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TCC Final História da Matemática (1) (1)

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HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
FONSECA, Lidiane
1222889
COSTA, Adriana
RESUMO
A matemática sempre esteve presente nas nossas vidas desde os tempos antigos, na época em que o homem vivia da pesca e da caça, já se utilizava a Matemática mesmo que de maneira intuitiva. A mesma vem sendo inclusa ao longo do caminho da humanidade, interagindo com as transformações que ocorreram e que continuam a ocorrer na sociedade e no próprio homem. A Matemática foi criada e vem sendo desenvolvida pelo homem em função das suas necessidades de sobrevivência no meio social e está presente na maioria das atividades cotidianas. Onde será abordado resumidamente sobre a História da Matemática no Brasil, A Importância da Matemática Como Estímulo no Ensino Aprendizagem, a Importância de Trazer a Matemática para a Realidade dos Alunos e a Importância dos Jogos Matemáticos na Aprendizagem. Pelo fato de a matemática ser reconhecida como uma disciplina de difícil compreensão acaba por afastar muitas pessoas, ou invés de buscarem meios que estimulem seu interesse para seu estudo. Habitualmente em sala de aula, o professor de Matemática se depara com alunos que possuem muita dificuldade de assimilar conteúdos matemáticos e também com outros que têm aversão a disciplina. Através dessas dificuldades encontradas, os educadores devem elaborar estratégias que motivem seus alunos a gostarem de matemática e segundo os especialistas trabalhar com a História de Matemática em sala de aula é uma das melhores maneiras de despertar esse interesse. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo promover uma reflexão de como o uso da História da Matemática em sala de aula pode auxiliar o professor a estimular os alunos e também a despertar o
 Lidiane Fonseca (Centro Universitário Uninter, Licenciatura em Matemática, Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão Curso Licenciatura em Matemática em sexto semestre de 2018. ).
2 Adriana Costa (Centro Universitário Uninter, Tutora, Licenciatura em Pedagogia, Mestrado em Extensão Rural, Doutorando em Curso de Educação UPF, Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER, Pedagoga, ).
interesse pelo estudo, além de poder contar com os jogos matemáticos para deixar a aula prazerosa e outra maneira de deixar chamar atenção dos mesmos é trazendo os conteúdos para a realidade dos educandos, buscando exemplos do dia a dia, para facilitar sua compreensão. Nos dias atuais a Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e coerências que despertam a curiosidade de instigar a capacidade de generalizar, projetar, prever e abstrair, favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Dessa maneira faremos com que os alunos percebam que ela faz parte da vida de todos, nas experiências mais simples como o contar, comprar, separar e nas brincadeiras. Essas potencialidades de conhecimentos matemáticos devem ser exploradas de forma mais ampla possível, através das experiências do dia a dia de cada aluno, buscando deixar claro da importância que ela tem na vida de todos, com isso buscaremos despertar o interesse pela matemática. Os docentes explicitam que ao trabalharem com o cotidiano e, por meio de projetos e jogos, possibilitam a abordagem de questões reais, oriundas do âmbito de interesse dos estudantes na matemática escolar, contribuindo para a construção de conhecimentos. O estudo concluiu que, ao utilizar a História da Matemática como recurso e poder associá-la ao cotidiano dos alunos e ainda poder contar com os jogos matemáticos, o professor despertará nos educadores o interesse e a curiosidade, além de torna as aulas mais prazerosas, dinâmicas e envolventes á medida em que serão abordado os conteúdos. Contudo, é necessário que o professor esteja preparado, e busque se informar quando estiver alguma duvida ou precise de um subsidio, e este trabalho tem por objetivo servir de ajuda aos que buscam por informações. Foi possível concluir que a utilização do cotidiano no ensino da Matemática é muito importante, pois trás a realidade dos alunos para dentro da sala de aula e a utilização dos jogos, com seu caráter lúdico, é muito importante para o ser humano em qualquer idade. Portanto, propiciar situações com jogos é investir no prazer, no desafio e no melhor desempenho dos alunos, onde os mesmos aprendem brincando.
Palavras-chave: Importância da Matemática. Cotidiano. Jogos.
1. INTRODUÇÃO 
O trabalho apresenta uma reflexão sobre fatos da História da Matemática no Brasil para que o professor que tem como meta, além de ensinar matemática, crie condições favoráveis para que os alunos, com menores ou maiores dificuldades, possam aprender esta disciplina. Com essa postura, o professor tem a concepção de Matemática como ciência e demonstra compromisso com a sua profissão, pois além de repassar conteúdos em sala de aula, acredita que o acesso ao conhecimento matemático possibilita a inserção do aluno como cidadão “no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura” do País (BRASIL, 1998, p. 15).
Possivelmente, não existe nenhuma atividade da vida contemporânea, da música à informática, do comércio à meteorologia, da medicina à cartografia, das engenharias às comunicações, em que a Matemática não compareça de maneira insubstituível para codificar, ordenar, quantificar e interpretar compassos, taxas, dosagens, coordenadas, tensões, frequências e quantas outras variáveis houver (BRASIL, 1999, p. 211) 
A matemática esta presente em todo lugar, em todos os momentos da nossa vida e em quase tudo a nossa rotina e em diversas situações.
 D’Ambrósio (1999 p.97-115) expressa com propriedade sobre a importância da Matemática diante das atividades humanas e no decorrer do tempo ao afirmar: “Em todos os momentos da história e em todas as civilizações, as ideias matemáticas estão presentes em todas as formas de fazer e de saber.” Ainda, conforme D’Ambrósio (1990, p. 10), sabe-se que a Matemática se universalizou e tem sido, desde a época da Grécia Antiga, “a forma de pensamento mais estável da tradição mediterrânea”, se impondo de forma lógica e racional diante da humanidade. Por essa imposição e universalização é que o processo de ensino e aprendizagem da Matemática precisa se integrar ao meio social em que se encontra inserido. É primordial motivar e despertar o interesse dos alunos para além de números, contagem, fórmulas e símbolos. Esse entendimento tem o aval dos matemáticos Simons (1923); Hassler (1930), Wiltishire (1930); Humpheys (1980), Meserve (1980), Booker (1988) e Swetz (1989) (apud CASTRO, 2016) que defendem o uso da História da Matemática como recurso capaz de despertar o interesse, promover a compreensão e a formação dos alunos. Nesse sentido é que o professor necessita ter conhecimento bem fundamentado dos conceitos e procedimentos matemáticos de tal forma que consiga repassar aos alunos a concepção de que a Matemática é uma ciência dinâmica e essencial à vida de qualquer cidadão.
