Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL INTRODUÇÃO Profª.: Tayanne Malafaia E-mail: tomalafaia@gmail.com * EDUCAÇÃO Engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos que a constituem. Enquanto processo de socialização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Segundo Paulo Freire “a educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados, estamos todos nos educando. Existem graus de educação, mas estes não são absolutos”. EDUCAÇÃO POPULAR É um trabalho conjunto com a comunidade local, é a transformação da vida das pessoas por meio do seu próprio conhecimento. É possível criar um diálogo constante com a comunidade, formar sujeitos que tenham consciência de seus direitos e de seu papel de cidadão. Trabalhando com ações que integram a comunidade e desenvolvam a reflexão crítica sobre as questões que afetam o cotidiano das pessoas, a Educação Popular e o educador têm um papel fundamental de auxiliar no desenvolvimento da autonomia de pensamento dos indivíduos, o que se reflete em ações benéficas para a comunidade. Aprendizagem - tradicional Assimilação/retenção/repetição de informações transmitidas, acumulando conteúdos que deverão ser expressos pelo aluno em situações previamente estabelecidas, para ele demonstrar o que sabe – educação bancária, segundo Paulo Freire. educador é o que sabe - educandos, os que não sabem; educador é o que pensa - educandos, os pensados; educador é o que diz a palavra - educandos, os que escutam docilmente; educador é o que opta e prescreve sua opção - educandos, os que seguem a prescrição; educador escolhe o conteúdo programático educandos jamais são ouvidos nessa escolha e se acomodam a ela; educador é o sujeito do processo - educandos são meros objetos. Educação bancária (Paulo Freire) "A educação bancária tem por finalidade manter a divisão entre os que sabem e os que não sabem, entre os oprimidos e opressores. Ela nega o diálogo”. Aprendizagem - construtivista Parte do pressuposto de que o indivíduo constrói seu próprio conhecimento na interação com o meio. Aprender é um processo que somente ocorre pela interação entre informações disponíveis e um processo singular de apropriar-se das informações, configurando-se sentidos, significados. O sujeito que aprende o faz em um contexto histórico-cultural, construindo modos singulares e individuais de assimilar e transformar as informações, desdobrando-se em formas de atuação na realidade. Aprendizagem significativa Situações favorecedoras: Uso de metodologias diversificadas; Alunos ativos e envolvidos em sua aprendizagem; Aluno saber o porquê de se aprender determinado assunto; Discussão de conteúdos que possam representar o acesso a conhecimentos relevantes aproveitar as experiências anteriores dos alunos; Aplicação do conhecimento ou a habilidade adquiridos à situações da vida real. Aprendizagem centrada em tarefas ou problemas; Valorização do grupo como um espaço que fortalece a aprendizagem; É na relação professor-aluno que se desenvolve o processo ensino-aprendizagem; e seu sucesso, ou não, vai depender da qualidade dessa relação. A mudança de papel do professor Novos referenciais de saúde e educação para o exercício profissional O aluno como construtor do processo de aprendizagem A educação permanente como um pilar da atuação no mundo do trabalho EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE A ‘‘educação permanente em saúde” precisa ser entendida como uma “prática de ensino-aprendizagem” e como uma ‘‘política de educação na saúde”. Ela se parece com muitas vertentes brasileiras da educação popular em saúde e compartilha muitos de seus conceitos, mas enquanto a educação popular tem em vista a cidadania, a educação permanente tem em vista o trabalho. Como ‘‘prática de ensino-aprendizagem” significa a produção de conhecimentos, a partir da realidade vivida pelos atores envolvidos, tendo os problemas enfrentados no dia-a-dia do trabalho e as experiências desses atores como base de questionamentos e mudanças. A ‘‘educação permanente em saúde” se apóia no conceito de ‘‘ensino problematizador” (inserido de maneira crítica na realidade e sem superioridade do educador em relação ao educando) e de ‘‘aprendizagem significativa” (interessada nas experiências anteriores e nas vivências pessoais dos alunos), ou seja, ensino-aprendizagem embasado na produção de conhecimentos que respondam a perguntas que pertencem ao universo de experiências de quem aprende e que gerem novas perguntas. Como ‘‘política de educação na saúde”, a “educação permanente em saúde” envolve a contribuição do ensino à construção do Sistema Único de Saúde (SUS). O SUS e a saúde coletiva têm características profundamente brasileiras, são invenções do Brasil, assim como a integralidade na condição de diretriz do cuidado à saúde e a participação popular com papel de controle social sobre o sistema de saúde são marcadamente brasileiros. Por