Buscar

Conceitos básicos de mialgia


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

14/03/2021 OneNote
https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%211085&page=Edit&wd=target%2816.03.one%7C8beadeab-69df-49c2-ac85-21b9209d… 1/4
Histofisiologia 
Articulação Sinovial/Conceitos Básicos da Mialgia 
1. Esquematize a estrutura e descreva o funcionamento da articulação sinovial 
 
 As articulações sinoviais (diartrose ou móvel) realizam a comunicação entre uma extremidade óssea e outra, garantindo-lhe
movimento, devido ao fato de serem compostas por cartilagem, revestindo as extremidades ósseas, ligamentos, líquido sinovial,
cápsula articular. 
 
 
Cápsula Articular: Envolve a articulação sinovial como uma luva, encerra a cavidade articular e une os ossos integrantes da
articulação. A cápsula articular é composta de duas camadas, uma membrana fibrosa externa e uma membrana sinovial interna.
Em geral, a membrana fibrosa consiste em tecido conjuntivo denso não modelado (na maioria fibras de colágeno) que se fixa ao
periósteo dos ossos da articulação. 
• Em muitas articulações sinoviais, a membrana sinovial possui acúmulos de tecido adiposo, chamados de corpos adiposos
articulares. O corpo adiposo infrapatelar no joelho é um exemplo. 
 
Líquido Sinovial: A membrana sinovial secreta líquido sinovial, um líquido viscoso, claro ou amarelo-claro. O líquido sinovial
é composto por ácido hialurônico secretado por células sinoviais na membrana sinovial e líquido intersticial filtrado do plasma
sanguíneo. Ele forma uma película fina sobre as superfícies dentro da cápsula articular. Suas funções incluem redução do atrito
pela lubrificação da articulação, absorção de impactos, fornecimento de oxigênio e nutrientes e remoção de dióxido de carbono e
resíduos metabólicos dos condrócitos dentro da cartilagem articular. (A cartilagem é um tecido avascular, logo não apresenta
vasos sanguíneos). O líquido sinovial também contém células fagocíticas que removem micróbios e resíduos resultantes do uso e
desgaste da articulação. 
• Um dos benefícios do aquecimento antes da prática de exercícios é a estimulação da produção e secreção de líquido
sinovial; mais líquido quer dizer menos estresse nas articulações durante a prática de exercícios 
 
 Observa-se o livre deslizamento entre a superfície de
um osso e outro em virtude da presença de um líquido
denominado de sinovial. Diferentemente das outras
formas de articulação, as peças articuladas unem-se
por meio da cápsula articular, onde o líquido está
localizado 
 As articulações sinoviais podem ser classificadas de
acordo com a capacidade de movimentação que
possuem. Se elas se movem em apenas um eixo de
rotação, recebem o nome de uniaxiais; se possuem
dois eixos, são chamadas de biaxiais; e se possuem três
eixos, recebem o nome de poliaxiais. 
 As articulações sinoviais movem-se de várias
maneiras. Entre os movimentos realizados por esse
tipo de articulação, podemos citar a flexão, extensão,
abdução, adução, rotação, pronação, inversão,
refração, elevação e depressão. 
Ligamentos acessórios, discos articulares e lábios:
Muitas articulações sinoviais também possuem ligamentos
acessórios chamados de ligamentos extracapsulares e ligamentos
intracapsulares. Os ligamentos extracapsulares se encontram fora da
cápsula articular, como os ligamentos colaterais tibial e fibular da
articulação do joelho. Os ligamentos intracapsulares ocorrem dentro
da cápsula articular, porém são excluídos da cavidade articular por
dobras da membrana sinovial. 
 
14/03/2021 OneNote
https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%211085&page=Edit&wd=target%2816.03.one%7C8beadeab-69df-49c2-ac85-21b9209d… 2/4
 
 
 As funções dos discos e meniscos não são completamente compreendidas, mas as conhecidas incluem: 
• absorção de impacto; 
• melhor encaixe entre as superfícies ósseas da articulação; 
• oferecimento de superfícies adaptáveis para movimentos combinados; 
• distribuição de peso sobre uma superfície de contato maior; 
• alastramento do lubrificante sinovial pelas faces articulares da articulação. 
 
 O lábio, proeminente nas articulações esferóideas do ombro e do quadril, é a margem fibrocartilagínea que se estende a partir
da borda do soquete articular. O lábio ajuda a aprofundar o soquete da articulação e aumenta a área de contato entre o soquete
e a superfície esferóidea da cabeça do úmero ou do fêmur. 
 