Dessa forma, a História da Matemática permite que o professor “encontre uma perspectiva para a matéria como um todo, relacionar os conteúdos dos cursos não apenas uns com os outros como também com o corpo, como o núcleo principal do pensamento matemático” (KLINE, 1976, p. 7). 
Então, esta pesquisa tem por objetivo apontar como a História da Matemática pode auxiliar os educando a estimular os educadores a gostarem de matemática, pois acredita se que este recurso auxilia o professor a aumentar não só a possibilidade de apreensão dos conteúdos, mas também, o interesse dos alunos pela Matemática. O propósito deste estudo vai ao encontro do descrito no artigo de Saito e Dias (2013):
A proposta tem em vista explorar a contribuição que a história pode dar ao ensino da matemática por meio de construção de interfaces entre história e ensino, de modo a dar significado aos objetos matemáticos, contribuindo, assim, para a formação crítica de crianças, jovens e adultos, e de professores da Educação Básica (SAITO, DIAS, 2013 p.19).
A História da Matemática auxilia os alunos aterem uma melhor percepção da Matemática, através dela conseguem compreende la melhor facilitando para os professores e dessa forma, a História da Matemática permite que o professor “encontre uma perspectiva para a matéria como um todo, relacionar os conteúdos dos cursos não apenas uns com os outros como também com o corpo, como o núcleo principal do pensamento matemático” (KLINE, 1976, p. 7). 
Nessa perspectiva, a pesquisa tem por objetivo apontar como a História da Matemática pode a ajudar o professor a estimular no aluno o gosto pelo estudo. Acredita-se que a utilização desse recurso aumenta a assimilação dos conteúdos e o interesse dos alunos.
 O propósito deste estudo vai ao encontro do descrito no artigo de Saito e Dias (2013) conforme se verifica:
A nossa proposta tem em vista explorar a contribuição que a história pode dar ao ensino da matemática por meio de construção de interfaces entre historia e ensino, de modo a dar significado aos objetos matemáticos, contribuindo, assim, para a formação crítica de crianças, jovens e adultos, e de professores da Educação Básica (SAITO, DIAS, 2013 p.19).
Pois como metodologia de ensino, acredita se que abordar História da Matemática em sala de aula pode tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes, além de aprimorar o conhecimento. Afinal ao perceber os fundamentos históricos da matemática, o educando tem em suas mãos ferramentas para mostrar o porquê de estudar determinados conteúdos, tem noção da sua importância na vida dos alunos, contudo poderá fugir das repetições mecânicas de algoritmos.
Segundo Miguel e Miorim (2011), a abordagem da história dos conteúdos facilitaria a significação e o entendimento da Matemática. Para D’ Ambrósio (2012) destaca o papel motivador da História nas aulas de Matemática, e desfazendo a ideia de uma aula desgastante. Entretanto, Vianna (1985) aponta que histórias cheias de fantasias que apresentam objetos matemáticos como a criação de um individuo contribuem para que a matemática seja discriminada, como um conhecimento destinado a poucos escolhidos. 
Nessa perspectiva, a História da matemática em sala de aula é muito importante, pois constitui em um recurso pedagógico ao qual o professor pode recorrer para auxiliar os estudantes na construção do significado do que está trabalhando. É possível também que o professor recorra a processos históricos como facilitadores ou condutores do processo de aprendizagem sem que a história da matemática seja abordada explicitamente.
Outra maneira de se ensinar matemática é trazendo ela para o cotidiano dos alunos, pois facilitara a sua aprendizagem e ajudara na assimilação dos conteúdos e também utilizar de recursos e dinâmicas para despertar o interesse do aluno.
Segundo Piaget, a Matemática é resultado do processo mental da criança em relação ao cotidiano, arquitetado mediante atividades de se pensar o mundo por meio da relação com objetos.
Dessa forma, não se sabe se o ensino da Matemática é de acordo com o sistema tradicional de educação, caracterizado pela repetição e verbalização de conteúdos.
Como educadores deve se despertar o interesse, e incentivar os alunos a buscarem o porquê das coisas. A utilização do cotidiano como estímulo para o aprendizado em sala de aula é fundamental, pois consiste em elaborar uma representação do mundo, utilizando conceitos matemáticos, para melhor compreendê-lo, possibilitando assim a resolução de problemas reais.
“Um cenário para investigação é aquele que convida os alunos a formular questões e procurar explicações”. O convite é simbolizado por seus “Sim, o que acontece se”...? ”[...] (SKOVSMOSE, 2000, p. 6).”
Acredita se que a curiosidade e a busca pelo o porquê das coisas, e para que servem, é o que motiva os alunos aprenderem e terem gosto pelo o que estão descobrindo, contudo compartilham entre os colegas. Entretanto isso busca se com esse trabalho incentivar os professores a utilizarem além dos livros didáticos possibilitarem a relacionar o cotidiano dos alunos com o ambiente escolar.
Outra maneira de incentivar os alunos a gostarem de Matemática é através dos jogos matemáticos. 
É através dos jogos matemáticos que se desenvolvem o raciocínio lógico das crianças e suas habilidades levam nas a conceberem a matemática como uma disciplina prazerosa além de proporcionar a criação de vínculos positivos na relação professor aluno e aluno professor. O professor pode possibilitar ao aluno vivenciar os jogos visando, entre outros benefícios, aumentar sua motivação na disciplina.
