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Universidade Federal do Ceará – UFC Centro de Ciências Departamento de Física Disciplina de Física Experimental para Engenharia Semestre 2019.2 PRÁTICA 08 VELOCIDADE DO SOM Aluno (A): Marisa Queiroz Mendonça Curso: Engenharia Ambiental Matricula: 473829 Turma: 27 Professor: Luiz Felipe Data de realização da prática: 06/09/2019 Horário de realização da prática: 10:00 – 12:00 20 de setembro de 2019. 2 1. Objetivos - Determinação da velocidade do som no ar como uma aplicação de ressonância. - Determinação da frequência de diapasão. 2. Material - Cano de PVC com êmbolo; - Celular com o aplicativo “Gerador de Frequência”, que pode ser obtido no Google Play; - Diapasão de frequência desconhecida; - Martelo de borracha; - Termômetro digital; - Paquímetro; - Trena. 3 3. Introdução Parafraseando o site Info Escola sobre o assunto “Velocidade do Som”: Existem registros do ano de 1635, em que o filósofo matemático Pierre Gassendi seria o responsável pela medição da velocidade do som quando comparava o tempo de clarão e disparo de um canhão, o resultado que obteve foi de 478 m/s. Tempos depois, uma equipe da Academia de Ciências Parisiense obteve o valor de 344 m/s a 20 ºC, bem mais preciso que o de Pierre. Complementando, o texto de Estudo Prático diz: “Por ser uma onda mecânica longitudinal, o som se propaga por meio de pequenas variações do meio material, ou seja, microscópicas contrações e expansões dos materiais que provocam esse tipo de onda. Dessa forma, conclui-se que o meio em que o som se propaga afeta a sua velocidade, da mesma forma que a temperatura e a pressão. ” Um termo conhecido sobre esse conteúdo é a barreira do som. Esse fenômeno ocorre quando um avião atinge uma velocidade extremamente alta, rompendo o limite de velocidade das ondas emitidas por ele mesmo. Se a velocidade do avião for a mesma dessas ondas, ele comprimi-as-rá provocando uma espécie de “nuvem” na sua frente, a barreira de ar, conhecida como barreira do som. Numa velocidade maior ainda, essa barreira é superada, provocando um forte estrondo. Figura 1: Avião rompendo a barreira do som Fonte: http://www.avioesemusicas.com/voo-supersonico-e-vidracas- quebradas.html http://www.avioesemusicas.com/voo-supersonico-e-vidracas-quebradas.html http://www.avioesemusicas.com/voo-supersonico-e-vidracas-quebradas.html 4 A prática ocorreu com a divisão de grupos e sobre a bancada haviam os materiais necessários para realizar o experimento. Primeiramente, foi preciso medir a temperatura da sala, depois o diâmetro do cano de PVC, o comprimento máximo que a coluna de ar poderia assumir dentro do cano e configurar o aplicativo do celular na frequência de 540 Hz. Logo após, começamos a parte fiel da aula, que consistia em aproximar o celular do cano e regular o comprimento da coluna de ar conforme fosse possível determinar os pontos de ressonância. Esses pontos eram encontrados quando o a amplitude da onda atingia o seu máximo e lá permanecia constante, sem que houvesse absoluta oscilação. 4. Procedimentos Todo objeto possui uma frequência natural de vibração, essa frequência significa que a vibração é efetuada com maior facilidade e quer dizer que há melhor aproveitamento de energia recebida. Quando isso acontece, o corpo está reconhecendo a vibração fornecida e ela faz uma espécie de bate e volta, esse fenômeno se chama ressonância. A frequência lançada é reconhecida pela natural e a ressonância acontece, se isso acontece de forma regular, a amplitude da onda pode se tornar muito grande. Graças à essas características, é possível calcular a velocidade do som no ar e foi esse o objetivo da aula prática. Para a execução, um cano de PVC com um êmbolo em seu interior foi manuseado. A frequência era emitida através do celular na boca do cano e era necessário aguçar a audição para perceber se houve mudança no som e se sim, se ele é realmente o ponto de ressonância ou se está oscilando. A partir da boca do cano, com o aumento do comprimento da coluna de ar promovido pelo movimento do êmbolo, o som atinge sua intensidade máxima numa distância nomeada h1. Continuando esse aumento, chegará em uma distância para a segunda intensidade, h2. Figura 2: Onda Estacionária Fonte: https://www.infoescola.com/fisica/onda-estacionaria/ https://www.infoescola.com/fisica/onda-estacionaria/ 5 Ondas estacionárias apresentam frequência constante e os pontos representados na imagem acima são ventre (V) e nó (N). Esses indicam, respectivamente, os picos de uma onda e o outro ponto indica onde ela permancerá fixa. Com essas ondas estacionárias, h1 apresenta um nó na superfície e um ventre na boca do cano e h2 um nó na superfície e outro na boca do cano. A distância entre os dois é meio comprimento de onda, logo: h2 – h1 = λ/2, onde λ é o comprimento da onda. v = 2(h2 – h1) f, onde v é velocidade da onda e f é frequência. Com essa última fórmula, é possível se calcular a velocidade de propagação do som. PROCEDIMENTO 1: Determinação da velocidade do som no ar. 1.1 Ajuste a frequência do Gerador de Frequência para 540 Hz. 1.2 Coloque o alto-falante do celular próximo da boca do cano de PVC, cerca de 1,0 cm de distância. 