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Suplementação Nutricional: Descomplicando a prática clínica Prof José Aroldo Filho, M.Sc. Nutricionista Curso de Atualização em Nutrição Clínica José Aroldo Lima Gonçalves Filho, M.Sc. Nutricionista; Mestre em Ciências Médicas - FCM/UERJ; Pós-graduado em Medicina Ortomolecular – UVA; Pós-graduado em Fitoterapia - FGF; Especialista em Nutrição Clínica & Fitoterapia pela ASBRAN; Nutricionista Militar - Chefe do Serviço de Nutrição e Dietética do HCPM/PMERJ; Diretor e Docente - NutMed Cursos de Nutrição Docente Faculdade Ensin.E / Faculdade Sensu / UniRedentor; Principais áreas de atuação: Suplementação Nutricional e Fitoterapia, Nutrição Estética, Doenças Neurológicas e Psiquiátricas, Distúrbios da Tireoide e Excesso de peso. QUEM SOU EU? Na ausência, basear-se em estudos farmacológicos que justifiquem a dosagem em questão. Suplemento Nutricional A prescrição de nutrientes é pertinente a nutricionistas, farmacêuticos e médicos, sendo estes os únicos profissionais legalmente habilitados para tal processo. Profissionais habilitados à prescrição de suplementos nutricionais Ao prescrever suplementos alimentares, o nutricionista precisa avaliar se o composto vitamínico não esta registrado no Ministério da Saúde como medicamento. Assim, o nutricionista tem competência legal para prescrever os produtos denominados polivitamínicos e/ou poliminerais, desde que estejam classificados como de “VENDA SEM EXIGÊNCIA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA”, conforme determina a Portaria SVS/MS nº 40/1998. Para verificar se um suplemento alimentar está registrado como medicamento, o profissional deve acessar o site da ANVISA em Consulta de Produtos Medicamentos https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/ Os números de registro devem ter 13 dígitos, mas na embalagem pode conter somente nove dígitos, já que a presença dos últimos quatro números não é obrigatória. É o primeiro dígito que vai classificar o produto, caso inicie com o número 1, está registrado como medicamento e não deve ser prescrito por nutricionistas. Se iniciar com números 4, 5 ou 6 pode ser prescrito por nutricionistas. https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/ • Res CFN Nº 656/2020 Dispõe sobre a prescrição dietética, pelo nutricionista, de suplementos alimentares e dá outras providências. https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/DOU_656.pdf • IN ANVISA Nº 28/2018 Estabelece as listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem complementar dos suplementos alimentares. https://www.in.gov.br/materia/- /asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/34380639/do1-2018-07-27- instrucao-normativa-in-n-28-de-26-de-julho-de-2018-34380550 Legislações em Suplementação Nutricional Marco regulatório dos suplementos alimentares Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) CFN Necessidade de alinhamento de terminologia ao novo marco regulatório. ANVISA →suplementos alimentares: 1. Suplementos de vitaminas e minerais; 2. Substâncias bioativas e probióticos; 3. Novos alimentos e novos ingredientes; 4. Alimentos com alegações de propriedades funcionais e de saúde; Suplementos para atletas; 5. Complementos alimentares para gestantes e nutrizes; e 6. Medicamentos específicos sem prescrição médica Art. 1: § 2° O nutricionista poderá prescrever produtos acabados/industrializados ou seus equivalentes manipulados e outros produtos não acabados passíveis de manipulação, isentos de prescrição médica e contemplados nesta Resolução. § 3° Entende-se como suplemento alimentar o produto para administração exclusiva pelas vias oral e enteral, incluídas mucosa, sublingual e sondas enterais e excluída a via anorretal, apresentado em formas farmacêuticas, destinado a suplementar a alimentação de indivíduos. Art. 3º Na prescrição dietética de suplementos alimentares, o nutricionista deve: I - considerar o indivíduo na sua