Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Síndrome da queda de postura Adrielly Alves Araújo É uma doença infectocontagiosa que causa diminuição da postura, ovos com casca frágil e deformados, ou então sem casca. Pode ser chamada de EDS (Egg Drop Syndrome). Etiologia Causada por um Adenovírus tipo 3 - Aviadenovírus, que é relativamente resistente ao meio ambiente e desinfetantes comuns. É um vírus que causa a hemaglutinação de hemácias de aves mas não de mamíferos. Epidemiologia O vírus da EDS ocorre naturalmente em patos e gansos sem causar a doença clínica (hospedeiros), e se replica atingindo altos títulos virais em ovos dessas espécies, o que contribuiu para sua disseminação mundial junto a Vacina de Marek que é inativada em ovos de pato. Em galinhas e codornas (hospedeiros acidentais) a EDS causa queda na postura e o vírus pode ser encontrado no trato digestivo das aves, trato respiratório, timo, baço, fígado e oviduto. Sua transmissão se dá por via vertical ou horizontal, por ovos contaminados e contato com material infectado, respectivamente. Na vertical, os pintinhos que nascem infectados permanecem como portadores principalmente durante o nascimento e transporte para outros pintinhos, eles podem desenvolver anticorpos e eliminar o vírus, porém em sua maioria permanecem com o vírus latente sem desenvolver viremia ou anticorpos até a maturidade sexual da ave. Já na horizontal, sua principal forma de contaminação é por contato com fezes tanto das galinhas infectadas como de patos e gansos (aves aquáticas silvestres), mas pode ocorrer com contato com ovo, exsudato do oviduto ou fômites contaminados. A morbidade pode variar dependendo da taxa de transmissão vertical e horizontal, idade de ocorrência e tipo de criação, sendo geralmente baixa ou ausente, a maioria das aves não apresenta clínica, apenas as quedas nos índices zootécnicos. A mortalidade é ausente, excetuando-se pela infecção de pintinhos de 1 semana por via oral. Patogenia O período de incubação do vírus 3-5 dias em lotes de produção e semanas quando infecção durante o crescimento - latência nos pintinhos. Na infecção horizontal o vírus se multiplica primariamente na mucosa nasal, depois nos tecidos linfóides do baço e timo e disseminação viral que invadem outros órgãos internos e o oviduto. A partir da segunda semana de infecção o vírus se multiplica massivamente no útero (glândula da casca) causando lesão/perda epitelial = alterações na casca e grave resposta inflamatória que produz exsudato que é eliminado pela cloaca junto às fezes contaminando o ambiente (embora o vírus possa ser encontrado no tubo digestivo ele não se replica nesse local, então não é eliminado pelas fezes, apenas junto a elas). Na infecção vertical os pintinhos infectados não apresentam a doença até atingirem maturidade sexual, na qual passam a replicar o vírus no útero da mesma forma. As consequências da infecção depende do período em que ela ocorreu na vida da ave: Primeira semana de vida: produção não alcança o esperado ou permanece com número normal, mas com ovos defeituosos. Entre a primeira e 10 semanas de vida (crescimento): redução da produção sem alteração da casca. Em produção: redução da produção e defeitos na casca, pintinhos com onfalite e infecção do saco vitelino. Sinais clínicos Além da queda na postura e qualidade dos ovos as aves se apresentam saudáveis, raras vezes podem apresentar-se apáticas, crista cianótica e diarreia. Diagnóstico Sinais e histórico de redução da postura e defeitos nos ovos. Lesões macroscópicas São inespecíficas: esplenomegalia, edema de mucosa do oviduto, óvulos flácidos e livres na cavidade abdominal e ovário inativo e atrofia do oviduto, exsudato no lúmen uterino. Lesões microscópicas Também inespecíficas, mas podem ser observados corpúsculos de inclusão viral intranucleares nas células epiteliais da vagina, istmo e principalmente útero, além de edema e infiltrado inflamatório mononuclear na lâmina própria. Isolamento viral em ovos embrionados de patos ou gansos livres de patógenos ou em cultura de células dessas aves, ou fígado de embrião de galinhas, que causa morte embrionária e efeitos citopáticos nos embriões, confirmado após prova de inibição da hemaglutinação em amostra de líquido corioalantóide. Outras provas sorológicas podem ser feitas como ELISA (podem ocorrer reações cruzadas com outros adenovírus), vírus neutralização, imunofluorescência indireta, e dupla imunodifusão, sendo a inibição da hemaglutinação o mais específico e prático. Diferencial é por exclusão de tudo que pode causar redução na postura - tudo, basicamente - fatores tóxicos, infecciosos, manejo nutricional, estresse térmico e outros tipos de estresse. Profilaxia e controle Aquisição de aves de matrizeiros livres de patógenos. Vacinação das aves na fase de crescimento, em zonas endêmicas. Evitar o contato das aves de produção com aves silvestres. Desinfecção de materiais de transporte de ovos e pintinhos. Não há tratamento efetivo para EDS. A vacina é inativada e pode ser mono ou polivalente, conferindo proteção de um ano, deve ser aplicada entre 10-16 semanas de idade da ave e não há necessidade de revacinação. Me ajudou: Síndrome da queda de postura: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquiv os/arquivos_destaque/i2W41LykBdD2at F_2013-6-13-15-20-18.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/i2W41LykBdD2atF_2013-6-13-15-20-18.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/i2W41LykBdD2atF_2013-6-13-15-20-18.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/i2W41LykBdD2atF_2013-6-13-15-20-18.pdf
Compartilhar