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DEFINIÇÃO • é um crescimento semelhante a tumor da cavidade oral que, tradicionalmente, tem sido considerado como tendo natureza não-neoplásica; • represente uma resposta tecidual a um irritante local ou a um trauma; • Apesar de seu nome, não é um granuloma verdadeiro. • a irritação e a inflamação gengivais resultantes da má higiene oral podem ser fatores precipitadores; FATORES CAUSAIS • Placa e calculo dental; • Trauma local de baixa intensidade; • Medicamentos específicos : nifedipina, ciclosporina, anticonvulsivantes; CARACTERÍSTICAS CLINICAS • é um aumento de volume com superfície lisa ou lobulada, que usualmente é pedunculada, embora algumas lesões sejam sésseis; • A superfície é caracteristicamente ulcerada e varia do rosa ao vermelho ao roxo, dependendo da idade da lesão; • Granulomas piogênicos jovens têm aparência altamente vascular, enquanto lesões mais antigas tendem a se tornar mais colagenizadas e apresentar coloração rosa; • Seu tamanho pode variar de pequenos crescimentos com poucos milímetros, a grandes lesões que podem medir vários centímetros de diâmetro; • podem exibir um crescimento rápido, o que pode alarmar tanto o paciente quanto o clínico, que poderão temer uma lesão maligna. • embora em geral sangre facilmente devido à sua extrema vascularização; • o crescimento é indolor; • Os granulomas piogênicos orais mostram uma marcante predileção pela gengiva, representando 75% dos casos; • Os lábios, a língua e a mucosa jugal são as outras localizações mais comuns; • As lesões são ligeiramente mais comuns na gengiva superior do que na gengiva inferior, sendo as áreas anteriores mais frequentemente afetadas do que as posteriores; • Essas lesões são mais comuns na face vestibular da gengiva do que na face lingual, sendo que algumas lesões estendem-se por entre os dentes, envolvendo tanto a gengiva vestibular quanto a lingual; • ele é mais comum em crianças e adultos jovens; • predileção pelo gênero feminino, possivelmente devido aos efeitos vasculares dos hormônios femininos; • Os granulomas piogênicos da gengiva frequentemente se desenvolvem em mulheres grávidas, quando os termos tumor gravídico ou granuloma gravídico geralmente são usados. Tais lesões podem começar a se desenvolver durante o primeiro trimestre, e sua incidência aumenta a partir do sétimo mês de gravidez. O crescimento gradual no GRANULOMA PIOGÊNICO Granuloma piogênico desenvolvimento destas lesões durante a gravidez pode estar relacionado ao aumento dos níveis de estrogênio e progesterona com a progressão da gravidez. Após a gravidez, com o retorno dos níveis hormonais normais, alguns destes granulomas piogênicos resolvem-se sem tratamento ou sofrem maturação fibrosa e lembram um fibroma; CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • uma proliferação altamente vascular, semelhante ao tecido de granulação; • infiltrado inflamatório misto de neutrófilos, plasmócitos e linfócitos; • Os neutrófilos são mais prevalentes próximo à superfície ulcerada, enquanto as células inflamatórias crônicas são encontradas profundamente no espécime; • Lesões antigas podem ter áreas com aparência mais fibrosa; • superfície é ulcerada e substituída por uma espessa membrana fibrinopurulenta; • Revestimento epitelial parcialmente ulcerado; • Numerosos canais pequenos e grandes, delimitados por endotélio, são formados e apresentam-se obliterados por hemácias; TRATAMENTO E PROGNOSTICO • excisão cirúrgica conservadora, que usualmente é curativa; • O espécime deve ser submetido a exame microscópico para afastar o diagnóstico de lesões mais graves; • Para lesões gengivais, a excisão deve ser estendida para a região subperióstica e os dentes adjacentes devem ser raspados de modo eficaz, para remover qualquer fonte de irritação contínua. Ocasionalmente, a lesão recidiva, e a reexcisão é necessária. Em raras situações são notadas múltiplas recidivas. • A taxa de recidiva é alta para os granulomas piogênicos removidos durante a gravidez, e algumas lesões irão se resolver espontaneamente após o parto. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL • Hiperplasia gengival inflamatória; • Fibroma ossificante periférico; • Lesão periférica de células gigantes; • Hemangioma; DEFINIÇÃO • é um crescimento semelhante a tumor relativamente comum na cavidade oral; • Provavelmente não representa uma neoplasia verdadeira, mas sim uma lesão reacional causada por irritação local ou trauma; • Alguns pesquisadores acreditam que as células gigantes apresentam características imunoistoquímicas de osteoclastos, enquanto outros autores têm sugerido que a lesão é formada pelo sistema fagocítico mononuclear. CARACTERÍSTICAS CLINICAS • ocorre exclusivamente na gengiva ou no rebordo alveolar edêntulo, apresentando-se como um aumento de volume nodular de coloração que varia do vermelho ao vermelho- azulado; • Lesão benigna, proliferativa e reacional; • A maioria das lesões têm menos que 2 cm de diâmetro, embora grandes lesões sejam vistas ocasionalmente; • A lesão pode ser séssil ou pedunculada, e pode ou não ser ulcerada. • A aparência clínica é semelhante ao mais comum granuloma piogênico da gengiva (ver anteriormente), embora o granuloma periférico de células gigantes seja geralmente mais azul- arroxeado, comparado ao vermelho-brilhante de um granuloma piogênico típico; • desenvolver em praticamente qualquer idade, especialmente da primeira à sexta década de vida; • A idade média indicada em grandes estudos de séries de casos varia dos 31 aos 41 anos de idade; • Aproximadamente 60% dos casos ocorrem em mulheres; • A lesão pode se desenvolver tanto na região anterior como na região posterior da gengiva ou do rebordo alveolar, sendo