Buscar

COMPROMETIMENTO PULPAR DA CÁRIE E DESFECHOS APICAIS

Prévia do material em texto

AMANDA VIEIRA S4° 
 
 
Para ter uma inflamação no ápice tem 
que ter necrose. 
Dentre os tecidos dentários tem um que 
a cárie se desenvolve rapidamente, que 
é a dentina, ela vai se modificar mais 
rápido pela presença dos túbulos 
dentinários. E quando ocorre a 
contaminação do tecido pulpar, o 
tratamento não vai ser apenas a 
remoção da cárie, vai ter que tratar o 
tecido pulpar também. 
A pulpite pode ser reversível ou não, 
quando não é necessário um 
tratamento endodôntico, onde vai ser 
retirada a polpa infectada e inserido um 
tecido termoplastificado. 
Então, quando essa cárie estiver o no 
esmalte e o esmalte por ser esse tecido 
bastante hígido ela vai evoluir mais 
lentamente no esmalte. Mas, mesmo 
assim o esmalte tem um material 
orgânico que é mais susceptível as ações 
dos ácidos bacterianos, e a partir da 
chegada dos ácidos bacterianos a essa 
porção orgânica ele vai acabar trazendo 
dano para o esmalte permitindo assim a 
a penetração das bactérias nesse 
esmalte e causando ao longo do 
processo a cavitação. 
Mas quando essa cárie chega na dentina 
as bactérias vão se espalhar na junção 
amelo dentinaria e vão causar então o 
amolecimento da matriz dentinaria que 
 
tem uma rigidez bem menor que o 
esmalte e vão adentrar os túbulos 
dentinarios, vão causar a destruição das 
paredes dos túbulos e causar a 
decomposição desses tecidos. 
Essa cavitação que se formou em 
esmalte é o que vai permitir a 
perpetuação da cárie ao longo da 
dentina. 
PULPITE 
Entrada de microrganismos em um 
tecido que é vascularizado e que 
consequentemente vai buscar uma 
defesa. Então, vamos ter um processo 
de injuria pulpar e esse tecido vai reagir 
com um processo inflamatório, onde 
vamos ter: 
• Degranulação dos mastócitos 
• Aumento do fluxo sanguíneo 
• Extravasamento / edema 
• Diminuição dos fluxos de 
nutrientes 
• Vasodilatação 
• Tumefação 
• Dano celular 
• Liberação de mediadores 
Essa pulpite pode ser reversível: quando 
esse processo não está totalmente 
instalado. Vai depender do tempo, do 
tipo de microrganismo ou ela pode 
evoluir para uma pulpite chamada 
pulpite irreversível: Quando a polpa 
evolui para uma necrose ou já tem a 
necessidade de tratar 
endodonticamente. 
 
 AMANDA VIEIRA S4° 
➔ PULPITE REVERSIVEL 
O paciente vai apresentar dor, estímulo 
súbito, moderado e com polca duração. 
➔ PULPITE INREVERSIVEL 
O Paciente vai sentir dor com ou sem 
estímulo, uma dor aguda intensa e 
pulsátil e o calor vai aumentar a dor. 
➔ PULPITECRÔNICA/ 
HIPERPLASICA 
O paciente só vai sentir dor com uma 
pressão na região, mas normalmente 
ela é assintomática. 
O processo que antes estava na câmara 
pulpar continua até chegar no ápice e 
quando ocorre a chegada desse 
processo inflamatório no ápice vamos 
ter a evolução desse processo a nível 
apical. 
A nível apical vamos ter um processo 
inflamatório que vai estar mais restrito 
ao periodonto da região do ápice 
(periodontite apical), essa periodontite 
apical não tratada vai poder evoluir para 
um GRANULOMA APICAL e um CISTO 
PERIAPICAL. (forma crônica) 
De forma aguda podemos ter no ápice 
um ABSCESSO PERIAPICAL que em 
alguns casos vai poder evoluir para 
OSTEOMIELITE ou CELULITE. Vai 
depender da defesa do hospedeiro, da 
virulência e dos microrganismos 
envolvidos. 
COMO SE FORMA UMA LESÃO 
PERIAPICAL? 
Dá polpa normal podemos ter uma 
evolução para uma pulpite aguda ou 
uma pulpite crônica, caso essas pulpites 
não sejam tratadas elas vão poder 
evoluir para a necrose pulpar. Essa 
necrose pulpar ela causa uma 
inflamação na região do ápice 
(inflamação periapical) e essa região do 
ápice vai evoluir para um abscesso 
periapical, esse abcesso periapical que 
pode ser perceptível ou não (com dor ou 
não) ele vai poder evoluir para um 
granuloma ou cisto radicular. 
Para ter m abscesso, granuloma ou cisto 
periapical é preciso ter uma necrose 
pulpar. 
Evolução: Pulpite – Abscesso – 
Granuloma – Cisto. Essa evolução não 
precisa ser linear, as vezes o paciente 
evolui de uma pulpite para um 
granuloma. 
ABSCESSO PERIAPICAL 
O Abcesso é um acúmulo de células 
inflamatórias do exsudato na região do 
ápice dentário. Para isso acontecer esse 
dente tem que ser não vital (necrose). 
Dependendo do dente que for atingido 
esse abscesso vai drenar para regiões 
diferentes, ele vai escolher para qual 
região migrar pela espessura da tabua 
óssea, onde a tabua óssea for mais 
delgada é onde vai estar mais fácil para 
o abscesso se desenvolver. 
Ao ser palpado vai ter um líquido na 
elevação, na pontinha é realizada uma 
incisão e vai sair uma grande quantidade 
de pus. 
 