2. A História da Matemática no Brasil
Segundo os registros, no Brasil não tem muitos relatos escritos a respeito da História da Matemática, pois o interesse dos colonizadores era outro e não e ensinar os povos que aqui moravam. O estudo se iniciou com os jesuítas, e por volta dos anos 70 já existia uma quantidade significativa de produções científicas de matemáticos brasileiros.
Não há muitas coisas que se relatar a respeito da História da Matemática no Brasil, pois no Brasil Colônia o país não tinha estrutura e muito menos interesse por parte dos colonizadores em ensinar matemática segundo Brito (2005). 
Para Torres e Girafa (2009 p23):
O ensino das Matemáticas no Brasil começou com os jesuítas. Ressalta também que a matemática era estudada no curso secundário de filosofia e somente a elite burguesa tinha acesso a educação. As aulas eram ministradas de forma verbal, onde o conteúdo era assimilado a partir da repetição e memorização. Os jesuítas exerciam grandes influencia em quase todo o mundo e implantaram o primeiro modelo educacional a vigorar no Brasil. O Ratio Studiorum foi o primeiro plano organizacional de educação católica. A filosofia e todos os métodos de ensino dos jesuítas eram determinados por estes documentos. Em 1559 depois de um período de elaboração experimentação, este documento foi ordenado lei na doutrina jesuítica. 
Nessa época só pessoas bem sucedidas tinham acesso a matemática, e os jesuítas usavam a repetição como forma de fazer com que os alunos decorassem os conteúdos.
“Havia nesta época as chamadas escolas elementares, e era ensinado as quatro operações algébricas. Nos cursos de Arte foram ministrados tópicos mais adiantados, como Geometria Euclidiana. (SILVA, 2003 apud CURZEL, 2012, p.30)”
Segundo Buffe (2005), foi em 1810 que ocorreu à institucionalização do Ensino da Matemática Superior no Brasil e foi por meio da criação da Academia Real Militar na Corte o Rio de Janeiro. As disciplinas que eram ministradas na Academia eram: Aritmética, Álgebra, Geometria Trigonometria, Desenho, Cálculo Diferencial e Integral, Geometria Descritiva, Mecânica e Balística.
Mas foi na década de 1920 o primeiro período do ensino da Matemática Superior no Brasil após a fase colonial. O ensino da matemática Superior no Brasil, entre 1896 até 1933, foi feito exclusivamente como cadeira dos cursos de engenharia. 
“Mas foi apenas com a Fundação da USP – Universidade de São Paulo e sua FFCL – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, em 1934, é que o ensino e o desenvolvimento das Matemáticas retornaram ao país, por meio de um curso próprio (SILVA, 1996)”.
O segundo período de desenvolvimento da Matemática Superior no Brasil, ocorreu no início da década de 930. 
 O Estado de São Paulo foi considerado, com o surgimento da USP, como o líder dos estudos das Matemáticas no Brasil, entre os anos de 1930, 1940 e 1950. “Foi nesta universidade que se criou o primeiro curso de graduação em matemática (BRITO, 2007)”.
O Colóquio Brasileiro de Matemática. Ciclo que marcou várias nações, foi um importante evento científico para o Brasil, criado na segunda metade da década de 1950. “Passados dez anos, houve um aumento na oferta e na demanda de cursos de graduação em matemática em quase todo o país. (D’AMBRÓSIO, 1999)”.
Segundo Brito (2007) “na década de 1970 já havia no Brasil uma expressiva produção científica de matemáticos brasileiros, e ainda nesta época, há um incentivo financeiro, por parte do Governo, para alunos de pós-graduação gerações de matemáticos e veio levara pesquisa matemática a todo território”. Foi um avanço para a Matemática disponibilizando-a com mais facilidade à população brasileira. 
3. A Importância da História da Matemática como Ensino Aprendizagem
A importância da história da matemática como ensino aprendizagem é de tornar o ensino de matemática mais significativo, menos abstrato e enfadonho, buscando métodos que possam tornar a disciplina de Matemática menos maçante e de difícil compreensão. 
A história da matemática quando trabalhada de maneira adequada e em conjunto com outros recursos metodológicos pode contribuir para melhoria do ensino e aprendizagem de matemática.
A construção dos saberes matemático está ligada a cultura, pois dessa maneira como o homem a matemática não se desenvolve sozinha e isolada ao longo do tempo. Segundo Santos (2009, p 19) “é importante olhar para o passado para estudar matemática, pois perceber as evoluções das ideias matemáticas observando somente o estado atual dessa ciência não nos da toda a dimensão das mudanças. Ao conhecer a História da Matemática, o aluno a percebe como uma ciência desenvolvida pela humanidade, passível de erros e construída a partir de muitas tentativas em solucionar problemas cotidianos”. 
Nesta perspectiva, Ferreira apud Santos (2009, p 20) diz que a História da Matemática:
(...) da a este aluno a noção exata dessa ciência como uma ciência em construção com erros e acertos e sem verdades universais. Contrariando a ideia positivista de uma ciência universal e com verdades absolutas, a História da Matemática tem este grande valor de poder também contextualizar este saber, mostrar que seus conceitos são frutos de uma época histórica, dentro de um contexto histórico.
A História da Matemática tem a função de fazer com que o professor consiga mostrar a origem dos conteúdos abordados em sala de aula, além de facilitar o entendimento dos alunos, e fazendo os entender que é uma ciência passível de erros, e utilizada muitas vezes em nosso dia a dia.
“Dessa forma, a História da Matemática permite que o professor encontre uma perspectiva para a matéria como um todo, relacionar os conteúdos dos cursos não apenas uns com os outros como também com o corpo, como o núcleo principal do pensamento matemático (KLINE, 1976, p. 7)”.
