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Prescrição medicamentosa (farmacologia)

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medicamentosa 
@waleska112 MED IX - UFOB 
 
 
 
 
 uma recomendação escrita dada por um médico ao 
paciente e ao farmacêutico. As prescrições podem ser divididas em 
duas grandes classes: magistrais e produtos farmacêuticos. 
Na magistral, o médico seleciona fármacos, dose, veículos ou 
excipientes de acordo com a forma farmacêutica para que o 
medicamento seja preparado. O produto farmacêutico pré-composto, 
ou especialidade farmacêutica, é aquele que indica o nome genérico do 
medicamento (ou mistura de medicamentos) que é fornecido pela 
indústria farmacêutica, de modo que seja dispensado sem qualquer 
alteração ou manipulação. 
 
Etapas para uma terapêutica efetiva 
 
1- Definição do problema; 
2- Especificação dos objetivos terapêuticos; 
3- Seleção do tratamento mais eficaz e seguro para um 
paciente específico; 
4- Prescrição, incluindo medidas medicamentosas e não 
medicamentosas; 
5- Informação sobre a terapêutica para o paciente; 
6- Monitoramento do tratamento proposto. 
 
Além disso, é importante avaliar critérios para seleção do 
medicamento: 
- Eficácia - Segurança 
- Conveniência para o paciente - Custo comparativamente favorável 
 
 
 
RESOLUÇÃO CFM nº 1.595/2000 
Art. 1º - Proibir a vinculação da prescrição médica ao recebimento de 
vantagens materiais oferecidas por agentes econômicos interessados 
na produção ou comercialização de produtos farmacêuticos ou 
equipamentos de uso na área médica. 
 
Orientações 
 
A prescrição é uma das orientações terapêuticas do médico para seu 
paciente. No entanto, além de orientar o paciente, ou quem fará a 
administração dos medicamentos, e de servir como substrato para a 
lembrança de uso do tratamento, a receita também representa um 
resumo do diagnóstico do médico, do prognóstico e da conduta 
terapêutica instituída para aquele paciente. Serve como base de um 
contrato entre o médico e o paciente e pode determinar o resultado 
terapêutico individual. A forma de preenchimento da receita, o local, 
assim como a comunicação verbal e não verbal são pontos 
fundamentais para o estabelecimento da confiança na eficácia 
terapêutica que o paciente deve adquirir. 
 
As principais normas que versam sobre a prescrição de são as Leis 
Federais 5.991/73 e 9.787/99, bem como a Resolução 357/2001, do 
 
 
 
 
 
 
Conselho Federal de Farmácia e a Resoluções 1.552 (de 20/08/99), 
1.477 (de 11/7/97) e 1.885 (de 23/10/08) do Conselho Federal de 
Medicina. As normativas sobre prescrição versam que: 
 
A prescrição deve ser clara, legível e em linguagem 
compreensível; 
A prescrição deve ser escrita sem rasura, em letra de 
fôrma, por extenso e legível, utilizando tinta e de acordo 
com nomenclatura e sistema de pesos e medidas oficiais; 
O documento não deve trazer abreviaturas, códigos ou 
símbolos. 
Não é permitido abreviar formas farmacêuticas (“comp.” 
ou “cap.” ao invés de “comprimido” ou “cápsula”), vias de 
administração (“VO” ou “IV”, ao invés de “via oral” ou “via 
intravenosa”), quantidades (“1 cx.” Ao invés de “01 (uma) 
caixa”) ou intervalos entre doses (“2/2 h” ou “8/8 h” ao invés 
de "a cada 2 horas" ou “a cada 8 horas”). 
 
Na prescrição devem constar: 
 
Nome, forma farmacêutica e quantidade/concentração do 
fármaco prescrito; 
A quantidade total de medicamento (número de 
comprimidos, drágeas, ampolas, envelopes), de acordo com a 
dose e a duração do tratamento; 
A via de administração, o intervalo entre as doses, a dose 
máxima por dia e a duração do tratamento; 
Nome, endereço e telefone do prescritor de forma a 
possibilitar contato em caso de dúvidas ou ocorrência de 
problemas relacionados ao uso dos medicamentos prescritos; 
Data da prescrição 
 
 
Letra de médico? 
Código de Ética Médica 
É vedado ao Médico: 
Art.39 – Receitar ou atestar de forma secreta 
ou ilegível, assim como assinar em branco 
folhas de receituários, laudos, atestados ou 
quaisquer outros documentos médicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não se esqueça de conversar com o paciente sobre efeitos 
indesejados que podem aparecer, a forma adequada de guardar o 
medicamento, advertências sobre a importância de seguir a duração 
do tratamento corretamente e a possibilidade de uma próxima visita, 
se necessário. 
 