 AMANDA VIEIRA S4° 
Em uma lâmina é possível visualizar um 
processo inflamatório. 
Clinicamente podemos encontrar: 
Quando o paciente estiver com um 
pequeno abscesso apical o paciente não 
apresenta nenhum sinal clínico. Mas, 
clinicamente podemos encontrar alguns 
sinais de abscesso como um aumento de 
volume extraoral com ponto de 
supuração, aumento de volume 
intraorais com aspecto flutuante a 
palpação e pode ser encontrado as 
parulides. 
Algumas vezes dependendo do abscesso 
podemos ter abscesso de grandes 
proporções causados por 
microrganismos de grande virulência o 
paciente pode ter sintomas como febre, 
dor de cabeça, mal-estar. 
#PARÚLIDE 
 
Área esofídica com um ponto central de 
drenagem e ela é importante para 
mostrar a origem do abscesso, ela vai 
estar próxima do dente que tem 
abscesso e o CD poderá realizar o 
rastreamento de fistula. 
Como descobrir qual o dente que está 
com o abscesso? Radiografando com 
um cone dentro da parúlide. 
Histopatológico: 
Se a parúlide for biopsiada o tecido 
epitelial vai estar um pouco alterado, e 
abaixo do epitélio vai ter a presença de 
células inflamatórias (inflamação aguda) 
do abscesso em si. 
 
#TRAJETO FÍSTULA 
Coloca o cone de gudapeste que é 
radiopaco dentro da parúlide e ele vai 
mostrar o caminho fistuloso. 
Como vou diagnosticar um abscesso 
periapical? 
I. Pela condição de saúde bucal 
do paciente 
II. Sinais e sintomas 
III. Testes pulpares 
IV. Exames radiográficos 
Teste de vitalidade ao frio: 
1; Com uma pelota de algodão seca o 
dente a ser testado e os vizinhos. 
2; Isolamento relativo 
3; Com uma pelota de algodão e pega 
um esprei a frio e passa nesse algodão. 
4; Passa algodão geladinho no vestibular 
do dente do paciente e aguarda a 
reação. 
Reação normal; Dor ao tocar o algodão, 
mas logo passa quando o estímulo é 
retirado. 
Quando tem uma pulpite a reação é 
exacerbada, já quando tem uma lesão 
apical o paciente não vai sentir nada ao 
estímulo ser aplicado. 
 
 
 AMANDA VIEIRA S4° 
Exame radiográfico: 
Se o abcesso já estiver com um tempo e 
a depender da gravidade vai ocorrer 
uma reabsorção óssea e vai ser possível 
visualizar na radiografia. 
 
Imagem radiolucida onde os dentes não 
são muito definidos. 
Pouco circunscritas e mal definidas. 
Tratamento: 
Na maioria das vezes o que é usado para 
tratar o abcesso é drenagem. 
Procurar ponto flutuante –> Realizar a 
drenagem –> saída de conteúdo 
purulento. 
As vezes quando não tem um ponto de 
drenagem, quando se abre o canal do 
dente tem a saída pus pelo canal 
radicular. 
A antibioticoterapia ela não é hoje em 
dia indicada, pois o que realmente 
elimina o abcesso é a retirada do foco da 
lesão. 
GRANULOMA PERIAPICAL 
Quando o paciente evolui paraum 
granuloma, ele vai ter um tempo para a 
reabsorção do osso propriamente dita e 
o organismo de uma forma geral vai 
alertar sobre um processo inflamatório 
complexo tentando evitar uma 
expansão para todo o corpo. 
Vai acontecer uma reabsorção da 
lâmina dura periapical. 
 