À medida que utilizando fatos históricos sobre a vida dos matemáticos, do surgimento dos conteúdos e da finalidade de algumas descobertas, quando abordados em sala de aula, podem estimular os alunos ao aprendizado da disciplina e a desmitificar a ideia de que Matemática é só direcionada aos mais capacitados intelectualmente. Ou seja, Matemática é para todos, e fazendo o uso da História da Matemática despertará o gosto pala matéria e o apresso dos demais.
Segundo Saito e Dias (2013):
Tem em vista explorar a contribuição que a história pode dar ao ensino da matemática por meio de construção de interfaces entre história e ensino, de modo a dar significado aos objetos matemáticos, contribuindo, assim, para a formação crítica de crianças, jovens e adultos, e de professores da Educação Básica.
A História da Matemática serve de apoio para que se consiga entender melhor os conteúdos facilitando tanto o entendimento dos alunos quanto dos professores ao transmitirem o que se esta sendo abordado.
Os educandos devem explorar da melhor forma possível essa ferramenta porque dessa maneira conseguiram deixar claro o significado que a matemática tem na vida das pessoas, ou seja, deveram proporcionar aos alunos o contato com alguns fatos do passado isso é uma dinâmica interessante para introduzir novo conteúdo em sala de aula. Segundo D` Ambrósio (1999), “as raízes da matemática se confundem com a História da Humanidade. Portanto é praticamente impossível discutir a educação sem recorrer a esses fundamentos históricos e a interpretações do mesmo”. 
De acordo com Groenwald (2004, p.47):
“O enfoque histórico é uma proposta metodológica que permite ao aluno descobrir a gênese dos conceitos e métodos que aprenderam em aula. Em outras palavras este enfoque permitirá ao aluno fazer relação das ideias matemáticas desenvolvidas em sala de aula com suas origens. O conhecimento da história da matemática proporciona uma visão dinâmica da evolução dessa disciplina, buscando as ideias originais em toda sua essência”.
O educando poderá fazer com que os educandos busquem sobre a história de um determinado conteúdo que será trabalhado em sala de aula, ou até mesmo dividir a turma em grupos e trabalhar com mais conteúdos, fazendo com que eles despertem o interesse pela descoberta da Historia da Matemática e após a pesquisa pronta, claro que terão o auxilio do professor, transmitam para seus colegas. Esta é uma maneira dinâmica e prazerosa de se trabalhar com a História da Matemática em aula.
 Como recurso em sala de aula, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) afirmam que a História da Matemática contribui para a construção de um olhar mais critico aos objetos de conhecimento. O professor deve mostrar aos alunos que a matemática é como uma ciência desenvolvida pela humanidade ao longo do tempo que auxilia na desmitificação dessa ciência, gerando atitudes e valores mais favoráveis do aluno frente aos saberes matemático.
Além disso, conceitos abordados em conexão com sua história constituem se veículos de informação cultural sociológico e antropológico de grande valor formativo. A História da Matemática e, nesse sentido, um instrumento de resgate da própria identidade cultural. (BRASIL, 1997, p. 34).
Os conteúdos matemáticos ensinados em sua história são considerados como a melhor estratégia em sala de aula.
Segundo Miguel e Murem (2011 p. 53):
“À abordagem histórica dos conteúdos matemáticos servem como apoio para se atingir objetivos pedagógicos e no momento em que os alunos perceberem o surgimento da Matemática a partir da busca por resolução de problemas cotidianos, conheceram também as preocupações de vários povos em diferentes momentos históricos. Isto proporcionará estabelecer comparações entre os processos matemáticos do passado e do presente bem como compreender que os saberes ensinados na escola não se originaram sem um propósito sem um por que”. 
A História da Matemática faz com que os alunos entendam o porque de algumas coisas, de sua importância na vida de todas as pessoas e entenderem o que mudou do passado até agora.
“A História da Matemática deve ser entendida como um elemento mediador do processo ensino aprendizagem, entendendo-se que a mesma deve ser ensinada por alguém, que goste de Matemática, caso contrário, este processo será cansativo e desgastante”. (CREPALDI, 2005, p. 44).
 Muitas crianças não tem o gosto pela matemática, mas se o professor usar de dinâmicas e abordar a sua história de forma prazerosa poderá mudar opinião de alguns alunos, pois despertará o interesse dos mesmos.
4. A Importância de Trazer a Matemática para a Realidade dos Alunos
“A Matemática desenvolveu-se seguindo caminhos diferentes nas diversas culturas. O modelo de Matemática hoje aceito teve origem com a civilização grega, aproximadamente de 700 a.C. a 300 d.C., obrigando sistema formais logicamente e estruturados a partir de um conjunto de premissas e empregando regras de raciocínio preestabelecidas”. A maturidade desses sistemas formais foram atingidas no século XIX, com o surgimento da Teoria dos Conjuntos e do desenvolvimento da “Lógica Matemática”. (BRASIL, 1998, p.25).
Sabe-se que a Matemática ensinada em sala de aula, é vista por muitos, como difícil e os alunos questionam o porquê e para que aprender certos conteúdos. “Os porquês devem ser retomados ao pensamento da humanidade”. “Por isso, devem que se fomente o pensamento questionador aos alunos em uma aula de matemática”. (NOBRE, 1996, p.29).
Segundo Santos (2011, p. 1):	
Não há contribuição para a formação do aluno se a matemática for ensinada de forma isolada das demais áreas do conhecimento explorar conhecimentos matemáticos apenas como pré-requisitos para ensinar matemática. O aluno deve ser levado a vivenciar situações deinvestigação, exploração e descobrimento. Uma metodologia e estratégia, que pode ser abordada de modo que o aluno vivencie estas situações e consiga solucionar as dificuldades encontradas no ensino da Matemática, é o uso da História da Matemática. 
O professor deve fazer com os alunos busquem por conhecimento, a serem investigadores e despertar o interesse deles por Matemática, e abordar a História da Matemática em sala de aula contribui para que isso aconteça.