Os médicos do setor público (SUS) são obrigados por lei 
a receitar o medicamento pela denominação genérica! 
E rasura na receita médica? 
Lei 5991/73. Capítulo VI. Do receituário: 
Art.43 – O registro do receituário e dos medicamentos sob 
regime de controle sanitário especial não poderá conter 
rasuras, emendas ou irregularidades que possam prejudicar a 
verificação de sua autenticidade. Os demais receituários 
também não deverão conter rasuras. Se presentes, deverão ser 
justificadas em observações escritas, no mesmo receituário, 
pelo profissional. 
@waleska112 MED IX - UFOB 
 
Os medicamentos segundo o tipo de prescrição 
 
MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (MIP) 
São medicamentos que não necessitam de prescrição, 
mas devem ser utilizados com a orientação de um 
profissional farmacêutico. A embalagem não possui 
tarja. 
 
MEDICAMENTOS DE VENDA SOB PRESCRIÇÃO 
Devem ser prescritos pelos profissional médico ou 
dentista e são divididos em dois grupos: 
 
Sem retenção de receita: apresentam tarja vermelha na 
embalagem contendo o seguinte texto: 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. 
 
Com retenção de receita: apresentam tarja vermelha ou 
tarja preta com o seguinte texto: 
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA 
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS.: Genérico tem tarja amarela. 
 
A maioria dos medicamentos é prescrita em ambulatórios, em 
receituários comuns do médico ou da instituição onde o paciente está 
sendo atendido. Outros medicamentos, no entanto, devem ser 
prescritos em receituários ou em notificações específicas (tipo A, B, de 
Controle Especial, DST/AIDS, etc.). Quando a prescrição for feita em 
ambiente de hospitalização, serão utilizados documentos próprios, 
internos do hospital, para a prescrição de todos os medicamentos. 
 
 
A1: substâncias entorpecentes com ação opioide. 
A2: substâncias entorpecentes de uso permitido somente em concentrações especiais. 
A3: substâncias psicotrópicas sujeitas à notificação de receita. 
B1: substâncias psicotrópicas. 
B2: substâncias psicotrópicas anorexígenas. 
C1: outras substâncias sujeitas a controle especial. 
C2: substâncias retinóicas. 
C3: substâncias imunossupressoras. 
C4: substâncias antirretrovirais. 
C5: substâncias anabolizantes. 
 
Categoria dos receituários 
Agora que conhecemos as classificações das listas de medicamentos (A1, A2, 
A3...), é preciso entender que esses medicamentos serão prescritos em 
receituários diferentes: 
 
 
 
 
Receituário Branco: Também conhecido como simples. É o 
receituário comum utilizado para a maior parte dos medicamentos. 
É utilizada para prescrição de medicamentos anódinos (paliativos) e de 
medicamento de tarja vermelha com os dizeres venda sob prescrição 
médica. 
 
Notificação de receita tipo A: amarela; Validade por 30 dias em 
todo território nacional (justificativa p/ outra Unidade Federada – UF). 
No máximo 5 ampolas ou até 30 dias de tratamento. 
Para medicamentos das listas A1, A2 e A3. 
 
Notificação de receita tipo B: azul; validade por 30 dias, somente 
no estado onde foi emitida, somente 1 medicamento, no máximo 5 
ampolas ou até 60 dias de tratamento. 
Para medicamentos da lista B1. 
 
Notificação de receito tipo B2: azul; validade por 30 dias, somente 
no estado onde foi emitida. Devem respeitar a dose máxima: 
 
Sibutramina: 15,0 mg; 
Femproporex:50,0 mg; 
Anfepramona: 120,0 mg; 
Mazindol: 3,0 mg 
 
As notificações de receita desses medicamentos deverão vir 
acompanhadas de Termo de Responsabilidade do prescritor 
Para medicamentos da lista B2. 
 
