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METODOLOGIA DO DESIGN – CONCEPÇÃO AULA 6 Prof. Jaime Ramos 2 CONVERSA INICIAL Desenvolvimento e apresentação de projetos Olá! Bem-vindo(a)! Nesta aula, serão apresentadas as técnicas para representação de ideias e concepções de projetos. Anteriormente foram estudadas as representações bidimensionais por meio de esboços, sketches ou desenhos. Nesta, serão aprofundadas as possibilidades das representações tridimensionais, tais como modelos, maquetes, mockups e protótipos. Prototipar experiências pode parecer um pouco abstrato, mas é algo que pode ser feito também com o auxílio de representações visuais. Você verá, também nesta aula, outras formas de finalização e apresentação de projeto nas suas diferentes etapas. CONTEXTUALIZANDO Com tantas possibilidades de representação de objetos e de soluções de projeto, por meio de desenhos, inclusive com o auxílio do computador, por que ainda é tão importante a construção de modelos físicos ou protótipos? Existem algumas razões, entre elas, o fato de que, por um lado, embora seja possível representar um objeto ou solução de design em detalhes minuciosos, esse detalhamento também tem um custo que é proporcional ao tempo despendido. Por outro lado, um modelo físico permite a visualização de detalhes que poderiam ficar despercebidos nos desenhos. Além do contato visual, é possível usar o tato, e a percepção de volumes é muito facilitada. As interações e comportamentos do usuário em relação a um protótipo são muito mais facilmente testadas e analisadas. Com base nos processos de concepção e seleção de alternativas, surge a necessidade da construção de modelos ou representações tridimensionais. Os modelos iniciais, estudados anteriormente, são representações simples e rápidas. Nesta aula, serão apresentados os modelos intermediários e os modelos finalizados. Dependendo do nível de detalhamento e sofisticação desses modelos, eles podem ser chamados de mockups, maquetes, protótipos ou produtos finais. Narrativas por meio de storyboards são também técnicas que serão vistas nesta aula e que auxiliam o designer a entender melhor o usuário e suas 3 interações com os objetos e com o ambiente. Com tanto trabalho para desenvolver um projeto, não se pode falhar no momento da apresentação. É por esse motivo que o memorial descritivo e outras formas de apresentação de projetos também serão estudados nesta aula. TEMA 1 – CONSTRUÇÃO DE MODELOS INTERMEDIÁRIOS Os modelos intermediários são modelos que reproduzem parte das características do produto final sem, contudo, representá-lo integralmente. Podem ser feitos, por exemplo: para representar características formais, sem a funcionalidade do produto final. Nesse caso eles servem para testar o apelo estético e visual do produto e em alguns casos, a facilidade de acesso ao produto. Figura 1 – Modelo esculpido em clay parcialmente coberto com filme para simular acabamento final Crédito: Tramino/Getty Images Modelos ou representações tridimensionais em escala são chamados de maquetes. Maquetes em escala reduzida servem para representar objetos muito grandes, tais como construções de edifícios e de indústrias. A representação de trens e caminhões normalmente também é feita por meio de maquetes em escala reduzida, as quais servem para estudos de dimensionamentos, proporções e, principalmente, avaliação de aspectos formais e estéticos. 4 Figura 2 – Maquete de interior residencial Crédito: Sergey Nivens/Shutterstock Por outro lado, maquetes em escala ampliada podem ser usadas para representar objetos muito pequenos. Pequenos relógios, anéis com detalhes, por exemplo, são difíceis de se reproduzir por modelos. Então, para esses casos, uma maquete ampliada pode ser mais fácil de se construir do que um modelo em escala real. Às vezes é possível construir um modelo com o mesmo material do produto final, mas o mais comum é que os modelos sejam feitos com materiais mais baratos, ou mais fáceis de conformar e manipular. Outro fator limitante é o custo. Construir um modelo apenas para testes, em um projeto de joias, usando os mesmos materiais do produto final, como ouro e pedras preciosas, não faz sentido. O mais viável é representar esses objetos com outros materiais mais baratos. A utilização do mesmo material do produto final em modelos deve levar em conta também os processos de fabricação. Alguns materiais e processos utilizados em produtos só são viáveis quando produzidos em grande escala. Por exemplo: o corpo de um secador de cabelo é feito em plástico injetado e esse processo só é viável economicamente para a produção de milhares de peças. Por essa razão, nesses casos, é comum construir os primeiros modelos em outro material que possa ser esculpido ou modelado manualmente, por exemplo com o uso de moldes em argila, para a confecção de modelos em gesso, que é um material muito barato. 