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Leptospirose: etiologia, epidemiologia, patogenia, tratamento e profilaxia.

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Doença crônica em bovinos e aguda em cães
Pode afetar diversos mamíferos, mais comum em: cães,
bovinos, suínos e humanos.
Não são todos mamíferos que apresentam sinais clínicos,
mas muitos são capazes de transmitir.
Animais vacinados apresentam sinais clínicos brandos.
Doença de enorme POLIMORFISMO CLÍNICO.
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA:
Alta letalidade em
jovens ( até 60%)
Monyk Dias
Diminuição da
produção de leite
Saúde pública
(trata-se de uma
ZOONOSES) Gera transtornos reprodutivos
(Aborto, natimortos, feto mumificado,
nascimento de animais fracos).
Pode conter
sangue no leite
São espiroquetas: espiraladas e possuem ganchos, fazem
movimento em hélice e penetram mucosas íntegras
ETIOLOGIA:
Gênero Leptospira
Gram negativaBactérias móveis
Sobrevivem em
meio alcalino
São aeróbias
Nas vacinas existem representantes de sorovares mais
comuns e patogênicos. 
Apenas um representante de sorovar do subgrupo é
suficiente para garantir imunização contra ele. 
Cada sorovar possui tropismo por uma espécie
específica, mas podem atingir outras também. 
Os sorovares da leptospirose animal podem ser o mesmo
da leptospirose humana
 
Dividida em 28
subgrupos
Grupo de sorovares que
aglutinam com os mesmo
anticorpos (reatividade
cruzada), ou seja, similares
Monyk Dias
CLASSIFICAÇÃO:
Sorológica
Espécie não-patogênica: Leptospira biflexa (Saprófita)
Espécie patogênica: Leptospira interrogans
Espécie 
interrogans
+ 250
sorovares
Membro da espécie que possui
antígenos lipopolissacarídeos
específicos (únicos) e cada um
possui tropismo por um sistema.
SOROVARES MAIS COMUNS E PATOGÊNICOS:
Pomona, Icterohaemorrhagiae, Grippotyphosa,
Canicola, Hardjo e Wolffi
Pomona, Icterohaemorrhagiae, Canicola e Bratislava
Pomona, Icterohaemorrhagiae, Canicola e Tarassovi
Icterohaemorrhagiae
Monyk Dias
CLASSIFICAÇÃO:
Genética
Não é utilizada na rotina, é mais comum em pesquisas
Caracterizou 21 genomoespécies e +300 sorovares,
divididas em:
PATOGÊNICAS
 Leptospira alexanderi, Leptospira weilii, Leptospira
borgpetersenii, Leptospira santarosai, Leptospira kmetyi,
Leptospira alstonii, Leptospira interrogans, Leptospira
kirschneri e Leptospira noguchii...
LEPTOSPIURIA
Contaminação 
INTERMEDIÁRIAS
 
