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Síndrome pré-menstrual (SPM) + dismenorreia + dor pélvica crônica

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Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
1 
 
o Duração variável 
o Não é adequado o termo “TPM” tensão pré-menstrual, uma vez que a tensão não é o único sintoma que pode 
aparecer nesse período 
• O mais correto é SPM (síndrome pré-menstrual) uma vez que inclui um conjunto de: 
→ Sintomas físicos e emocionais 
→ Intensidade variável – podendo ser mais intensa em alguns ciclos que em outros 
→ Duração variável 
 
o SPM (Síndrome pré-menstrual) – Conjunto de sintomas físicos e emocionais que antecedem a menstruação 
o Epidemiologia: 
• 1º - mais comum no continente americano – maior incidência (tanto em américa do norte, central e do 
sul) 
• 2º - Europeias 
 
o SINTOMAS DA SPM: 
• Labilidade do humor 
• Ansiedade 
• Irritabilidade – bastante comum 
• Melancolia (“tristeza”) 
• Diminuição da memória e concentração 
• Sintomas físicos: 
→ Sensação de inchaço/ dor nas mamas – queixa 
mais comum 
 
o QUAL É A CAUSA? 
• Devemos lembrar que o ciclo menstrual é dividido em duas fases: fase folicular (PROLIFERATIVA) e fase 
secretora (LÚTEA). No fim da fase secretora ocorre uma privação (queda) dos níveis hormonais de 
estrogênio e progesterona (luteólise – degradação do corpo luteo e  na produção desses hormônios). 
• Não se sabe ao certo o porque, mas é a queda desses hormônios que leva ao desenvolvimento da SPM 
#OBS: Estudiosos acreditavam que tais sintomas eram produzidos pelo útero. Contudo, percebeu-se que 
mulheres histerectomizadas (que haviam retirado o útero) mas cujos ovários foram preservados também 
podiam apresentar os sintomas atribuídos à síndrome 
o DIAGNÓSTICO 
• Absolutamente clínico!! → conversar com a paciente 
→ Como são os ciclos menstruais? 
→ Sintomas que precedem a menstruação 
→ Não existe nenhum marcador sérico!! → apenas clínico → 
ANAMNESE 
 
 
 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
2 
 
 
• DD: síndrome disfórica pré-menstrual (“síndrome pré-menstrual mais grave”) – 5 critérios: 
 
 SÍNDROME DISFÓRICA 
 
Pelo menos 1 dos 
seguintes 5 
critérios: 
▪ Labilidade afetiva 
▪ Irritabilidade ou raiva 
▪ Pensamento autodepreciativo 
▪ Tensão, sentimento de estar “no limite” 
▪ Interesse diminuído nas atividades habituais 
 
 
 
 
Pelo menos 1 dos 
seguintes 6 
critérios: 
▪ Dificuldade de concentração 
▪ Letargia, falta de energia 
▪ Apetite – excesso alimentar ou “mais apetite principalmente por certos 
alimentos” – ex: chocolate, alimentos hiper-calóricos 
▪ Hipersonia ou insônia 
▪ Sentir-se sobrecarregada 
▪ Sintomas físicos – inchaço/ dor nas mamas (principal), dor de cabeça, 
muscular, sensação de “ganho de peso” e inchaço geral 
 
 ▪ Além de fechar 5 critérios, considerando pelo menos 1 em cada grupo 
▪ Pelo menos dois ciclos 
▪ Afastar uso de drogas, medicamentos 
 Ex: paciente em uso de estimulante (“metilfenidato” = Ritalina) 
 
▪ Afastar outras condições clínicas – ex: diagnóstico psiquiátrico que possa se 
associar ou fazer DD com a sd. disfórica 
 
 
• TRATAMENTO (SPM e síndrome disfórica pré-menstrual) 
→ Reeducação alimentar – alimentação mais saudável 
→ Exercício físico – especialmente os aeróbios → liberação de serotoninas e endorfinas (opioides 
endógenos – atenuadores da SPM) 
→ Alteração dos hábitos de vida – dormir melhor, ritmo de trabalho mais saudável 
→ Vitaminas, ácido gama-linoleico e extrato de borragem – empírico (não há evidencias cientificas de 
melhora da SPM – “efeito placebo”) 
 
#IMPORTANTE – TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA SPM 
✓ ACO – drospirenona (combinação estrógeno + progesterona) – “atenuação dos sintomas” (não é regra!) 
✓ ISRS – Inibidores seletivos da recaptação da serotonina – PADRÃO OURO (1ª linha de tratamento)! 
* Fluoxetina 20-60 mg 
* Paroxetina 20-60 mg 
* Sertralina 25-100mg 
* Citalopram 20-40mg 
* Venlafaxina 35,7-75 mg 
 