5 As técnicas de prototipação rápida em 3D também auxiliam na construção de modelos. Com base em um desenho em 3D feito com auxílio do computador, é possível imprimir uma peça por vez, de modelos em 3D, com um custo relativamente baixo, quando se tem uma impressora à disposição. Nesse caso, o modelo pode ser construído por processo aditivo, com material que vai sendo depositado (material adicionado) em camadas até formar a peça; ou por meio de uma máquina de usinagem CNC, nesse caso, por processo subtrativo, em que um bloco de material vai sendo esculpido (material retirado) até formar a peça desejada. Mockups são muito usados para verificar dimensionamentos, volumes e acessibilidade, do ponto de vista da ergonomia. São feitos com finalidades bem definidas ou para testar partes da solução. Por exemplo: conferir se o dimensionamento é adequado ao usuário, verificar a forma, testar o funcionamento de partes do produto. Em geral, são feitos com materiais baratos, como papel e papelão. Figura 3 – Construção de mockup de uma serra circular em papelão Crédito: Jaime Ramos. O mockup pode ser feito também apenas para verificações volumétricas, em materiais de baixo custo, como isopor, sem acabamentos. Nesse caso, é 6 chamado de protótipo “sujo” ou de “porcótico”, já que não apresenta detalhes de acabamento. TEMA 2 – MODELOS FINALIZADOS OU PROTÓTIPOS A prototipagem é a simulação de soluções por meio de modelos que reproduzem parcialmente uma ideia. O objetivo é facilitar a comunicação entre a equipe de projeto, permitindo a visualização de detalhes da forma, da função ou da facilidade de uso. Essa visualização contribui para o processo criativo, favorecendo o desenvolvimento de uma solução de Design. A construção de modelos serve como elemento de avaliação das alternativas ou da proposta final do projeto. Pode auxiliar na realização de testes com usuários em aspectos relativos à funcionalidade ou à ergonomia de um produto. Normalmente se fala em protótipos na etapa final do desenvolvimento de um projeto, mas a construção de modelos pode ser útil em várias etapas do processo de Design. Figura 4 – Modelos e protótipos desenvolvidos no processo de Design de um descascador e legumes da OXO Crédito: OXO. 7 Existem vários níveis de representação, dependendo do tipo de modelo. O protótipo físico – ou cabeça de série –, é o primeiro modelo de uma linha de produção. Nesse caso, é feito como os mesmos materiais do produto final e tem as mesmas funcionalidades. Serve para testar diversos aspectos do produto, como forma, funcionamento, comportamento de materiais e verificação dos processos. Segundo Baxter (2017), o protótipo significa literalmente o primeiro de um tipo. No início da era industrial, o protótipo era o produto feito pelo mestre, que depois deveria ser produzido em massa. No projeto de produtos, apalavra protótipo refere-se a dois tipos de representação dos produtos. Primeiro, no sentido mais preciso da palavra, refere-se à representação física do produto que será eventualmente produzido industrialmente. Em segundo lugar, usa-se o termo protótipo no sentido mais lato, para qualquer tipo de representação física como o objetivo realizar testes físicos (Baxter, 2017). Figura 5 – A indústria automobilística costuma camuflar seus protótipos de novos lançamentos para teste na rua Crédito: 360B/Shutterstock. Já o protótipo finalizado também pode ser feito com materiais semelhantes. O que distingue um protótipo é o nível de finalização ou acabamento, muito próximo do produto final. Pode ter todas as funções do produto final, mas os materiais são simulados por outros. Utilizam processos de produção artesanais para representar um produto que será feito em escala industrial. 8 Figura 6 – Protótipo de um dispositivo para cozinha em desenvolvimento Crédito: Mokuhankan/David Bull. Os protótipos digitais, por sua vez, com os sistemas de representação digital disponíveis, como os softwares de representação 3D, são modelos que apresentam todos os detalhes dos modelos físicos. Além disso, permitem a simulação de comportamentos dos materiais e da estrutura; são muito úteis na engenharia e no Design. São mais rápidos de serem feitos e mais baratos que modelos físicos, mas, do ponto de vista do Design, não eliminam totalmente a necessidade de modelos físicos para visualização da forma, interação entre os elementos e acessibilidade do usuário. 