1.3 Mantendo o celular na boca do cano, movimente o êmbolo de modo a aumentar o comprimento da coluna de ar do cano. Fique atento a intensidade sonora. Quando a intensidade atingir um máximo, meça o comprimento h1. Repita o procedimento para h2 e h3. 1.4 Fazendo um rodízio nas atividades de cada estudante para permitir medidas independentes, repita o procedimento de modo a obter mais dois conjuntos de dados. 1.5 Anote na Tabela 8.4 as medidas obtidas independentemente e a média. Tabela 8.4. Medidas individuais e valores médios. Estudante 1 Estudante 2 Estudante 3 Média (cm) h1 (cm) 13,6 - - 13,6 h2 (cm) 46,5 - - 46,5 h3 (cm) 78,1 - - 78,1 1.6 Anote a temperatura ambiente: 25,9 ºC 1.7 Meça o comprimento máximo que a coluna de ar pode ter no cano utilizado: 115,5 cm 1.8 Meça, com o paquímetro, o diâmetro interno do cano: 4,66 cm ou 46,6 mm. 6 PROCEDIMENTO 2: Determinação da frequência de um diapasão. Tabela 8.5. Medidas individuais e valores médios para o diapasão Estudante 1 Estudante 2 Estudante 3 Média (cm) h1 (cm) 19,9 - - 19,9 h2 (cm) 60,8 - - 60,8 h3 (cm) 98,1 - - 98,1 5. Questionário 1 – Determine a velocidade do som: V(m/s) A partir dos valores médios de h1 e h2 355,28 A partir dos valores médios de h2 e h3 341,28 Valor médio 348,30 V = 2(h2 – h1)f V = 2(h3 – h4)f Valor médio V = 2(0,465-0,136) V = 2(0,781 – 0,465) (355,32 + 341,28)/2 V = 355,32 V = 341,28 = 348,30 2 – Calcule a velocidade teórica do som no ar, utilizando a equação da termodinâmica: V = 331 + (2/3)T em m/s Onde T é a temperatura ambiente em graus Celsius durante o experimento. (A velocidade do som no ar a 0ºC é 331 m/s. Para cada grau centígrado acima de 0ºC, a velocidade do som aumenta 2/3 m/s). V = 331 + 2/3 * 25,9 V = 348,27 m/s 3 – Calcule o erro percentual entre o valor da velocidade de propagação do som no ar obtido experimentalmente (questão 1) e o calculado teoricamente (questão 2). 348,3 --- 100% 348,27 ---- x x ≅ 99,99% 100% - 99,99% = 0,01% 7 4 – Quais as causas prováveis dos erros cometidos na determinação experimental da velocidade do som nesta prática? Provavelmente a medição da distância do cano ou o ponto de ressonância não foi o correto, já que a audição não é tão precisa e exata para que houvesse confiabilidade total no que estava escutando. 5 – Nesta prática, foram observadas experimentalmente três posições de máximosde intensidade sonora. Calcule as posições esperadas para o quarto e o quinto máximos de intensidade sonora. Esses máximos poderiam ser observados com o material utilizado nesta experiência? Justifique. h4 = 7 * h1 h5 = 9 * h1 h4 = 7 * 13,6 h5 = 9 * 13,6 h4 = 95,2 cm h5 = 122,4 cm O máximo de intensidade sonora de h4 seria possível, mas h5 não, pois o comprimento do cano era de apenas 115,5 cm. 6 – Qual a frequência do diapasão fornecido? V = 2(0,602 – 0,199)f Valor médio: 348,3 = 0,806 * f (432 + 459)/2 = 445,5 F1 = 432 ≅ 446 Hz V = 2(0,981 – 0,602)f 348,3 = 0,758f F2 = 459 7 – Quais seriam os valores de h1, h2 e h3 se o diapasão tivesse a frequência de 500 Hz? (Não considerar a correção de extremidade). V = 4 * h1 * f 348,3 = 4 * h1 * 500 h1 = 0,174 m h2 = 3 * h1 h2 = 3 * 0,174 h2 = 0,522 m h3 = 5 * h1 h3 = 5 * 0,174 h3 = 0,833 m 8 6. Conclusão Com o decorrer da atividade prática é possível saber como calcular a velocidade do som, embora durante a aula estivéssemos expostos a inúmeras interferências, como barulho e distrações, e ainda analisar quesitos pouco conhecidos sobre o conteúdo, como a diferença de temperatura e a densidade do ar influenciando no valor. É um contexto extremamente importante para com o ramo da engenharia, pois sua análise implica em estruturas de construções, um erro em seu cálculo pôde desestruturar a ponte Tacoma Narrows graças ao fenômeno da ressonância, pois os ventos que passavam a mesma alcançaram a amplitude máxima do som emitido pela ponte, fazendo com que desabasse após oscilar por muito tempo. 7. Referências Publicado por: Natália Petrin em Estudo Prático. A Velocidade do Som. <https://www.estudopratico.com.br/a-velocidade-do-som/> Acesso em 17/09/19. Publicado por: Luiz Bruno Vianna em Info Escola. A Velocidade do Som. <https://www.infoescola.com/fisica/velocidade-do-som/> Acesso em 17/09/19. Imagens: Publicado por: Lito em Aviões e Música. Voo Supersônico e Vidraças Quebradas. <http://www.avioesemusicas.com/voo-supersonico-e-vidracas- quebradas.html> Acesso em 17/09/19. Publicado por: Thyago Ribeiro em Info Escola. Onda estacionária. <https://www.infoescola.com/fisica/onda-estacionaria/> Acesso em 17/09/19. https://www.estudopratico.com.br/a-velocidade-do-som/ https://www.infoescola.com/fisica/velocidade-do-som/ http://www.avioesemusicas.com/voo-supersonico-e-vidracas-quebradas.html http://www.avioesemusicas.com/voo-supersonico-e-vidracas-quebradas.html https://www.infoescola.com/fisica/onda-estacionaria/
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