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TOXICOCINÉTICA Prof. Me. Carlos Renato Nogueira Mestre em Psicofarmacologia (UFC) CONCEITO Estuda a relação entre a quantidade de um agente tóxico que atua sobre o organismo e sua concentração no plasma. Absorção Distribuição Biotransformação Eliminação ABSORÇÃO Passagem do toxicante do local de contato para a corrente sanguínea. Mecanismos de Absorção: - Osmose - Difusão simples - Difusão Facilitada - Endocitoses FATORES QUE INFLUENCIAM NA ABSORÇÃO Via da absorção Estado fisiológico Características fisico-químicas do toxicante Lipo ou hidrossolubilidade do toxicante Tamanho molecular do toxicante Ph do toxicante e do meio de absorção Grau de ionização do toxicante: Apolar Polar Quantidade de toxicante na exposição *Compostos ionizados NÃO são normalmente absorvidos! ABSORÇÃO DÉRMICA Ação Local: Ácidos e Bases Ação Sistêmica: Subst. Lipossolúveis FATORES QUE ALTERAM A ABSORÇÃO CUTÂNEA Área Inflamação Quantidade de pêlos Abrasão Vascularização Hiperemia Queimaduras Presença de substâncias Vasodilatadores Vasoconstritores Pomadas Água Detergentes ABSORÇÃO RESPIRATÓRIA Substâncias sólidas, líquidas ou gasosas ≥ 1m suspensas no ar. ABSORÇÃO RESPIRATÓRIA Importância em toxicologia ocupacional Facilidade de contato Aumento rápido dos níveis plasmáticos ABSORÇÃO ORAL Por meio acidental Por meio de água contaminada Alimentos Voluntária - Suicídio A absorção oral depende das características fisico- químicas do toxicante e do meio como: - Tamanho molecular - Influencia do ph - Lipossolubilidade do toxicante pH estomacal = 2.0 → Absorção de ácidos fracos pH intestinal = 7.0 → Absorção de bases fracas DISTRIBUIÇÃO Processo onde o toxicante se distribui pelo organismo. Sangue e linfa são os veículos Tecidos mais irrigados possuem maior distribuição O estado molecular do toxicante facilita a distribuição. FATORES QUE INFLUENCIAM NA DISTRIBUIÇÃO Perfusão tecidual Taxa de ligação às prot. plasmáticas Determina a fração livre e atuante do toxicante – Importante na intoxicação. Taxa de gordura corporal Muitos toxicantes são lipossolúveis Barreiras biológicas (BHE e BHP) Organoclorados possuem maior distribuição no tecido adiposo e no SNC devido sua alta lipossolubilidade! DISTRIBUIÇÃO – LIGAÇÃO COM PROTEÍNAS Competição entre fármacos:(Warfarin e AAS) Condições patológicas: Síndrome nefrótica e Cirrose causam hipoalbuminemia. Concentração protéica: O aumento das proteínas diminui a fração do toxicante livre. Idade: Crianças e idosos têm menos albumina que adultos. BARREIRAS BIOLÓGICAS • Protegem o cérebro e o feto de substâncias químicas. • Capilares bloqueados por astrócitos. • Não totalmente desenvolvida em RN. Quem atravessa? • Forma livre de moléculas pequenas e lipossolúveis. BIOTRANSFORMAÇÃO Pode ocorrer no fígado, pulmões, pele e mucosa gastrintestinal. Enzimas do citocromo p450. “Se não existisse a biotransformação, o organismo humano levaria cerca de 100 anos para eliminar, por ex., uma simples dose terapêutica de um barbitúrico (fenobarbital) que é um fármaco muito lipossolúvel” BIOTRANSFORMAÇÃO Biotransformação de xenobióticos ou metabolismo de droga é o processo de conversão substâncias químicas lipofílicas, prontamente absorvidas no trato gastrointestinal e em outros locais, em substâncias químicas hidrofílicas que são excretadas prontamente em urina ou bílis, em geral. Lipossolúvel Hidrossolúvel Ocorrendo em duas fases: Fase I FaseII Hidrossolúvel BIOTRANSFORMAÇÃO Reações de Fase-I - Aumentam a polaridade. - Redução - Oxidação - Hidrólise Reações de Fase-II - Tornam o composto maior - Glicuronidação - Sulfatação - Acetilação - Metilação - Associação com glutationa Podem gerar um produto mais tóxico! FATORES QUE INTERFEREM NA BIOTRANSFORMAÇÃO Fatores genéticos Acetiladores rápidos - Orientais Acetiladores lentos – Caucasianos Gênero: macho ou fêmea (ex: Etanol) Idade: RN e idosos (↓ Biotransf. ↓ Excreção renal) Estado nutricional: Hiponatremia, hipovitaminose Vit. Complexo B, cálcio, ferro, magnésio e cobre participam das reações. Estado patológico: Cirrose, hepatite, cardiopatias FATORES QUE INTERFEREM NA BIOTRANSFORMAÇÃO Indução enzimática Fenobarbital, Rifampicina, Alcool e Carbamazepina Inibição Enzimática Fluoxetina, Dissulfiram, Omeprazol, Cimetidina, Cetoconazol... EXCREÇÃO Saída irreversível do toxicante do organismo. Geralmente ocorre a excreção de xenobióticos na forma mais hidrossolúvel. Renal Biliar Pulmonar
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