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Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Ciências Biológicas Roteiro de Aula Prática Patologia Geral Aluna: Maíra de Oliveira Peixoto Ouro Preto – 2021 AULA 01 – PROCESSOS DEGENERATIVOS FÍGADO NORMAL O Fígado é constituído principalmente de células hepáticas, chamadas de hepatócitos. DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA HEPÁTICA Nesta lâmina percebemos que o hepatócito aumenta de tamanho, devido ao acúmulo de água e eletrólitos no interior da célula, ficando assim com um aspecto arredondado. Percebemos também a presença de células inflamatórias caracterizando uma hepatite. ESTEATOSE MULTILOCULAR Esteatose é a deposição de gordura no interior da célula. O hepatócito aumenta muito de tamanho, devido ao acúmulo lipídico. Consequentemente, o citoplasma e núcleo vão para as extremidades. Esta degeneração pode ser multilocular, onde visualizamos o acúmulo de bolhas de lipídeos no interior do hepatócito (amarelo) ou unilocular (verde). ESTEATOSE UNILOCULAR A esteatose unilocular apresenta um único volume de lipídico no interior da célula. Esta degeneração pode ser causada por agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta e distúrbios metabólicos de origem genética. GLICOGÊNOSE Esta lâmina de fígado mostra acúmulo de glicogênio nos hepatócitos, que ficam com citoplasma claro e vacuolado. Uma das causas desta degeneração é a ingestão de uma dieta hiperglicêmica. ARTÉRIA NORMAL Nesta lâmina conseguimos identificar as três túnicas que compõem uma artéria que são a túnica íntima (camada mais interna), a túnica média e a túnica adventícia. ATEROSCLEROSE A aterosclerose é uma degeneração caracterizada por alterações da túnica íntima, representadas por acúmulo de lipídeos, carboidratos complexos, componentes do sangue, células e material intercelular, formando um ateroma. Este espessamento da túnica íntima dificulta a passagem sanguínea, pois diminui o lúmen da artéria. Pode ser causado por vários fatores como obesidade, maus hábitos alimentares, tabagismo dentre outros. AULA 02 – MORTE CELULAR RIM NORMAL Identificamos o corpúsculo renal, formado pela cápsula de Bowman, o espaço capsular e o glomérulo renal. NECROSE DE COAGULAÇÃO Nesta lâmina a estrutura renal apresenta-se mais clara, com o citoplasma opaco e granuloso. Em algumas células, não é possível a visualização do núcleo. Este tipo de degeneração ocorre devido a algum tipo de infarto. LINFONODO NORMAL O linfonodo é envolvido externamente por cápsula de tecido conjuntivo denso. Conseguimos visualizar a estrutura em lóbulos. NECROSE CASEOSA Nesta lâmina podemos observar a perda da arquitetura tecidual. O aspecto do tecido torna-se granuloso, sem formas definidas e com núcleos ausentes. Este tipo de necrose é frequente na tuberculose. PELE NORMAL NECROSE ULCERATIVA Percebemos que a pele é formada por camadas de tecidos, divididos entre epiderme e derme. Nesta lâmina percebemos formação de massas densas com células arredondadas de núcleo basófilos, aspectos característicos de necrose ulcerativa. FÍGADO NORMAL O Fígado é constituído principalmente de células hepáticas, chamadas de hepatócitos. NECROSE HEPÁTICA Nesta lâmina podemos identificar áreas com perda da arquitetura celular e estrutura, característicos de necrose hepática. . AULA 03 – ALTERAÇÕES DO INTERSTÍCIO RIM NORMAL Nesta lâmina percebemos a estrutura normal dos glomérulos e túbulos renais. AMILOIDOSE Nesta lâmina percebemos uma profunda alteração da estrutura normal devida à amiloidose. Não há mais glomérulos normais. Em todos há deposição de amilóide, transformando-os em 'bolas' hialinas. A maior parte dos túbulos está atrófica (devido à parada de funcionamento dos glomérulos) e alguns estão hipertróficos (pertencentes a néfrons ainda funcionantes). FÍGADO NORMAL Lâmina de fígado normal, com destaque para o espaço porta. CIRROSE HEPÁTICA