Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Leptospirose @diaveterinario IMPORTÂNCIA → Incidência anual: mais de 1 milhão de casos no mundo 60 mil mortes → Doença endêmica → Letalidade 9% → Várias espécies susceptíveis (mamíferos) → América Latina, Ásia, África, Nações Insulares HISTÓRIA → 1800: Cairo Caso de Icterícia Infecciosa → 1886: Alemanha Weil → 1ª Guerra Mundial (França) 350 casos → 1915: Primeiro Isolamento (Japão) → 1917 Gênero Leptospira (Forma espiralada) Descrita no Brasil em ratos → 1940: 11 Cães (Rio de Janeiro) → Doença associada a área rural → Doença ocupacional Lavoura de Arroz Limpeza de esgotos Açougueiros Pescadores Médicos Veterinários Militares NOTIFICAÇÃO → Imediata (em até 24h) de todo caso suspeito, para secretaria municipal da saúde (em humanos) → Mensal de todo caso confirmado, para o ministério de agricultura (em animais) CICLO EPIDEMIOLÓGICO → Carreadores assintomáticos (roedores) → Animais Selvagens → Animais domésticos e de rebanho → Água e solo → Seres Humanos AGENTE ETIOLÓGICO → Aeróbica obrigatória → Gram negativa → Bactéria Espiroqueta → Família Leptospiracea → Não se replica no ambiente → Sobrevive na água e solo lamacento por até 6 meses → Ausência de UV → 23 espécies As espécies patogênicas são distribuídas nos Grupos I e II → As leptospiras do Grupo I (+ de 250 sorotipos) Doenças graves A Leptospira interrogans, com seus múltiplos sorotipos, é o agente mais comum → As leptospiras do Grupo II Autolimitadas Doenças mais brandas → As demais espécies são saprófitas HOSPEDEIROS → Roedores sinantrópicos Rattus norvegicus (rato de esgoto) → Ruminantes → Suínos → Equinos → Canídeos → Roedores → Felinos São mais resistentes → Alguns sorovares possuem afinidades com hospedeiros específicos. TRANSMISSÃO → Contato direta ou indireta a urina (ou outros fluidos corporais, exceto saliva) de animais infectados; → Penetração ocorre através de: Pele com lesões Pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada Mucosas → Contato com água, solo ou alimentos contaminados com a urina de animais infectados. → Pessoa para pessoa (raro) PERÍODO DE INCUBAÇÃO/APRESENTAÇÃO → 1 a 30 dias → Frequente em 5 a 14 dias PATOGENIA → Pele lesada ou mucosas Penetração → Multiplicação na circulação sanguínea Leptospiremia • Período de Incubação → Órgãos alvo: Rins Fígado Replicação Epitélio tubular renal APRESENTAÇÃO CLÍNICA → Assintomático → Subclínica → Casos graves → Caracterizada em 2 fases: Fase precoce: • Leptospiremia e Febre • 7 dias • Agente pode ser isolado do sangue Fase tardia • Leptospirúria • 2 a 3 meses • Rim e Urina → Infecções crônicas em animais: Aborto Nefrite intersticial Uveíte Infertilidade LEPTOSPIROSE NOS CÃES → Hemorrágica aguda → Ictérica → Subaguda ou urêmica → Inaparente → Sinais Clínicos: Febre Mialgia Quadro Hemorrágico Icterícia Vômito e/ou diarreia Septicemia (filhotes) LEPTOSPIROSE NOS SUÍNOS → Febre → Icterícia → Aborto/Natimorto LEPTOSPIROSE NOS BOVINOS → Aborto/Natimorto → Baixo índice de reprodução → Queda na produção do leite → Alteração na cor do leite → CCS alto → Febre → Anorexia LEPTOSPIROSE NOS EQUINOS → Inaparente (normalmente) → Sinais Clínicos Conjuntivite Uveíte Aborto/Natimorto LEPTOSPIROSE NOS HUMANOS → Manifestação na fase precoce: Febre Dor de cabeça Dor muscular, principalmente nas panturrilhas Falta de apetite Náuseas/Vômitos → Manifestação na fase tardia: Síndrome de Weil (tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias) Síndrome de hemorragia pulmonar (Lesão pulmonar aguda e sangramento maciço) Comprometimento pulmonar (tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica) Síndrome da angustia respiratória aguda (SARA) Manifestações hemorrágicas (pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central) – Heparinização DIAGNÓSTICO → Direto Sangue e Urina Microscopia de campo escuro Sorologia: teste pareado com aumento de título de 4x → Indireto Pesquisa Ac ELISA: IgM (Triagem) Teste de Aglutinação Microscópica (Confirmatório) → Confirmação: Isolamento de Leptospira de um espécime clínico Aumento de quatro vezes ou maior na aglutinação de Leptospira entre espécimes de soro agudo e convalescente estudados no mesmo laboratório Demonstração de Leptospira em tecido por imunofluorescência direta, Aglutinação de ≥ 800 por Teste de Aglutinação Microscópica (MAT) em um ou mais espécimes de soro Detecção de DNA patogênico de Leptospira (por exemplo, por PCR) a partir de um espécime clínico. PREVENÇÃO → Vacinação (evita o adoecimento e transmissão da doença por aqueles sorovares que a vacina protege) Cães Bovinos Equinos Suínos FATORES DE RISCO → Animais não vacinados → Animais errantes → Enchentes → Ausência de saneamento básico → Contato com animais silvestres → Idade
Compartilhar