O contexto social científico baseia-se na construção de conhecimentos ao longo da história e ao enquadrar os alunos nesse contexto, torna-se importante proporcionar a eles, relações em que tenham possibilidade de participar e intervir. Segundo Mendes (2009 p. 124), o “professor deve procurar resgatar as relações existentes na realidade que possam criar condições alternativas, visando a compreensão e intervenção nesse contexto social onde o conhecimento é produzido”. É necessário considerar o conhecimento prévio dos alunos, e é através do professor que será possível notar a conscientização dos alunos em relação à utilização do cotidiano no ensino de atemática. 
O professor deve relacionar os conteúdos com o dia a dia dos alunos para que se torne mais fácil à aprendizagem e eles entendam, e tenham uma melhor compreensão desses conteúdos. Outra maneira de facilitar a aprendizagem seria contextualizar os conteúdos.
Pode-se verificar essa perspectiva, segundo os PCN (BRASIL, 1999 p. 9):
“Configura-se em uma forma de abordar a ciência num âmbito social, econômico e cultural.” Dessa maneira, a contextualização não pode ser sinônimo apenas de cotidiano, mas sim o campo no qual, acontecem as relações da teoria científica com a realidade do aluno”.
Trazer os conteúdos para a realidade dos alunos é uma maneira prazerosa e uma forma de fazer com que entendam com mais facilidade, além deixar aula dinâmica.
Os professores podem explorar as situações conhecidas pelos alunos para ajudar na realização de atividades que envolvam o interesse de todos e que facilitem o entendimento de conceitos matemáticos. Essa busca pelo uso do cotidiano dos educandos em sala de aula é muito importante, pois através disso terão a convicção de que estarão aprendendo a utilizar ou refletir sobre acontecimentos do dia a dia do qual não tinham a consciência. . Ao professor vale explorar esse tipo de situação, para, a partir desta, buscar outras formas de articular a teoria e a prática, possibilitando a construção da aprendizagem pelo aluno.
Um resgate histórico pode ajudar o professor a trabalhar com a matemática em sala de aula além de melhorar seu desempenho no processo de ensino aprendizagem, fazendo com que o conteúdo esteja voltado para o cotidiano dos alunos. O professor pode recorrer a História da Matemática como um instrumento de apoio e mostrar que a matemática é uma ciência desenvolvida pela humanidade, construída a partir da tentativa em solucionar problemas, possível de erro e que surgiu das necessidades do homem em solucionar seus problemas. Além disso, o professor deve ficar atento aos outros assuntos e conteúdo, que rodeiam a matemática e mostrar aos alunos que esta se desenvolveu por meio de um contexto social e é resultado de um processo evolutivo, ou seja, a matemática esta em constante evolução e pode ser trabalhada junto com as outras disciplinas.
O professor pode dar significado histórico ao que é ensinado, mostrar aos alunos como o homem chegou ao conhecimento, como foi desenvolvido pelos povos, quais problemas levou a criá-lo e quais transformações sofreram ao longo do tempo. Esse significado histórico pode permitir um caráter mais construtivo e útil à aprendizagem, fazendo com que os alunos percebam o caráter investigatório presente na geração, organização e disseminação da matemática ao longo do seu desenvolvimento histórico e com isso despertar ainda mais o interesse dos mesmos pela Matemática.
A História da Matemática contribui muito para o processo de ensino e aprendizagem. Através dela tem-se a possibilidade de buscar outra forma de ver e entender a matemática, tornando-a mais contextualizada, mais integrada com as outras disciplinas, mais agradável e quando associada ao dia a dia dos educandos torna se de melhor entendimento pelos mesmos. A abordagem histórica dos conteúdos matemáticos é um dos caminhos que o professor pode escolher para guiar e ajudar na construção do conhecimento.
Esses pontos podem auxiliar os professores em suas aulas, mas há diferença de uma turma para outra, onde se deve estar atento a forma como os alunos estão assimilando os conteúdos, ou seja, não é uma receita pronta. A História da Matemática pode ser utilizada da maneira que mais julgar adequada o professor ou pesquisador, desde que consiga chegar no objetivo que é o entendimento dos alunos.
Além de trazer a matemática para o cotidiano dos alunos deve se também utilizar de materiais concretos e dinâmicos que o auxiliaram para o entendimento da turma e despertara a atenção dos educandos deixando as aulas mais prazerosas.
Quando um professor inova na forma de ensinar acaba envolvendo todos os seus alunos e ele não terá mais que gastar tanto tempo chamando a atenção deles para que prestem atenção na aula. Por isso, é preciso aproximar-se da realidade dos alunos para dentro da sala de aula e proporcionar uma experiência real por meio de métodos prazerosos e interessantes.
Uma forma de conseguir isso é promovendo uma investigação dos problemas da localidade onde eles residem. Dessa forma, o ensino estará se aproximando da realidade dos alunos e a motivação será instantânea.
Promover oficinas com diversos temas que estejam dentro da realidade deles é outra opção muito interessante, até porque, nessas oficinas, os alunos podem vivenciar situações do dia a dia deles, enxergar os problemas e encontrar as soluções de forma muito simples e prática.
Um bom exemplo dessa aproximação da realidade com o ensino pode ser tirado da própria sala de aula.
Segundo Piaget, “a Matemática é resultado do processo mental da criança em relação ao cotidiano, arquitetado mediante atividades de se pensar o mundo por meio da relação com objetos. Dessa forma, não se pode pensar no ensino da Matemática de acordo com o sistema tradicional de educação, caracterizado pela repetição e verbalização de conteúdos. Piaget considera o método tradicional fracassado, pois o mesmo trata a criança como um ser apático e vago. Suas ideias refletem sobre um ensino formador de um raciocínio lógico matemático que conduz à interpretação e compreensão, em detrimento da memorização”.
