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RESPONSABILIDADE CIVIL

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RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
5.1. Obrigação de indenizar 
 
A teoria da causalidade 
alternativa é utilizada especialmente 
nas 
hipóteses de objetos caídos ou lançados 
de um prédio. Nessa hipótese, quando 
se ignora o verdadeiro autor do evento 
lesivo “todos os 
autores possíveis - isto é, os que se 
encontravam no grupo - serão 
considerados, de forma solidária, 
responsáveis pelo evento, em face 
da ofensa perpetrada à vítima” 
(CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa 
de 
responsabilidade civil. 6ª edição. São 
Paulo: Malheiros, 2006, p. 246). 
A teoria encontra respaldo na 
legislação, mais especificamente no art. 
938 do Código Civil, segundo o qual: 
“Aquele que habitar prédio, ou 
parte dele, responde pelo dano 
proveniente das coisas que dele caírem 
ou forem lançadas em lugar indevido”. A 
alternativa D não é correta, 
pois a responsabilidade dos objetos 
caídos de um prédio é objetiva, 
não se discutindo a culpa do morador 
da unidade mobiliária de onde 
caiu o objeto. 
 
A hipótese narrada versa sobre 
a responsabilidade do empregador 
pelos 
atos do empregado, cuja previsão está 
no art. 932, III do Código Civil. 
Trata-se de uma responsabilidade civil 
objetiva (CC, art. 933), na qual 
não se discute a culpa do patrão, mas 
apenas a culpa do causador direto 
do dano (no caso, a funcionária 
Márcia). Vale ressaltar que – uma vez 
satisfeita a vítima – o empregador terá 
direito de regresso em face da 
empregada, que causou o dano (CC, 
art. 934). 
 
A: correta, pois “se a ofensa 
tiver mais de um autor, todos 
responderão 
solidariamente pela reparação” (CC, 
art. 942); B: incorreta, pois a solução 
legal é a solidariedade e não a 
fracionariedade; C: incorreta, pois 
não se admite tal alegação quando 
houve coautoria no ato ilícito; D: 
incorreta, pois ambos colaboraram 
para a prática da ofensa, resultando 
num dano moral indenizável. 
 
A: incorreta, pois a lei não 
aponta uma ordem de preferência a 
respeito 
do réu nesses casos (CC, art. 932). Ao 
contrário, há solidariedade passiva e a 
vítima pode escolher contra quem irá 
pleitear sua indenização; 
B: correta, pois a ideia da lei ao criar a 
responsabilidade do empregador 
pelo ato do empregado é exatamente 
possibilitar à vítima escolher 
contra quem pretende demandar, 
estabelecendo uma solidariedade legal 
passiva entre eles; C: incorreta, pois 
Olivia poderá também demandar 
o empregado; D: incorreta, pois caso a 
transportadora pague o valor 
da indenização, ela terá regressiva 
contra o causador direto do dano, 
que é André (CC, art. 934). 
 
A, C e D: incorretas, pois o art. 
936 do CC traz responsabilidade de 
ordem objetiva para esse caso, e todas 
as alternativas citadas fazem 
referência a uma responsabilidade 
subjetiva; B: correta; o art. 936 do CC 
estabelece que “o dono, ou detentor, do 
animal ressarcirá o dano por 
este causado, se não provar culpa da 
vítima ou força maior”. Repare que 
a responsabilidade do dono é quase 
automática, utilizando-se o critério 
objetivo, sendo que o dono só 
conseguirá se eximir da 
responsabilidade 
se provar a ruptura do nexo causal por 
culpa da vítima ou força maior. 
 
A, B e D: incorretas, pois 
Tatiana é a única causadora e 
responsável por 
todo o ocorrido, sendo que o carro de 
Sandro foi mero instrumento 
que atingiu o carro de Ricardo, não 
havendo que se falar em 
responsabilidade de Sandro, que nada 
fez no caso, muito menos atuou com 
culpa ou dolo; C: correta, pois, ao 
dirigir redigindo mensagem de texto, 
Tatiana agiu com culpa em sentido em 
estrito, mais especificamente 
com negligência, impondo-se sua 
responsabilidade civil na forma do 
art. 186 do Código Civil. 
 
