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Carboidratos/ Nutrição/ Veterinária/ UFPEL/ 2021.

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1
Nutrição e Alimentação Animal 
Carboidratos ou
Hidratos de Carbono
Profa. Débora Cristina N. Lopes
Prof. Eduardo Gonçalves Xavier
Universidade Federal de Pelotas
Importância
 Principais componentes nos tecidos vegetais
 Mais de 70% da MS das forragens
 Elevadas concentrações (mais de 85%) encontradas 
em sementes, especialmente em cereais
 Os cloroplastos nas folhas das plantas sintetizam seus 
próprios carboidratos usando energia solar, dióxido de 
carbono e água, liberando oxigênio (fotossíntese)
 Compreendem menos de 1% do peso dos animais 
(glucose e glicogênio)
Classificação dos carboidratos
Pond et al. (1995)
Dissacarídeos Monossacarídeos resultantes da hidrólise
Lactose 1 glicose + 1 galactose
Sacarose 1 glicose + 1 frutose
Maltose 1 glicose + 1 glicose
Polissacarídeos
Amido Várias unidades de glicose
a) Amilose (cadeia aberta) longa todas as ligações α 1-4
b) Amilopectina (cadeia ramificada) ligações α 1-4 e α 1-6
Glicogênio glicose
Só frações ramificadas, semelhantes à amilopectina
Celulose glicose
Diferencia-se do amido (amilose) por ser β 1-4, mas é linear
Hemicelulose polímero de outras oses que não glicose como 
xilose, galactose, arabinose, com ligações β 1-4 
(linea)
Pectina Polímero de ácido urônico, α 1-4 (linear) mistura 
de arabinose, galactose, etc.
Estrutura de monossacarídeos e 
dissacarídeos
Pond et al. (1995)
Estrutura de monossacarídeos e 
dissacarídeos
Pond et al. (1995)
Estrutura de monossacarídeos e 
dissacarídeos
Pond et al. (1995)
Glucose Frutose Glucose Glucose
Glucose Galactose Glucose Glucose
2
Funções
 Fontes de energia
 O amido serve como reserva de energia em raízes, 
tubérculos, bulbos e sementes
 Frações relativamente insolúveis (celulose, 
hemicelulose) fornecem suporte estrutural para plantas
 Fontes formadoras de gordura
 quando o carboidrato não é utilizado 
imediatamente como energia é armazenado no 
organismo como gordura
Polissacarídeos não amídicos (PNAs)
 Parede celular: pentosanas e β- glucanas (PNAs)
 Grande quantidade na cevada e aveia
 Alta viscosidade, formando bolo alimentar de dificil 
digestão/absorção celular, com maior teor de água nas 
fezes
 Nutrientes ficam retidos se essa parede não for 
rompida
 Solução: enzimas exógenas
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amido: maior importância quantitativa
 Dois tipos de amido:
 Amilose e amilopectina
 Polímeros de glucose
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amilose
 10 a 20% do total
 Polímero de unidades de glucose, em cadeia 
linear, unidos por ligações glucosídicas alfa 1,4
Peixoto e Maier (1993)
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amilopectina
 80 a 90% do total
 Polímero de glucose, em cadeia ramificada
 Nos seguimentos lineares a ligação glucosídica é 
alfa 1,4
 Nos pontos em que se ramifica, a ligação é alfa 1,6
Peixoto e Maier (1993)
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amido
 Digestão começa na boca
 Alfa amilase salivar (ptialina)
 Hidrolisa ligações alfa 1,4
 Ação pequena pelo tempo de permanência do 
alimento na boca
3
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amido
 No estômago a alfa amilase salivar tem ação 
bloqueada pelo baixo pH do suco gástrico
 No intestino, onde o pH está mais alcalino, duas 
enzimas realizam a clivagem da molécula de 
amido:
 Alfa amilase pancreática
Maltase
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amido
 Alfa amilase pancreática
 Presente no suco pancreático
 Atua nas ligações alfa 1,4
 Degrada amilose até maltose (dissacarídeo)
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amido
 Maltase
 Produzida pela mucosa intestinal
 Degrada maltose em duas moléculas de 
glucose
Microvilosidades – Borda em escova
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amilopectina
 Alfa amilase pancreática
 Atua nas ligações alfa 1,4
 Rompe a parte linear da estrutura
 Resulta uma mistura de maltose e 
oligossacarídeos (dextrina ou dextrina limite)
 Subsequentemente decompostos pela enzima 
oligo 1,6 glucosidase (produzida pela mucosa 
intestinal)
 Resulta uma mistura de glucose e isomaltose
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Amilopectina
Glucose e isomaltose
 Decompostos pela enzima isomaltase
 Resulta em duas moléculas de glucose
Glucose: produto final, absorvido de forma 
ativa
4
Digestão e Absorção: Não ruminantes
Sucrose
Glucose
Frutose
Sucrase
intestinal
Lactose
Glucose
Galactose
Lactase
intestinal
Sucrase e Lactase – formadas pela mucosa intestinal
