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FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS- FAA CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA PRÁTICA HOSPITALAR EM ANESTESIOLOGIA, CLINICA CIRURGICA E OBSTETRICIA. CORPO ESTRANHO INTESTINAL EM CÃES. Amanda de Azevedo Dias: 021.258.831.12 Alessandra Araújo Fagundes:702.962.441.63 Cintia Luciana Reis: 700.784.541.07 Fernanda Paula Silva Santos: 054.086.311.07 Franciele Silveira Dias: 053.582.351.75 9”A” Anápolis, 2021 Amanda de Azevedo Dias Alessandra Araújo Fagundes Cintia Luciana Reis Fernanda Paula Silva Santos Franciele Silveira Dias CORPO ESTRANHO INTESTINAIS EM CÃES. Trabalho de Prática Hospitalar com a Finalidade de complementação de nota. Professor: Fabiano Herastro Anápolis 2021 Resumo Ingestão de corpo estranho é um caso clínico frequente nas clínicas de pequenos animais. Esses corpos estranhos no trato gastrointestinais podem ser quaisquer objetos ingeridos pelo animal, tais como ossos, brinquedos, panos ou qualquer outro objeto que não podem ser digeridos ou que são digerido lentamente. Os sintomas relacionados a essa condição geralmente tem como sintomas, vômitos, engasgos, letargia, anorexia, ptialismo, entre outros. O objeto também pode não apresentar sintomas no animal. O diagnóstico pode der dado principalmente através de radiografias e através de endoscopia. Depois da conclusão do diagnóstico, o método para a retirada do corpo estranho é determinado. Palavras-Chave: Corpo estranho, Vômitos, Trato Gastrointestinal, Obstrução. Abstract Foreign body ingestion is a frequent clinical case in small animal clinics. These foreign bodies in the gastrointestinal tract can be any objects ingested by the animal, such as bones, toys, cloths or any other object that cannot be digested or that are digested slowly. Symptoms related to this condition usually have symptoms such as vomiting, choking, lethargy, anorexia, ptialism, among others. The object may also show no symptoms in the animal. The diagnosis can be made mainly through radiographs and through endoscopy. After completion of the diagnosis, the method for removing the foreign body is determined. Key words: Foreign body, Vomiting, Gastrointestinal tract, Obstruction. Introdução: A ingestão de corpos estranhos é uma prática comum entre os animais de pequeno porte, sendo realizadas cirurgias gástricas com o objetivo de removê-los. Deve-se suspeitar de corpos estranhos gástricos ou intestinais qualquer animal que apresenta vômito agudo ou persistente. Nem todos os corpos estranhos causam sinais clínicos. A menos que o objeto esteja obstruindo a eliminação do conteúdo intestinal ou irritando a mucosa, ele poderá permanecer no estomago do animal sem qualquer sintoma (ETTINGER e FELDMAN, 2011). No geral os cães não são seletivos com relação a sua alimentação e acabam ingerindo qualquer coisa (FOSSUM, 2014). Cães que ingerem corpos estranhos de forma indiscriminada e frequentemente ingerem pedras, brinquedos de plásticos, sacos de cozinha, entre outros objetos. Gatos ingerem com mais facilidade materiais lineares, que são geralmente pedaços de barbante, fios de tecido, linha de costura, pano ou fio dental (FOSSUM, 2013). Para um conclusivo diagnóstico o médico veterinário deve realizar uma boa anamnese juntamente com exames laboratoriais, ultrassonográficos e radiográficos (RAMALHO, et al. 2015). Os corpos estranhos podem ser removidos através de extração endoscópica com instrumento de agarramento ou por um cateter em balão, avançando para o interior do estômago, onde se deixa que seja dissolvidos ou removidos por meio gastrotomia. Também podem ser removidos por meio de realização de uma esofagotomia ou esofagectomia. Descrição Patológica: Ao ocorrer obstrução do fluxo intestinal, há consequentemente distensão do intestino e alteração