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Roteiro 4 - Alterações fisiológicas dos sistemas sensoriais da cognição e do equilíbrio

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Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
ROTEIRO MORFOFUNCIONAL - FISIOLOGIA III 
3 PERÍODO 
 
Alterações fisiológicas dos sistemas sensoriais, da cognição e do equilíbrio 
Acadêmico: Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
Período: 3º período 
1. O EQUILÍBRIO E A MOBILIDADE SÃO FUNDAMENTAIS PARA UMA VIDA 
INDEPENDENTE, SENDO TAMBÉM AVALIADOS POR TESTES. CITE QUAIS 
SÃO ESSES TESTES E DISCORRA SOBRE ELES. 
GET UP AND GO (TESTE DE LEVANTAR E ANDAR): 
- É realizado com o paciente levantando-se de uma cadeira reta e com encosto, 
caminhando 3 metros, voltando, após girar 180°, para o mesmo local e tornando a se 
sentar 
- Com isso é possível avaliar o equilíbrio do paciente sentado, o equilíbrio durante a 
marcha e a transferência 
- A interpretação deste teste é a seguinte: 
1) Normalidade 
2) Anormalidade leve 
3) Anormalidade média 
4) Anormalidade moderada 
5) Anormalidade grave 
- O escore de 3 e mais pontos indica risco aumentado de quedas 
TIMED GET UP AND GO (TESTE DE LEVANTAR E ANDAR 
CRONOMETRADO): 
- É uma variante do teste anterior 
- Além de avaliar os itens citados anteriormente, mede o tempo de realização da tarefa 
- A interpretação é a seguinte: 
1) ≤ 10 segundos  independente, sem alterações 
2) 11- 20 segundos  independente em transferências básicas, baixo riscos de 
quedas 
3) ≥ 20 segundos  dependente em várias atividades de vida diária e na mobilidade, 
alto risco de quedas 
 
 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
TESTE DE EQUILÍBRIO E MARCHA: 
- A grande propensão dos idosos à instabilidade postural e à alteração de marcha aumenta 
o risco de quedas. Isso torna fundamental o conhecimento das condições de equilíbrio e 
marcha nessa população e esse teste é capaz de avaliar essas condições 
- Em 2003, ele foi adaptado para ser utilizado na população brasileira institucionalizada, 
recebendo o nome de Performance Oriented Mobility Assessment (POMA) Brasil, ainda 
carecendo, entretanto, de validação clínica, devendo ser aplicado em indivíduos frágeis 
- A presença de sarcopenia interfere no equilíbrio e na mobilidade e consequentemente 
predispõe a quedas. Portanto, faz-se necessária a identificação deste quadro 
- O Consenso Europeu elaborado pelo European Working Group on Sarcopenia in Older 
People (EWGSOP) define que o diagnóstico de sarcopenia é feito com a presença de 
diminuição da massa muscular associada a baixa função muscular (desempenho e/ou 
força muscular reduzidos) 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
2. EXISTEM VÁRIAS ESCALAS E TESTES PARA A AVALIAÇÃO INICIAL DO 
ESTADO COGNITIVO, COMO O MINIEXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM), 
TESTE DE FLUÊNCIA VERBAL E O TESTE DO DESENHO DO RELÓGIO. 
DESCREVA CADA TESTE. 