Frutose e Galactose – absorvidas intactas, semelhante a glucose
1. Fase pancreática
Lúmen intestinal
2. Fase mucosa
Superfície da borda em escova
Citoplasma
3. Fase de 
liberação
Veia porta
α-amilase
Amido α-dextrinas
Maltotrioses
Maltose
Sacarose
Lactose
α-dextrinase
Glicose
Maltase
Sacarase
Glicose 
Frutose
Lactase
Galactose
Glicose
Digestão dos carboidratos
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Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Celulose
 Principal componente da fibra bruta
 Aproveitada com pouca eficiência por não 
ruminantes (ligações β 1-4)
 Pequeno aproveitamento ocorre no I.G., onde é 
atacada por microorganismos e decompõe-se 
em ácidos graxos voláteis, sendo então 
absorvida
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Glucose
 Possíveis destinos:
 Pode ser oxidada a CO2 e H2O, produzindo 
energia (673 Kcal/mole)
 C6H12O6 6CO2 + 6H2O + 673Kcal
 Peso molecular glucose = 180,2
 Valor energético glucose = 673/180,2
 Valor energético glucose = 3,74 Kcal/g
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Glucose
 Possíveis destinos:
 Pode ser convertida a glicogênio, sendo 
armazenada no fígado e músculos 
(glicogênese), como reserva imediata de 
energia, pela reconversão de glicogênio a 
glucose (glicogenólise)
 Controle endócrino: insulina e glucagon 
produzidos no pâncreas
Digestão e Absorção: Não ruminantes
Pond et al. (1995)
5
Digestão e Absorção: Não ruminantes
 Glucose
 Possíveis destinos:
 Pode ser convertida em gordura, especialmente 
como tecido adiposo (reserva), quando é 
excedida a necessidade de formação de 
glicogênio
 Pode fornecer esqueleto carbônico para a 
síntese de aminoácidos não essenciais
Digestão e Absorção: Ruminantes
 Celulose
 Principal constituinte da fibra bruta
 Encontrada em grande quantidade nos alimentos 
volumosos (base da alimentação de ruminantes)
 Os animais não secretam a celulase
 A população microbiana (bactérias e protozoários) 
do rúmen secreta
Digestão e Absorção: Ruminantes
 Celulose
 Polímero de glucose, contendo ligações beta 1,4
Peixoto e Maier (1993)
Digestão e Absorção: Ruminantes
 Celulose
 Celulase bacteriana hidrolisa as ligações até o 
dissacarídeo celobiose
 Após, enzima beta glucosidase 
bacteriana(celobiase) hidrolisa até duas glucoses
 Glucose é fermentada a ácido pirúvico
Digestão e Absorção: Ruminantes
 Celulose
 Ácido pirúvico é fermentado até os chamados 
Ácidos Graxos Voláteis: acético (C2) , propiônico 
(C3) e butírico (C4)
 Produtos finais da digestão microbiana
 Absorvidos diretamente na parede ruminal e 
passam para a corrente sanguínea
 São ainda produzidos, como materiais de 
excreção, CO2 e CH4 (metano)
Digestão e Absorção: Ruminantes
 Celulose
 Eventualmente, são encontrados no fim do 
processo fermentativo do rúmen:
 Ácido lático
 Ácido isobutírico
 Ácido metilbutírico
 Ácido valérico
 Todos em pequenas concentrações6
Digestão e Absorção: Ruminantes
 Amido
 Degradado pelas enzimas microbianas até suas 
unidades de glucose
 A partir daí, junta-se ao destino da celulose, 
resultando em Ácidos Graxos Voláteis
Digestão e Absorção: Ruminantes
Peixoto e Maier (1993)
Bactérias amilolíticas
Bactérias celulolíticas
Bactérias celulolíticas e amilolíticas
Forragem Concentrados
Dieta dos ruminantes
AmidoCelulose, hemicelulose, 
frutosanos, pectina
Bactérias 
celulolíticas
Bactérias 
amilolíticas
CO2 CO2
AGV AGVCH4 CH4
Bactérias 
metanogênicas
8H 8H
Bactérias do 
propionato
Ácido lático
Propionato
Digestão e Absorção: Ruminantes
 Ácidos Graxos Voláteis
 Existe uma proporcionalidade
 Em geral predomina o ácido acético, seguido pelo 
propiônico e do butírico
 A relação entre o acético e o propiônico pode ser 
modificada, ou mesmo invertida, ao modificar-se o 
hábito alimentar do ruminante, fornecendo 
alimentos concentrados ricos em amido
 A fermentação do amido leva a produção de 
maiores quantidades de ácido propiônico
Digestão e Absorção: Ruminantes
Peixoto e Maier (1993)
Digestão e Absorção: Ruminantes
 Ácidos Graxos Voláteis
 Após a absorção servem como fontes 
inespecíficas de energia
 Ácido propiônico é transformado em glucose no 
fígado
 Acético e butírico passam intactos pelo fígado e 
vão à circulação periférica, onde tomam outras 
rotas de metabolização
7
Destinos dos AGV
Ácidos graxos voláteis
Absorvidos na parede do pré-estômago
Butirato
Metabolizado em gordura do leite (ácidos graxos de 4 a 16 átomos de
carbono
Propionato (único gliconeogênico)
Metabolizado até glicose e glicogênio
Acetato
Metabolizado em gordura (ácidos graxos de cadeia curta e média) no leite e
carne

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