Receituário de controle especial: branco; a prescrição é realizada 
em duas vias ⇨ 1.ª via: retenção da farmácia; 2.ª via: orientação ao 
paciente. Quantidade máxima por receituário: 05 ampolas para 
injetáveis e a quantidade correspondente a 60 dias de tratamento para 
outras formas farmacêuticas. Até 3 medicamentos. 
Antiparkinsonianos e anticonvulsivantes: quantidade correspondente a 
seis meses de tratamento. 
Para medicamentos das listas C1 e C5. 
 
Notificação de receita especial para retinóides sistêmicos – C2: 
validade por 30 dias, somente no estado onde foi emitida - no máximo 
5 ampolas ou até 30 dias de tratamento. Deve haver o Termo de 
conhecimento de risco e de consentimento. São 3 vias: 1ª. Paciente/ 
2ª. Médico/ 3ª. Farmácia. 
Para medicamento da lista C2. 
 
OBS.: Retinóides de uso tópico seguem regra diferente: 
 
Notificação de receita para Talidomida – C3: validade por 15 dias, 
somente no estado de emissão; no máximo 30 dias de tratamento; 
Termo de reconhecimento de responsabilidade para usuário. 
Para medicamentos da lista C3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tarja preta: são medicamentos cujo controle é rigoroso, já que têm 
efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso ou age como sedativo, 
podendo causar vício. Somente podem ser comprados com 
apresentação de uma receita de cor azul ou amarela, as duas 
controladas pela Vigilância Sanitária, que fica retida na farmácia. 
Tarja vermelha com retenção de receita: são comprados apenas 
com receita médica branca, com duas vias, sendo que uma fica 
retida na farmácia. Podem causar efeitos colaterais específicos. 
@waleska112 MED IX - UFOB 
E os antirretrovirais? 
Os antirretrovirais (lista C4) devem ser prescritos, 
apenas por médicos, em formulário próprio 
estabelecido pelo programa nacional de DST/ Aids e 
aviados ou dispensados em farmácias do SUS, na qual 
uma via da receita fica retida e a outra fica com o 
paciente. Ao paciente, deverá ser entregue um 
receituário médico com informações sobre seu 
tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E os antimicrobianos? 
Não há um modelo de receita específico. É comum 
profissionais prescreverem antibióticos em receituário 
de controle especial. Outra recomendação é a 
utilização de um receituário privativo do prescritor ou 
do estabelecimento de saúde. A receita deverá ser 
prescrita em duas vias, pode se tratar de uma cópia 
carbonada, ou uma cópia simples da primeira via. 
Válida por 10 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como devem ser preenchidos? 
2. Notificação de receita tipo A 
3. Notificação de receita tipo B: 
 
 4. Notificação de receita tipo B2: 
 
+ Termo de Responsabilidade do 
Prescritor para uso de SIBUTRAMINA/ 
ANFEPRAMONA, FEMPROPOREX, MAZINDOL. 
 
 5. Receituário de controle especial: 
 
6. Notificação de receita especial 
para retinóides sistêmicos: 
 
 
+ Termo de Conhecimento de risco e consentimento pós-
informação para pacientes do sexo feminino menores de 
55 anos de idade / Termo de Conhecimentos de risco e 
consentimento pósinformação para homens e mulheres 
maiores de 55 anos de idade. 
 
7. Notificação de receita para Talidomida: 
 
+ Termo de Responsabilidade/ Esclarecimento para 
Usuário de Talidomida. 
 
Notificação NÃO substitui a Receita 
 
 
As Notificações de Receita devem 
sempre estar acompanhadas de uma 
receita comum do médico, que é o 
documento comprovante do paciente. A 
Notificação de Receita será retida pela 
farmácia ou drogaria e a receita 
comum do médico devolvida ao 
paciente devidamente carimbada. 
 
1. Receituário simples: 
 
@waleska112 MED IX - UFOB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juntando todas essas informações, encontramos diferentes tabelas na 
internet, abaixo temos um exemplo bem completo: 
NR = Notificação de Receita; BSPO = Balanço de Substâncias Psicoativas e outras Sujeitas a Controle Especial; BMPO = Balanço de 
Medicamentos Psicoativos e outros Sujeitos a Controle Especial; RMNRA = Relação Mensal de Notificações de Receita A; RMNRB2 = 
Relação Mensal de Notificações de Receita B2. 
Material desenvolvido pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de Minas Gerais

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