MINIEXAME DO ESTADO MENTAL: 
- Importante instrumento de rastreio, de fácil e rápida aplicação, avalia os principais 
aspectos da função cognitiva 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
 
TESTE DE FLUÊNCIA VERBAL: 
- A fluência verbal (FV) avalia predominante a linguagem e a memória semântica, além da 
função executiva 
- Trata-se de teste rápido e com notas de corte definidas pela escolaridade 
- Solicita-se ao paciente relacionar o maior número de itens de uma categoria semântica 
(p. ex., frutas, animais) ou fonêmica (palavras que se iniciam com determinada letra) em 
um minuto 
- A interpretação é a contagem do número de itens, excluindo as repetições, as oposições 
regulares de gênero (p. ex., gato/gata computa apenas 1 e boi/vaca computa 2) 
- O normal para indivíduos com escolaridade menor que 8 anos é de no mínimo 9 itens e 
para indivíduos com escolaridade de oito e mais anos é de no mínimo 13 itens 
TESTE DO DESENHO DO RELÓGIO: 
- O teste do desenho do relógio (TDR) avalia as funções executivas, memória, habilidades 
visuoconstrutivas, abstração e compreensão verbal 
- Tem a vantagem de ser de fácil aplicação 
- Para realizá-lo, forneça ao paciente papel em branco, lápis ou caneta. Em seguida, 
solicite ao indivíduo que desenhe um relógio com todos os números e os ponteiros 
marcando 2:45 (duas horas e 45 min) 
- Devido à limitação deste teste em indivíduos com baixa escolaridade, recomenda-se 
utilizar naqueles com no mínimo 4 anos de escolaridade 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
 
3. VÁRIAS SÃO AS ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE OCORREM NOS 
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS COM O ENVELHECIMENTO. COMO: PALADAR, 
OLFATO, VISÃO, AUDIÇÃO E TATO. 
PALADAR: 
- O paladar e o olfato afetam o apetite, as escolhas alimentares e a ingesta alimentar 
- O cheiro e o gosto dos alimentos preparam o organismo para a digestão, estimulando 
secreções salivares, gástricas, pancreáticas e intestinais. Tais sensações permitem que 
sejam discriminadas as características dos alimentos e associadas, por aprendizado, aos 
efeitos obtidos após a ingestão 
- Existem cinco sabores básicos: amargo, ácido, salgado, doce e umami 
- O gosto resulta da associação do sabor ao aroma dos alimentos 
- A idade avançada, por si só, é um fator de risco para o surgimento de transtornos do 
paladar. Há elevações dos limiares para gosto e cheiro, redução da sensibilidade para 
estímulos supralimiares (gostos e odores são sentidos com menor intensidade), diminuição 
da capacidade discriminatória e sensações distorcidas 
- Ageusia (perda da gustação); hipogeusia (redução da sensibilidade a estímulos 
gustativos) e disgeusia (sensações gustativas distorcidas) são comuns em idosos usuários 
de medicamentos 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
- Tais mudanças no paladar e no olfato podem causar perda do apetite, escolhas 
alimentares erradas e desnutrição. O risco é ainda maior se ocorrer pouca variabilidade na 
dieta, situação mais comum em idosos que moram sozinhos 
- Idosos com perda do paladar e desinteresse pela alimentação são prejudicados em suas 
refeições, momentos de socialização familiar, e podem perder oportunidades de 
estreitamento dos laços intergeracionais 
- Mais de 50% dos pacientes apresentam disfunções do paladar em algum momento ao 
longo do tratamento de neoplasias 
- A radioterapia e a quimioterapia podem afetar a reparação dos epitélios sensoriais 
olfatório e gustativo, comprometendo também a integridade anatômica das papilas 
gustativas 
- A manutenção de uma higiene oral adequada é fundamental no paciente em cuidados 
paliativos, exercendo grande impacto em seu conforto 
FENÔMENO DA GUSTAÇÃO: 
- A gustação é um evento complexo, que envolve os sistemas gustatório, olfatório e 
nervoso central 
- Em idosos mais longevos, pode haver declínio da função olfatória, que compromete a 
capacidade de discriminação gustativa 
- A plena apreciação alimentar depende de sensações provenientes da cavidade oral, da 
orofaringe e do epitélio sensorial nasal. A mastigação aquece o alimento e libera odores, 
além de bombeá-los retrogradamente à cavidade nasal 
- Além da detecção, do reconhecimento e da graduação da intensidade do estímulo, a 
gustação normal envolve um componente hedônico, que é individual e determina o prazer 
e a satisfação com determinados alimentos 
PECULIARIDADES DA FUNÇÃO GUSTATÓRIA EM IDOSOS: 
- No envelhecimento saudável, ocorre somente pequena redução na sensibilidade 
gustativa, enquanto a textura e a temperatura dos alimentos são percebidas normalmente 
- A sensibilidade ao sabor salgado diminui, enquanto o sabor doce é percebido 
normalmente 
- Devido a essas mudanças, pode haver declínio no prazer ao se alimentar, com maior 
risco potencial de desnutrição 
- Dificuldades na percepção do gosto podem decorrer de problemas bucais (estomatite e 
glossite), doenças sistêmicas, alterações do sistema olfatório (rinites, lesões na lâmina 
crivosa), lesões no sistema nervoso central (acidentes vasculares encefálicos) e 
deficiência de zinco, fármacos ou fatores não esclarecidos (forma idiopática) 
- O uso de medicamentos é o principal fator etiológiconas disfunções do paladar em 
idosos 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
- Queixas de boca seca são comuns em idosos, mais frequentemente em mulheres 
brancas que usam antidepressivos, anti-hipertensivos, digitálicos e anti-histamínicos. 
