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TERAPÊUTICA EM CIRURGIA

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TERAPÊUTICA NA CIRURGIA 
ODONTOLÓGICA
DARLAN K. F. CAVALCANTE
CIRURGIÃO-DENTISTA – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL) / UNIVERSIDADE DE LISBOA (UL) - PORTUGAL
CIRURGIÃO BUCO-MAXILO-FACIAL – UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (UPE) / HOSPITAL REGIONAL DO AGRESTE (HRA) 
MESTRANDO - PERÍCIAS FORENSES – UPE
PROFESSOR – PREPARATÓRIO CTBMF NORDESTE / CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM IMPLANTODONTIA - TRENI
TERAPÊUTICA X CIRURGIA ODONTOLÓGICA
 Protocolos farmacológicos
 Cuidados de ordem geral
 Cirurgias bucais eletivas
 Complicações pós-cirúrgicas
ambulatoriais, em adultos
Exodontias por via alveolar
- Unitárias ou múltiplas
Pequenas cirurgias de tecidos moles
- Biópsias
CIRURGIAS ELETIVAS
 Exodontias por via não alveolar
- Ostectomia e Odontossecção
 Cirurgias pré-protéticas com descolamento
tecidual extenso
- Regularização de rebordo alveolar
 Remoção de dentes inclusos e/ou impactados
CIRURGIAS ELETIVAS
Regularização de Rebordo
 Expectativa do procedimento
- Desconforto, intensidade da dor, edema, limitação da função mastigatória
 Cuidados pré-operatórios
- Adequação do meio bucal
 Sedação mínima
- Ansiedade
CIRURGIAS ELETIVAS
Adequação do meio bucal
Adequação do meio bucal
Profilaxia antibiótica sistêmica
- Não é necessária para a grande maioria dos pacientes
imunocompetentes
- História médica, queixa principal
- 1g / 2g de amoxicilina, 1h antes da intervenção /
Clindamicina 300 / 600 mg para alérgicos à penicilina.
CIRURGIAS ELETIVAS
- Comportamento
- Dilatação das pupilas
- Palidez da pele
- Transpiração excessiva
- Hiperventilação
-Sensação de formigamento
das extremidades
- Aumento da PA e da FC
Como identificar pacientes com 
ansiedade/medo excessivos?
NÃO 
FARMACOLÓGICOS
FARMACOLÓGICOS
X
Métodos de controle da ansiedade
Verbalização
Relaxamento muscular
Condicionamento psicológico
Distração (óculos especiais, tv, som)
Não farmacológicos
Sedação mínima*
Sedação moderada
Sedação profunda
Farmacológicos
Farmacológicos
Nível mínimo de depressão da 
consciência, que mantém a 
habilidade do paciente em 
respirar de maneira 
independente e responder aos 
estímulos táteis e verbais
Sedação mínima*
Sedação moderada
Sedação profunda
Via Inalatória (N2O2)
Sedação mínima
Não apresenta efeitos adversos sobre
Fígado / Pulmões / Rins
Sistema cardiovascular
Sistema respiratório
Vantagem
Sedação + analgesia relativa
Sedação mínima - via inalatória
Benzodiazepínicos
Sedação mínima - via oral
Produzem cinco efeitos principais no
organismo:
Sedativos
Hipnóticos
Ansiolíticos
Relaxantes musculares
Anticonvulsivantes
Sedação mínima - via oral
Benzodiazepínicos
Sedação mínima - via oral
Sedação mínima - via oral
Efeitos colaterais
Fraqueza
Náuseas e vômitos
Dores abdominais / Diarréia
Dores articulares
Dores torácicas
Incontinência urinária
Problemas com o uso dos 
benzodiazepínicos
EFEITO PARADOXAL –
CONTRÁRIO AO ESPERADO
Ansiedade / Pesadelos
Taquicardia
Alucinações / Hostilidade
Alteração do comportamento
Problemas com o uso dos 
benzodiazepínicos
 Antissepsia intrabucal
- Solução aquosa de digluconato de 
clorexidina 0,12%, por 1 min
 Antissepsia extrabucal
- Solução aquosa de digluconato de 
clorexidina 2%
 Anestesia local
CIRURGIAS ELETIVAS
É um antisséptico químico, com ação 
antifúngica e bactericida, capaz de 
eliminar tanto bactérias gram-positivas 
quanto gram-negativas.
