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Conhecida também como Figueira, Verruga, Verrucose, Fibropapilomatose e Epitelioma contagioso Causada por vírus da família Papovaviridae, gênero Papilomavírus. Caracteriza-se pela formação de papilomas que se assemelham a tumores na pele e mucosa dos bovinos. Epidemiologia Acomete principalmente animais jovens, mas todas as idades podem ser afetadas. Intimamente associada à imunidade celular do rebanho acometido. Doença infectocontagiosa com elevada prevalência nos rebanhos das mais variadas regiões do nosso país. Os animais jovens são mais susceptíveis, todavia todas as faixas etárias podem ser atingidas. Dentre as raças, a Holandesa (Preto e Branco) apresenta uma maior predisposição às Verrucoses. Sintomatologia Os papilomas (verrugas) são espécies de tumores, na maioria das vezes circulares, que ocorrem principalmente na epiderme (camada mais externa da pele). São tumores benignos, de tamanhos, cores e formas variadas. Os tumores apresentam superfícies pontiagudas, lisas, ásperas ou rugosas, chegando até a assemelhar-se ao aspecto de uma couve-flor. As verrugas variam de tamanho e número. A coloração varia do negro ao branco acinzentado. Localizam-se com maior frequência na cabeça, ao redor dos olhos, pescoço, barbela, úberes, tetos e pênis. Além do aspecto desagradável aos olhos, são incômodos para os animais, provocando estresse e, consequentemente, queda na produção de leite e carne. Predispõem a ocorrência de infecções bacterianas secundárias e miíases (bicheiras), danificando o couro dos animais acometidos. Transmissão De forma direta: animal – animal De forma indireta: através das moscas, carrapatos, cercas, cochos de alimentação, cochos d’água, cordas, equipamentos utilizados para marcação (identificação), equipamentos de ordenha etc. Os animais acometidos são o próprio reservatório da doença. Para que ocorra a transmissão, é necessário que haja alguma lesão na pele do animal a ser contaminado, seja ela causada por um pequeno trauma, por ectoparasitas, ou até mesmo, lesões decorrentes dos raios ultravioletas do sol. Período de incubação: varia de dois a seis meses - dependendo do tipo de papilomavirus envolvido, da dose viral, da rota de contaminação e, logicamente, da imunidade do hospedeiro. Diagnóstico Feito clinicamente: O aspecto da lesão já leva ao diagnóstico, já que são bem características. Nos casos onde é necessário a identificação do agente etiológico, deve-se fazer uma imunofluorescência direta. Pode ser feita biópsia para observar as características microscópicas em cortes histológicos. Tratamento Doença autolimitante: certos tratamentos apresentam ótimos resultados, enquanto que em outros, não tem efeito. Na maioria dos casos os animais afetados recuperam-se espontaneamente, mas em alguns casos os papilomas podem persistir até 6 meses ou mais, causando perdas na produção e emagrecimento. Os métodos que alcançam os melhores resultados: - retirada cirúrgica e cauterização das lesões com nitrato de prata; - vacina autógena (caráter curativo) - preparada a partir de papilomas de animais do próprio rebanho infectado. A mutação dos vírus causadores da doença não permite o desenvolvimento de um medicamento capaz de resolver todos os tipos de verrugas Controle Evitar a entrada da doença no rebanho: não comprar animais com papilomas Separar o animal do restante do plantel quando perceber sintomas e combater logo os papilomas deste animal. Para evitar a disseminação da papilomatose é importante utilizar material descartável ou esterilizar bem o material empregado na vacinação (agulhas e seringas), na tuberculinização, descorna ou castração e as instalações. Os desinfetantes à base de formol ou soda cáustica são recomendados para auxiliar no controle desta doença. Desinfecção das mãos do ordenhador, com soluções à base de cloro ou iodo, após a ordenha de alguma vaca com papilomas nos tetos. Estas vacas devem, de preferência, ser ordenhadas por último. Controlar carrapatos e moscas que se alimentam de sangue dos bovinos é uma maneira importante de prevenir a doença.