Outras substâncias têm gosto desagradável ou interferem nos mecanismos fisiológicos da 
gustação 
- Alguns fármacos podem reduzir o paladar de idosos também para doces. Diabéticos que 
usam medicamentos correm risco de utilizarem quantidade excessiva de açúcar na 
preparação dos alimentos 
- Problemas com próteses dentárias (infecções fúngicas, traumas, perda óssea alveolar, 
próteses soltas) podem afetar o processamento do alimento e a gustação. As próteses 
dentárias que cobrem boa parte do palato duro afetam a propagação dos odores durante a 
mastigação e podem causar perda olfatória, mesmo havendo epitélio nasal sensorial 
saudável 
- Em idosos inapetentes, parte do interesse pela alimentação pode ser recuperado com a 
adição de condimentos no preparo das refeições. Eles realçam o sabor e o odor dos 
alimentos, estimulam o fluxo salivar e aumentam a ingesta alimentar 
- A suplementação com zinco tem sido sugerida para o manejo dos transtornos do paladar 
associados a medicamentos, baixas concentrações de zinco, doenças renais e 
radioterapia 
OLFATO: 
- É uma das sensações humanas mais primitivas 
- O rinencéfalo, que, evolutivamente, é a região mais antiga do cérebro, compreende as 
áreas olfatórias e límbicas, ambas funcionalmente muito relacionadas 
- Olfato e paladar têm a mesma relação funcional 
- No envelhecimento normal, o olfato é mais frequentemente comprometido que o paladar 
- Em idosos, as performances em testes de capacidade olfatória correlacionam-se às de 
testes de função cognitiva. A habilidade de identificar odores depende do lobo temporal 
medial, afetado precocemente na doença de Alzheimer, na demência vascular e no 
transtorno cognitivo leve 
- A capacidade discriminatória para diferentes odores reduz-se em idosos normais de 
ambos os sexos. As mulheres têm melhor desempenho na identificação de odores que os 
homens, em todas as faixas etárias 
ALTERAÇÕES DO SISTEMA OLFATÓRIO EM IDOSOS: 
- Há redução na secreção do muco nasal associada a menor fluidez do muco produzido 
- Ocorre substituição parcial do epitélio sensorial nasal por mucosa respiratória e redução 
de sua espessura, com diminuição da concentração de neurônios 
- Na doença de Parkinson, caracteristicamente há comprometimento do olfato 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
- Testes de função olfatória têm o potencial de auxiliar no diagnóstico diferencial com 
outros transtornos extrapiramidais, como a paralisia supranuclear progressiva, na qual não 
há comprometimento do olfato 
- Se houver dano grave e irreversível na capacidade olfatória, os idosos deverão receber 
conselhos referentes à sua segurança: 
 Detectores de vazamentos de gás podem ser instalados na cozinha e no banheiro 
 As datas de vencimento dos alimentos industrializados devem ser respeitadas; 
 Comidas caseiras devem ser armazenadas em recipientes rotulados, identificando-
se a data de preparo e quando deverão ser descartadas 
VISÃO: 
- A função visual normal compreende as capacidades de perceber, discriminar e interpretar 
