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Resenha Crítica para Liga Acadêmica de Psicologia da Saúde A OMS (Organização Mundial da Saúde), em 7 de abril de 1948, reconhece o direito da saúde e obrigação do Estado de promovê-la, uma vez que isso é uma questão básica, não é algo que se compra, mas sim, algo de direito da população. Ainda define saúde como o estado mais completo de bem-estar biopsicossocial, ou seja, físico, mental e social, e não apenas na ausência de enfermidade. Pode ser considerado um estado de razoável harmonia entre “você” e “sua realidade”. Antes, as estratégias de saúde eram feitas para erradicar a doença, mas com esse novo conceito proposto, foi repensado o que de fato é saúde. Este conceito de saúde parece ser uma utopia inatingível, mas somente dessa forma é possível enxergar o ser humano em sua integralidade, sem deixar de lado o contexto social no qual está inserido. É interessante pontuar que o conceito de saúde também muda historicamente, juntamente com suas práticas. Por isso é importante que nossa realidade de saúde seja sempre pensada. Hoje em dia já sofre novamente transformações por conta da tecnologia, onde um profissional de saúde ao aplicar atividades didáticas que estimulem a criatividade deve decidir se incorpora as inovações tecnológicas ou não em suas práticas, pois o modelo clássico centrado no professor já não atende às necessidades dessa nova sociedade. A saúde precisa ser pensada de forma mais humana, sintônica, empática, ética e menos mercadológica para não se montar uma lógica lucrativa, sem assistência humanizada. Atualmente ela é vista de uma forma inadequada, onde exige uma autoconsciência de ser saudável, deve ser exibida e afirmada continuamente de forma ostentosa, essa saúde perfeita se tornou a nova utopia apolítica de nossas sociedades. De acordo com a lei de 1990 – 80.080, a saúde é gratuita, direito da população e dever do Estado garanti-la, criando então o SUS (Sistema Único de Saúde), onde a responsabilidade de promover a saúde é dever de nível Federal, Estadual e Municipal. Os princípios do SUS são: Universalidade, garantindo o direito à todos os cidadãos, Integralidade, considerando o sujeito em sua totalidade, não considerando somente os aspectos biológicos, incluindo também a família, cultura, trabalho, e Equidade, que varia de acordo com a necessidade do sujeito. Suas principais diretrizes são: Descentralização, Hierarquização e Participação popular. A criação de Ligas Acadêmicas (LAs) durante o curso de graduação auxilia o estudante à aprofundar conhecimentos, que por vezes não estão inclusos na grade do curso, onde seus princípios básicos são atividades de pesquisa, ensino e assistência. As Ligas Acadêmicas de Psicologia da Saúde (LAPS) visam promover projetos de extensão para além da sala de aula, com o compromisso social do psicólogo em ações de prevenção e promoção da saúde. Sendo também uma possibilidade de novos conhecimentos e implementação da teoria na prática, por meio da transferência do conhecimento.
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