integralidade, respeitando suas condições clínicas, biopsicossociais, socioeconômicas, culturais e religiosas; II - realizar triagem e avaliação nutricional sistematizadas, envolvendo critérios objetivos e/ou subjetivos que permitam a identificação de deficiência ou de riscos nutricionais; III - considerar diagnósticos, laudos e pareceres dos demais membros da equipe multidisciplinar, definindo com estes, sempre que pertinente, a conduta a ser instituída; IV - considerar que a prescrição dietética de suplementos alimentares não pode ser realizada de forma isolada, devendo fazer parte da adequação do consumo alimentar e ser avaliada sistematicamente; V - considerar os nutrientes e não nutrientes que possam contribuir para a redução do risco e para o tratamento de doenças relacionadas à nutrição; VI - considerar as possíveis interações entre nutrientes, não nutrientes, fármacos e plantas medicinais, bem como reações adversas potenciais, toxicidade e contraindicações; VII - respeitar os limites de UL para nutrientes e, em casos não contemplados, considerar critérios de eficácia e segurança com alto grau de evidências científicas; VIII - respeitar as listas de constituintes autorizados para uso em suplementos alimentares, prevista nos anexos I e II da IN Anvisa n° 28/2018 e suas atualizações, e os insumos autorizados pela Anvisa, para comercialização, disponíveis nas farmácias de manipulação; IX - na prescrição de enzimas, indicar a atividade enzimática em Unidades (U)i, e na de probiótico, em Unidades Formadoras de Colônias (UFC); X - considerar a biodisponibilidade e segurança na prescrição de substâncias que podem ser encontradas em diferentes formas químicas; XI - registrar em receituário: nome do paciente/cliente/usuário; via, composição e posologia dos suplementos alimentares; data de prescrição; assinatura, carimbo do profissional com nome e número de seu registro no Conselho e respectiva jurisdição, telefone e endereço completo ou outro meio de contato profissional; e XII - registrar, em prontuário dos clientes/pacientes/usuários, via de administração, composição e posologia dos suplementos alimentares prescritos, mantendo-o arquivado pelo tempo determinado em normativa. Parágrafo único. Na identificação de efeitos colaterais, efeitos adversos, intoxicações, voluntárias ou não, observadas ou relatadas pelos clientes / pacientes / usuários, o nutricionista deverá registrar no prontuário e, quando pertinente, notificar os órgãos sanitários competentes, assim como o laboratório industrial ou a farmácia de manipulação. ATENÇÃO Se o produto apresentar derivado vegetal, mesmo se comercializado como suplemento alimentar ou alimento, o nutricionista deve respeitar a legislação vigente da área de fitoterapia, com exceção de drogas vegetais e óleos fixos, em formas farmacêuticas, que podem ser classificados como alimentos, novos alimentos e ingredientes, e suplementos alimentares IN ANVISA Nº 28/2018 “Estabelece as listas de constituintes, de limites de uso, de alegações e de rotulagem complementar dos suplementos alimentares”. Recomendações para Suplementação Quando a ingestão alimentar de determinado nutriente estiver abaixo da recomendação média considerada para o indivíduo, associada a parâmetros bioquímicos que indiquem deficiência https://ods.od.nih.gov/Health_Information/Dietary_Reference_Intakes.aspx https://ods.od.nih.gov/Health_Information/Dietary_Reference_Intakes.aspx Quando o indivíduo apresentar sinais e sintomas compatíveis com prejuízo de função de determinado nutriente Recomendações para Suplementação Avaliação de sinais e sintomas VITAMINAS PLASMÁTICAS -Permite identificar os níveis plasmáticos das vitaminas mais comuns. -Deste modo, pode-se identificar o conteúdo sérico e adequar um protocolo de suplementação. VITAMINAS PLASMÁTICAS VITAMINAS PLASMÁTICAS ANÁLISE ELEMENTAR DA URINA -É a representação corporal dos minerais na urina. -É importante no acompanhamentode suplementação de longo