estímulos luminosos. A acuidade visual depende da habilidade de distinguir dois estímulos 
separados em contraste com o fundo 
- Para uma visão normal, a luz visível (com 380 a 760 nm de comprimento de onda) deve 
atravessar a córnea, o cristalino e o corpo vítreo, chegando à retina, a qual, sensibilizada 
pela luz, emite impulsos elétricos por meio da via óptica ao cérebro, que os interpreta e 
cria imagens 
- A visão, em associação às aferências somatossensoriais vestibulares e musculares, 
auxilia no controle postural. Alterações nessas aferências provocam mudanças na marcha, 
com desequilíbrio, maior gasto energético, fraqueza muscular e quedas 
- O comprometimento da visão afeta, além do próprio doente, toda a sociedade, que 
despende recursos para tratamento médico e compromete força de trabalho 
potencialmente ativa nos cuidados informais 
- Há relação entre envelhecimento e problemas visuais. Na faixa dos 70 aos 74 anos, 14% 
dos indivíduos têm dificuldades significativas. A perda visual está presente em 32% dos 
muito idosos (85 anos ou mais). Após 85 anos, 25% das pessoas não conseguem ler 
jornais, mesmo com auxílio para correção (óculos e lupas). Mais de 90% dos idosos 
necessitam de lentes corretivas (óculos) em algum período do dia 
ALTERAÇÕES DA VISÃO EM IDOSOS: 
- Por volta dos 60 anos, o diâmetro pupilar está reduzido a menos da metade do que tinha 
aos 20 anos; as reações pupilares à luz tornam-se mais lentas; o suporte gorduroso retro-
ocular é perdido, fazendocom que os olhos se localizem mais profundamente nas órbitas; 
e disfunções nos músculos extraoculares causam perda da amplitude nas rotações 
oculares 
- O idoso normal perde parte da capacidade de acomodação, da acuidade visual em meios 
com pouco contraste, da adaptação a ambientes escuros, da tolerância ao brilho, da 
capacidade de discriminar cores, da capacidade de leitura e do campo visual atencional ou 
de processamento rápido (em que os estímulos são mais facilmente percebidos). A 
adaptação ao escuro diminui em decorrência das reduções do diâmetro pupilar e da 
velocidade de condução intraocular do estímulo visual. Idosos podem cair ao transitarem 
entre ambientes com diferentes intensidades de iluminação 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
- Para pessoas de todas as idades é mais difícil diferenciar tons de azul e verde do que 
tons de amarelo e vermelho e essa dificuldade é ainda maior para o idoso 
- Em idosos, a perda visual pode instalar-se gradualmente, não sendo percebida ou 
valorizada pelo paciente. Mesmo cientes da deficiência, alguns idosos preferem não a 
relatar, por considerarem parte do envelhecimento normal. A avaliação da acuidade visual 
deve, portanto, ocorrer rotineiramente em idosos, principalmente naqueles com maior risco 
de doenças oculares (nos mais longevos, hipertensos e diabéticos). 
- Na presbiopia, caracterizada pela perda da elasticidade da cápsula do cristalino, ocorre 
dificuldade no ajuste refrativo para enxergar alvos próximos (ler jornais, por exemplo). 