Ou seja, os educandos devem além de utilizar o cotidiano dos alunos nos conteúdos, devem também elaborar técnicas, utilizar de recursos e jogos matemáticos, para facilitar e estimular a aprendizagem dos mesmos, fugindo do sistema tradicional que é a aprender através da repetição. Para Piaget os alunos tem que ter prazer em aprender, e os educandos tem que serem os estimuladores.
5. Contribuição dos Jogos Matemáticos na Aprendizagem
Os jogos matemáticos contribuem para a aprendizagem dos alunos, por isso estão ganhando espaço nas escolas, porque é a tentativa de trazer o lúdico para dentro da sala de aula. Segundo os professores é através dos jogos matemáticos que as aulas se tornaram mais agradáveis, com o intuito de fazer com que a aprendizagem se torne fascinante além de prender a atenção dos alunos. As atividades lúdicas e os jogos são considerados estratégias que estimulam o raciocínio levando o aluno a aprender a lidar com situações conflitantes relacionadas com seu cotidiano, além de auxiliar na estruturação do pensamento e do raciocínio dedutivo também auxiliam na aquisição de atitudes.
Nessa perspectiva, acredita-se que se o professor utilizar de jogos no ensino de matemática com a pretensão de resgatar a vontade das crianças em apreender e conhecer mais sobre essa disciplina, eliminando sua áurea de “bicho-papão”. Será mudado com isso, até mesmo o ambiente e a disposição da sala de aula e a rotina de todos os dias, levando o alunoa envolver-se, cada vez mais, nas atividades propostas. De acordo com Groenwald e Timm (2002), “A aprendizagem através de jogos, como dominó, palavras cruzadas, memória e outros permite que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertido”. De acordo com as autoras, “Neste sentido destacam três aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo nas aulas. São estes: o caráter lúdico, o desenvolvimento de técnicas intelectuais e a formação de relações sociais”. Na tentativa de mostrar como podemos atingir tais 21 objetivos. Os jogos têm muita eficácia e o modo como ele auxilia não só no processo de ensino e aprendizagem da matemática como participante no desenvolvimento de um sentimento de autonomia, prazer e contentamento. Os professores de matemática devem perceber que, nem sempre, a resolução de exercícios desenvolve a capacidade de autonomia do aluno. Já, os jogos, “envolvem regras e interação social, e a possibilidade de fazer regras e tomar decisões juntos é essencial para o desenvolvimento da autonomia”. (Kammi, 1992, p.172) e, são tomadas de decisões que fazem com que o aluno deixa de ser passivo.
A aplicação dos jogos em sala de aula surge como uma oportunidade de socializar os alunos, busca a cooperação mútua, participação da equipe na busca incessante de elucidar o problema proposto pelo professor. Mas para que isso aconteça, o educador precisa de um planejamento organizado e um jogo que incite o aluno a buscar o resultado, ele precisa ser interessante, desafiador.
Os educadores precisam ser criativos na elaboração dos jogos matemáticos, para prender a atenção dos alunos, estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico e leva-los a conceberem a matemática como uma disciplina prazerosa que não é de difícil entendimento. Através dos jogos e técnicas o professor ficara mais próximo dos alunos e os alunos do professor, tornando um ambiente de sala de aula harmonioso.
Segundo Kishimoto (2007), “os jogos estão vinculados no pensamento de cada criança mesmo que ela ainda não os conheça, porque a mesma cria suas próprias fantasias através de brinquedos ligados ao seu cotidiano familiar”, por isso da importância de utilizar a realidade das crianças em sala de aula.
Os jogos e brincadeiras estão no dia a dia das crianças, por isso da importância de trazer a matemática para a realidade do aluno, ou seja, usando o cotidiano deles como seu aliado. Pois dessa maneira aprenderam brincando e se divertindo.
Trabalhar com os jogos em sala de aula, segundo Montessori (1965) é:
Uma técnica que facilita o desenvolvimento dos alunos. Com a utilização de jogos no ensino de matemática, o professor tem possibilidades de oferecer várias opções para desenvolver as capacidades dos educandos em cada fase em que se encontram. Utilizar jogos de forma coerente com os objetivos a serem alcançados, explorando a ludicidade, é uma maneira inteligente e criativa de promover a superação de obstáculos no ensino de matemática.
Os jogos ajudam muito no ensino da matemática, porque facilita na assimilação dos conteúdos, além de tornar a aula dinâmica e prazerosa.
Com os jogos, os alunos que possuem dificuldades de raciocínio e até de socialização terão mais facilidades de aprender e também começarão a interagirem com os colegas, levando a trocas de conhecimento, e assim um colega ajuda o outro, e todos aprendem.
Smole, Diniz e Candido (2000, p.18) esclarecem que, quando o professor oportuniza aos educandos situações ativas de expressão, o que é possível também por meio de jogos, os alunos podem “conectar suas experiências pessoais com as dos colegas, refletir sobre o significado das ações que realizaram avaliar seu desempenho, ao mesmo tempo em que ampliam seus vocabulários e suas competências linguísticas”.
Uma das maneiras de fazer com que as crianças possam adquirir os conhecimentos matemáticos é através de jogos e brincadeiras, que podem ser confeccionados com materiais de fácil acesso para elas, como tampinhas de garrafas, caixas de fósforos, palito de fósforo usado, entre outros. São materiais de fácil acesso, que permitem à criança exercitar seus conhecimentos. 
Smole, Diniz e Candido (2000, p.11) explicam que:
Explorar, investigar, descrever, representar seus pensamentos, suas ações. [...] representar, ouvir, falar e escrever são competências básicas de comunicação, essenciais para a aprendizagem de qualquer conteúdo em qualquer tempo; o ambiente previsto para o trabalho, precisa contemplar momentos para a produção e leitura de textos, trabalho em grupos, jogos, elaboração de representações pictóricas e, a elaboração e leituras de livros.
Para Smole, Diniz e Candido o educando deve explorar o máximo dos alunos deixá-los se expressar, proporcionar um ambiente acolhedor e prazeroso onde os alunos se sintam a vontade, além de utilizar de recursos para facilitar sua aprendizagem. 
