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1 Jenn Rodrigues 2 Jenn Rodrigues PATOLOGIA BUCAL ÍNDICE Histopatologia básica da mucosa oral: mucosa de revestimento mastigatória e especializada ______________________ 3 Lesões fundamentais _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6 Lesões patológicas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10 Biópsias da cavidade bucal _________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 13 Tumores odontogênicos ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 18 3 Jenn Rodrigues HISTOPATOLOGIA BÁSICA DA MUCOSA ORAL: MUCOSA DE REVESTIMENTO MASTIGATÓRIA E ESPECIALIZADA ▸Biópsia incisional – quando se tem a retirada de apenas um pedaço da lesão; isso se deve por alguns fatores como: podendo estar em um lugar de difícil acesso, lesão muito grande ou até para se ter um diagnóstico. ▸Biópsia excisional – quando se tem a retirada total da lesão (isso com a retirada também de uma parte/margem considerada normal como forma de segurança); normalmente quando a lesão não é muito extensa ou se trata de um câncer. ◢Cavidade oral ▸Composta por uma série de apontamentos/estruturas anatômicas que delimitam a cavidade ▸Realiza funções de extrema importância para os seres vivos ▸Devemos estar atentos a todas essas estruturas e como se apresentam (uma vez que temos que saber detalhadamente a anatomia para se passar o bisturi em determinada região) ◢Mucosa oral - FUNÇÕES ▸Proteger e recobrir os tecidos mais profundos da cavidade oral ▸Apreensão e mastigação dos alimentos ▸Barreira contra a invasão de microrganismos ▸Função sensorial: existem receptores para temperatura, tato, dor, assim como receptores especializados na sensação gustativa ▸Função secretora: produção de saliva pelas numerosas glândulas salivares (gl. parótida, gl. submandibular e gl. sublingual) existentes em toda a cavidade oral Paciente usuário de AAS (afina o sangue e é usado por quem trem problema cardíaco) se tem grande risco de hemorragia então em casos de exodontia temos que ter o "auxílio" do médico sobre as recomendações como: suspender o medicamento, suspender a cirurgia, só poderá ser atendido em centro cirúrgico e etc; ◢Composição básica ▸A mucosa é constituída pelo epitélio bucal, pela lâmina própria e pela submucosa ▸O epitélio bucal é do tipo pavimentoso estratificado, sendo formado pelos queratinócitos e pelas células claras ▸Queratinócitos são responsáveis pela formação de queratina {e são essas células que vão dar a tonalidade da pele e da mucosa ▸A primeira camada é chamada de camada basal ou germinativa sendo representada por uma fileira de células cúbicas com o núcleo volumoso, fazendo a reposição das células que se perdem na descamação da superfície ▸A segunda camada é chamada de camada espinhosa, que é composta de várias fileiras de células poliédricas, é uma camada mais grossa ▸A terceira camada é chamada de camada granulosa, que é formada de células achatadas com longo eixo paralelo à superfície e grânulos de querato-hialina Quando a anestesia usa agulha vai até a segunda camada, mas isso na anestesia utilizada na odonto ▸Recobrindo o tecido epitelial teremos a camada de queratina ▸Teremos ainda, as células claras que compreendem as os melanócitos, as células de Langerhans e as células de Merkel ▸Estas células podem aparecer em diferentes níveis do tecido epitelial {a queratina junto com os melanócitos dão a coloração/tonalidade da pele e a resistência 4 Jenn Rodrigues ▸O melanócito é a célula responsável pela produção da melanina, que dá a coloração à pele ▸As células de Langerhans apresentam grânulos característicos ao nível de microscopia eletrônica e provavelmente desempenham algumas funções na resposta imunológica. Geralmente são demonstradas por meio de reações imunocitoquímicas específicas que evidenciam os antígenos da superfície celular. ▸As células de Merkel exibem desmossomas e grânulos semelhantes a que eles encontrados em células cromafins, sendo essa a possível razão da função relacionada ao sistema nervoso {células de Merkel estão presentes na mucosadando a sensibilidade ligada ao sistema nervoso ▸Também podemos encontrar ▹Histiócitos, mastócitos, linfócitos, plasmócitos ▹Grande suprimento vascular ▹Grande número de feixes nervosos ▹Receptores gustativos ◢Limites da cavidade oral ▸Lábios Estrutura ▸Bochecha ▹M. bucinador ▹Bola de bichat ▸Palato ▹Palato duro -Papila incisiva -Pregas palatinas -Rafe palatina ▹Palato mole -Úvula -Arco palatoglosso -Arco palatofaríngeo ▸Assoalho bucal ▹Freio lingual ▹Face interior da língua ▹Carúncula sublingual ▹Prega sublingual 5 Jenn Rodrigues ▸Língua ▹Ápice da língua ▹Dorso da língua ▹Margem da língua ▹Raiz da língua ◢Classificação do tecido epitelial de revestimento ▸Células pavimentosas ▸Células cúbicas ▸Células prismáticas ▸Células cilíndricas ▸Células de transição Ortoqueratinizado – núcleos das células ausentes Paraqueratinizado – núcleos das células presentes Não queratinizado – núcleos são mais