- Com o envelhecimento, pode haver dificuldade para dirigir à noite, embora a habilidade 
visual para a condução veicular durante o dia seja, em geral, preservada. Há intolerância 
às luzes dos veículos que trafegam em sentido contrário ou dificuldade para adaptar-se às 
áreas com pouca iluminação. Perdas no campo visual e glaucoma em idosos também 
determinam maior risco de acidentes automobilísticos com vítimas 
- A visão subnormal em idosos está relacionada com declínio cognitivo, doença cardíaca, 
artrose, hipertensão arterial sistêmica, quedas, fraturas de quadril, comprometimento da 
qualidade de vida, depressão e morte. A maioria dos idosos da comunidade com visão 
subnormal tem outras limitações, como déficits auditivos, restrições na mobilidade, 
comprometimento cognitivo, doenças cardíacas e pulmonares. Nestes indivíduos, a 
associação de perda visual e comorbidades causa limitação funcional significativa. O 
comprometimento da visão, as doenças articulares e as cardíacas são os principais 
determinantes da necessidade de auxílio para as atividades de vida diária. A perda visual 
é fator de risco mais fortemente associado à depressão do que a perda auditiva, 
possivelmente porque o comprometimento causado pela visão inadequada tem maior 
impacto nas atividades cotidianas 
 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
AUDIÇÃO: 
- O comprometimento auditivo pode decorrer da perda de sensibilidade à frequência, à 
intensidade ou a ambas 
- A intensidade sonora é medida em bel (B) ou decibel (dB). Sons acima de 130 dB 
causam grande desconforto, enquanto aqueles de mais de 160 dB podem rompera 
membrana timpânica. A conversação normal ocorre, em geral, entre 500 e 3.000 Hz de 
frequência e 45 a 60 dB de intensidade. 
- Com relação à intensidade, a perda auditiva até 25 dB é considerada leve, fazendo com 
que uma conversa normal pareça um sussurro e que um sussurro não seja ouvido. Perdas 
de 40 dB são consideradas moderadas e, a partir de 60 dB, graves 
- Como as principais causas da perda auditiva relacionada com a idade são as perdas de 
células sensoriais auditivas e de neurônios dos tecidos nervosos da cóclea, a recuperação 
da função auditiva normal geralmente não é possível. Nesses casos, estão indicados os 
aparelhos de amplificação sonora individual 
- Quando a prescrição da prótese auditiva é guiada pelo audiograma do paciente, há 
benefícios na habilidade auditiva e na discriminação da fala. Assim, há melhora na 
qualidade de vida, reduzindo os efeitos psicológicos, sociais e emocionais da perda 
auditiva. O objetivo é melhorar a inteligibilidade da fala, evitando a interferência do ruído 
de fundo 
- A Política Nacional do Idoso e a Política Nacional da Saúde da Pessoa Portadora de 
Deficiência atribui ao Ministério da Saúde a incumbência de fornecer órteses e próteses 
necessárias à reabilitação do idoso, inclusive aparelhos de amplificação sonora individual, 
classificados como próteses auditivas (Ministério da Saúde, 2015) 
- Se o déficit auditivo excede a capacidade de correção dos aparelhos de amplificação 
sonora individual, podem estar indicados os implantes cocleares. Enquanto os primeiros 
essencialmente amplificam o som que chega à cóclea (dependendo, portanto, de função 
sensorial coclear residual), os últimos estimulam diretamente o nervo vestibulococlear. O 
sucesso na reabilitação com o implante coclear depende de regulagem adequada do 
equipamento de decodificação da fala e da existência de inervação residual viável. 