Nesta lâmina percebemos o parênquima hepático com comprometimento estrutural. Os pseudolóbulos estão com a arquitetura alterada, áreas de fibrose e infiltrado inflamatório. Característico de cirrose hepática. CIRROSE HEPÁTICA (MASSON) Nesta coloração, percebemos que o tecido conjuntivo cora as fibras colágenas em azul e todos elementos celulares em vermelho. Por isso, destaca os pseudolóbulos do tecido fibroso dos espaços portais, realçando o padrão da cirrose hepática. PELE NORMAL Estrutura normal de pele, com visualização das camadas distintas. QUELÓIDE Derme profunda espessada devido a proliferação conjuntiva fibrosa densa formando nódulos aleatórios, com fibras colágenas espessas homogêneas e eosinofílicas, característico de transformação hialina (quelóide). MIOCÁRDIO NORMAL Estrutura normal do miocárdio. FIBROSE Nesta lâmina visualizamos áreas do miocárdio com despovoamento de fibras cardíacas. Há áreas de tecido fibroso denso, resultantes da cicatrização de um infarto antigo, misturadas a feixes de fibras miocárdicas remanescentes. Característico de fibrose cardíaca. FIBROSE (MASSON) Nesta técnica, identificamos o tecido conjuntivo corado em azul. Na lâmina visualizamos o miocárdio com presença de tecido conjuntivo cicatricial corado em azul, característico também de fibrose cardíaca. AULA 04 – PIGMENTAÇÕES E CALCIFICAÇÕES ARTÉRIA NORMAL Estrutura normal de artéria, com visualização das camadas íntima, média e adventícia. ARTÉRIA CALCIFICADA Nesta lâmina visualizamos a presença de placas ateromatosas. Estas áreas estão com coloração fortemente basofílicas, morfologia irregular e variada (placas de calcificação). A deposição de cálcio em placas de ateroma é uma evolução comum da aterosclerose e pode ser considerado um processo de calcificação distrófica. FÍGADO NORMAL Lâmina de fígado normal HEMOSSIDEROSE Nesta lâmina visualizamos regiões mais escuras com pontos escurecidos, pois os pigmentos de hemossiderina são liberados no processo de degradação da hemoglobina e se acumulam em grânulos citoplasmáticos acastanhados. Característico de hemossiderose hepática. HEMOSSIDEROSE (AZUL DA PRÚSSIA) Nesta coloração, identificamos em azul, os produtos que possuem uma molécula de ferro na sua estrutura. Visualizamos que há moléculas de ferro no interior de hepatócitos e células de Kuppfer dentro dos capilares sunusóides, característico de hemossiderose hepática. BAÇO NORMAL Nesta lâmina visualizamos a estrutura normal do baço. HEMOSSIDEROSE Nesta lâmina, na região de polpa vermelha observa-se intensa presença de coloração variada entre o amarelo e o marrom (pigmentos de hemossiderina), característico de hemossiderose esplênica. Pigmentos de hemossiderina podem indicar processos hemorrágicos tardios, com degradação tardia das hemácias. Porém, como a hemocaterese ocorre na região de polpa vermelha do baço, pode não estar associada a um processo patológico. PULMÃO NORMAL Nesta lâmina visualizamos a estrutura normal de pulmão. ANTRACOSE Nesta lâmina visualizamos pigmento de cor negra distribuído em focos pelo parênquima pulmonar. Esta pigmentação dá-se por depósitos de carbono no parênquima pulmonar, característico de antracose pulmonar. LINFONO NORMAL Nesta lâmina visualizamos a estrutura de um linfonodo normal. ANTRACOSE LINFONODONesta lâmina visualizamos os macrófagos com citoplasma preenchido por grânulos escuros de carbono. Quando ocorre inalação de carvão, o pigmento é fagocitado pelos macrófagos alveolares e transportado através dos linfáticos aos linfonodos regionais. Esta deposição causa a antracose. ESÔFAGO NORMAL Nesta lâmina visualizamos a estrutura de um linfonodo normal. PIGMENTAÇÃO EXÓGENA ESÔFAGO Nesta lâmina visualizamos na camada serosa a presença de um pigmento exógeno de coloração amarelada. Nota-se também, a presença difusa de células inflamatórias em todas as camadas do órgão, característico de pigmentação exógena (tatuagem).