a mandíbula ligeiramente mais afetada do que a maxila; • Embora o granuloma periférico de células gigantes desenvolva-se dentro dos tecidos moles, algumas vezes pode ser observada uma reabsorção em forma de “taça” do osso alveolar subjacente; CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • mostra uma proliferação de células gigantes multinucleadas permeadas por células mesenquimais volumosas ovoides e fusiformes; • A superfície da mucosa de revestimento encontra-se ulcerada em 50% dos casos; • Frequentemente, estão presentes células inflamatórias agudas e crônicas; • Áreas de formação de osso reacional ou de calcificações distróficas não são incomuns.; LESÃO (GRANULOMA ) PERIFERICA DE CELULAS GIGANTES Lesão (granuloma) periférica de células gigantes • hemorragia abundante em todo o aumento de volume, que geralmente resulta no depósito de pigmento de hemossiderina, especialmente na periferia da lesão. • Geralmente uma zona de tecido conjuntivo denso separa a proliferação de células gigantes da superfície da mucosa; • Estroma conjuntivo constituído de fibroblastos; TRATAMENTO E PROGNOSTICO • consiste na excisão cirúrgica local, abaixo do osso subjacente. • Os dentes adjacentes devem ser cuidadosamente raspados para remover qualquer fonte de irritação e minimizar o risco de recidiva. • a. É relatada recidiva em aproximadamente 10% dos casos, e a reexcisão deve ser feita; • raras ocasiões, lesões indistinguíveis dos granulomas periféricos de células gigantes têm sido vistas em pacientes com hiperparatireoidismo; • Elas aparentemente representam os chamados tumores marrons osteoclásticos associados a essa desordem endócrina. Entretanto, o tumor marrom do hiperparatireidismo é mais comum na localização intraóssea e mimetiza um granuloma de células gigantes central. DIAGNOSTICO DIFERENCIADO • Tumor marrom; • Granuloma piogênico; • Lesão central de células gigantes; DEFINIÇÃO• é um crescimento gengival relativamente comum, que é considerado mais como uma lesão de natureza reacional do que de natureza neoplásica; • A patogênese desta lesão é incerta; • Devido às suas semelhanças clínicas e histopatológicas, os pesquisadores acreditam que alguns fibromas ossificantes periféricos desenvolvam-se inicialmente como granulomas piogênicos que sofrem maturação fibrosa e subsequente calcificação. Entretanto, nem todos os fibromas ossificantes periféricos podem se desenvolver dessa maneira. • O produto mineralizado provavelmente se origina de células do periósteo ou do ligamento periodontal. CARACTERÍSTICAS CLINICAS • corre exclusivamente na gengiva; • Apresenta-se como uma massa nodular, séssil ou pedunculada, que usualmente se origina da papila interdental; • A coloração varia do vermelho ao rosa, e a superfície é frequentemente, mas nem sempre, ulcerada; • O crescimento provavelmente se inicia como uma lesão ulcerada. As lesões mais antigas comumente mostram a cicatrização da úlcera e uma superfície intacta; • Lesões vermelhas ulceradas geralmente são confundidas com os granulomas piogênicos, enquanto as rosas, não ulceradas, são clinicamente semelhantes aos fibromas de irritação; • Muitas lesões medem menos de 2 cm, embora ocasionalmente possam ocorrer grandes lesões. • As lesões geralmente estão presentes por muitas semanas ou meses antes do diagnóstico ser feito. • é uma lesão predominantemente de adolescentes e adultos jovens, com um pico de prevalência entre os 10 e os 19 anos de idade; • .Quase dois terços de todos os casos ocorrem em mulheres; • Há uma discreta predileção pelo arco maxilar, e mais de 50% de todos os casos ocorrem na região de incisivos e caninos. • os dentes não são afetados, podendo raramente ocorrer migração e perda dos dentes adjacentes. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS • é de uma proliferação de fibroblastos associada à formação de material mineralizado; • Se o epitélio estiver ulcerado, a superfície é coberta por uma membrana fibrinopurulenta com uma zona de tecido de granulação subjacente; • O componente fibroblástico profundo geralmente é celular, especialmente nas áreas de mineralização; • Em alguns casos, a proliferação fibroblástica e a mineralização associada representam somente um FIBROMA OSSIFICANTE PERIFERICO Fibroma ossificante periférico pequeno componente de um grande aumento de volume semelhante a um fibroma ou a um granuloma piogênico. • O tipo de componente mineralizado é variável, e pode consistir em osso, material cementoide, ou calcificações distróficas; • Não é incomum a presença de trabéculas de osteoide não-mineralizado; • As calcificações distróficas são caracterizadas por múltiplos grânulos, pequenos glóbulos, ou grandes aumentos de volume irregulares de material basofílico mineralizado; • Tais calcificações distróficas são mais comuns em lesões iniciais ulceradas, enquanto as lesões mais antigas, não- ulceradas, comumente exibem osso bem formado ou cemento; • Em alguns casos, células gigantes multinucleadas podem ser encontradas, usualmente em associação com o material mineralizado; TRATAMENTO E PROGNOSTICO • é a excisão cirúrgica local, com o envio do espécime para o exame histopatológico; • A excisão do aumento de volume deve ser feita subperiosticamente, já que as recidivas são mais comuns se a base da lesão permanecer; • Além disso, os dentes adjacentes devem ser vigorosamente raspados para eliminar qualquer possível irritação. • Técnicas cirúrgicas periodontais, como os retalhos reposicionados ou enxertos de tecido conjuntivo, podem ser necessárias para reparar esteticamente os defeitos gengivais; • Embora a excisão seja usualmente curativa, uma taxa de recidiva de 8% a 16% têm sido relatada.
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