CLASSIFICAÇÃO DA PERDA AUDITIVA E DADOS EPIDEMIOLÓGICOS: 
- A perda auditiva pode ser classificada como: 
 De condução ou periférica  em que o estímulo sonoro se perde em estruturas do 
ouvido externo ou médio, sem atingir a cóclea 
 Sensorineural ou central  em que há problemas cocleares ou no nervo 
vestibulococlear 
 Mista 
- Aos 60 anos, 44% das pessoas têm perda auditiva significativa. Entre 70 e 79 anos, essa 
proporção pode chegar a 66% e, após os 80 anos, a 90% 
- Em idosos, a perda auditiva relaciona-se independentemente a declínio cognitivo 
acelerado e a comprometimento cognitivo persistente 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
TATO: 
- Os receptores para tato, pressão e vibração são terminações nervosas localizadas na 
pele 
- Com o envelhecimento, pode haver reduções nas sensações de dor, vibração, frio, calor, 
pressão e toque. Parte dessas alterações deve-se a deficiências microcirculatórias nos 
receptores periféricos, na medula espinal ou no córtex cerebral 
- Deficiências vitamínicas (principalmente do complexo B), diabetes melito, uso abusivo de 
álcool, doenças renais, mieloma múltiplo, neoplasias (de pulmão, linfoma, leucemia), 
doenças autoimunes, exposições a toxinas e infecções (vírus da imunodeficiência 
humana) podem causar perda sensorial na forma de neuropatia periférica. Em alguns 
casos, após o controle do fator etiológico, pode haver certa recuperação funcional 
- A perda da sensibilidade às alterações de temperatura faz com que os idosos estejam 
mais suscetíveis a hipotermia, queimaduras (quando aplicam compressas quentes nos 
pés) ou congelamento de extremidades (como na exposição à neve) 
- A redução das sensibilidades ao toque, à pressão e à vibração aumenta a possibilidade 
de ocorrerem lesões de pele, como as úlceras de decúbito 
- A perda das aferências proprioceptivas pode dificultar a percepção da posição dos 
membros em relação ao chão, causando quedas e úlceras em extremidades inferiores 
(como as úlceras dos pés dos pacientes diabéticos com neuropatia periférica) 
- O teste do monofilamento de Semmes-Weinstein pode ser utilizado para avaliar a 
sensibilidade tátil plantar em diabéticos, correlacionando-se à presença de neuropatia 
periférica 
 
 
 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
4. O ENVELHECIMENTO PODE INDUZIR DISTÚRBIOS NO CONTROLE 
MOTOR E DA MARCHA QUE AUMENTAM O RISCO DE PERTURBAÇÕES NO 
CONTROLE DO EQUILÍBRIO. DESCREVA ESSES DISTÚRBIOS 
- As doenças provocam mais alterações na marcha que as modificações decorrentes do 
envelhecimento normal 
- Há causas variadas para distúrbios da marcha e do equilíbrio no indivíduo mais velho, a 
maior parte delas advém dos sistemas neuromuscular e vestibular 
- Os distúrbios da marcha podem ser classificados de forma sindrômica ou pela causa 
subjacente 
- As síndromes descritas incluem hemiparesia, paraparesia, sensorial, festinante, anserina, 
petits pas, apráxica, propulsiva, retropulsiva, atáxica, distônica, coreica, antálgica, 
vertiginosa e psicogênica 
MARCHA DO LOBO FRONTAL OU FRONTALIZADA: 
- Caracterizada por uma BdS alargada, postura ligeiramente fletida e passos hesitantes, 
pequenos e festinantes 
- Os pés parecem estar grudados ao chão, no que se denomina marcha magnética 
- Essa alteração se associa frequentemente a estágios avançados da doença de 
Alzheimer, demências ou síndromes multi-infartos, doença de Binswanger e hidrocefalia 
normobárica 
MARCHA SENSORIAL ATÁXICA: 
- Se caracteriza por uma base de suporta alargada e movimentos de arrastar os pés 
- As pernas são movimentadas para frente e para fora em passos com os pés levantados 
- O calcanhar toca no solo em primeiro lugar 
- Com auxílio da visão, a marcha é quase normal 
- O sinal de Romberg está presente (Sinal indicativo de lesão vestibulocerebelosa ou de 