 A: correta (art. 948, I e II 
do CC); B: incorreta, pois a lei prevê 
expressamente o pagamento de 
alimentos aos filhos levando-se em 
conta a 
duração provável da vida da vítima (art. 
948, II do CC); C: incorreta, 
pois a responsabilidade civil é 
independente da criminal. A via civil 
apenas ficará fechada se no juízo 
criminal ficar provada a inexistência 
do fato ou a negativa de autoria (art. 
935 do CC), o que não é o caso 
em tela. Logo, Maria possui pretensão 
reparatória em face de Felipe; 
D: incorreta, pois a lei prevê 
expressamente que a indenização, além 
desses itens não exclui outras 
reparações (art. 948, caput, do CC). 
 
A: incorreta, pois neste caso 
não haverá responsabilidade solidária, 
vez 
que a lei o isenta (art. 934 do CC); B: 
incorreta, pois os pais, embora 
tenham responsabilidade objetiva, não 
podem reaver de Pedro o que 
houverem pago, pois a lei traz 
impedimento para tal (art. 934 do CC); 
C: 
correta (art. 928 do CC); D: incorreta, 
pois trata-se de caso de 
responsabilidade objetiva, logo os pais 
de Pedro responderão 
independentemente 
da demonstração de culpa (art. 932, I, 
do CC). 
 
A: incorreta, pois o caso revela 
abuso de direito, vedado pelo art. 187 
do CC; há também violação ao art. 42, 
caput, do CDC, vez que a conduta 
da escola nada mais é que uma forma 
de constrangimento com vistas à 
cobrança de uma dívida; B: incorreta, 
pois o abuso de direito é um ato 
ilícito (art. 187 do CC), que, como tal 
enseja indenização (art. 927 do 
CC); C: correta, pois, de fato, temos um 
abuso de direito, tipo de ato 
ilícito que, diferentemente do previsto 
no art. 186 do CC, não requer 
culpa ou dolo para se configurar (art. 
187 do CC); D: incorreta, pois, como se 
viu, o abuso de direito é um tipo de ato 
ilícito que, diferentemente do previsto 
no art. 186 do CC, não requer culpa ou 
dolo para se 
configurar (art. 187 do CC). 
 
A: correta, pois o incapaz 
responde de maneira subsidiária, ou 
seja, apenas no caso de as pessoas por 
ele responsáveis não tiverem a 
obrigação 
de fazê-lo ou não dispuserem de meios 
suficientes (art. 928, caput, do 
CC); B: incorreta, pois, conforme 
comentário à alternativa anterior, o 
incapaz, no caso de as pessoas por ele 
responsáveis não tiverem a 
obrigação de fazê-lo ou não dispuserem 
de meios suficientes, responderá 
(art. 928, caput, do CC); C: incorreta, 
pois havendo culpa exclusiva da 
vítima ou força maior, o dono do 
animal não responde (art. 936 do CC); 
D: incorreta, pois, conforme se viu, a 
princípio, os responsáveis pelo 
incapaz (no caso, os pais) é que 
responderão (art. 928 do CC). 
 
A: incorreta, pois a atividade 
desenvolvida pela empresa de 
pulverização implica, por natureza, 
risco para os direitos de outrem, 
de modo que se tem responsabilidade 
objetiva, nos termos do art. 
927, parágrafo único, do CC; o caso 
também pode ser enquadrado 
no art. 51 da Lei 12.305/2010; como 
patrocinador do serviço de 
pulverização, Alfredo também 
responderá da mesma forma, e de 
modo solidário (art. 942, caput, do CC); 
B: correta, nos termos 
do comentário à alternativa “A”; C: 
incorreta, pois, como tomador 
do serviço da empresa, Alfredo 
responde solidariamente (art. 942, 
caput, do CC); D: incorreta, pois há 
solidariedade entre a empresa 
e Alfredo (art. 942, caput, do CC). 
 