NÃO PATOGÊNICAS
 
Leptospira licerasiae, Leptospira wolffii, Leptospira fainei,
Leptospira inadai e Leptospira broomii...
Leptospira idonii, Leptospira vanthielii, Leptospira biflexa,
Leptospira wolbachii, Leptospira terpstrae, Leptospira meyeri
e Leptospira yanagawae...
EPIDEMIOLOGIA:
ANIMAIS
INFECTADOS
Contato ou
ingestão
Pele e mucosa de
mamíferos 
A leptospira pode ficar alojada em glomérulos renais,
mesmo com a cura clínica do animal (realizar
antibioticoterapia corretamente).
Alcaliniza a urina dos animais com urina mais ácida.
Roedores podem transmitir por mais de 8 meses
Os cães normalmente voltam apresentar sintomas se a
bactéria não for completamente eliminada.
Os bovinos tendem a portar a bactéria de maneira
crônica e continuar transmitindo.
VIAS DE TRANSMISSÃO: Fômites, pastagem, água e
sêmen.
PORTA DE ENTRADA: Mucosas e pele.
VIAS DE ELIMINAÇÃO:
Urina de animais infectados
Monyk Dias
Sêmen contaminado
FONTE DE INFECÇÃO: Animais infectados
FATORES DE RISCO:
Monta natural, IA com touro de repasse,
receptoras de embriões positivas e ingestão
de água contaminada.
Animais utilizados para reprodução,
frequentar poças de água, frequentar canil,
pet-shop/creches e não serem vacinados
Animais silvestres e animais domésticos que não
desenvolvem a doença clínica, são capazes de manter
a Leptospira na natureza (continuam transmitindo).
Monyk Dias
Os gatos se infectam e transmitem, mas
NÃO apresentam sinais clínicos. Acredita-
se que criaram resistência genética por
predarem ratos. NÃO recebem tratamento
se estiverem reagentes.
Atinge todas as idades, mais letal em jovens.
Não possui preferência por raça ou sexo
Alta densidade animal, terrenos úmidos e água
contaminada facilita a transmissão
Acontece em qualquer época do ano, mas os riscos
são maiores em estações chuvosas.
Sensíveis a desinfetantes comuns: ácido clorídrico 2%,
fenóis 0,5%, formalina 0,25%, cloreto de cálcio 0,025%
Morrem facilmente em suco gástrico e urina ácida
Sobrevivem até 24h em urina neutra ou alcalina
Em leites de vacas saudáveis sobrevive pouco
Na água sobrevivem até 3 semanas
PATOGENIA:
Atinge pele
ou mucosa
BACTEREMIA
Leptospira atinge a
circulação sistêmica,
por 2 a 5 dias. Sinais
inespecíficos: febre,
apatia, anorexia, etc.
GENERALIZAÇÃO
Lesão em órgão alvo:
pulmão, úbere, baço,
útero, vasos umbilicais,
capilares, meninges,
RINS e FÍGADO.
A bactéria faz agregação celular no endotélio e
glomérulos renais, para se defender do sistema imune
SINAIS CLÍNICOS:
Monyk Dias
Capaz de formar biofilme na superfície renal ou em
superfícies do ambiente
Por isso o exames deve ser repetido após 20 a 30d da
estabilização clínica e, se necessário, prescrever um
antibiótico que elimine o reservatório renal. 
Inespecíficos: Vômito, anorexia, apatia e desidratação
Icterícia: quanto maior grau, maior envolvimento
hepático e pior prognóstico
A sobrevida é determinada pelo grau de preservação de
tecido pulmonar, hepático e renal.
Lesões se concentram em vasos sanguíneos
(vasculite), rins (inflamação, degeneração e
nefrite tubular aguda) e fígado (necrose focal e
inflamação crônica). 
Forma aguda (mais frequente em filhotes): febre,
debilidade e dor muscular, apatia, icterícia,
vômito, epistaxe, oligúria e petéquias.
Forma crônica: Pode apresentar febre, anorexia,
vômito, poliúria, polidipsia, insuficiência hepática
e renal, icterícia, ascite, nefrite intersticial, uremia 
e hemorragia interna. Em alguns casos, uveíte e
processos respiratórios.
Forma aguda: febre, anorexia e vômito.
Forma crônica: aborto, leitões fracos, repetição
de cio e infertilidade.
Forma crônica (mais comum): aborto, mastite,
bezerros fracos.
Alterações hepáticas, renais e oftálmicas (comuns)
Monyk Dias
DIAGNÓSTICO:
Clínico: histórico, vacinação atrasada ou
ineficaz e presença de roedores
Análise bioquímica: azotemia, elevação de
ALT, AST e FA.
Hemograma: Leucopenia (início), neutrofilia
com desvio a esquerda, trombocitopenia.
Urinálise: Piúria, bilirrubinúria, cilindrúria.
Soroaglutinação macroscópica
(MAT ou SAM).
É o exame específico para diagnóstico, mais utilizado na rotina.
Mantem-se sorovares vivos no laboratório, no soro em teste
adiciona-se os sorovares mais importantes para a espécie em
questão, se as bactérias se paralisarem significa que existe
anticorpos no soro (animal doente).
Esse teste é feito em distintas diluições, se o animal continua
positivo em diluições muito altas, significa que possui maior
grau de infecção.
Cães não vacinados já são considerados positivos a partir de
1:100, já os vacinados a partir de 1:200. Os bovinos não
vacinados são considerados positivos também a partir de 1:100
e os vacinados somente a partir de 1:800. 
PROFILAXIA:
Monyk Dias
Para esse exame o sangue deve ser coletado SEM
ANTICOAGULANTES, o soro não pode estar hemolisado.
Também podem ser utilizados: sêmen e restos de placenta
refrigerado.
TRATAMENTO:
Enquanto estiver com sinais gastrointestinais:
Ampicilina 20–30 mg/kg/IV/q6–8h
Penincilina G 25,000–40,000 U/kg/IVq6–8h 
Com os sinais gastrointestinais contidos:
Doxiciclina 5 mg/kg/VO/BID ou 10 mg/kg/VO/SID
durante 14 dias.
Se o estado de portador renal não for corrigido:
realizar estreptomicina em pacientes com o estado
renal estável (nefrotóxica)
5 a 10 mg/kg/SID/SC ou IM durante 3 dias
REALIZAR TAMBÉM O TRATAMENTO SUPORTE,
FLUIDOTERAPIA E SUPORTE RENAL
Estreptomicina 12/mg/IM/3d
Di-hidroestreptomicina: IM dose única, não é
eficiente para harjo
Oxitetraciclina 800g/ton ração 8 a 11 dias.
Di-hidroestreptomicina: 25 mg/kg/
Animais que não desenvolvem a forma clínica não são
tratados, como os gatos.
Controle de roedores
Vacinação em cães que frequentam aglomerações
Tratar doentes
Exames sorológicos em rebanhos
Evitar contato com áreas alagadiças
Medidas de saneamento básicoEPI para técnicos que trabalham em laboratórios que
realizam os testes
Somente utilizar animais negativos para reprodução
Evitar banhos com outros animais (por exemplo: humanos
e animais)
VACINAS CANINAS
Monyk Dias
V8: L. canicola e L. icterohaemorrhagiae
V10: Leptospira canicola, L. grippotyphosa, L.
icterohaemorrhagiae e L. pomona
V12: Leptospira canicola, L. grippotyphosa, L.
icterohaemorrhagiae, L. pomona, L
copenhageni, L. hardjo e L. pyogenes. 
VACINAS BOVINAS
Em bovinos, suínos e equinos realizar a vacinação
semestralmente, após o desmame.
LEPTO-BOV-6: L. hardjo, L. wolffi, L. pomona,
L. icterohaemorrhagiae, L. grippotyphosa e L.
canicola
REPRO 12: L. hardjo, L. wolffi, L. pomona, L.
icterohaemorrhagiae, L. grippotyphosa e L.
canicola, L. tarassovi, L. Gryppotyphosa

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