lesão dos cordões posteriores da medula. Consiste na perda de equilíbrio quando o 
indivíduo está de pé com os olhos fechados e os pés juntos) 
- As causas mais frequentes incluem doenças que afetam a coluna posterior, nervos 
periféricos ou a coluna dorsal da medula espinal 
MARCHA CEREBELAR ATÁXICA: 
- Apresenta-se com bases largas e passos pequenos, irregulares e instáveis 
- Por vezes, acompanha-se de guinadas e passos cambaleantes que causam a impressão 
de que o indivíduo está bêbado, sendo chamada de marcha ebriosa 
- Quando a doença é unilateral, as guinadas se dão apenas para o lado afetado 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
- O equilíbrio e o controle sobre o tronco e os movimentos das pernas também estão 
bastante prejudicados 
- A ataxia se dá com os olhos abertos ou fechados 
- Esse distúrbio em geral se associa a eventos vestibulares agudos, acidentes vasculares 
encefálicos (AVE), alcoolismo crônico e doenças degenerativas como atrofia de múltiplos 
sistemas e paralisia supranuclear progressiva 
MARCHA ESPÁSTICA: 
- Observada em pacientes com hemiplegia ou hemiparesia e paraparesias 
- O membro afetado é rígido, ligeiramente fletido na bacia e estendido no joelho; o pé 
permanece em flexão plantar. O braço afetado se mantém em uma posição de flexão no 
cotovelo, estacionado em postura cruzada em relação ao abdome, frequentemente 
apoiado pelo braço não atingido 
- Ao caminhar, o balanço do braço afetado está prejudicado, e os dedos do pé arranham 
ou se arrastam sobre o solo 
- Para assegurar uma elevação apropriada do membro inferior em relação ao solo, o 
paciente deve balançar a perna afetada lentamente em um arco externo (circundução) a 
cada passo. Isso se dá com uma leve flexão lateral do tronco no sentido do lado não 
afetado. Ao mesmo tempo, a bacia do lado afetado está hiperestendida, elevando a 
extremidade plégica ou parética e possibilitando a elevação do pé em relação ao solo 
- Geralmente, o equilíbrio desses pacientes está comprometido 
- Causas comuns incluem infarto cerebral contralateral, lesões expansivas intracranianas e 
trauma cerebral. Na marcha paraparética, são causas frequentes mielopatia cervical 
espondilótica avançada, anemia perniciosa, compressãocrônica da coluna espinal, 
hipertireoidismo e infartos lacunares 
MARCHA ANSERINA: 
- Caracterizada por uma perda de força muscular envolvendo a cintura coxofemoral 
- Os pacientes exibem movimento lateral troncular característico, afastando-se do pé que 
se levanta, rotação exagerada da pelve e rolamento da bacia a cada passo 
- Geralmente, há queixas de dificuldades para subir escadas e levantar cadeiras 
- Condições comumente associadas incluem hipo e hipertireoidismo, polimialgia reumática, 
polimiosite, osteomalacia e neuropatias proximais 
 
 
 
 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
MARCHA FESTINANTE: 
- Em geral é associada à doença de Parkinson 
- Envolve um movimento apressado dos pés, simétrico e rápido 
- Quando ereto, o tronco do paciente se inclina para frente e a bacia e os joelhos são 
mantidos em uma posição de flexão. Como consequência, o CdM do indivíduo é 
deslocado para frente, alcançando o limite de sua BdS 
- Ao caminhar, o CdM se move além dos limites seguros de sua BdS, ocasionando 
instabilidade 
- Subsequentemente, os passos se tornam progressivamente mais rápidos, em uma 
tentativa de reconquistar o controle postural (alinhamento do CdM sobre a BdS) 
- Ocasionalmente, o paciente não consegue interromper a marcha e corre risco de quedas 
- Outras causas de marcha festinante incluem doença cerebral por múltiplos infartos, 
demência e hidrocefalia 
MARCHA POR DÉFICITS MULTISSENSORIAIS: 
- Envolve distúrbios concomitantes nos sistemas visual, proprioceptivo e vestibular 
- Tipicamente, os pacientes reclamam de tonturas, instabilidade ou sensação de cabeça 