 
2. Além da distribuição ao longo de toda a pele, os nociceptores são também encontrados em outras áreas do nosso organismo,
inclusive nos músculos. Descreva os nociceptores musculares e suas fibras. 
 
Morfologia e propriedades funcionais dos nociceptores musculares 
• Os nociceptores musculares são terminações nervosas livres que estão conectados ao SNC por fibras mielinizadas finas
(grupo III) ou fibras não-mielinizadas (grupo IV); 
• Os aferentes musculares nociceptivos não são bloqueados pela tetrodotoxina (TTX), o que indica a presença de canais de
sódio TTX-resistentes; 
• As fibras do grupo III e IV fibras compreendem receptores musculares mecanosensíveis de alto limiar (presumivelmente
nociceptivos) e de baixo limiar (presumivelmente não-nociceptivos); 
• Os últimos provavelmente fazem mediação de sensação de pressão do músculo; 
• As células do gânglio de raiz dorsal que se projetam num nervo muscular contêm neuropeptídeos tais como a substância P,
peptídeo relacionado com o gene da calcitonina (CGRP), e somatostatina. 
 
 
Estímulos efetivos para o nociceptores periféricos musculares 
• Os estimulantes efetivos são adenosina trifosfato (ATP) e prótons (baixo pH). Essas substâncias excitam os nociceptores
musculares em concentrações (pato) fisiologicas; 
• As moléculas receptoras são P2X2-5 para o ATP e ASIC3/TRPV1 para prótons . A maioria de nociceptores musculares são
polimodais e respondem a ambas estimulação de pressão nociva e substâncias produtoras da dor; 
• No músculo lesionado, os nociceptores diminuem seu limiar mecânico e respondem a estímulos fracos. Essa mudança no
limiar pode ser a base da sensibilidade muscular; 
• Injeções intramusculares repetidas de soluções ácidas induzem a dor muscular generalizada; 
• A densidade da inervação com terminações nervosas livres aumenta no músculo inflamado. 
 
Efeitos centrais da atividade nociceptiva do músculo 
• O input nociceptivo do músculo é mais eficaz em induzir alterações neuroplasticas centrais que o input da pele 
• Cada input de longa duração dos nociceptores musculares para o SNC aumenta a excitabilidade dos neurônios centrais,
levando a dor, hiperalgesia, e dor referida. Essa dor referida é provavelmente devido a abertura de sinapses silenciosas; 
• As moléculas receptoras pos-sinápticas responsáveis pela sensibilização central incluem receptores NMDA (N-metil - D-
aspartato) e receptores de neurocinina-1; 
• Mesmo atividade sinaptica subliminar sensibiliza neurônios do corno dorsal. Esse mecanismo pode ser essencial em alguns
casos da dor muscular ocupacional; 
• As células gliais, microglia em particular, são ativadas por uma lesão muscular e liberam fatores sensibilizantes tais como
ATP, prostaglandinas, e o fator neurotrofico derivado do cérebro. 
 
3. Na ocorrência de alterações no microambiente e lesão tecidual, pode ocorrer ativação dos nociceptores musculares, iniciando
sensações dolorosas, como por exemplo a mialgia. Sabendo disso, descreva a mialgia e diferencie mialgia aguda de crônica. 
 
Mialgia 
 Esses coxins são chamados de discos articulares ou meniscos. Os
discos estão fortemente ligados à parte interna da membrana fibrosa
e normalmente subdividem a cavidade articular em dois espaços,
possibilitando que movimentos separados ocorram em cada espaço. 
14/03/2021 OneNote
https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%211085&page=Edit&wd=target%2816.03.one%7C8beadeab-69df-49c2-ac85-21b9209d… 3/4
 Mialgia é o termo médico para dor muscular. O sintoma pode aparecer em praticamente todo o corpo – uma vez que os
músculos estão em quase todas as regiões. Geralmente, é resultado de estresse,esforço excessivo ou atividades físicas. 
 
 
 A dor pode ser relacionada ao exercício quando há comprometimento do suprimento energético dos músculos, da mesma
forma como ocorre em casos de deficiência de miofosforilase, anormalidade das citolisinas e deficiência de fosfofrutoquinase,
condições que acarretam dor em cãibra e contraturas. 
 