9 Figura 7 – Modelagem 3D gerada por computador Crédito: Giordano Aita/Shutterstock. Nos protótipos virtuais – com a combinação dos modelos digitais com a realidade virtual, é possível ter uma visão holográfica do produto, entrar na sua estrutura, testar a ergonomia e a acessibilidade. Essa forma de representação já é muito usada na indústria automobilística e aeronáutica; e ajuda a reduzir o tempo e os custos do projeto. Saiba mais Veja no link um vídeo sobre o uso da realidade virtual no projeto de um box para chuveiro. Disponível em: <https://youtu.be/gHZItzdAIVk>. Acesso em: 30 ago. 2019. TEMA 3 – STORYBOARD Até aqui foi estudada a construção de modelos físicos para representar um projeto, mas como representar experiências? Contar uma história com desenhos é uma maneira de prototipar uma experiência. Existe uma ferramenta para isso chamada Storyboard. Segundo Stickdorn (2014), “um storyboard é uma série de desenhos ou imagens que permitem visualizar uma sequência de eventos específica. Pode retratar uma situação comum em que um serviço é usado, ou auxiliar na implementação hipotética de um protótipo de serviço” (Stickdorn, 2014). Muito conhecido e usado na indústria do cinema e da animação, essencial para o Design de Animação, o storyboard tem também aplicação em outras áreas, tais como na publicidade e na TV. Para designers, pode ser uma https://youtu.be/gHZItzdAIVk 10 excelente maneira de explicar e descrever as interações do usuário com um produto ou serviço. Vantagens dos storyboards: • Apelo visual e acessibilidade – substituem longas explanações e são acessíveis para qualquer público, independentemente da sua formação; • Apelo emocional – permitem destacar problemas e soluções com apelo às emoções; • Aprendizado e memorização – as imagens são mais facilmente lembradas do que longos textos sobre o mesmo assunto; • Expansão de ideias – por meio das imagens pode-se expandir de forma mais espontânea as ideias, focando na informação e na experiência a ser determinada. Para criar um storyboard, podem ser necessários alguns minutos ou dias, dependendo do nível de acabamento e fidelidade, o qual depende da finalidade. Se for para uma rápida apresentação para a equipe de projetos, os desenhos podem ser mais simples. Se for algo mais elaborado para convencer clientes e investidores, serão necessários mais tempo e dedicação para fazer um trabalho com um bom acabamento. Para começar, faça desenhos bem simples no nível de rascunhos ou esquemas. Você tem dificuldade para desenhos mais elaborados? Não se preocupe! Fotografe pessoas nas poses desejadas e depois desenhe sobre as fotos complementando detalhes sobre o cenário e outros que forem necessários. Figura 8 – Etapas para refinar desenhos e ideias para o storyboard 11 Fonte: https://www.instructables.com/id/Storyboarding-for-Product-Design/. Por meio de um storyboard, é possível representar o funcionamento de um sistema de serviços – Design de serviços –, apresentando a interação do usuário com serviço e visualizando possíveis problemas ou dificuldades. Também é muito útil no desenvolvimento de interfaces produto-usuário por facilitar análise do comportamento e sentimentos do usuário (user experience). Para o Design de jogos, Credidio (2007), sugere que “a ideia é que tenhamos a representação visual do jogo explicando regras específicas, situações de gameplay, animações Para cada um dos quadros mostrados, informações de dinâmica de jogo e regras podem ser adicionadas: quantos pontos o jogador ganha ou perde, quais os itens possíveis de serem utilizados”. (Credidio, 2007). Para Fillmann (2014), no Design gráfico ou editorial, o storyboard também é chamado de boneco ou “espelho” e “faz as vezes de instrumento de comunicação entre as equipes de trabalho. Com previsão da publicação através das páginas duplas, prevê a distribuição de anúncios, a distribuição de matérias e o equilíbrio de cores, imagens e focos visuais”. (Fillmann, 2014). TEMA 4 – MEMORIAL DESCRITIVO O memorial descritivo, em projetos de Design, serve para comunicar as principais informações sobre o projeto. Essa comunicação pode ser útil para a tomada de decisão na empresa, para clientes externos ou para a sociedade. O 12 memorial pode ser apresentado no final do projeto ou em etapas