vazia que aparecem somente durante a marcha ou quando se viram rapidamente. Esses 
indivíduos geralmente utilizam bengalas e andadores ou tocam nas paredes e em outros 
móveis para se apoiar e obter informações de retroalimentação proprioceptiva 
- Os pacientes diabéticos são particularmente vítimas dessa síndrome 
MARCHA VESTIBULAR: 
- Caracterizada por uma constante sensação de instabilidade ao caminhar 
- Se o paciente está parado de pé, tipicamente não há desequilíbrio 
- A marcha tem bases largas, com frequentes tropeços laterais e ligeira tendência a 
caminhar em direção ao lado da disfunção vestibular, seguida de uma correção rápida na 
direção oposta 
- A instabilidade torna-se pior quando o paciente se vira e progride para uma marcha 
cambaleante quando os olhos se fecham 
- Condições comuns incluem labirintopatias, toxicidade por medicamentos 
(aminoglicosídios) e tumores do ângulo pontocerebelar 
 
 
 
 
 
Naysa Gabrielly Alves de Andrade 
MARCHAS ANTÁLGICAS OU GONÁLGICAS: 
- Indicadoras de processos inflamatórios crônicos ou agudos, ou alterações causadas por 
patologias dos pés e articulações afins 
5. O ENVELHECIMENTO COGNITIVO É UM FENÔMENO COMPLEXO, COM 
GRANDE VARIAÇÃO ENTRE AS TRAJETÓRIAS INDIVIDUAIS. DESCREVA DE 
FORMA SUCINTA O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO COGNITIVO. 
- O envelhecimento considerado normal é caracterizado por um declínio progressivo de 
grande parte das funções cognitivas, especialmente as com demanda em memória de 
trabalho, memória espisódica e velocidade de processamento 
- Há evidencias que indicam que o declínio cognitivo associado ao envelhecimento não 
ocorre de forma linear, mas tende a se acelerar com o passar dos anos, ganhando maior 
velocidade nos mais idosos 
- O envelhecimento cognitivo é um fenômeno complexo, com grande variação entre as 
trajetórias individuais. Em alguns indivíduos, em princípio considerados normais, 
observamos um declínio mais rápido, possivelmente associado a processos 
neurodegenerativos em fase pré-clínica, que nos próximos anos podem vir a se manifestar 
como comprometimento cognitivo leve e finalmente como demência. Essa trajetória é 
facilmente identificada em sua fase tardia, mas não nas fases iniciais 
- Esse envelhecimento cognitivo é heterogêneo. Isso se explica pelo fato de que alguns 
indivíduos apresentam declínio cognitivo lento que ao longo dos anos evolui e pode chegar 
ao quadro demencial, porém, em alguns casos, pode haver estabilidade consistente em 
suas funções cognitivas, podendo inclusive apresentar desempenho progressivamente 
melhor que outros indivíduos. 
- Em resumo, considerando o envelhecimento cognitivo normal podemos dizer que os 
hábitos ao longo da vida irão ter forte impacto, negativo ou positivo, sobre como será o 
declínio cognitivo de cada indivíduo. Se pegarmos um indivíduo que estudou ao longo da 
vida e fez diversas atividades complexas, e outro que não teve estudo e nem desenvolveu 
atividades complexas, será notório que o primeiro indivíduo, ao menos do ponto de vista 
do envelhecimento normal, terá menos impacto do déficit cognitivo relacionado a idade 
- A caracterização dos fatores de risco para declínio da cognição deve ser identificada nos 
pacientes para melhor estimativa do risco de um declínio anormal da cognição. Dentre os 
fatores de risco, o que está mais implicado com os déficits cognitivos é o aumento 
progressivo da idade. Outros fatores relacionados são: aumento do risco cardiovascular 
(como diabetes, síndrome metabólica, hipertensão, dislipidemia, tabagismo), trauma 
cranioencefálico, histórico ou quadro atual de depressão, uso abusivo de álcool, fragilidade 
física, nível de escolaridade baixo, suporte social deficiente, entre outros. Especificamente 
para a doença de Alzheimer, a presença de um alelo épsilon 4 do gene da apolipoproteina 
E é associado como fator de risco