A: incorreta, pois há excludente 
de responsabilidade consistente na 
culpa exclusiva da vítima; B: incorreta, 
pois, apesar de não configurada a 
responsabilidade civil, há sim conduta 
de João, consistente em 
dirigir seu veículo; porém, além da 
conduta e do dano, é necessário 
o nexo de causalidade, inexistente por 
conta da existência de culpa 
exclusiva da vítima; C: incorreta, pois 
há sim dano indenizável, tendo 
em vista os graves ferimentos; porém, 
conforme se viu, não basta 
haver conduta e dano indenizável, 
sendo necessário também nexo 
de causalidade entre a primeira e o 
segundo; D: correta, pois houve 
rompimento do nexo de causalidade em 
razão da culpa exclusiva da 
vítima, de modo a não configurar a 
responsabilidade civil. 
 
 A: incorreta, pois é a 
responsabilidadepela reparação de 
dano de 
terceira pessoa, e não de um animal; 
um exemplo é a responsabilidade dos 
pais pelos atos de seus filhos menores; 
B: correta (art. 936, parte final, do CC); 
C: incorreta, pois a responsabilidade da 
locadora, no caso, não é subsidiária, 
mas solidária (Súmula STF 
492); D: incorreta, pois, de acordo com 
a Súmula STJ 326, “na ação 
de indenização por dano moral, a 
condenação em montante inferior 
ao postulado na inicial NÃO implica 
sucumbência recíproca”. 
 
A: correta; segundo o art. 927, 
parágrafo único, do CC, configura-se 
responsabilidade objetiva quando a 
atividade normalmente desenvolvida 
pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os 
direitos de outrem; repare que no texto 
legal o nexo de causalidade 
é mitigado pela expressão “implicar” 
(menos forte que a expressão 
“causar”); no caso em tela tem-se uma 
transportadora de valores, 
que, como é cediço, exerce atividade de 
risco, sendo certo que, 
no caso concreto, essa atividade de 
risco acabou por implicar em 
dano a terceiro, já que atraiu roubador, 
que, com seus tiros de fuzil, 
acabou por ser fator decisivo no 
atropelamento de Rodrigo Cerdeira, 
que não tinha nada a ver com a 
atividade de risco da empresa de 
transporte de valores; assim, aplica-se 
a teoria do risco proveito, de 
modo a configurar responsabilidade 
objetiva da empresa proprietária do 
carro forte; B: incorreta, pois, conforme 
se viu, aplica-se 
o art. 927, parágrafo único, do CC, em 
que há mitigação do nexo 
de causalidade, ocorrendo 
responsabilidade objetiva da pessoa 
que desenvolve atividade de risco 
mesmo quando há terceiros 
agindo com culpa no caso; nesse 
sentido, vale citar o Enunciado 
CJF 38, que demonstra a finalidade da 
norma: “A responsabilidade 
fundada no risco da atividade, como 
prevista na segunda parte do 
parágrafo único do art. 927 do novo 
Código Civil, configura-se 
quando a atividade normalmente 
desenvolvida pelo autor do dano 
causar a pessoa determinada um ônus 
maior do que aos demais 
membros da coletividade”; C: incorreta, 
por conta da aplicação do 
art. 927, parágrafo único, do CC, que 
não requer o elemento culpa 
para a configuração da 
responsabilidade; D: incorreta, pois a 
teoria 
que decorre do art. 927, parágrafo 
único, do CC é a teoria do risco 
proveito, e não a teoria do 
empreendimento. 
 