Possui também ação bacteriostática, 
inibindo a proliferação bacteriana. 
Alternativa: PVP-I 
(povidona-iodo)
OBS.: Alguns pacientes 
são alérgicos
• ANTISSEPSIA EXTRA-ORAL
• ANTISSEPSIA EXTRA-ORAL
• ANTISSEPSIA EXTRA-ORAL
 Analgesia perioperatória
- Dexametasona 4-8 mg (1-2 comprimidos de 4 mg), 1 h antes
- Dipirona sódica 500 mg à 1g (20 - 40 gotas) imediatamente após o final do
procedimento + 500 mg (20 gotas) a cada 4 h, pelo período de 24 h
- Caso a dor persista, prescrever nimesulida 100 mg ou cetorolaco 10 mg
sublingual, a cada 12 h, pelo período máximo de 48 h.
CIRURGIAS ELETIVAS
 Cuidados pós-operatórios
- Higienização do local, por meio de escovação
cuidadosa
- Bochechar 15 mL de uma solução aquosa de
digluconato de clorexidina 0,12% (2x/dia), até a
remoção da sutura (5-7-10 dias).
CIRURGIAS ELETIVAS
COMPLICAÇÕES 
PÓS-CIRÚRGICAS
ALVEOLITE
ALVEOLITE
 Ocorre em 1 a 4% dos casos de exodontia
 Desintegração do coágulo sanguíneo (alvéolo
dentário vazio);
 Camada amarelo-acinzentada - detritos e tecido
necrótico
 Osteíte oriunda da cortical óssea alveolar, que já
apresentava comprometimento inflamatório
antes da exodontia.
ALVEOLITE
 Dor intensa e pulsátil
 Início 3-5 dias após a exodontia
 Observados restos do coágulo necrosado
 Osso alveolar está exposto, o que justifica a
intensidade da dor
 Acúmulo de restos alimentares na região -
dificuldade de higienização - odor fétido +
gosto desagradável
ALVEOLITE
 TRATAMENTO IDEAL:
- Eliminar agente etiológico
- Diminuir a dor
- Novo coágulo sanguíneo
ALVEOLITE
 PROTOCOLO DE TRATAMENTO:
- Anestesia local
- Irrigação abundante com Soro Fisiológico
- Inspecionar alvéolo e remover corpos estranhos
- Nova irrigação
- Não usar suturas de qualquer tipo
ALVEOLITE
 PROTOCOLO DE TRATAMENTO:
- Reorientar sobre cuidados pós-operatórios
- Dipirona 500mg a 1 g a cada 4h durante 24h
- Reavaliação após 48h
- Acompanhar até remissão dos sintomas
ALVEOLITE
 PROTOCOLO DE TRATAMENTO:
 CASOS REFRATÁRIOS – PASTA MEDICAMENTOSA:
- Anestésico – benzocaína / lidocaína
- Antibacteriano – metronidazol / eugenol
- Veículo – lanolina / bálsamo do Peru
Trocada diariamente, por 3 a 6 
dias
ATÉ OBTENÇÃO DO ALÍVIO DA 
DOR
ALVEOLITE
 PROTOCOLO DE TRATAMENTO:
 CASOS REFRATÁRIOS – exsudato purulento +
manifestações locais de infecção: ANTIBIÓTICOS
Amoxicilina + Metronidazol
a cada 08 horas durante 
3 a 5 dias
COMPLICAÇÕES 
PÓS-CIRÚRGICAS
PERICORONARITE
PERICORONARITE
 Processo inflamatório de caráter agudo ou crônico – gengiva que recobre as coroas
dos dentes em erupção ou parcialmente erupcionados
 Desenvolvimento de colônias bacterianas
 Tecido torna-se edemaciado e com sintomatologia dolorosa
 Dor – ouvido / garganta / assoalho
 Tecidos hiperemiados
 Contato oclusal
provocado pelo 
edema 
PERICORONARITE
 Maior frequência – 3ºs molares mandibulares
 Retenção de placa dentária e restos de
alimentos sob o capuz
 Traumatismo dos terceiros molares durante
mastigação
PERICORONARITE
 Edema, quando em excesso, pode se espalhar
para ângulo da mandíbula – trismo
 Comum observar pus durante sondagem
 Manifestações locais e sistêmicas
PERICORONARITE
 PROTOCOLO DE TRATAMENTO:
- Anestesia local
- Remoção de depósitos grosseiros de cálculo e
placa
- Irrigação abundante com Soro e Clorexidina
- Orientar cuidados de controle de placa e
prescrever bochechos de clorexidina 0,12% a
cada 12 horas, por 7 dias
PERICORONARITE
 PROTOCOLO DE TRATAMENTO:
