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RENIA BATISTA - UNIFACID DOENÇA DE PARKINSON PARKINSIONISMO Síndrome clínica caracterizada pela diminuição da expressão facial, postura encurvada, diminuição dos movimentos voluntários, marcha festinante (passos progressivamente encurtados e acelerados), rigidez e tremor semelhantes ao ato de “contar dinheiro”). O parkinsonismo pode também ser induzido por fármacos que afetam este sistema, em particular, os antagonistas dopaminérgicos e as toxinas. DEFINIÇÃO Este diagnóstico é feito em indivíduos com sinais de parkinsionismo progressivo (tremor, rigidez e bradicinesia). Existem formas familiais de DP com herança autossômica dominante ou recessiva. EPIDEMIOLOGIA Segunda doença degenerativa mais prevalente, perde apenas para doença de Alzheimer. Afeta 1% da população acima dos 65 anos. Afeta ambos os sexos com ligeira prevalência no sexo masculino. Mais comum após os 50 anos. Prevalência aumenta com a idade. ETIOLOGIA A etiologia ainda é indefinida mas sabemos fatores genéticos aliados a fatores ambientais que ocasionam a doença. FISIOPATOLOGIA Os achados macroscópicos típicos são palidez das substancias negras e do locus cereleus. Ao exame microscópico, existe uma perda dos neurônios catecolaminérgicos pigmentados nessas regiões, associados à glicose. Podem ser encontrados em alguns neurônios remanescentes os corpúsculos de Lewy. Estes corpúsculos são inclusões citoplasmáticas, eosinofilicas de forma arredondada ou alongadas simples e múltiplas, que com frequência possuem um núcleo denso circundado por um halo pálido. Ultraestruturalmente, os corpúsculos de Lewy são compostos por filamentos finos, densamente empacotados no centro, porem frouxos na borda. Estes filamentos são compostos por a-sinucleína. Os corpúsculos de Lewy podem também ser encontrados nas células colinérgicas do núcleo basal de Meynert, que é depletado de neurônio (em particular em pacientes com função mental anormal), assim como em outros núcleos de tronco encefálico, incluindo o locus cereleus e núcleos motor dorsal do vago. QUADRO CLÍNICO Os sintomas são, principalmente, bradicinesia (dificuldade em movimento) mais um desses sintomas: rigidez, instabilidade postural ou tremor de repouso. Também se tem sintomas assimétricos (inicia unilateral), micrografia (letras cada vez menores), hipomimia facial (rosto sem expressão), marcha em pequenos passos (dificuldade para andar), virada bloco (não consegue virar apenas uma parte do corpo), constipação intestinal, hiposmia (diminuição de olfato), depressão, transtorno do sono, disfagia (dificuldade de deglutição), fadiga, declínio cognitivo, alucinações visuais. DIAGNÓSTICO Diagnostico clinico baseado em anamnese e exame físico. Quando se faz exames complementares (tc ou rm) é para exclusão de diagnósticos diferenciais. TRATAMENTO O tratamento basicamente sintomático, não modifica a evolução da doença, tem o objetivo de aumentar os níveis dopamina. O tratamento percursor da dopamina, que se usa a levodopa que será metabolizada em dopamina por uma enzima chamada dopa descarboxilase, essa enzima também existe no sangue periférico, se tiver metabolização da levodopa – dopamina, essa dopamina não chega ao sistema nervoso central e vai gerar sintomas indesejáveis, efeitos colaterais antes do esperado. Se dar levodopa junto com um um inibidor de dopa descarboxilase que pode ser a Benserazida ou Carbidopa. RENIA BATISTA - UNIFACID Também pode se usar os agonistas dopaminérgicos, são medicações que vão se ligar diretamente aos receptores de dopamina. Os principais agonistas dopaminérgicos são: Pramipexol e Rotigotina. Pode se usar também inibidores de enzimas que degradam tanto a dopamina quanto a levodopa na fenda sináptica. A primeira enzima que degrada a dopamina é Monoamina Oxidase – B (MAO-A), ao inibir MAO-B vai aumentar a quantidade de dopamina disponível na fenda sináptica para ativar os receptores pró sinápticos. Exemplos de inibidores da MAO-B são: Selegilina e Rasagilina. Alem dos inibidores da MAO-B, também pode se usar os inibidores de COMT (Catecol O- Metiltransferase) que reduzem a degradação da levodopa. Exemplos de inibidores de COMT: Entacapona e Tolcapona. Outras medicações que podem ser usadas: Amantadina que tem efeito anticolinérgico antiglutamatérgico, aumenta a levodopa na fenda sináptica. E Biperideno tem efeito anticolinérgico. Além desses tratamentos, também temos o tratamento cirúrgico. Pacientes com regime otimizado de medicações, flutuações motoras ou efeitos colaterais incapacitantes de medicamentos e mínimo de 5 anos de evolução da doença são indicados a fazer cirurgias como cirurgia ablativa que queima o núcleo subtalâmico e globo pálido interno, é uma cirurgia que ameniza sintomas da doença mas não trás cura. A cirurgia de implante DBS (Deep Brain Stimulation) que é uma estimulação cerebral profunda, consiste em implantação de eletrodos que vão diminuir os sintomas mas também não trás a cura.
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