O art. 938 do CC dispõe que 
“aquele que habitar prédio, ou parte 
dele, 
responde pelo dano proveniente das 
coisas que dele caírem ou forem 
lançadas em lugar indevido”. Repare 
que o dispositivo não requer o 
elemento culpa ou dolo para a 
configuração da responsabilidade. 
Assim, 
Mirtes, mesmo que demonstre que não 
agiu com intenção ou com culpa 
em sentido estrito responderá pelos 
danos causados. A alegação de 
força maior não calha, pois era possível 
evitar o dano, bastando que 
Mirtes tivesse retirado os vasos, 
conforme, inclusive, recomendação 
feita pela síndica. Danos causados por 
força maior são aqueles que não 
se consegue evitar (ex: um terremoto), o 
que efetivamente não foi o que 
aconteceu no caso em tela, em que se 
tinha um dano evitável. Assim, 
a alternativa “A” é falsa, pois não há 
que se falar em força maior. As 
alternativas “B” e “C” são falsas, pois 
não é necessário dolo (intenção) 
para a configuração da 
responsabilidade civil prevista no art. 
938 do 
CC. E a alternativa “D” é verdadeira, 
pois essa responsabilidade está 
configurada nos termos do art. 938 do 
CC. 
 
A: incorreta, pois o depositante 
(Jonas) é obrigado a pagar ao 
depositário (Silas) as despesas feitas 
com a coisa (art. 643 do CC); B: 
correta, 
pois as despesas de restituição correm 
por conta do depositante 
(Jonas); C: incorreta, pois não existe tal 
direito em favor do depositante 
(vide arts. 627 a 646); D: incorreta, de 
acordo com o gabarito oficial, porém, 
entendemos que está correta, pois 
Jonas, como proprietário 
do veículo danificado culposamente por 
Francisco, tem legitimidade 
para a ação indenizatória respectiva. 
 
Ricardo agiu em estado de 
necessidade, pois, diante dos dois bens 
jurídicos em perigo (a vida de alguém e 
a integridade de um muro), 
resolveu sacrificar a integridade do 
muro. Assim, incide no caso a 
hipótese prevista no art. 188, II, do CC, 
pelo qual não é ato ilícito a 
deterioração ou a destruição de coisa 
alheia, a fim de remover perigo 
iminente. Apesar de sua conduta não 
ser considerada ilícita, Ricardo 
deverá reparar o dano causado ao 
proprietário do muro. Esse é o 
comando previsto no art. 929 do CC. 
 
A: incorreta. Assinala Senise 
Lisboa que: “O dano deve ser certo, isto 
é, fundado em um fato determinado. É 
inviável a responsabilidade civil 
do agente por mero dano hipotético ou 
eventual, pois não há como 
se reparar algo que pode sequer vir 
acontecer. Contudo, a partir 
do desenvolvimento dado à matéria 
pela jurisprudência francesa, 
assentou-se o entendimento de que há 
a possibilidade de se proceder 
à reparação pela chance perdida, isto é, 
daquilo que a vítima poderia, 
dentro de um critério de probabilidade, 
vir a obter para si, caso tivesse 
sido influenciada pelo agente a se 
conduzir de forma diversa. É a 
teoria da perda de uma chance, que 
considera que excepcionalmente 
torna-se possível a indenização por 
dano eventual” (Roberto Senise 
Lisboa. Manual de direito civil. V. 2: 
obrigações e responsabilidade 
civil. 4 ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 
235); B: correta. Assevera 
Senise Lisboa que: “A responsabilidade 
subjetiva contratual pressupõe 
a existência de um negócio jurídico 
efetivamente celebrado entre as 
partes. (...), Assim, na responsabilidade 
subjetiva contratual, podem 
as partes fixar a assunção da 
obrigação, mesmo nos casos de força 
maior e de caso fortuito, desde que a lei 
não coíba a sua previsão” 
(Roberto Senise Lisboa. Op. cit., p. 
279); C: incorreta. Afirma Senise 
Lisboa que: “As excludentes da 
responsabilidade objetiva não 
correspondem às da responsabilidade 
subjetiva. Nem poderia ser assim 
entendido, uma vez que a construção 
da teoria objetiva desprezou o 
pressuposto culpa, historicamente 
forjado como o elemento subjetivo do 
tipo civil. (...) São excludentes da 
responsabilidade civil objetiva: 
a) a culpa exclusiva da vítima; b) a 
culpa exclusiva de terceiros; c) a 
força maior; e d) o caso fortuito” 
(Roberto Senise Lisboa. Op. cit., p. 
334-5); D: incorreta. Assevera Senise 
Lisboa que: “Pouco importando 
se o caso é, na esfera cível, de 
responsabilidade subjetiva ou objetiva, 
cumpre observar que a sentença 
judicial proferida em processo 
criminal pode gerar efeitos, ou não, 
sobre o processo civil. Vigora, 
entre nós, o princípio da independência 
entre a responsabilidade 
civil e criminal, segundo o qual a 
responsabilidade civil pode ser 
apurada em processo próprio e distinto 
daquele em que se procedeu 
à análise da responsabilidade penal. 
(...). Observam-se as seguintes 
regras, acerca do princípio da 
independência de instâncias: (...) e) 
a extinção da punibilidade criminal não 
obsta a ação civil” (Roberto 
Senise Lisboa. Op. cit., p. 339-40). 
 