espaçados e em quantidade menor ◢Mucosa de revestimento ▸Composta pela mucosa que reveste internamente os lábios e a bochecha, o ventre da língua, o assoalho da cavidade bucal, o palato mole e parte da porção lingual do processo alveolar mandibular ▸Raramente recebe o impacto direto no ato da mastigação ▸Palato mole, assoalho... ▸Mucosa plana estratificada não ceratinizada/queratinizada ◢Mucosa mastigatória ▸E a parte mais “dura” da mucosa, revestindo a gengiva e palato duro. Sendo a parte mais dura, as camadas estão firmemente unidas e é o que mantém tudo em seu devido lugar. Essas regiões são mais duras porque sofrem diretamente o impacto dos alimentos durante a mastigação ▸Gengiva e palato duro ▸Recebe os atritos da alimentação ▸O epitélio é plano estratificado ▸Paraqueratinizado ▸Submucosa está ausente, logo a mucosa está fixa ao osso ◢Mucosa especializada ▸As mucosas de revestimento possuem epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e são encontradas nas regiões bucais onde é necessária certa elasticidade, como na mucosa labial jugal alveolar do palato mole do assoalho bucal e da porção ventral da língua ▸Dorso da língua: Espesso/Orto ou Paraqueratinizado ▸Organizado de acordo com os tipos de papilas linguais ▸A mucosa especializada é encontrada no vermelhão do lábio, na zona de transição entre o vermelhão e a mucosa labial e na superfície dorsal da língua ▸No dorso da língua encontramos as papilas filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas e também os corpúsculos gustativos 6 Jenn Rodrigues LESÕES FUNDAMENTAIS ✦(grosseiramente falando é a mínima lesão que pode dar origem a lesões maiores, sendo essas lesões benignas ou malignas) ▸As doenças que ocorrem na cavidade bucal manifestam-se por alterações morfológicas ▸Por esta razão, na descrição clínica da lesão observada na cavidade bucal de um paciente devemos utilizar termos que facilitem a quem não está vendo mentalizar a lesão ▸São alterações morfológicas que ocorrem na mucosa bucal e assume característicaspróprias, individualizadas e padronizadas ▸Juntamente com outras informações clínicas, podemos identificar as patologias maxilofaciais ▸São frequentemente divididas em dois grupos ▹Primárias: caracterizadas por terem a forma inicial ▹Secundária: não caracterizada pela evolução das primárias ▸Uma outra divisão deve ser feita ▹Lesões planas ou elevadas: mácula/mancha, pápula, nódulo e placa ▹Aumento de volume que contém líquido: vesícula/bolha, pústula ▹Perda de substâncias: erosão e úlcera ▸As lesões mais frequentes da cavidade bucal são: ▹Mácula ou mancha: alterações circunscritas de cor normal da mucosa ou pele sem elevação ou depressão da superfície ▹Pápula: lesão circunscrita sólida, elevada, cujo tamanho varia de alguns milímetros até 1 cm de diâmetro ✦A diferença entre mácula e pápula é o tamanho, a pápula é sempre maior que a mácula sendo assim mais perceptível Mácula/Mancha ▸Alteração de cor normal da mucosa, sem ocorrer elevação ou depressão tecidual ▸Pode surgir em cima de outra lesão fundamental ▸Não apresenta predileção Diferença de macula e mancha ▸A maior e mais tradicional diferença entre a mácula e a mancha é o tamanho da lesão -Mácula - menor que 0,5 mm -Mancha - maior que 0,5 mm (as vezes pode ser mais escura também) Mancha pigmentada ▸Alteração cromática circunscrita não elevada de forma, cor e dimensões diversas. Não desaparece a vitopressão Mancha eritematosa ▸Vermelhidão circunscrita ou difusa em virtude de hiperemia ativa ou passiva que desaparece a vitopressão 7 Jenn Rodrigues v Pápula ▸Elevação (nessa elevação pode conter líquido intersticial ou pus) sólida circunscrita do tamanho da cabeça de alfinete até o de uma lentilha Pápula: lesão elevada no tecido normal, muito pequena menor que 3 cm Nódulo: lesão circunscrita sólida, situada junto à superfície ou na profundidade, com dimensões entre 3 a 5 cm Tumor: lesão circunscrita sólida, elevada ou não, com dimensões superiores a 5 cm de diâmetro A diferença entre pápula nódulo e tumor é o tamanho A pápula pode evoluir para nódulo e depois para tumor tudo vai depender do local e da irrigação sanguínea Lembrando que tumor maligno precisa de muito suprimento sanguíneo para crescer Nódulo ▸Infiltração sólida circunscrita com sede dérmica (tubérculo) ou hipodérmica (goma) em consequência de um processo produtivo Tumor – Tumefação ▸Relevo edematoso circunscrito sólido, efêmero (não tem condição só de olhar de onde se originou), circundado por um halo rosco ou porcelanizado Vesícula: lesão superficial elevada contendo líquido no seu interior, com menos de 1 cm de diâmetro; se o líquido for pus será chamado de pústula; Até 3 cm Bolha: lesão superficial elevada, contendo líquido claro em seu interior, sendo maior que 1 cm de diâmetro podendo conter liquido intersticial, sangue ou pus em seu interior; Maior que 3 cm Diferença entre vesícula e pústula: na vesícula pode conter liquido intersticial e ir para pus sendo Pústula, na bolha pode conter