OBS: inicialmente lançados no mercado como antidepressivos/ ansiolíticos mas possuem varias outras 
utilizações tais como na SPM, sintomas vasomotores do climatério, dentre outros 
 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
3 
 
OBS: não é só o médico psiquiatra que pode prescrever essas medicações. É importante cautela, e orientar a 
paciente a respeito dos efeitos adversos do uso desses fármacos 
 
✓ Regime intermitente (somente nos dias que precedem a menstruação) X constante – estudos mostraram 
que o uso continuo das medicações não só no período que precede a menstruação mostrou ter maior 
eficácia 
 
o Dismenorreia = “dis” = dor / “menorreia” = menstruação 
o Dismenorreia 1ª – sem causas orgânicas associadas – Cólica menstrual 
• Na verdade, a dismenorreia 1ª é mais comum em adolescentes e mulheres jovens – tendendo a diminuir 
com o envelhecimento da mulher 
• Normalmente surge com a menarca (1ª menstruação) 
• “Quando casar sara” – avós costumavam dizer muito isso as netas quando queixavam-se de cólicas. Isso 
porque era costume da época casar-se muito cedo. Em mulheres jovens a amenorreia é bem mais comum 
como já foi dito, e as adolescentes possuem também menor tolerância a dor 
• A orientação adequada deve ser feita pelo médico 
Como sabemos o endométrio prolifera na primeira fase do ciclo menstrual (fase proliferativa) vindo a se tornar 
um epitélio secretor na 2ª fase. No momento que ocorre a privação hormonal ( estrogênio e 
progesterona) no fim da fase secretora há também aumento na produção de prostaglandinas. As 
prostaglandinas levam a contrações incoordenadas do útero as quais cursam com isquemia endometrial e 
dor (dor isquêmica – dor de forte intensidade). 
Como tratamos a cólica menstrual? Com anti-inflamatórios (AINE) – essas medicações diminuem a ação das 
prostaglandinas (elevadas no período menstrual) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Dismenorreia 2ª – normalmente associada a alguma patologia 
→ Endometriose – principal causa de dismenorreia 2ª – tecido endometrial fora do útero 
→ Adenomiose – tecido endometrial infiltrado no miométrio 
→ Miomas 
→ Pólipos 
→ DIU de cobre 
 
 
DISMENORREIA 1ª 
  PG (prostaglandinas) 
 Ciclos ovulatórios – (ciclos anovulatórios → dismenorreia pequena ou ausência de dor) 
 Ausência de causas orgânicas 
  após 1ª gestação 
 
Tratamento: 
 AINE – ácido mefenâmico (Ponstan); meloxicam; ibuprofeno 
 Anovulatórios – ACO 
 DIU com Levonorgestrel 
 
Natália Giacomin Lima – medicina UFES 101 
 
4 
 
o Dor há pelo menos 6 meses 
o Causas relacionadas: 
• Endometriose – dismenorreia 2ª 
→ Dor cíclica – período pré-menstrual/ menstrual 
→ Pode surgir já na adolescência 
• DIP 
 
• Dor de ovulação (Mittelschmerz) – “dor de meio” – meio do ciclo (dia da ovulação) 
• Aderências 
• Varizes pélvicas 
• Causas gastrointestinais 
→ Síndrome do colon irritável – alteração de hábito intestinal, períodos de constipação alternados com 
períodos de diarreia 
 
• Causas urológicas 
→ Cistite intersticial – falha nas glicosaminoglicanas da mucosa da bexiga. O epitélio da bexiga é 
transicional, quando existe falha nas glicosaminoglicanas é como se existe algumas partes da mucosa 
com “fissuras” (sem glicosaminoglicanos). Quando a bexiga esta vazia nada acontece, contudo quando 
a bexiga enche a urina acida entra por essas “microfissuras” da mucosa vesical e acaba irritando a 
inervação (“dor” quando a bexiga esta cheia) 
▪ Diagnóstico: cistoscopia – quando distendida é possivel visualizar as úlceras de Hunner (sela 
diagnostico de cistite intersticial) 
▪ Síndrome da bexiga dolorosa – paciente com dor quando a bexiga está cheia - ausência de 
ulceras de Hunner na cistoscopia 
▪ Tratamento: tanto a cistite intersticial quanto a bexiga dolorosa são tratadas da mesma forma 
 Amitriptilina, imipramina

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