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Aula 9 - SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA

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SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA 
 
 Também chamada de EDS (Egg Drop Sindrome) 
 Síndrome da queda de postura 
 EDS-76 
 
HISTÓRICO 
 Sua introdução na avicultura pode ter sido através de uma vacina contaminada (Marek – produzidas em fibroblastos 
de embriões de patos) 
 Inicialmente teve origem em patos 
 Em 1975 foram observados sinais clínicos em matrizes na Europa 
 Em 1976, na Irlanda do Norte, obteve-se as primeiras provas sorológicas EDS-76 
 Na América do Sul, a doença se espalhou de forma vertical através de uma linhagem de avós contaminadas 
 Em 1976, foi detectado sorologicamente a presença de um lote de galinhas infectadas no Rio Grande do Sul com 
EDS-76 
 Este lote havia recebido vacina contra a doença de Marek, produzida em fibroblastos de embrião de pato 
 Novo surto em 1993 
 
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 
 Atualmente cosmopolita 
 
DEFINIÇÃO 
 Síndrome da queda de postura, também conhecida como EDS-76 “Egg Dropping Syndrome” e 76 refere-se ao ano 
em que foi identificado (1976) 
 É uma doença infectocontagiosa de ocorrência em vários países do mundo, que afeta galinhas adultas e também 
outras aves durante a fase de produção 
 Causa queda de postura, alteração na qualidade interna do ovo e má qualidade da casca 
 
ETIOLOGIA 
 Adenovírus (EDS-76) DNA vírus envelopado 
 Possui 76-80nm de diâmetro 
 O agente causador da EDS-76 é um adenovírus do grupo III (ADV III) da família Adenoviridae, gênero Aviadenovirus, 
possui algumas glicoproteínas de superfície 
 Este se diferencia dos adenovírus clássicos das aves por não aglutinar 
eritrócitos de mamíferos, mas aglutinar hemácias de aves 
 Capacidade de hemaglutinar hemácias de galinhas, patos, gansos, 
perus, pombos e marrecos 
 
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 A doença pode levar a uma diminuição na produção de ovos de 30% a 50% 
 Ovos que quebram facilmente 
 Calcificação ineficiente da casca 
 
 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Principal forma de transmissão é a vertical (transmite o vírus para os ovos – pintinhos já nascem infectados) 
 Forma horizontal (lenta) 
 Transmissão via excrementos do oviduto e fezes, de modo direto ou indireto 
 Aves silvestres, principalmente as aquáticas, podem ser reservatórios naturais 
 Severa diarreia e queda de postura em patos domésticos 
 Sinais clínicos em codornas 
 Perus e faisões infectados experimentalmente 
 Galinha d’angola infecção natural sem sinais clínicos 
 O período de incubação é de 3 a 5 dias 
 O vírus da EDS-76 ocorre naturalmente em patos e gansos sem causar doença clínica 
 Quando a infecção ocorre em galinhas durante o período de produção observa-se queda de postura 
 Codornas podem ser infectadas e apresentar queda de postura 
 
PATOGENIA 
 As aves infectadas desenvolvem viremia e o vírus é encontrado no tubo digestório, trato respiratório, timo, baço, 
fígado e oviduto 
 Replicação ocorre 3 a 4 dias após infecção em tecidos linfoides, pâncreas e infundíbulo 
 De 7 a 20 dias após a infecção aparece uma camada de muco com vírus no oviduto, gerando uma reação 
inflamatória 
 Não há replicação no intestino 
 
SINAIS CLÍNICOS 
 Queda de produção de 10 a 30% durante 6 a 8 semanas 
 Ausência de pico de postura em matrizes pesadas 
 Queda de postura de 19 a 43% em poedeiras comerciais 
 Em pintinhos a infecção resulta em aumento de mortalidade na primeira semana de vida 
 Apatia 
 Anorexia 
 Ovos deformados, sem casca, casca fina ou despigmentados 
 Ausência de mortalidade nas aves adultas 
 A infecção em aves em crescimento não causa nenhum sinal clínico 
 
ACHADOS DE NECROPSIA E HISTOPATOLOGIA 
 Lesões macroscópicas restringem-se na hipotrofia ou atrofia do oviduto e ovário inativo, edema nas pregas do útero 
e exsudato no lúmen uterino 
 Microscopicamente pode-se observar inclusões intranucleares nas células epiteliais da vagina, istmo e 
principalmente do útero 
 Observa-se ainda edema e reação inflamatória com infiltração de macrófagos, plasmócitos e linfócitos na lamina 
própria e no epitélio pode-se observar a presença de heterofilos 
 O vírus permanece por mais de uma semana após a queda de postura, porém não se encontram corpos de inclusão 
nos 3 dias após essa fase 
 Áreas de necrose na camada mucosa do oviduto, áreas de hemorragia 
 Ooforite (folículos ovarianos hemorrágicos, degenerados) 
 Baço tem aspecto arredondado nas aves e fica próximo às estruturas do trato reprodutivo 
 Útero mostrando edema e depleção das glândulas na submucosa 
 Vagina mostrando folículos linfoides e infiltração de células mononucleares na submucosa 
 Ovário mostrando folículos distorcidos 
 Baço mostrando grande número de folículos secundários – tecido linfoide periarteriolar (PALT) em torno da arteríola 
central 
 
DIAGNÓSTICO 
 Isolamento viral em ovos de patos e gansos ou células de cultivo celular (células de fígado e rim de embriões de 
galinha) 
 Quando o vírus é inoculado em ovos embrionados de patos, obtém-se altos títulos, o mesmo não ocorre quando se 
utiliza ovos embrionados de perus 
 O vírus não cresce em ovos embrionados de galinhas e nem em células de linhagem de mamíferos 
 Sorologia: pintos eclodidos de ovos infectados podem eliminar o vírus e desenvolver anticorpos, mas, na maioria dos 
casos, os vírus permanecem latentes sem desenvolver viremia e anticorpos até a maturidade sexual ou pico de 
produção 
 O teste de inibição da hemoglutinação (HI) é o mais prático e eficiente por ser mais específico, porém outros testes 
são utilizados, e com a mesma sensibilidade, como ELISA, soroneutralização (SN), fluorescência indireta do anticorpo 
(IFA) e dupla imunodifusão (IDGA) 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Bronquite infecciosa (ELISA) 
 Doença de Newcastle (Hemaglutinação) 
 
TRATAMENTO 
 Não há tratamento 
 
CONTROLE 
 Vacinação (inativada em suspensão oleosa, que deve ser aplicada antes do início da postura) 
 Em áreas endêmicas, principalmente 
 
PROFILAXIA 
 Eliminação de reprodutoras primárias 
 Desinfecção com formol e soluções de iodo 
 Hipoclorito de sódio (3ppm) na água de bebida 
 Identificação das aves portadoras e eliminação das mesmas (sorologia) 
 Incubar ovos de aves reprodutoras com idade acima de 40 semanas e livres de anticorpos contra EDS (sorologia) 
 Manter a criação de patos e gansos isolados das galinhas para evitar uma possível transmissão do vírus 
 É importante o controle do fluxo de pessoas, equipamentos, materiais e veículos, lavagem e desinfecção rigorosa 
dos aviários, aso haja histórico de alojamento de lotes positivos

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