liquido intersticial, pus e até sangue dependendo da localização Vesícula ▸Pequena cavidade subcórnea intra-epitelial e subepidérmica eu contem soro de dimensões variáveis Pústula ▸Pequena cavidade com características de dimensão e de sedes análogas ás das vesículas, mas cheias de pus Bolha ▸Grande cavidade formada na epiderme ou entre a epiderme e a derme, que contém soro, elevada em relação ao plano cutâneo Bolha ≠ vesícula Como ambas podem ter pus a diferença que vai ser importante vai ser o tamanho Quando ambas apresentarem pus, passará a ser chamada de pústula ✦Quando se tem líquido intersticial tanto na bolha quanto na vesícula não tem necessidade de intervenção medicamentosa, porém quando se passa a ter presença de pus tem que intervir com antibiótico 8 Jenn Rodrigues Úlcera: perda de continuidade do revestimento epitelial com exposição do tecido conjuntivo; “buraco” Pomada omcilon – é uma pomada antibiótica, recomendada muito para quem tem afta, se esfrega no local da lesão antes das refeições para se anestesiar ✦Úlcera dependendo do local apresenta cicatriz, que é grosseiramente falando um amontoado de tecido na função de reparar o dano o mais rápido possível ✦Todo local que tiver uma úlcera vai evoluir para uma cicatriz? Sim, todo lugar que tiver uma úlcera / perda de continuidade de tecido e de epitélio vai se ter uma cicatriz, o que vai mudar é que em pacientes fisiologicamente normais vai ser mais rápido e pacientes com algum comprometimento vai ser mais demorado ✦Paciente diabético que tem uma ineficácia/atrasada cicatrização como se tem constantemente a ingestão de diferentes tipos de comida e líquido, pode levar a uma lesão maligna. Porém se estiver compensado a cicatrização vai ocorrer normalmente como um paciente fisiologicamente normal Ulceração ▸Perda de substâncias profunda que envolve também a derme e que se repara dando lugar a uma cicatriz Erosão: ocorre em casos mais simples, por um trauma que remove as camadas epiteliais mais superficiais ou pela extirpação do teto de uma bolha intra ou sub epitelial, deixando a derme ou a união submucosa descoberta ▸A erosão ou abrasão é uma lesão secundária que é importante sempre reconhecer a lesão elementar que apareceu “Uma raspada na pele por exemplo ficando como se estivesse sido esfolada a, fica vários pontinhos de sangue e vai se formar vários pontinhos de casquinha” Úlcera ≠ erosão/abrasão Perda significativa Perda de tecido sem grandes comprometimentos Erosão ▸Perda parcial do epitélio, sem exposição do tecido conjuntivo subjacente ✦Qualquer lesão fundamental básica em uma pessoa com qualquer tipo de deficiência imunológica pode evoluir para uma coisa mais séria Rágada: é uma lesão linear da pele ou das mucosas, de observação frequente em mucosas bucais ▸A lesão envolve tanto o epitélio como o tecido conjuntivo subjacente, tanto na pele quanto na mucosa, é dolorosa e pode aparecer na pele ou perto da mucosa bucal, devido ao uso prolongado de corticoide (trata febre reumática, normalmente o corticoide causa inchaço no paciente; tem que ressecamento da pele por conta da quebra da bomba de sódio potássio onde se fica sem líquido intersticial dentro da célula; nesses casos é bom a vaselinar/hidratar a boca para evitar 'rasgar' Rágada ▸Ulceração profunda e linear, localizada principalmente nas zonas em que a pele é submetida a tensão 9 Jenn Rodrigues Cicatriz: é uma das mais típicas lesões secundárias que ocorrem na pele ou na mucosa ▸É resultado de uma alteração ou uma lesão granulomatosa nodular, que sofre reparação espontânea (normal) ou terapêutica (induzida por medicamento como em casos de paciência e imunodeprimidos) ▸Apresenta-se como uma zona trófica deprimida, mas nas cicatrizes mais recentes podemos observar uma tendência temporária a hipertrofia Na região da cicatriz pode ficar alterada a sensibilidade Cicatriz ▸Substituição de uma perda de substâncias por tecido fibroso neoformado, pobre em vasos e privada de fibras elásticas Descamação ou escamocrosta: constituem frequentemente uma lesão secundária que ocorre pela associação de células epiteliais da camada córnea descamada e ressecada ▸A descamação é visível nas mucosas em todos os casos das chamadas "lesões brancas da camada oral" (leucoplasia, psoríase) Escamocrosta ▸Associação de massas epiteliais córneas em via de eliminação (escamas) e coleções desidratadas de fluídos orgânicos (crosta) A partir do momento em que se tem qualquer tipo de lesão que está desidratada está morta por isso não se sente a retirada dela Atrofia: é um fenômeno regressivode ocorrência frequente na pele e nas mucosas verificadas secundariamente, em consequência de numerosas condições entre as quais lembramos da atrofia senil Atrofia ▸Fenômeno regressivo caracterizado pela redução progressiva de todas as estruturas que normalmente compõem a pele 10 Jenn Rodrigues LESÕES PATOLÓGICAS ▸Lesões fundamental normalmente causadas por um trauma como anestesia, mordida e etc, que de início não dão em nada ▸Já lesões patológicas tem algo de errado no organismo que levou ao seu aparecimento ◢Mucocele ▸É um acúmulo de muco (saliva) que gera uma tumefação tissular após escapar de um conduto salivar rompido ▸Mesmo após esse rompimento a glândula salivar continua a secretar saliva que acaba distendendo o tecido conjuntivo ✦Normalmente se dá por trauma ou uma patologia onde essa glândula salivar se rompe ▸É um a patologia comum encontrada na cavidade bucal, acometendo muitas vezes crianças e adolescentes, que apresentam como vício morder os lábios (por exemplo) ▸É conhecida como uma bolha transparente e em seu interior tem saliva ▸Seu tratamento é cirúrgico (porém na pediatria normalmente coloca-se um filtro sutura já que ele causa uma reação de corpo estranho e ele vai tentar murchar A questão do fio de sutura é que irá apenas diminuir a lesão e não extirpar ela dali, fazendo então com que ela volte a aparecer Diferença entre Mucocele e Bolha Mucocele Bolha -Apresenta saliva no seu interior -Sempre estará em locais/região de glândulas salivar -É levemente mais dura -Contém líquido intersticial no seu interior podendo apresentar também pus -Pode aparecer em qualquer lugar -É mais mole ◢Rânula ▸É um cisto que se origina da obstrução dos condutos excretores das glândulas salivares maiores submaxilar e sublingual) que se abrem no assoalho da boca ▸A rânula se caracteriza clinicamente por uma elevação pronunciada do assoalho da boca, dificultando a ingestão de alimentos e a fonação (e a articulação das palavras) ▸A superfície da rânula é de cor azulada (pela falta de oxigênio e onde se tem uma ‘boa’ distensão fazendo com que as veias e artérias fiquem mais superficiais) e o epitélio se apresenta delgado e brilhante, pela mucosa estar distendida pela grande quantidade de saliva acumulada ▸A rânula é geralmente unilateral, porém, pode ocorrer (raramente) algumas bilaterais Mucocele e rânula Diferenças -Mucocele é menor, aparecimento em regiões de glândulas salivares -Rânula é bem maior (quase duas vezes mais), aparecimento embaixo da língua ou em lugar de tórus Semelhanças -Ambas contem saliva no seu interior e se dão devido a traumas (por exemplo) nas glândulas salivares ◢Grânulos de Fordyce ▸São glândulas sebáceas que se desenvolvem na mucosa oral. Estas glândulas são consideradas estruturas anexas típicas da pele e as que têm sido encontradas na cavidade oral passam a ser chamadas de ectópicas ▸Diferentemente da mucocele e da rânula onde já se tem a retirada cirúrgica, os grânulos de Fordyce normalmente tem que ser descobrir do porquê e o que levou a glândula a aparecer na boca, para que depois se possa retirá-la, sendo que glândulas sebáceas na cavidade oral é uma coisa anormal ▸A quebra de resistência/imunidade muito forte pode causar grânulos de Fordyce e por conta disso que não podemos submeter o paciente a um procedimento cirúrgico sem antes saber a causa exata do aparecimento 11 Jenn Rodrigues ▸Há casos em que se fala que uma vez que produziu o organismo pode voltar a produzir novamente. Porém há quem diga também que uma vez a imunidade restabelecida ela pode não voltar mais ▸Estas glândulas apresentam-se como lesões papilares múltiplas, amareladas ou esbranquiçadas, comumente localizados no lábio superior ou na mucosa jugal ▸Podem também aparecer na área retromolar e no pilar amigdaliano anterior ▸Acomete pessoas de todas as idades, apesar de serem muito mais frequentes em adultos. Tanto homens quanto mulheres estão vulneráveis, sendo possivelmente alguma alteração decorrente de intercorrência hormonal ▸De forma geral os grânulos de Fordyce são assintomáticos, embora cause em uma leve rugosidade na região da boca. As manifestações clínicas são variáveis e uma pessoa pode ter poucas lesões enquanto que outra pode apresentar mais de cem dela. ◢Leucoema / Leucoedema ▸O leucoedema é uma condição comum da mucosa jugal de causa desconhecida ▸Ocorre muito mais comumente em negros do que em brancos, sustentando a probabilidade de uma predisposição étnica para o seu desenvolvimento ▸O leucoedema caracteriza-se por uma aparência opalescente branco-acinzentado difusa da mucosa. A superfície frequentemente aparece pregueada, resultando em estrias esbranquiçadas ou rugosas, as lesões (não) são removidas por raspagem {A raspagem da escova não é recomendada uma vez que vai causar irritação da mucosa o que pode ser feito e a raspagem no consultório, porém ela tem a probabilidade de reaparecer} ▸Pode ter o aparecimento pela mais higiene, pelo tipo de alimentação, pelo uso contínuo de corticoides, etc ◢Macroglossia ▸É o crescimento anormal da língua, fazendo com que esta alcance um tamanho maior do que a cavidade bucal permite e trazendo prejuízos à função de fonação, respiração, sucção e/ou deglutição ⊿Causas ▸A causa de macroglossia pode ser primária, congênita ou secundária. Uma verdadeira hipertrofia é rara, sendo a principal causa de macroglossia e a presença de um tumor benigno congênito. Macroglossia verdadeira