 
 
4. Correlacione os eventos que ocorrem durante a fadiga muscular e a ocorrência de mialgia. 
 
Mialgia Aguda: A mialgia aguda está associada a
várias condições que variam de comuns a graves. Esforço
excessivo, doença e tratamento com estatinas são as
causas mais comuns de mialgia leve a moderada de
duração limitada. 
 
Mialgia Crônica: a dor muscular de longa duração
está frequentemente associada a distúrbios reumáticos
autoimunes e processamento sensorial desordenado. 
 
Causas: As dores musculares podem não ser causadas
por doenças. Algumas causas comuns são atividades
físicas, tal como ocorre em condições de isquemia, de
aumento de viscosidade sanguínea e de
comprometimento da capacidade de transporte de
oxigênio no sangue (anemia). 
14/03/2021 OneNote
https://onedrive.live.com/redir?resid=3E873D8EEDA3DA2D%211085&page=Edit&wd=target%2816.03.one%7C8beadeab-69df-49c2-ac85-21b9209d… 4/4
Fadiga Muscular 
 A fadiga muscular é um processo resultante de eventos fisiológicos que impedem a manutenção da ação muscular em uma
determinada atividade. É uma condição reversível, na qual o músculo não é mais capaz de gerar ou manter a potência esperada
de contração. 
 A fadiga muscular surge de uma falha no processo de excitação-contração da fibra muscular, mais do que de uma falha nos
neurônios de controle ou na transmissão neuromuscular. A fadiga que ocorre dentro da fibra muscular (fadiga periférica) pode
ocorrer em diferentes pontos. No exercício submáximo prolongado, a fadiga está associada à depleção das reservas de glicogênio
muscular. Como a maioria dos estudos mostra que a falta de ATP não é um fator limitante, a falta de glicogênio pode afetar
outros aspectos da contração, como a liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático. 
 
A fadiga muscular pode ter duas origens: 
• Central: exercícios intensos e de longa duração causam alterações no sistema nervoso central, alterando, por exemplo, a
síntese e atividade de neurotransmissores, como a dopamina, o que leva a uma diminuição no rendimento da atividade
realizada. A diminuição da dopamina causa, entre outros sintomas, falta de coordenação e perda de equilíbrio; 
• Periférica: está relacionada a alterações fisiológicas nas fibras musculares durante o processo de contração muscular, como
liberação e reabsorção de cálcio nas cisternas do retículo sarcoplasmático e redução de glicogênio muscular. 
 
 A fadiga muscular pode ser classificada em dois tipos e depende do tipo de atividade física realizada, duração, além de fatores
fisiológicos, entre outros. Os dois tipos de fadiga muscular são: 
• Fadiga crônica: é caracterizada por alterações no organismo após a realização de grande esforço ou atividade de longa
duração com um processo de recuperação incompleto. Os sintomas desse tipo de fadiga são o cansaço, alterações de
humor, comprometimento do sistema imune, com o aparecimento de gripes e resfriados frequentes, entre outros; 
• Fadiga aguda: é caracterizada por alterações fisiológicas que impedem o indivíduo de realizar uma determinada atividade
física. 
 
5. A mialgia trata-se uma queixa comum, visto que entre 60 e 85% de indivíduos da população a relatam ao longo de suas vidas,
de maneira inespecífica. Diante disso é necessário compreender as opções de diagnóstico e tratamentos das mesmas. Assim
sendo, descreva os abaixo: 
 
 É muito comum a dor se originar de uma tensão muscular em algumas áreas do corpo, do uso excessivo de algum músculo
durante uma atividade física ou ainda de lesões de algum músculo durante atividade física. Esse tipo de dor costuma afetar um
músculo específico ou uma parte restrita do corpo. Quando a dor é leve, algumas estratégias simples realizadas em casa podem
trazer bastante alívio. Em inglês, costuma-se resumir tais estratégias pela sigla PRICE. Vamos ver o que cada letra nos indica: 
• P (Protect = Proteger): proteja ou imobilize a área dolorida 
• R (Rest = Descansar): dê uma pausa em suas atividades normais 
• I (Ice = Gelo): coloque gelo na área dolorida por 15 a 20 minutos, três vezes ao dia 
• C (Compression = Compressão): use uma bandagem para reduzir o inchaço 
• E (Elevate = Elevar): Eleve o membro acima do nível do coração para reduzir o inchaço 
 
 Essas recomendações devem ser acompanhadas pela administração de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides para
reduzir a inflamação no local da lesão e aliviar a dor.

Continue navegando