Ao selecionar os jogos a serem utilizados em sala de aula, é importante que o educando considere os conhecimentos dos alunos, e use isso a se favor.
O jogo é uma das alternativas que os professores podem explorar para auxiliar na construção de vários conhecimentos, ajuda a abordar conteúdos novos e também estimular a instituição de elos mais receptivos e agradáveis para contrapor as manifestações repulsivas que muitos alunos têm em relação a matemática.
Segundo Nogueira (2005) os jogos em sala de aula trazem diversos benefícios como:
Favorecer a identificação de dificuldades; promovem competição entre os alunos, que se empenham ao máximo para vencer; faz com que os alunos se tornem mais confiantes, críticos e capazes de trabalharem em equipe. Considerando essas vantagens, os educadores que utilizam os jogos em suas propostas pedagógicas têm ótimas chances de alcançar os objetivos que estão postos como necessários para formar cidadãos mais humanos e competentes.
Através dos jogos as crianças irão aprender brincando, ou seja, terão uma percepção melhor dos conteúdos trabalhados em sala de aula facilitando o trabalho do educador sem falar que irá estimular o trabalho em equipe e o entrosamento da turma. Além de ajudar a torna-los adultos mais confiantes e competentes.
 De acordo com Montessori (1965):
	
Os jogos matemáticos têm como prioridade incentivar a criança no seu desenvolvimento sensorial e motor. Para tanto, é importante que os educadores mantenham o equilíbrio na distribuição da riqueza material e cultural, oferecendo aos alunos a oportunidade de produzir recursos necessários para uma vida digna. A autora ainda explicita que a criança aprende mais através de objetos colocados em seu mundo e que nesse movimento ela se desenvolve, tornando-se mais ágil.
Tudo aquilo que é confeccionado pelos alunos desperta o interesse dos mesmos, por isso o professor deve usar isso a seu favor, além de aprenderem brincando.
6. METODOLOGIA
Este estudo tem como base uma pesquisa bibliográfica, sendo utilizados vários meios para realizar este trabalho, visando alcançar os objetivos propostos. Sendo apontados critérios fundamentais para a elaboração deste projeto, contendo informações sobre a História da Matemática no Brasil, a Importância da Matemática como Ensino Aprendizagem, a Importância de trazer a Matemática para a Realidade dos Alunos e a Contribuição dos Jogos Matemáticos na Aprendizagem, e a opinião de alguns filósofos que fizeram parte e contribuíram, para que isso acontecesse. Além de conter citações sobre os assuntos pelos maiores pensadores.
É importante lembrar que ao utilizar a História da Matemática em sala, às aulas podem ficar mais dinâmicas e interessantes, quando o educando mostrar o porquê estudar determinados conteúdos e fazer uma relação com a realidade dos alunos e também com as outras disciplinas, deixando de ser uma aula cansativa e sem graça.
Segundo Viana e Silva, “a partir do momento que se conhece a História da Matemática as aulas ficam mais interessantes e com aprendizado de qualidade”. 
Tem se a possibilidade de buscar uma nova forma de ver e entender a matemática, tornando a mais contextualizada,mais integrada com as outras disciplinas, mais agradável, mais criativa e mais humanizada utilizando a História da Matemática em sala de aula.
Segundo D’Ambrósio (1999):
“As ideias matemáticas comparecem em toda a evolução da humanidade, definindo estratégias de ação para lidar com o ambiente, criando e desenhando instrumentos para esse fim, e buscando explicações sobre os fatos e fenômenos da natureza e para a própria existência. Em todos os momentos da história e em todas as civilizações, as ideias matemáticas estão presentes em todas as formas de fazer e de saber.” (p. 97)
Entende-se que a História da Matemática tem potencial para se fazer a integração entre os conteúdos de matemática e desta com as outras disciplina, pois ela acompanha a história da humanidade.
 De acordo com D’Ambrósio (1999, p.97), “Acredita que um dos maiores erros que se pratica em educação, em particular na Educação Matemática, é desvincular a Matemática das outras atividades humanas.” É claramente visto, que a História da Matemática propicia mostrar que a matemática tem um processo histórico, é uma construção humana, que é gerada pelas necessidades práticas construídas para atender a certas necessidades da sociedade.
Por isso da importância do professor recorrer a História da Matemática como um instrumento de apoio e mostrar que a matemática é uma criação humana, e uma ciência desenvolvida pela humanidade, construída e elaborada a partir da tentativa em solucionar problemas, possível de erro e que surgiu da necessidade do homem para facilitar sua vida e se organizar. Outra maneira de se trabalhar a matemática em sala de aula é trazendo a realidade dos alunos para a sala de aula, onde irão se sentir mais a vontade e chamara a atenção dos mesmos. Os jogos matemáticos também são uma maneira prazerosa de se aprender matemática, onde os alunos aprendem brincando e se divertindo.
Os jogos matemáticos desenvolvem o raciocínio lógico das crianças e suas habilidades levam-nas a conceberem a matemática como uma disciplina prazerosa e proporcionam a criação de vínculos positivos na relação professor-aluno e aluno-aluno. Com os jogos matemáticos, os alunos encontram o equilíbrio entre o real e o imaginário e ampliam seus conhecimentos e o raciocínio lógico-matemático.
Segundo Kishimoto (2007), “os jogos estão vinculados no pensamento de cada criança mesmo que ela ainda não os conheça, porque a mesma cria suas próprias fantasias através de brinquedos ligados ao seu cotidiano familiar”.
Os jogos trabalhados com critério pedagógico em sala de aula trazem diversos benefícios. Segundo Nogueira (2005) as vantagens são “favorecem a identificação de dificuldades; promovem a competição entre os alunos, que se empenham ao máximo para vencer; fazem com que os alunos se tornem mais confiantes, críticos e capazes de trabalhar em equipe”. Considerando essas vantagens, os educadores que utilizam os jogos em suas propostas pedagógicas têm ótimas chances de alcançarem os objetivos que estão postos como necessários para formar cidadãos mais humanos e competentes.