A: incorreta, pois a locadora, 
por ser proprietária do veículo, também 
é 
responsável pelos danos causados pelo 
locatário (Súmula STF 492); B: 
correta, pois o art. 932, III, do CC 
impõe a responsabilidade do patrão 
por atos do empregado “no exercício do 
trabalho que lhe competir” ou 
“em razão dele”, de maneira que, 
mesmo que o empregado haja em 
situação de desvio de função, desde 
que atue “em razão” do trabalho, 
o patrão responderá; enfim, o desvio de 
atribuição, trata-se de questão 
interna do empregador, que continua 
responsável pelos danos causados 
pelo empregado; C: incorreta, pois o 
afastamento dos filhos menores 
não pode servir como elemento 
descaracterizadorda responsabilidade 
dos pais; aliás, mesmo quando os pais 
emancipam um filho menor, os 
primeiros continuam responsáveis 
pelos atos destes, enquanto estes 
não completarem 18 anos, conforme 
jurisprudência pacífica do STJ; 
D: incorreta, pois a responsabilidade 
dos pais pelos atos dos filhos é 
objetiva (art. 933 do CC). 
 
A: incorreta (art. 932, III, c.c. 
art. 933, ambos do CC); B: correta (art. 
931 do CC); C: incorreta (art. 937 do 
CC); D: incorreta (art. 949 do CC). 
 
A e B: incorretas (arts. 186 e 
187, ambos do CC), C: correta (art. 398 
do CC), D: incorreta (art. 927, 
parágrafo único, do CC). 
 
Arts. 932, I, c.c. 933, ambos do 
CC. 
 
A: incorreta (art. 188, I, do CC), 
somente refere como não sendo atos 
ilícitos a legítima defesa; B: incorreta 
(art. 936 do CC); C: incorreta, 
pois dano emergente equivale a perda 
efetivamente sofrida, o que 
deixou de ganhar equivale a lucros 
cessantes; D: correta. De fato, na 
obrigação subsidiária deve ser 
respeitada a ordem de preferência e o 
devedor subsidiário somente será 
atingido se o principal não tiver bens 
para garantir a dívida. 
 
A: correta (art. 927, parágrafo 
único, do CC); B: incorreta (art. 945 do 
CC); C: incorreta (art. 942, parágrafo 
único, do CC); D: incorreta (art. 
188, I e II, do CC). 
 
A: incorreta, pois, apesar de se 
tratar de ato lícito, é devida 
indenização 
em favor do terceiro lesado que não 
seja culpado pelo perigo (art. 929 
do CC); B: incorreta, pois o art. 931 do 
CC, que estabelece responsabilidade 
objetiva, diz respeito ao “fato do 
produto” (que se traduz num 
acidente) e não a mero “vício do 
produto” (problema de qualidade ou 
quantidade); C: incorreta, pois não há 
tal requisito no art. 187 do CC; 
D: correta (art. 186 do CC). 
 
A: incorreta (arts. 928 e 932, I, 
do CC); B: incorreta. A 
responsabilidade 
objetiva é aquela que independe de 
conduta culposa do agente; C: 
correta (art. 734 do CC); D: incorreta 
(art. 939 do CC). 
 