Imagem radiolucida bem circunscrita. 
O granuloma são lesões periapicais mais 
presentes, e para ter um granuloma o 
elemento dental tem que estar não 
vital. 
Para um diagnostico de lesão apical é o 
exame histopatológico, mas o exame de 
imagem é um exame sugestivo. 
Histopatologia: 
Em um granuloma periapical é possível 
visualizar uma capsula de tecido 
conjuntivo fibroso, processo 
inflamatório intenso “crônico” 
(neutrófilos, plasmócitos, histocitos, 
mastócitos e eosinófilos.) como ocorre 
morte celular as células mortas liberam 
colesterol tendo assim cristais de 
colesterol e células gigantes 
multinucleadas. 
 
 AMANDA VIEIRA S4° 
Tratamento: 
Se a lesão está no ápice é necessário 
acessar o ápice para remover o agente 
causador e por consequência esse 
granuloma tende a desaparecer e ter 
neoformação do osso. 
Como fazer? 
Pega uma lima de titânio e vai limpando 
as paredes para retirar o tecido 
contaminado que estar tanto na polpa 
como nas paredes. 
Depois fecha o local com um material 
termoplástico e acompanha o dente 
para verificar se o osso neoformar na 
região apical. 
CISTO PERIAPICAL 
Para ser chamado de cisto, 
histopatologicamente tem uma 
definição bem precisa: Uma cavidade 
revertida por epitélio contendo material 
líquido ou semissólido. 
 
Existem diferentes tipos de cistos, os 
cistos mais comuns são os apicais ou 
periapicais, e eles são cistos chamados 
de cistos inflamatórios. Mas existe cistos 
que não tem processos inflamatórios 
evidenciados. 
O cisto periapical é a lesão mais comum, 
seu crescimento é lento e assintomático 
e para o cisto se desenvolver o dente 
deve não possuir mais vitalidade 
Para formar o cisto é preciso que o 
processo inflamatório estimule a 
proliferação de um tecido epitelial, o 
tecido epitelial que geralmente se 
proliferam são os restos epiteliais de 
malassez (REM), pois estão perto do 
ápice. Existem vários tecidos que podem 
originar cistos como: 
• REM 
• Epitelio crevicular 
• Revestimento sinusal 
• Revestimento de tratos 
fistulosos 
Como ocorre a formação do cisto? 
A resposta inflamatória parece 
aumentar a produção de fatores de 
crescimento de ceratinocitos, levando 
ao aumento de proliferação do epitélio 
na região, com esse aumento vão passar 
a formar um “emaranhado de células”, 
as células que estão no meio não vão 
receber nutrição a tempo para que 
possa sobreviver então elas vão passar a 
morrer. Conforme elas vão se 
rompendo, vai ficando na região central 
uma área onde vai existir uma grande 
concentração de proteínas e de tudo 
que fazia parte da composição da quelas 
células. Então, no meio vai ser formado 
um conteúdo líquido vai ser muito 
concentrado. 
 
O líquido vai passa do menos 
concentrado para o mais concentrado, 
fazendo com que a parte interior do 
emaranhado de células formado fique 
com mais líquido e por consequência 
passe a crescer e é assim que ocorre a 
formação e o crescimento de um cisto 
inflamatório. 
 
 
 AMANDA VIEIRA S4° 
Etiopatogênese: 
I. Inflamação crônica 
(granuloma apical) 
II. Liberação de citocinas anti-
inflamatórias 
III. Os fatores de crescimento 
estimulam o crescimento do 
tecido epitelial 
IV. Reativação dos restos 
epiteliais de mallassez 
V. Ocorre o desenvolvimento 
do cisto radicular 
Características radiográficas: 
O granuloma apical é mais limitado em 
tamanho, tende a ser menor. Mas 
radiograficamente o cisto é uma 
imagem radiolucida circunscrita e é 
necessário ter uma linha radiopaca ao 
redor dessa imagem radiolucida. 
 
Histopatológico: 
Epitélio escamoso estratificado sem 
queratina, e dentro do epitélio podemos 
ter: Exocitose, espongiose, hiperplasia, 
conjuntivo denso e infiltrado 
inflamatório crônico ou misto. 
 
É possível observar no cisto: 
• Corpúsculo de rushton 
• Corpúsculos de Russel 
• Fendas de cristais de colesterol 
 
 
 
 
 
 
Capsula de 
colesterol 
Epitelio de 
revestimento 
Cápsula tec 
conjuntivo 
Lumem /Luz

Continue navegando