A relação entre jogos e resolução de problemas, conforme destaca Antunes (2006), “evidencia vantagens no processo de criação e construção de conceitos por meio da discussão de temática entre os alunos e entre o professor e os alunos”. Para ele, o jogo é um problema, porque, ao jogar, o indivíduo constrói conceitos, de forma lúdica, dinâmica, desafiadora e que os motivam.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho contribui para o processo de ensino aprendizagem, além de fazer com que os professores de matemática entendam que a História da Matemática pode auxiliá-los na sua atividade diária em sala de aula. O fato de contextualizar o ensino da Matemática, situando o espaço e o tempo, cria possibilidades de motivar os alunos para um despertar para a aprendizagem.
Cada civilização em sua época teve a sua contribuição para a História da Matemática, umas mais, outras menos, no caso do Brasil que não estavam preocupados, pois o interesse dos colonizadores era outro, e não ensinar os povos que aqui moravam. O estudo da Matemática no Brasil se iniciou com os Jesuítas e por volta dos anos 70 já existia uma quantidade significativa de produções cientificas de matemáticos brasileiros, mas é importante lembrar que a Matemática de hoje é o produto de um processo histórico que levou anos para ser sistematizada, e conhecer a parte histórica é muito importante para o desenvolvimento dos alunos.
Ao utilizar representações concretas, tal como são os aspectos da História da Matemática, o professor consegue esclarecer muitos conceitos matemáticos, e responder a alguns “porquês”, colaborando com a construção do aprendizado do aluno, de forma mais significativa e dinâmica.
O professor deve recorrer à História da Matemática, pois ela contribui para um olhar mais critico sobre as partes do conhecimento e esclarece ideias matemáticas que estão sendo construídas pelos alunos. A história da Matemática, quando presente no dia a dia do ensino matemático, pode ajudar o aluno a entender o que se está falando, pois na maioria das vezes, não se dá significado histórico ao que se está ensinando e dessa maneira facilitara o entendimento dos mesmos, além de deixar claro o porque se deve aprender este ou aquele conteúdo e também compreender como chegamos às informações atuais. Buscando sempre fazer com que os alunos entendam da importância e sintam prazer em aprender matemática, além de despertar a curiosidade dos mesmos, pois os educadores devem valorizar a investigação, a descoberta e a exploração do dia a dia dos alunos. 
A prática do professor deve levar o aluno a perceber que é praticamente inevitável fazer uso da Matemática no dia a dia, mesmo que não se torne o melhor aluno, um professor de matemática ou um profissional de exatas, o prazer pelo estudo da disciplina só aumentará, e de forma cada vez mais leve, esse aluno conseguirá comparar o que aprendeu em sala de aula com atividades de sua vida diária.
Para tanto, é necessário que o professor não só mude o método de ensinar Matemática, como também, torne-se apto a ministrá-la por meio de um constante aprimoramento de seus conhecimentos, coordenando seus estudos com a motivação dos alunos a apreender cada dia mais a importância da disciplina e como ela foi se desenvolvendo ao longo do tempo.
A História da Matemática é um recurso eficaz, segundo os autores pesquisados. Verificou-se que, ao utilizar relatos históricos quando da inserção de novos conteúdos, o professor pode estimular o aprendizado de seus alunos e até afastar alguns receios que eles têm em relação ao estudo da disciplina, de como ela é difícil e, por vezes, inacessível. O tópico também demonstrou que os alunos podem comparar as situações vividas pelos matemáticos do passado com a realidade em que vivem, resultando em aulas mais leves e prazerosas.
Como sugestão aos que desejam abordar a História da Matemática, como recurso ao aprendizado, que realizem uma pesquisa de campo junto a turma de alunos a fim de verificar, por meio de questionário aplicado, se, de fato, esse recurso motivou-os ao aprendizado dos conteúdos matemáticos. Essa pesquisa poderá, inclusive, apontar falhas na aplicação desse método.
Os jogos são muito importantes para o desempenho dos alunos, entretanto devem ser sempre voltados para o conteúdo que esta sendo trabalhado em sala de aula, para um melhor aproveitamento.
A característica essencial do jogo, todavia, refere-se a jogar como uma experiência, e sempre uma experiência criativa. Portanto, verifica-se aqui a relevância dos jogos para o desenvolvimento do raciocínio dedutivo e lógico, para a aquisição do conhecimento matemático através dos jogos, compreendendo que assim a assimilação e a fixação dos conceitos e dos conteúdos serão mais significativas para os alunos. Os jogos propiciam uma situação favorável, ao interesse pela matemática e, consequentemente, sua aprendizagem, eis portanto o foco do nosso interesse, pois as crianças que tem dificuldades precisam receber um apoio didáticoutilizando a matemática recreativa, baseado no que o aluno pode aprender com mais facilidade através de jogos, e devagar vão conseguindo operar mentalmente. Portanto, o beneficio que se obtém é através da referência que o jogo traz ao aluno, indicando a forma correta deste colocar-se frente aos problemas matemáticos.
 Os jogos são importantes não só como atividade recreativa ou pedagógica, mas também pelo seu poder de socialização o que certamente contribui para a interação entre os pares através da cooperação e do respeito às regras, o desenvolvimento da autonomia e a competitividade construtiva, e contribuição na relação crescimento e desenvolvimento dos alunos.	
O jogo, com seu caráter lúdico, é importante para o ser humano em qualquer idade. Propiciar situações com jogos é investir no prazer, no desafio e no melhor desempenho dos alunos. Entretanto, os jogos devem ser utilizados com critério pedagógico, para alcançar êxito nas práticas educativas. Para tanto, é importante os conhecimentos da formação inicial e também sua retroalimentação por meio da formação contínua.
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