é um sintoma de como ocorrência no cretinismo e mongolismo. ▸Em geral, é de ocorrência congênita, descoberta logo ao nascimento ou sendo suspeitada ao longo do desenvolvimento da criança após eventos inflamatórios devido à lesões (associadas ao surgimento dos dentes) ⊿Tratamento ▸O tratamento clássico, na criança, consiste na cirurgia através de glossectomia parcial, pois quando não removida leva a má-oclusão e também desenvolvimento anormal da mandíbula e ossos da face ▸A cirurgia se faz em centro cirúrgico com anestesia geral ◢Anquiloglossia ▸Anquiloglossia ou língua presa, é uma anomalia rara esse termo traduz-se pelo aparecimento de um freio lingual curto ou inserido muito próximo a ponta da língua, de aspecto fibroso ▸Esta anomalia é observada, geralmente, em recém-nascidos e em crianças quando o frênulo (pequena tira de tecido que conecta duas estruturas) é muito curto e unido a ponta da língua, limitando os seus movimentos normais 12 Jenn Rodrigues ◢Língua fissurada ▸É uma anomalia congênita mais prevalente na cavidade bucal estando presente em quase 6% da população ▸Acomete a porção dorsal da língua e caracteriza-se clinicamente por fissuras ou sulcos. Os sulcos são geralmente simétricos e originados de uma fissura maior na porção mediana da língua ▸Alguns medicamentos de uso contínuo podem levar a este caso ▸A língua fissurada não apresenta problema em questão de dor ou problemas maiores, a questão é que é de difícil higienização e é isso que pode causar mau hálito e até lesões pelo acúmulo "contaminante" encontrado ali pela mais higiene ◢Tórus palatino/mandibular ▸Tórus platino é um crescimento ósseo no palato, normalmente presente na linha média do palato duro. Possui diâmetro menor que 2 cm, mas a sua dimensão pode variar ao longo da vida ▸Indicado a retirada somente para indivíduo que irá fazer uso de prótese ou que seja muito grande que interfira na fala por exemplo ▸A prevalência varia de 9 a 60% e são mais comuns do que os ósseas crescimentos ocorridos sobre a mandíbula conhecido como tórus mandibular ▸O seu aparecimento vem a princípio de uma formação congênita e quando se tem uma predisposição ele vai aumentando ▸Às vezes, são categorizados por sua aparência▸Tórus plano estão localizados sobre a linha média do palato e alarga simetricamente para ambos os lados ▸Tórus fusiformes tem uma cume localizado na linha mediana ▸Tórus nodular possuem múltiplos crescimentos ósseos com sua própria base 13 Jenn Rodrigues BIÓPSIAS DA CAVIDADE BUCAL ✦Quem faz a coleta do material é o estomatologista e o patologista analisa e dá o diagnostico ✦Em certas lesões não a necessidade de se fazer biopsia, já que só de olhar pra ela já se sabe o que é ✦A biópsia só é realizada quando com sua experiência naquela área não tem certeza do que é quando se tentar fazer biópsia tem que se ter certeza no sentido da incisional ou excisional, se quiser remover a lesão por inteiro temos que ver o tamanho dela e ver o grau de malignidade da lesão, já que uma vez retirada porem sobrou algum vestígio dela o que antes ela não tinha se espalhado agora ela vai mais rápido ◢Avaliação do paciente ▸ANAMNESE ▸Dados pessoais ▸Estado de saúde sistêmica (para saber se vai ser bom ou ruim intervir cirurgicamente nesse paciente) ▸História da lesão ▹Tempo de evolução (quanto tempo levou para uma coisa pequena ficar maior) ▹Alterações de tamanho ▹Alterações nas características (se torna uma lesão secundaria) ▹Sintomatologia (dói ou não dói) ▹Causa local para surgimento da lesão - foi alguma coisa que levou ao aparecimento da lesão (?), pois se retirar o estimulo a lesão cessa ▸Exame físico ▹Coloração (quanto mais escura provavelmente está bem irrigada) ▹Nitidez dos limites (tem limite ou é difusa) ▹Consistência ▹Presença de flutuação ou pulsação (possui artéria passando ali) ▹Exame dos linfonodos regionais (palpação de linfonodo – se em região de linfonodo ficar inchado pode significar alteração sistêmica/infecção) ✦Todos os dados obtidos no exame clínico, devem ser descritos detalhadamente na ficha do paciente. Uma vez que não tiver informações o patologista não vai conseguir concluir o diagnostico ▸Exames complementares ▹Imagem: periapicais, oclusais, panorâmicas ▹Tomografia computadorizada ▹Ressonância magnética ▸Exames laboratoriais ▹Hemograma completo – vai se ter alteração de leucócitos/glóbulos brancos vai indicar possível infecção ▸Exames histopatológicos ▹Caso tenha sido realizado a biópsia 14 Jenn Rodrigues ◢Tipos de lesões ▸Vesícula: pequeno acúmulo de fluido, dentro ou abaixo do epitélio ▸Bolha: fluido localizado dentro ou abaixo do epitélio da pele ou mucosa, maior que a vesícula ▸Crosta: proteína sérica ressecada ou coagulada na superfície da pele ou mucosa ▸Pápula: pequena massa palpável, elevada acima da superfície epitelial ▸Pústula: vesículas opacas ou brancas devido à presença de leucócitos (pus) ▸Úlcera: perda de epitélio ▸Erosão: úlcera superficial (escoriação) ▸Nódulo: massa palpável, larga e elevada, acima