decorrência dessas particularidades, as políticas de saúde e as diretrizes curriculares nacionais para a formação dos profissionais da área buscam inovar na proposição de articulações entre o ensino, o trabalho e a cidadania. A ‘‘educação permanente em saúde” não expressa uma opção didático-pedagógica, expressa uma opção político-pedagógica. A partir desse desafio político-pedagógico, a ‘‘educação permanente em saúde” foi amplamente debatida pela sociedade brasileira organizada em torno da temática da saúde, tendo sido aprovada na XII Conferência Nacional de Saúde e no Conselho Nacional de Saúde (CNS) como política específica no interesse do sistema de saúde nacional. A ‘‘educação permanente em saúde” tornou-se a estratégia do SUS para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para a saúde. Essa política afirma: a articulação entre ensino, trabalho e cidadania; a vinculação entre formação, gestão setorial, atenção à saúde e participação social; 3) a construção da rede do SUS como espaço de educação profissional; 4) o reconhecimento de bases locorregionais como unidades político-territoriais onde estruturas de ensino e de serviços devem se encontrar em ‘‘co-operação” para a formulação de estratégias para o ensino, assim como para o crescimento da gestão setorial, a qualificação da organização da atenção em linhas de cuidado, o fortalecimento do controle social e o investimento na intersetorialidade. Para a ‘‘educação permanente em saúde”, não existe a educação de um ser que sabe para um ser que não sabe, o que existe, como em qualquer educação crítica e transformadora, é a troca de saberes. A necessidade de mudança, transformação ou crescimento vem da percepção de que a maneira vigente de fazer ou de pensar alguma coisa está insatisfatória para dar conta dos desafios do trabalho em saúde. Todos e cada um dos profissionais de saúde trabalhando no SUS, na atenção e na gestão do sistema, têm ideias, conceitos e concepções acerca da saúde e da sua produção; do sistema de saúde, de sua operação e do papel que cada profissional e cada unidade deve cumprir na organização das práticas de saúde. Para produzir mudanças de práticas de gestão e de atenção, é fundamental dialogar com as práticas e concepções vigentes, problematizá-las e construir novos pactos de convivência e práticas, que aproximem o SUS da atenção integral à saúde. Não bastam novas informações, mesmo que preciosamente bem comunicadas, senão para a mudança, transformação ou crescimento. A melhor informação não está no seu conteúdo formal, mas naquilo de que é portadora em potencial. Se uma informação nos impede de continuarmos a ser o mesmo que éramos, nos impede de deixar tudo como está e proporciona novas ações, ela desencadeou ‘‘educação permanente em saúde”. Impossível pensar em EDUCAÇÃO EM SAÚDE sem antes refletir PROMOÇÃO EM SAÚDE Esse conceito originou-se na Carta de Ottawa (OMS, 1986), está associadoa um conjunto de valores, tais com: VIDA SOLIDARIEDADE DEMOCRACIA PARCERIA CIDADANIA EQUIDADE SAÚDE PARTICIPAÇÃO PROMOÇÃO EM SAÚDE “Processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua Qualidade de Vida e Saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo” Nessa perspectiva “Para atingir um estado de bem estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença (OMS/UNICEF, 1979), os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações (desejos/sonhos), satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente”. Nesse contexto, tanto os Homens como as Mulheres Protagonistas “Por serem potencialmente capazes de vir a controlar os fatores determinantes da sua saúde”. [Carta de Ottawa (OMS, 1986)] Promoção em Saúde refere-se também a combinação de estratégias , onde a ideia de parceira múltipla não pode ser descartada, ou seja, é fundamental para viabilizar o que se deseja Comunidade Estado Indivíduos Serviços de Saúde Setor Privado * EDUCAÇÃO EM SAÚDE “É uma prática social, é um processo que contribui para a formação e desenvolvimento da consciência crítica das pessoas, a respeito de seus problemas de saúde e, estimula a busca de soluções e a organização coletiva.” Parte da ideia de troca de experiências, vivências e conhecimentos do profissional de saúde para o paciente ou para a população sadia. A prática educativa é parte integrante da própria ação da saúde e as pessoas “alvo” dessa prática, deverão tomar (assumir) o que por direito lhes pertence e não somente tomar parte em uma ação ou conjunto de ações decididas por outros. “A prática de saúde, como prática educativa, deixa de ser um processo de transferência de informação e passa a ser um processo de capacitação de indivíduos e de grupos para a transformação da realidade”. COMO FAZER EDUCAÇÃO EM SAÚDE? QUAIS SUJEITOS ESTÃO ENVOLVIDOS?? QUAL SERIA O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE COMO EDUCADORES? QUAIS ESTRATÉGIAS A DEFINIR E A SEGUIR?
Compartilhar