- Alívio da dor: Dipirona
- Se persistir: AINE – Nimesulida 100 mg ou
Cetorolaco sublingual, a cada 12 h
- Reavaliação – 24-48h
- Acompanhar o caso
- Se persistirem sintomas - ANTIBIÓTICOS
PERICORONARITE
METRONIDAZOL
Nitroimidazol
Potente contra bactérias gram-negativas anaeróbicas
Bactericida – quase sempre
Afeta o DNA, impedindo sua replicação
Quase 100% absorvido no trato gastrintestinal
Atinge nível máximo em 1 a 2 horas
METRONIDAZOL
Excelente penetração no SNC
Meia-vida de 8 horas
NÃO DEVE SER UTILIZADO COM ÁLCOOL – psicose e efeito 
dissulfiram (rubor, taquicardia, náuseas e vômitos)
Bactérias anaeróbias como a Porfhyromonas gingivalis, a Prevotella 
intermedia, a Tannerella forsythensis e a Aggregatibacter
actinomycetemcomitans (Aa) são os microrganismos mais comumente 
isolados ao redor dos terceiros molares mandibulares parcialmente 
erupcionados, com aspectonormal ou apresentando sinais e sintomas de 
pericoronarite
PERICORONARITE
Pacientes alérgicos
COMPLICAÇÕES 
PÓS-CIRÚRGICAS
HEMORRAGIA
HEMORRAGIA
 As hemorragias são as complicações mais comuns
no consultório odontológico
 Mais prevalentes
 Exodontia – desafio aos mecanismos de hemostasia
 Tecidos Vascularizados / Ferida aberta / Ambiente
oral favorece o deslocamento do coágulo / Enzimas
salivares
HEMORRAGIA
 Anamnese de suma
importância
 Histórico médico
 Solicitação de exames
hematológicos
HEMORRAGIA
HEMORRAGIA
 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
- Manter a calma – segurança ao paciente
- Anestesia por bloqueio regional
- Irrigação com soro fisiológico
- Remover a sutura, quando presente
- Tentar localizar o ponto de sangramento, ou ver se é
difusa
- Comprimir o local com gaze estéril, por 5 min
- Avaliar pressão arterial
HEMORRAGIA
 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
- CONTER O SANGRAMENTO COM MEDIDAS
LOCAIS:
 Compressão de vasos intra-ósseos
 Correção de lacerações de tecidos moles
 Suturas oclusivas
 Uso de hemostáticos – esponja de
gelatina absorvível
HEMORRAGIA
 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
Se a hemorragia for 
controlada
- Dispensar o paciente – gaze comprimindo o local 
mais 15 min
- Dieta líquida e fria
- Cuidados – repouso, evitar bochechos durante 48h 
e exposição ao sol
- Retorno após 5-7 dias – remoção de sutura
- Manter contato constante
HEMORRAGIA
 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO
SE A HEMORRAGIA 
PERSISTIR
- SUSPEITAR DE PROBLEMA SISTÊMICO
- Avaliação hospitalar
COMPLICAÇÕES 
PÓS-CIRÚRGICAS
PARESTESIA
Prevenção
- Se o paciente sentir um “choque elétrico” durante a anestesia,
movimentar a agulha para fora do local onde o anestésico estava
sendo injetado
- Não imergir os tubetes anestésicos em soluções desinfetantes
- Evitar o uso da articaína 4% nas técnicas anestésicas de bloqueio
regional.
PARESTESIA
Cuidados
- Dar atenção ao paciente, informando-o de que a parestesia é
uma complicação em geral temporária
- Por meio de estímulos mecânicos, avaliar a extensão e a
profundidade da parestesia a cada 15-20 dias;
- Acompanhar a evolução e resolução do problema, que pode
levar semanas ou meses.
PARESTESIA
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“Se você encontrar um caminho sem obstáculos, ele provavelmente não levará a 
lugar nenhum. Os obstáculos existem para ver até onde vai a tua fé”
~
Autor Desconhecido

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