da superfície epitelial ▸Mácula: área circunscrita com alteração de cor, sem elevação ◢Biópsia ▸Retirada de um tecido de um ser vivo para o exame de diagnóstico ▸Método menos duvidoso, deve ser realizado sempre que não obtivermos o diagnóstico definitivo de uma lesão com outras avaliações ⊿Indicações ▸Qualquer lesão persistente por mais de duas semanas, com etiologia desconhecida ▸Lesões inflamatórias que não regridem depois de duas semanas quando retirado o agente irritante ▸Tumefação persistente, visível ou palpável em tecidos normais ▸Lesões que interferem com a função normal da região ▸Lesões ósseas não identificadas clínica e radiograficamente ▸Qualquer lesão com características de malignidade – o paciente é quem dá as características de malignidade Lesões Malignidade – possíveis características ▸Eritroplasia (alteração avermelhada) ▸Ulceração ▸Crescimento rápido (dado à grande irrigação recebida) ▸Sangramento fácil frente a uma manipulação (pela irrigação recebida) ▸Lesões endurecidas (normalmente o meio se apresenta duro e ao redor amolecido que aonde se está crescendo) ▸Fixação aos tecidos vizinhos (ramificação) ⊿Tipos de biópsia ▸Citologia oral ou esfoliativa – esfregaço onde se põe amostra em lâmina, normalmente em lesões brancas, não necessita de anestesia ▸Punção por agulha – se punciona com agulha o liquido dentro da lesão; não necessita necessariamente de anestesia ▸Biópsia incisional – retirada de parte da lesão mais uma parte de tecido normal, necessita de anestesia, lâmina e cabo de bisturi ▸Biópsia excisional – retirada total da lesão com uma margem de segurança, normalmente se escolher esse tipo de biópsia esse acesso realmente tem que ser total já que se for uma lesão maligna e não se tirou por inteiro ela pode se propagar muito mais rápido que antes, necessita de anestesia, lâmina e cabo de bisturi ✦Então o que diferencia aqui é a região com que vou trabalhar e o acesso que vou ter se vai conseguir retirar inteira ou não 15 Jenn Rodrigues Citologia esfoliativa ▸Auxiliar na detecção de neoplasias de origem epitelial ▸95% das neoplasias orais são de origem epitelial ▸Não substitui biópsias incisionais e excisionais, pelo grande número de resultados falso-negativo ✦Bastante usado para criança Indicação ▸Controle pós radioterapia ▸Detecção e recidivas por excisão cirúrgica de alguns tumores malignos ▸Diagnóstico de lesões suspeitas em paciente com grande risco cirúrgico Técnica ▸Raspar a lesão firmemente com espátula metálica ou abaixador de língua ▸Espalhar uniformemente o material sobre a lâmina de vidro ▸Fixar rapidamente (álcool absoluto; spray de cabelo ou solução álcool/éter-50%) Resultados ▸Classe 0 – material inadequado para exame (passou da hora de chegar ao patologista, não colheu ou fixou corretamente, ou a quantidade não foi suficiente) ▸Classe I – células normais ▸Classe II – células atípicas sem evidência de malignidade (tem alguma coisa, mas ainda nada maligno) ▸Classe III – células sugestivas, mas não conclusivas de malignidade ▸Classe IV – células fortemente sugestivas de malignidade, mas não vem comprovação ▸Classe V – citologia conclusiva para malignidade (recomendável fazer biopsia mais afundo sendo incisional ou excisional) ✦A partir da classe III vale a pena uma intervenção mais profunda e se fazer uma biópsia Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) ▸Usado em lesão que tenha como conteúdo liquido em seu interior ▸Não é recomendável uso de anestésico já que pode alterar no resultado ▸São considerados indicadores iniciais como a esfoliativa Indicações ▸Remoção de pequenos fragmentos de tecidos com agulha de calibre fino e avaliação histopatológica deste tecido ▸Pouca relevância dentre as biópsias da cavidade bucal; pouco material ▸Indicado para lesões profundas e de difícil acesso (glândulas salivares, mama) Punção ▸Tipos de aspiração ▹Líquido amarelado ou cítrico: lesões císticas ▹Pus: lesões abscedadas (abcessos) ▹Sangue: lesões vasculares Toda e qualquer biopsia tem que chegar ao patologista em menos de 12horas. Qualquer tipo de fixação que fica chacoalhando pode dissolver a biopsia 16 Jenn Rodrigues ▹Ar: cavidades ósseas traumáticas ▹Punção branca: lesão celular ✦Encaminhar o conteúdo para o laboratório Técnica ▸Antissepsia ▸Anestesia (facultativo, já que pode interferir no diagnostico, portanto se for anestesiar fazer ‘longe’ do local – o melhor seria fazer anestesia tópica que não interfere) ▸Trepanação óssea (normalmente em lesão cística no osso - quando se faz umfuro/acesso no osso com brocas para que a agulha consiga chegar ao local) ▸Introdução de uma agulha de calibre 18 no interior da lesão ▸Posicionar a agulha na porção central da lesão e aspirar o conteúdo Biópsia incisional ▸Consiste na retirada de uma parte ou amostra da lesão e consequentemente avaliação histopatológica deste tecido ▸A primeira opção do profissional em se fazer biópsia incisional ou excisional é área em que se esta à lesão e o acesso Indicações ▸Lesões muito