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Resumo ESF

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RESUMO ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
A Estratégia de Saúde da Família é organizada através da legislação vigente no Brasil. A primeira 
portaria foi a de Nº 648, de 28 de março de 2006, que estabelece a revisão de diretrizes e normas 
para a Organização da Atenção Básica, para a Estratégia de Saúde da Família e o programa de 
Agentes Comunitários de Saúde. No ano de 2011, a Portaria Nº 2488 estabeleceu novas 
diretrizes e normas para esses mesmos programas. A mais recente, em 2017, a Portaria Nº 2.436 
estabelece a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do SUS. 
Para que a ESF existisse, algumas etapas foram alcançadas. Tudo começou em 1991, com o 
Programa do Agente Comunitário de Saúde (PACS) no Ceará e, em 1994, também no estado, foi 
implementada a PSF (Programa Saúde da Família), em Quixadá. Tal programa, trazia uma 
proposta de reorganização do modelo assistencial no país. Entretanto, somente com a Portaria 
Nº 1444/GM em 28 de dezembro de 2000, a saúde bucal foi implementada no PSF. 
Em 1987 ocorreu a implantação do PACS no Ceará, porém, somente em 1991 houve a 
implantação do PACS no Brasil. A mudança de nomenclatura de PSF, para ESF (Estratégia Saúde 
da Família) ocorreu em 2007, porque a proposta desenvolvida pelos agentes e todos envolvidos 
no programa era mais ampla que um simples “programa”, que se trata de uma coisa pontual, por 
isso, ficou sendo chamada de Estratégia, essa, que deveria ser implementada em todos os 
estados brasileiros. 
O foco da ESF, como o próprio nome diz, é a família, utilizando métodos da clínica, de 
epidemiologia, das ciências sociais e da pesquisa e avaliação do serviços de saúde, para, assim, 
definir e caracterizar a comunidade, identificar os principais problemas de saúde, modificar 
programas para abordar estes problemas e monitorar sua efetividade. Os profissionais de Saúde 
da Família são especialistas nos problemas mais comuns e frequentes da comunidade, praticam 
a saúde baseada em evidências e suas ações são, geralmente, de baixa densidade tecnológica, 
entretanto, são de alta complexidade, pois buscam atuar sobre os determinantes das doenças, 
através de prevenção e promoção da saúde. Nota-se que de 85% a 90% dos problemas de 
saúde da comunidade são resolvidos com a ESF, além disso, realizam vigilância à saúde, 
racionalizam acesso aos serviços de média e alta complexidade, dando continuidade à 
assistência (referenciando), ampliam ações de promoção de saúde e identificam e fortalecem 
redes de proteção social. A ESF tem sua atenção centrada na saúde, responde à demanda de 
forma continuada e racional, da ênfase na integralidade da assistência (não é apenas curativa) e 
trata o indivíduo como sujeito, integrado à família, ao domicílio, à comunidade. Além disso, a ESF 
tem a otimização da capacidade de resolver problemas, o saber e o poder centrados na equipe e 
comunidade, é vinculado à comunidade e tem uma relação custo/benefício otimizada. Dito isto, a 
ESF possibilita a organização do Sistema Municipal de Saúde para contemplar os pontos 
essenciais de qualidade na Atenção Básica, procurando o fortalecimento da atenção por meio da 
ampliação do acesso, a qualificação e reorientação das práticas de saúde embasadas na 
Promoção de Saúde. 
Algumas de suas características são:
	 ⁃	 Território adscrito;
	 ⁃	 Acesso Universal e continuo;
	 ⁃	 Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia;
	 ⁃	 Utilizar tecnologias de cuidado complexo e variadas para ajudar no manejo das 
demandas;
	 ⁃	 Integralidade, universalidade, equidade e longitudinalidade. 
Os profissionais trabalham de forma interdisciplinar, com vinculação (entre as famílias assistidas, 
a comunidade e a equipe), e com competência cultural (valorização dos diversos saberes e 
práticas). Além disso, também valorizam a participação social, a intersetorialidade e o 
fortalecimento da gestão local. 
A composição básica da equipe é: 1 Médico, 1 Enfermeiro, 1 ou 2 Auxiliares de enfermagem, 4 a 
6 Agentes comunitários de saúde e a equipe de saúde bucal (1 Cirurgião-dentista, 1 auxiliar de 
consultório dentário e/ou técnico de higiene dental). As equipes são orientação a adotar 4000 
pessoas no máximo e possuem uma carga horária de 40h semanais. 
As equipes de saúde da família não realizam consultas médicas domiciliares indiscriminadas, não 
são a solução para todos os problemas de saúde da comunidade, não realizam todas as 
atividades a nível domiciliar, não é um sistema de resgate domiciliar para situações de urgência e 
emergência e não impõem o tratamento para a negação de atendimento por parte de álbuns 
indivíduos. A PNAB de 2017 dispõe:
	 ⁃	 A ESF não é mais a única opção de modelo para a atenção primária;
	 ⁃	 Os ACS’s não são obrigatório na composição das equipes de atenção básica; 
	 ⁃	 O modelo sem ACS não pode ser aplicado em áreas de risco e vulnerabilidade;
	 ⁃	 O atendimento será feito em qualquer unidade de saúde, não mais vinculado ao 
endereço;
	 ⁃	 Fortalecimento da figura do gerente da unidade e prontuário eletrônico;
	 ⁃	 Garantia de cartilha mínima de serviços e o ACS deverá realizar técnicas limpas de 
curativo inclusive no domicílio;
	 ⁃	 Carga horária mínima de 10h para o profissional da EAB;
	 ⁃	 Unificação do ACS e ACE. 
O NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) são equipes compostas por profissionais de 
diferentes áreas de conhecimentos (nutricionistas, médico pediatra, psicólogo, educador físico, 
fisioterapeuta, psiquiatra, fonoaudiólogo, etc). Não possuem unidades físicas independentes, 
trabalham de maneira integrada e sua composição é definida pelo gestor. NASF 1 (200h) e NASF 
2 (120h). São regulamentados pela portaria Nº 2488 de 2011, são equipes multiprofissionais, com 
atendimento compartilhado entre os profissionais e atuam na construção de projetos 
terapêuticos. O programa PSE (Programa Saúde na Escola) leva equipes de ESF para ações de 
vacinação, combate às drogas, saúde bucal, combate à violência e doenças sexualmente 
transmissíveis nas escolas. Os profissionais da equipe realizam tais funções:
	 ⁃	 Participação do processo de territorialização e mapeamento da área;
	 ⁃	 Atualização do cadastro da família e sistema de informação;
	 ⁃	 Realizar cuidado das famílias nas Unidades de Saúde e quando necessário nos 
espações comunitários;
	 ⁃	 Participar do acolhimento dos usuários realizando escuta qualificada;
	 ⁃	 Participar da educação permanente, das reuniões em equipes, educações em 
saúde da população adscrita; 
	 ⁃	 Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos. 
Além disso, a promoção, prevenção, assistência clínica, acompanhamento de programas: 
hipertensão, diabetes, pré-natal, saúde da criança, planejamento familiar, puericultura, 
hanseníase, tuberculose e saúde bucal. De acordo com o PNAP 2011, a equipe da ESF deve ter 
100% de cobertura, com no máximo 750 pessoas por agente, no máximo 12 agentes por equipe, 
no mínimo 4 e devem trabalhar por microárea. As atribuições do médico da ESF são:
	 ⁃	 Realizar assistência integral;
	 ⁃	 Realizar consultas clínicas e procedimentos;
	 ⁃	 Realizar atividades de demanda espontânea e programada;
	 ⁃	 Encaminhar, quando necessário;
	 ⁃	 Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo o 
acompanhamento. 
As atribuições dos enfermeiros da ESF são:
	 ⁃	 Realizar assistência integral;
	 ⁃	 Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS;
	 ⁃	 Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever 
medicações;
	 ⁃	 Supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e 
da equipe de enfermagem. 
As atribuições dos auxiliares de enfermagem são:
	 ⁃	 Participar das atividades de assistência básica;
	 ⁃	 Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS;
	 ⁃	 Contribuir e participar da educação permanente da equipe de enfermagem;
	 ⁃	 Realizar consultas de enfermagem e ações de educação em saúde;⁃	 Participar do gerenciamento dos insumos necessários.
Atribuições do Cirurgião-dentista na ESF:
	 ⁃	 Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o 
planejamento e a programação em saúde bucal;
	 ⁃	 Realizar procedimentos clínicos;
	 ⁃	 Realizar a atenção integral em saúde bucal;
	 ⁃	 Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à 
prevenção das doenças bucais;
	 ⁃	 Contribuir e participar das atividades de educação permanente do TSB, do ASB e 
do ACS na ESF;
	 ⁃	 Realizar supervisão técnica do TSB e do ASB;
	 ⁃	 Participar do gerenciamento dos insumos necessários. 
Atribuições do Auxiliar de Saúde Bucal na ESF:
	 ⁃	 Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos 
e indivíduos;
	 ⁃	 Proceder à desinfecção e a esterilização de materiais e instrumentos utilizados;
	 ⁃	 Preparar e organizar instrumental e materiais necessários;
	 ⁃	 Instrumentalizar e auxiliar o cirurgião-dentista e/ou o TSB nos procedimentos 
clínicos;
	 ⁃	 Cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos;
	 ⁃	 Organizar a agenda clínica;
	 ⁃	 Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal;
	 ⁃	 Participar do gerenciamento dos insumos necessários.
Atribuições do Técnico em Saúde bucal na ESF:
	 ⁃	 Realizar a atenção integral em saúde bucal;
	 ⁃	 Realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos;
	 ⁃	 Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os 
demais membros da equipe da ESF, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma 
multidisciplinar;
	 ⁃	 Apoiar as atividades dos ASB e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da 
saúde bucal;
	 ⁃	 Participar do gerenciamento dos insumos necessários. 
Durante a visita domiciliar, as ações executadas são:
	 ⁃	 Promoção da saúde;
	 ⁃	 Diagnóstico das necessidades;
	 ⁃	 Orientação aos cuidadores;
	 ⁃	 Medicação;
	 ⁃	 Tratamento em domicílio;
	 ⁃	 Encaminhamento para a Unidade de Saúde.

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