A: incorreta, pois ainda deverão 
ser indenizadas despesas com o 
tratamento da vítima, seu funeral e o 
luto da família, além de outras 
reparações (art. 948 “caput”, I do CC); 
B: correta (art. 949 do CC); C: 
incorreta, pois se houver excessiva 
desproporção entre a gravidade da 
culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, 
equitativamente, a indenização 
(art. 944, parágrafo único do CC); D: 
incorreta, pois se a vítima tiver 
concorrido culposamente para o evento 
danoso, a sua indenização será 
fixada tendo-se em conta a gravidade 
de sua culpa em confronto com a 
do autor do dano (art. 945 do CC); E: 
incorreta, pois o prejudicado, se 
preferir, poderá exigir que a 
indenização seja arbitrada e paga de 
uma 
só vez (art. 950, parágrafo único do 
CC). 
 
I: correta, pois o incapaz só 
responde se os seus responsáveis não 
tiverem a obrigação de responder ou 
não dispuserem de meios suficientes 
(responsabilidade subsidiária), e, 
mesmo assim, a indenização 
deverá ser equitativa (responsabilidade 
equitativa), não tendo lugar 
se privar do necessário o incapaz ou as 
pessoas que dele dependem 
(art. 928, caput e parágrafo único, do 
CC); II: incorreta, pois a 
responsabilidade indireta já existia no 
Código Civil anterior; são casos 
de responsabilidade indireta a 
responsabilidade pelo fato de terceiros, 
como a responsabilidade dos pais pelos 
atos de seus filhos menores 
que estiverem em sua companhia; III: 
correta, pois a regra geral, ainda, 
é a responsabilidade subjetiva, 
fundamentada na culpa, nos termos do 
art. 186 do CC; porém, é bom lembrar 
que o atual Código Civil trouxe 
uma série de novas hipóteses em que a 
responsabilidade é objetiva, 
afastando-se a regra do art. 186 do CC. 
 
A: incorreta, pois, segundo o 
art. 188, II, do CC, não constitui ato 
ilícito 
a lesão à pessoa, a fim de remover 
perigo iminente, tratando-se do 
conhecido “estado de necessidade”; 
apesar de não se constituir ato 
ilícito esse tipo de conduta, a pessoa 
prejudicada, caso não tenha sido 
culpada pela situação de perigo, tem 
direito de ser indenizada pelos 
prejuízos sofridos (art. 929 do CC); B: 
correta (art. 186 do CC); C: 
incorreta, pois o abuso de direito é 
considerado ato ilícito (art. 187 do 
CC); D: incorreta, pois quando se 
excede os limites do indispensável 
para a remoção do perigo, o ato deixa 
de ser legítimo (lícito) e passa 
a ser ilícito; E: incorreta, pois a 
legítima defesa constitui ato lícito (art. 
188, I, do CC), não havendo, aqui, a 
regra do estado de necessidade, 
que impõe indenização pelo dano 
sofrido pela vítima do ato praticado 
nessa condição; isso ocorre, pois a 
legítima defesa é autorizada em caso 
de injusta agressão, não sendo razoável 
que o agressor tenha direito à 
indenização a ser paga por quem age 
em legítima defesa. 
 
I: incorreta (art. 932, III, do CC); 
II: incorreta (art. 928, caput, do CC); 
III: correta (art. 929 do CC). 
 
A: incorreta (não caberá o 
direito a regresso no caso de o 
causador 
do dano ser descendente absoluta ou 
relativamente incapaz – art. 
934 do CC); B: incorreta, pois a teoria 
adotada nesse caso foi 
subjetiva, em que há necessidade da 
comprovação da culpa do 
agente; C: incorreta (art. 187 do CC); 
D: incorreta (art. 935 do CC); 
E: correta (art. 944 do CC). 
 