extensas ▸Lesões como características diferentes em sua extensão ▸Suspeita de malignidade Princípios ▸Remoção de áreas representativas da lesão (quando a lesão é extensa de certo modo) ▸Alterações teciduais completas ▸Extensão aos tecidos normais ▸Evitar tecidos necrosados (se esta necrosado é por que parou a irrigação naquele local e uma vez o tecido necrosado ele não volta mais ao normal) ▸Incluir volume adequado dos dois tecidos ▸Incisões em forma de cunha mais profunda do que a extensa em largura Técnica ▸Antissepsia ▸Anestesia ▸Imobilização dos tecidos moles ▸Aspiração ▸Incisão – bisturi ou eletrocautério (já que dependendo do local não tem como suturar) ▸Manuseio dos tecidos ▸Identificação das margens ▸Cuidados com a amostra removida ▸Sutura da lesão ▸Preenchimento da ficha de biópsia 17 Jenn Rodrigues ▸Encaminhamento ao laboratório de histopatologia ▸Análise de laudo ▸Consulta pós-operatório ✦O laudo sendo positivo ou negativo, e o paciente quer o exame ou nós tiramos uma cópia para ele ou nós temos que ficar com uma cópia no prontuário do paciente e damos o original) Biópsia excisional ▸Remoção total da lesão o momento da intervenção cirúrgica para diagnóstico Indicação ▸Lesões menores que 1 cm com aspecto benigno no exame clínico ▸Qualquer lesão que possa ser removida completamente sem mutilar o paciente ▸Lesões pediculadas (base menor que o corpo) ▸Lesões pigmentadas pequenas ▸Lesões vasculares pequenas Biópsia de tecidos duros ou lesões intraósseas ▸Não difere das biópsias de tecido mole quanto aos princípios cirúrgicos e patológicos, apenas requer algumas considerações especiais devido a sua localização Técnica ▸Exames por imagem ▸Biópsias por aspiração (punção) de lesões radiolúcidas, antes da intervenção cirúrgica ▸Remoção do espécime ▸Natureza da biópsia (incisional ou excisional) ▸Consistência do tecido constituinte da lesão ▸Escolha do material ▸Cuidados com o material 18 Jenn Rodrigues TUMORES ODONTOGÊNICOS Tumores odontogênicos – são tumores associados de alguma maneira ao dente, estando perto ou se originando diretamente dele) ◢Classificação QUANTO A MALIGNIDADE ▸Tumores benignos (comuns) ▸Tumores malignos (raríssimos) QUANTO AO TECIDO ODONTOGÊNICO PREDOMINANTE ▸Originário do epitélio odontogênico (epiteliais) ▸Sem ectomesênquima ▸Com ectomesênquima ▸Originários do ectomesênquima (mesenquimal) ▸Com ou sem epitélio odontogênico ◢Classificação OMS 1992 Neoplasias benignas ▸Ameloblastoma ▸Tumor odontogênico de células claras ▸Tumor odontogênico escamoso ▸Tumor odontogênico epitelial calcificante (tumor de pindborg) – na literatura fala que é comum, porém na realidade é meio raro ▸Fibroma ameloblástica – 'fibroma' relacionado ao tecido ▸Fibro-odontoma amelasco (odontoameloblastoma) ▸Tumor odontogênico adenomatóide ▸Odontoma (composto, complexo) – cisto de lixo, é um emaranhado de várias coisas, podendo conter cabelo, dente, osso etc. ▸Cisto odontogênico epitelial calcificante (cisto de gorlin) – cisto de células fantasmas, a biópsia é feita por punção e nesse líquido retirado se observar pedaços de processos infecciosos "com coisinhas brancas flutuando" ▸Cistos odontogênicos calcificados ou não ▸Fibroma odontogênico periférico ▸Mixoma ▸Cementoblastoma ▸Tumor odontogênicos de células granulares Tumor benigno – crescimento lento, não tem metástase, não é tão expansivo, dolorido Tumor maligno – crescimento rápido, tem metástase, não dói já que durante seu crescimento ele engloba vasos e nervos 19 Jenn Rodrigues ⊿Ameloblastoma ▸O ameloblastoma é o tumor odontogênico de maior significado clínico. Sua frequência é relativamente igual a de todos os outros tumores odontogênicos, excluindo os odontomas. Os ameloblastomas são tumores que se originam do epitélio odontogênico. Incidência maior em crianças por conta da troca de decíduo para permanente, mas pode ocorrer também em adultos ▸Teoricamente, podem se originar de: ▹Remanescentes celulares do órgão do esmalte ▹Do revestimento epitelial de cisto odontogênico ▹Das células da camada basal da mucosa oral ▸Divisões: ▹Os ameloblastomas ocorrem em três diferentes situações clínico radiográficas, que merecem considerações em separado por causa do tratamento e prognóstico diferentes, são: Ameloblastoma intraósseo multicístico ▸No ameloblastoma intraósseo multicístico ou sólido convencional as lesões são, em geral, localizadas na mandíbula principalmente na região de molares (de pré a molares) Ameloblastoma unicístico ▸A maioria é observada na mandíbula, principalmente na região posterior e associada a coroa de um dente incluso (normalmente em 3° molar impactado ou incluso, podendo ainda ter pericoronarite junto) ▸Muito confundido radiograficamente com o odontoma, porém esse se dá somente em região anterior e o unicístico em região posterior Ameloblastoma periférico ▸Tipo incomum, compondo cerca de 1% dos ameloblastomas ⊿Tumor odontogênico escamoso ▸O tumor odontogênico escamoso (TOE), é uma neoplasia benigna rara, que se origina provavelmente dos