dos mecanismos de absorção, ocasionando perda de fluídos. Edema da parede intestinal e formação de transudado na cavidade peritoneal são causados inicialmente pelo vômito. (VASCONCELOS, 2014). Em obstruções intestinais há acúmulo de gases, sendo estes, ar deglutido, gases orgânicos resultantes da fermentação e dióxido de carbono resultante da neutralização do bicarbonato. Há também aglomeração de fluídos intestinais provenientes do aumento das secreções do trato gastrointestinal, biliar e pâncreas, da acumulação dos fluidos ingeridos e da diminuição da absorção intestinal (FACHADA, 2017). Em etapas mais elevadas, ocorre a necrose das camadas intestinais, levando a perfuração da parede com consequente peritonite, agravando rapidamente para toxemia e choque e resultando ao óbito do animal (VASCONCELOS, 2014). Técnica Cirúrgica: Avalie a quantidade de intestino a sofrer ressecção. Na maioria dos pacientes, a área afetada pode ser tracionada para fora do abdômen. Em casos de intussuscepção, sempre é válido tentar reduzi-la. Realiza-se um leve “ordenamento” na porção da alça intestinal a ser retirada. O intestino é liberado de sua ligação com o mesentério através de transecção e ligaduras (fio sintético absorvível 3-0 ou 4-0). Aplique um ou dois clampes intestinais (ou os dedos) em cada extremidade que irá ser seccionada. As pinças devem ser colocadas de maneira que o suprimento sanguíneo da anastomose não seja impedido, e o mais próximo possível da linha de corte, para evitar extravasamento de conteúdo intestinal. A sutura, em pontos simples interrompidos, com fio absorvível sintético com agulha traumática, é iniciada no lado mesentérico do intestino, como mencionado anteriormente. Deixa-se o fio longo, e realiza-se outra sutura no extremo oposto (lado anti-mesentérico) de maneira semelhante. Os fios são mantidos longos para servirem de apoio às demais suturas. Para evitar reversão da mucosa durante a síntese, aplica-se pressão sobre o tecido com pinças hemostáticas, para que a mucosa fique captada. (FOSSUM, 2002). Conclusão: De acordo com o contexto acima e com a rotina da Veterinária, pode-se concluir que os animais que mais apresentam casos de obstruções são filhotes e cães jovens por ser tudo uma novidade para ambos e os principais objetos engolidos são brinquedos mastigáveis, ossos, objetos metálicos pontiagudos, bolas, barbante, pano, sacola dentre outros. O procedimento é delicado devido o objeto estar nas alças intestinais que podem apresentar um alto risco de infecção bacteriana quando o mesmo é rompido, o uso de antibióticos e anti-inflamatórios são imprescindíveis para diminuir esse risco e o paciente não apresentar nenhuma complicação. O diagnóstico é feito por um ultrassom ou radiografia de chapa simples ou com contraste. Referências: ETTINGER, S. J. ; FELDMAN, E. C. Tratado de Medicina Interna Veterinária. 4a edição. v.2. São Paulo: Manole. 2011. p. 160 FACHADA, M. T.; Doenças do intestino delgado de tratamento cirúrgico em animais de companhia. 2017, 102p. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina Veterinária) - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, 2017. FOSSUM, T.W. Small Animal Surgery. 2d. ed. Missouri: Mosby, 2002. 1400 p. FOSSUM, Theresa Welch. CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS. 4. ed. Cap.20. – Rio deJaneiro: Elsevier, 2014. RAMALHO, Camila Almeida; RIOS, Paula Baêta da Silva; PONTES, Kelly Cristine de Sousa; PIRES, Sâmara Turbay; DANTAS, Waleska de Melo Ferreira. OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR CAROÇO DE MANGA EM CÃO: RELATO DE CASO. ANAIS SIMPAC, v. 3, n. 1, 2015. VASCONCELOS, S. M. V.; Obstrução Mecânica do Intestino Delgado em Cães. 2014, 96p. Dissertação (Mestrado Integrado em Medicina Veterinária) - Universidade de Trás- osMontes e Alto Douro, Vila Real, 2014;