intermediárias. Também é muito usado em trabalhos acadêmicos de Design para explicar, defender e convencer sobre a importância de uma ideia ou do projeto. Para atingir esses objetivos, deve apresentar as informações mais relevantes ou destaques do projeto. Não existe um modelo único para o memorial descritivo de Design. Cabe ao designer decidir quais são as informações mais importantes para cada tipo de projeto. Entretanto, em geral, pode-se dizer que ele deve conter alguns elementos, tais como: a necessidade ou demanda que forneceu a motivação principal para o início do projeto; as conclusões iniciais da pesquisa ou levantamento de dados; as principais alternativas estudadas; qual foi a escolhida e por qual razão; seu desenvolvimento; suas características mais importantes e de que forma ela é uma resposta para o problema levantado inicialmente. Um memorial descritivo pode ser montado e organizado com as principais ideias acompanhadas de textos, ilustradas com desenhos, fotos de mockups, modelos e protótipos. O conteúdo desse tipo de apresentação pode ser dividido em: • Apresentação do designer ou da equipe (não se esqueça de informar seu telefone ou e-mail); • Informações sobre o problema, soluções existentes, evolução histórica; • Informações do usuário, público-alvo ou cliente; • Solução ou conceito que foi desenvolvido para resolver o problema; • Mockups, modelos e protótipos – testes; • Informações sobre materiais e processos; • Perspectivas de mercado. O formato desse tipo de apresentação é livre e pode ser criativo. Dependendo do tipo de projeto, podem ser retirados ou incluídos novos itens. A quantidade e detalhamento de informações depende também de quem serão os leitores do painel. Para o público em geral, são suficientes apenas os principais destaques do projeto sem entrar em detalhes técnicos. Para o setor de marketing da empresa, porém, podem ser necessáriasinformações mais específicas. É interessante que o memorial descritivo tenha uma conclusão com as considerações finais e pontos importantes do projeto. Em um trabalho acadêmico, esse é também o momento de uma autoavaliação, descrevendo o 13 desenvolvimento do projeto, suas dificuldades, vantagens e limitações, bem como sugestão para futuros projetos. TEMA 5 – APRESENTAÇÃO DE PROJETOS Saber apresentar-se bem e defender o seu trabalho deve ser uma prática para qualquer aspirante a designer. Um conceito criativo só começa a tomar forma quando é possível representá-lo de alguma maneira. Por essa razão, são feitos desenhos, modelos, animações e protótipos. Entretanto, para que essa ideia seja reconhecida, é necessário convencer que ela importante para as pessoas, que de alguma forma têm ou vão ter relação com a proposta (stakeholders). Na vida profissional, essa prática é frequente. Às vezes é preciso apresentar projetos ou propostas de Design dentro da empresa em que se trabalha, para a empresa contratante ou ainda para o público em geral. A apresentação do projeto pode ser necessária em diferentes etapas. O mais comum é que ocorra no final da pesquisa, no final da geração de alternativas, com o projeto viabilizado e pronto para entrar em produção. Essas etapas são atreladas ao cronograma do projeto e do cumprimento delas, dependendo, muitas vezes, do pagamento do designer. O primeiro ponto a ser levado em conta em uma apresentação é o público que irá vê-la. É para uma equipe de designers? É para áreas relacionadas com o desenvolvimento de projetos? As áreas de administração e de marketing normalmente não têm muito conhecimento do processo do Design e pode ser importante fornecer a eles alguns detalhes desse processo. Os interesses são diferentes também dependendo da área. Falar do quanto uma proposta poderia aumentar as vendas pode provocar muito interesse na área comercial, mas não seria o foco para alguém da área de processos produtivos e vice-versa. O segundo ponto é adequação ao tempo. Apresentações de aproximadamente um minuto, chamadas de pitch elevator, às vezes são necessárias e exigem grande poder de síntese. Imagine alguém que tenha a oportunidade de apresentar uma ideia para um potencial investidor com pouco tempo. Se o apresentador começar falando sobre a previsão do tempo pode ser que não consiga falar sobre a sua proposta. Por outro lado, quando temos bastante tempo, por exemplo 30 minutos, aproveitar bem esse tempo demonstra que temos uma proposta consistente. 