A: incorreta. Lúcia tem o direito 
de ser indenizada, com base no art. 
929 CC, pois não foi culpada pela 
situação de perigo; B: incorreta, 
pois sendo obrigada a indenizar Lúcia, 
Márcia terá direito de regresso 
contra o terceiro causador do dano, no 
caso, Janaína (art. 930, caput 
CC); C: incorreta, pois Lúcia não tem 
nenhuma relação jurídica com 
Ricardo, mas sim com Márcia, afinal o 
empréstimo da bicicleta foi 
para ela. Logo, apenas dela poderá ser 
cobrada indenização (art. 
929 CC); D: correta, pois considerando 
que houve uma relação de 
empréstimo entre Lúcia e Márcia e 
houve um dano ao bem causado 
por Márcia, Lúcia terá o direito de ser 
indenizada e Márcia poderá 
buscar ação de regresso contra o 
culpado pela lesão, isto é, Janaína 
(art. 929 e 930 CC). 
 
5.2. Dano 
 
 A: incorreta, pois a 
indenização por dano moral é devida em 
favor dos 
parentes próximos da vítima fatal de um 
atropelamento de responsabilidade de 
alguém; B: incorreta, pois se a culpa for 
exclusiva de Maria, a 
empresa não responderá; e se a culpa da 
empresa for concorrente com 
a culpa de Maria a empresa pagará 
indenização em valor reduzido (art. 
945 do CC); C: incorreta, pois a lei é 
clara no sentido de que todos os 
dependentes da vítima de um homicídio 
(art. 948 do CC); D: correta, 
nos termos do art. 948 do CC. 
 
O STJ é pacífico no sentido de 
que é plenamente possível cumular 
indenização por danos materiais, danos 
morais e danos estéticos. A 
Súmula 37 do STJ dispõe que é possível 
cumular indenização por dano 
material com indenização por dano 
moral. E a Súmula 387, do mesmo 
STJ, dispõe que é possível cumular 
indenização por dano moral com 
indenização por dano estético. No caso, 
houve danos materiais (impossibilidade 
de trabalhar), danos morais (sofrimento) 
e danos estéticos 
(cicatrizes no corpo), de maneira que a 
alternativa “C” é a única correta. 
 
I: correta (Súmula 37 do STJ); II: 
correta (art. 200 do CC); III: correta 
(art. 206, § 3.º, V, do CC); IV: incorreta 
(art. 192 do CC). 
 
A: correta, vale salientar que a 
culpa contratual é presumida, ao passo 
que a culpa decorrente do dever 
genérico de não causar dano a alguém 
deve ser provada como regra; B: 
incorreta, pois dano moral direto é 
o dano causado à própria vítima da 
agressão (por exemplo, àquele 
que é atropelado), ao passo que dano 
moral indireto é aquele causado 
às pessoas próximas da vítima de uma 
agressão, como familiares, 
amigos e outros; C: incorreta, pois dano 
moral consiste na lesão a 
interessesimateriais não patrimoniais, 
tais como à honra, à imagem, 
à autoestima etc.; D: incorreta, pois não 
se deve confundir a imputabilidade com 
o nexo causal, pois a primeira diz 
respeito aos elementos subjetivos 
necessários à responsabilização, ao 
passo que o segundo, 
aos elementos objetivos, sendo 
perfeitamente possível a imputabilidade 
(culpa) sem o nexo causal. 
 
A: incorreta, pois há uma série 
de outros critérios que informam a 
fixação do valor do dano moral, tais 
como reflexos sociais e pessoais 
da ação, possibilidade de superação 
física ou psicológica, extensão e 
duração dos efeitos da ofensa, situação 
social dos envolvidos, grau de 
culpa ou dolo, dentre outros; B: 
incorreta, pois a jurisprudência tem 
entendido o contrário, ou seja, que é 
perfeitamente cumulável o dano 
moral com o dano estético (Súmula 387 
do STJ); C: correta (arts. 
949 a 951 do CC); D: incorreta, pois, 
nesse caso, a responsabilidade 
permanece, havendo reflexos apenas 
quanto ao valor indenizatório 
(art. 945 do CC).

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