM PROGRAMA 
 
Nível de parasitose (número significativo de 
ovos nas fezes). 
OPG – ovos por gramas de fezes. 
Nível de ovos aceitável nas fezes – 200 a 300 
OPG. 
Tratamento individual, em casos que poucos 
animais são afetados, podendo ser por 
queda de imunidade. 
Minimizar a contaminação das pastagens. 
 
Agrupar potros jovens desde o primeiro mês 
de vida, não deixar ninguém sem vermifugar 
Importante a repetição do produto a cada 60 
(em locais onde a muita entrada e saída de 
animais) a 90 dias (para animais que não 
saem, ou de 6 em 6 meses) regularmente, em 
potros não repete 
Animais adultos – idem; 
 
EXEMPLO – Moxidectin – gel oral – 0,4 mg/kg – 
a cada 90 dias; 
Ivermectina – pasta oral – 0,2 mg/kg – a cada 
60 dias. 
Vermes “chatos”? Associação de produtos ou 
intercalar sua aplicação periodicamente. 
Palmoato de pirantel – pasta oral – 6,6 mg/ kg 
– pelo menos duas vezes ao ano, 
principalmente animais jovens. 
Praziquantel – pasta oral – 2,5 mg/kg – 
normalmente associado a ivermectina. 
Égua pode passar anticorpos pelo colostro se 
vermifugada no terço final da gestação; 
 
 
 
• Aplicação de vermífugo em todos 
animais do plantel 
• Rodízio de pastagens 
• Limpeza adequada das baias 
(esterqueiras) 
• Recolher 
 
PROGRAMA DE CONTROLE PARASITÁRIO 
 
• Aplicação de vermífugo em todos 
animais do plantel; 
• Rodízio de pastagens; 
• Limpeza adequada das baias 
(esterqueiras); 
• Recolher regularmente fezes dos 
piquetes; 
• OPG, Rodízio de vermífugos e 
associações se necessário; 
 
MODO DE AÇÃO DOS ANTI-HEMINTICOS PARA 
EQUINOS (leitura complementar) 
• Fármaco que provoca a morte ou 
remoção de helmintos parasitas 
(nematóides, cestóides e trematóideos); 
• Equinos: larvas de moscas (Gasterophilus); 
• Anti-helminticos: profilaxia e manutenção 
da saúde;

Outros materiais