14 Terceiro ponto: fuja dos “achismos”, do “fiz assim porque achei bonito”, pois isso demonstra falta de profissionalismo e expõe sua proposta imediatamente às críticas (outro pode achar que ficou feio, por exemplo). O empresário vai querer saber de que forma aquela solução vai impactar nos consumidores. Informações sobre tendências, teoria da forma (gestalt), psicologia das cores, tipografia, materiais e processos vão te ajudar a dar fundamentos técnicos para a proposta. Compartilhe sobre os desafios do projeto e sobre como você os resolveu: a pesquisa, as principais alternativas e as escolhas do projeto. Enfim, esteja preparado também para responder a eventuais perguntas que podem emergir do perfil da audiência. A atitude de “chutar” uma resposta errada pode ter resultados desastrosos para a sua apresentação. Finalmente, como o projeto começa com base em ideias, é importante falar de como a solução apresentada atende, ou supera, ao briefing inicial. Quais são os seus destaques e perspectivas de sucesso. Mantenha a mente aberta para receber críticas e sugestões. Saiba mais Veja agora uma apresentação do processo de criação de um logo para a New York public library. Disponível em: <https://youtu.be/6_GXiuV-mlo>. Acesso em: 30 ago. 2019. TROCANDO IDEIAS Assista agora ao vídeo do escritório de design “Tátil Design”, no link a seguir, sobre a criação de logo para as Olímpiadas de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, e analise quais foram os aspectos, técnicas ou etapas de projeto, tratados na disciplina de Metodologia do Design – Concepção e que também aparecem na apresentação da Tátil. Discuta com seus colegas via fórum a importância da apresentação dessas etapas para valorizar uma proposta. Disponível em: <https://vimeo.com/18331485>. Acesso em: 30 ago. 2019. https://youtu.be/6_GXiuV-mlo https://vimeo.com/18331485 15 NA PRÁTICA Monte uma apresentação, com um minuto de duração, para uma ideia que você tenha desenvolvido, use como referência o que foi visto nos temas 4 e 5. Convide alguém para assistir a sua apresentação. FINALIZANDO Nesta aula, foram abordadas as técnicas que auxiliam na materialização de ideias. Representações bi e tridimensionais, tais como modelos, maquetes, mockups e protótipos, auxiliam não apenas no desenvolvimento de uma ideia, mas também para fundamentar a apresentação e defesa de uma proposta. Você já deve ter visto em algum momento um cartaz próximo a um objeto dizendo “Não Toque”. Isso é feito, às vezes, quando o objeto é frágil ou muito valioso e poderia ser danificado com o manuseio contínuo. Nesses casos, o cartaz é colocado para evitar algo que é do instinto humano: usar o tato para complementar a visão. Assim, modelos físicos tridimensionais atendem a essa necessidade e promovem uma interação mais completa entre usuário e objeto. Um bom Design é aquele que é feito para pessoas. Uma forma de melhor compreendê-las e também suas interações com o Design é construir storyboards, descrevendo visualmente essas relações. Lembre-se de que não é nada bom “nadar muito e morrer na praia”. Não basta trabalhar com afinco em cada uma das etapas de um projeto, é preciso saber apresentá-lo e defendê-lo bem, tanto em atividades acadêmicas quanto em atividades profissionais. Isso pode ser determinante para conquistar apoio para uma proposta e garantir que ela terá continuidade. É claro que a ideia tem de ser relevante, mas é preciso saber comunicá-la, seja por meio de um memorial descritivo, seja por meio de apresentações ao vivo ou ainda a distância. 16 REFERÊNCIAS BAXTER, M. Projeto de produto: guia prático para o design de novos produtos. Tradução de Itiro Iida. 3. ed. São Paulo: Blucher, 2017. CREDIDIO, D. C. Metodologia de Design aplicada à concepção de jogos digitais. 2007. 90 f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Design, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007. FILLMANN, M. C. F. Storyboard: uso estratégico da ferramenta no planejamento de revistas. In: 11º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design [= Blucher Design Proceedings, v. 1, n. 4]. São Paulo. Anais... São Paulo: Blucher, 2014. p. 1090-1100. STICKDORN, M. Isto é Design thinking de serviços. Tradução de Mariana Bandarra. Porto Alegre: Bookman, 2014. CONVERSA INICIAL Desenvolvimento e apresentação de projetos CONTEXTUALIZANDO TEMA 1 – CONSTRUÇÃO DE MODELOS INTERMEDIÁRIOS TEMA 2 – MODELOS FINALIZADOS OU PROTÓTIPOS TEMA 3 – STORYBOARD TEMA 4 – MEMORIAL DESCRITIVO TEMA 5 – APRESENTAÇÃO DE PROJETOS TROCANDO IDEIAS NA PRÁTICA FINALIZANDO REFERÊNCIAS
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