restos epiteliais de malassez e do ligamento periodontal ▸A lesão geralmente é assintomática (normalmente só vai ser diagnosticado por estar muito grande ou por algum outro problema se tornando um achado radiográfico) e pode estar associada a mobilidade e sensibilidade à percussão e a palpação dos dentes associados ⊿Tumor odontogênico epitelial calcificante - tumor de pindborg ▸O tumor odontogênico epitelial calcificante (TOEC) é uma neoplasia benigna rara, representando apenas 0,6% a 1,7% de todos os tumores odontogênicos ▸A maioria dos casos afeta a região posterior da mandíbula com poucos casos reportados em maxila ▸Apesar do comportamento biológico relativamente indolente, as lesões em maxila tendem a crescer rapidamente e não exibir circunscrição (não tem limites) ▸O tratamento para o TOEC consiste na remoção cirúrgica e pode variar de intervenção conservadora até a uma ressecção mais agressiva ⊿Cisto odontogênico epitelial calcificante - cisto de gorlin ▸O cisto odontogênico epitelial calcificante (COEC) é uma lesão incomum que apresenta comportamento clínico variável e características histopatológicas peculiares, além de uma grande diversidade de terminologias devido às suas variáveis clínicas, radiográfica e microscópica ▸Podem aparecer associado com outros tumores odontogênicos, mudando suas características ▸O cisto de Gorlin é uma entidade patológica distinta, incomum e com características clínicas, radiográficas e histopatológicas variáveis; acomete tanto mandíbula como maxila preferencialmente na região anterior 20 Jenn Rodrigues ▸Não existe predileção por sexo ou raça surgindo na maioria dos casos na quarta década de vida; apesar da ocorrência mais evidente em adultos, o COEC pode acometer crianças e o cirurgião dentista deve estar atento para realizar o diagnóstico desta patologia ⊿Mixoma ▸O mixomaodontogênico é uma lesão benigna rara, muitas vezes diagnosticado quando: ▸Atinge grandes proporções devido ao seu crescimento insidioso (não tem padrão de crescimento) ▸Nesses casos, pode causar dor, mobilidade e deslocamentos dentais ▸Radiograficamente, o aspecto mais característico é o favo de mel, bolhas de sabão, ou de raquete de tênis, embora outros aspectos menores característicos possam ser observados ▸Clinicamente pode ocasionar uma lenta expansão óssea, assintomática localmente destrutiva, sem metástases e para linfonodos cujo comportamento eventualmente agressivo justificaria a tendência a recidivas (mesmo após a retirada, pode voltar a ter porém não é metástase) ⊿Cementoblastoma ▸O cementoblastoma é um tumor odontogênico benigno causado por uma proliferação de cementoblastos que afeta, de maneira especial, o primeiro molar inferior de pacientes de jovens, na segunda e terceira década de vida (por volta dos 20/30 anos de idade) ▸Apresenta sintomatologia dolorosa com expansão das corticais vestibular e lingual ▸Radiograficamente observa-se a presença de uma massa radiopaca que adere a raiz do dente, delimitada por um halo radiolúcido de espessura variável e irregular ▸Outros sinais radiográficos ainda são perceptíveis, tais como: ▹Reabsorção dentária (começa uma reabsorção radicular, uma vez que chega a 2/3 de uma raiz reabsorvida o dente esta condenado) ▹Invasão do canal pulpar (muitas vezes quando se começa a reabsorção se pegar um primeiro molar jovem onde o canal é amplo começou a reabsorver tentar primeiro um tratamento endodôntico, mas normalmente a cirurgia fala que pra não perder primeiro molar que é dente chave de oclusão então é muito difícil se extrair num jovem por isso fala pra fazermos odontossecção apenas na raiz reabsorvida e mantem a outra no lugar e faz uma coroa expansiva pelo menos para manter espaço) ▹Perda do contorno da raiz ▹Obliteração de parte do espaço do ligamento periodontal ▹Podendo chegar até ter deslocamento de dentes ▸O tratamento, normalmente consiste em ressecção cirúrgica, seguida por cuidadosa curetagem ou ostectomia periférica Neoplasias malignas ▸Ameloblastoma maligno ▸Carcinoma intra ósseo primitivo ▸Fibrossarcoma ameloblástico Carcinoma - mais profundo, a retirada já é mais invasiva Sarcoma - mais superficial o que torna a retirada menos invasiva ⊿Ameloblastoma maligno ▸O ameloblastoma pode apresentar progressão maligna e desenvolver disseminação hematogênica. Os locais mais comuns de metástase São implantados nos pulmões (75%), seguido por nódulos linfático cervicais (15%), de outros locais 21 Jenn Rodrigues menos comuns tais como fígado, crânio, cérebro, rim e intestino delgado foram também relatados com muita menor incidência ▸O termo ameloblastoma maligno deve ser usado para o tumor que mostra características histopatológicas de ameloblastoma no tumor primário e no tumor metastásico. O termo carcinoma ameloblástico deve ser reservado para uma ameloblastoma que tenha características celulares de malignidade no tumor primário, na recorrência ou em qualquer metástase 22 Jenn Rodrigues
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