prazo e da terapia de desintoxicação de metais pesados. -Dosagens de minerais essenciais extremamente altas, pode denotar reposição via suplementação. -Elementos normalmente dosados em amostra de Urina de 24h: •Cálcio •Magnésio •Fosfato •Iodo •Sódio Facilidade de dosagem e interpretação de resultados VS dinâmica clínica do paciente. Reflete a absorção intestinal, a reabsorção óssea e a perda renal de cálcio. A dosagem de seus níveis serve como acompanhamento das terapias de reposição, na avaliação do metabolismo do cálcio, nas doenças ósseas, nefrolitíases, hipercalciúrias idiopáticas, doenças da paratireóide e tumor com metástases ósseas. Cálcio urinário Para determinar estes valores, deve-se considerar a ingestão de cálcio nos dias que antecedem a coleta de urina. Magnésio urinário Na presença de hipomagnesemia, sintomas neurológicos e gastrointestinais nem sempre são acompanhados de dosagens baixas de magnésio sérico. Níveis normais ou apenas marginais podem ser detectados em pacientes sintomáticos. Indica-se, então, a determinação do magnésio urinário, que na ausência de condições que promovam sua excreção e abaixo de 25mg em 24 horas sugere hipomagnesemia. Fósforo urinário Varia com idade, massa muscular, função renal, com a hora do dia, com a dieta e com o paratormônio (PTH). É importante no diagnóstico das doenças ósseas, como a que ocorre no hiperparatireoidismo primário, pseudo-hipoparatireoidismo, osteomalacia, Paget e síndrome de Fanconi. Iodo Sódio É um cátion presente em grande quantidade no líquido extracelular. Suas variações, seja por redução (hiponatremia) ou por aumento (hipernatremia), provocam também alterações na osmolalidade sérica. Quase todo o sódio proveniente da dieta é eliminado pelos rins. A dosagem do sódio urinário é importante para a avaliação das hiponatremias por perda renal (rins policísticos, acidose tubular proximal), nas oligúrias pré-renais (sódio urinário < 10mEq/L) ou oligúria renal (sódio urinário > 10mEq/L). AVALIAÇÃO SÉRICA DE MINERAIS -Elementos normalmente dosados: •Zinco •Cobre •Selênio •Metabolismo do ferro Zinco As conseqüências clínicas da deficiência alimentar do zinco são bastante variáveis. Nas formas leves, têm sido descritas oligospermia, perda de peso, hiperamonemia e diminuição da tolerância ao etanol. Na forma moderada, a deficiência pode resultar em retardo do crescimento na infância, hipogonadismo, dermatite, letargia e prejuízo da resposta imune. Em pacientes com deficiência severa pode ocorrer alopécia, diarréia, sintomas neuropsiquiátricos, infecções recorrentes e morte. Além da causa alimentar, a deficiência de zinco pode resultar de má absorção, cirrose hepática, nefropatias perdedoras de proteínas e grandes queimaduras. Cobre Elemento essencial à nutrição humana e componente de várias metaloenzimas e proteínas, o cobre é importante para a função da ceruloplasmina e a síntese da melanina e do colágeno. É estocado no fígado e secretado pela bile, por isso pode ser perdido em quantidades excessivas em drenagem biliar ou nas diarréias. Selênio A presença de selênio como elemento essencial à nutrição humana ainda está sob discussão. O elemento faz parte da enzima que converte T4 ao hormônio tireoidiano ativo T3 e da glutation- peroxidase, um importante antioxidante presente no sangue e nos tecidos, como selênio-dependente. Outras alterações que podem ser observadas pela deficiência do elemento são: macrocitose eritrocitária, enfraquecimento muscular, despigmentação da pele e do cabelo. Em casos de intoxicação pelo metal, a sintomatologia abrange anormalidades do sistema nervoso central, convulsões, paralisia Metabolismo do Ferro Capacidade livre de combinação do ferro É a medida da capacidade de reserva da transferrina em se ligar ao ferro. Capacidade total de combinação do ferro TIBC Representa a porção total de ferro ligado à transferrina. A capacidade total de combinação do ferro aumenta em patologias que reduzem as reservas de ferro (deficiência do metal ou perda sangüínea), ou elevam a produção hepática de transferrina (gestação e uso de anticoncepcional oral). A capacidade total diminui nas patologias em que o ferro sobe, como na hemocromatose. Ferro A avaliação do ferro sérico é essencial nas anemias ferroprivas (hipocrômicas e microcíticas), assim como nos estados de excesso de ferro, como na hemocromatose e hemossiderose. Nas anemias hemolíticas, o ferro sérico pode variar desde normal até aumentado, dependendo do tempo em que o processo hemolítico foi iniciado. Na anemia megaloblástica por carência de B12, pode ocorrer uma carência de ferro depois da reposição da vitamina, devido ao grande consumo pelas hemácias. Ferritina É uma glicoproteína de alto peso molecular, que armazena 20% a 25% do ferro do organismo. Sua concentração sérica associa-se aos estoques de ferro total do corpo, exceto na vigência de altas doses. Sua limitação é que, por ser uma das proteínas de fase aguda, eleva-se em resposta a processos inflamatórios agudos, infecções ou traumas, como na lise celular (hepatite, infarto do miocárdio), processos inflamatórios crônicos (artrite reumatóide) e em processos malignos (leucemia, linfomas, tumores do tubo gastrointestinal). Não deve, portanto, ser usada para avaliação de deficiência de ferro durante esses processos. OLIGOSCAN • O OLIGOSCAN é um método prático de medir em poucos segundos a biodisponibilidade dos mineras no corpo, além de intoxicação por metais pesados, avaliação de estresse oxidativo e possibilidade de desequilíbrios orgânicos pela carência ou excesso de minerais. • É um exame seguro, indicado para pessoas acima de 14 anos, gestantes, idoso e adultos. • A medida é feita diretamente no consultório com um espectrofotômetro portátil, somente passando o aparelho sobre as mãos. • Os dados coletados serão enviados em poucos cliques no servidor Central OLIGOSCAN e a resposta sobre o exame solicitado sairá em segundos. Não é validado científicamente! 55 56 57 AVALIAÇÃO SÉRICA DE METAIS TÓXICOS -Elementos normalmente dosados: •Mercúrio •Alumínio •Cádmio Estão associados a disfunção glandular, estresse oxidativo e risco de doença neurológica. Promovem desequilíbrio e risco de deficiência de zinco. Quando existirem condições de doença que promovam a deficiência de um ou mais nutrientes em particular (considerando a farmacoterapia e as interações medicamentos vs nutrientes) Recomendações para Suplementação Suplementos alimentares Medicamentos específicos manufaturados Elaboração de prescrições magistrais Respeitar os limites definidos pela UL Limite de Ingestão Máxima Tolerável “Tolerable Upper Intake Levels” Maior nível de ingestão diária de um nutriente que não causará efeitos adversos à saúde da maioria das pessoas O quanto vou prescrever? https://ods.od.nih.gov/Health_Information/Dietary_Reference_Intakes.aspx O quanto vou prescrever? Vitaminas sem UL definida Valor a observar Vitamina K O Noael (No observed adverse effect level) para vitamina K é de 30mg/dia e o Loael ainda não foi estabelecido. Tiamina O Noael (No observed adverse effect level) da tiamina é de 50mg/dia, enquanto o Loael (Lowest observed adverse effect level) ainda não foi estabelecido. Os efeitos tóxicos aparecem quando em doses acima de 400mg/dia. Riboflavina Em doses parenterais extremamente altas (300 a 400 mg/kg de peso corporal) pode haver cristalização da riboflavina nos rins por causa da sua baixa solubilidade. O Noael (No observed adverse effect level) é de 200mg/dia, ao passo que o Loael (Lowest observed adverse effect level) ainda não foi estabelecido. O UL para a riboflavina não foi determinado por falta de dados sobre efeitos adversos. Vitamina B12 Os valores de Noael (No Observed Adverse Effect Level) foram fixados em3.000µg e o Loael (Lowest Observed Adverse Effect Level) não foi estabelecido. Ainda não há dados científicos suficientes para estimar o valor de UL. Atualmente, a deficiência em B12 tem sido relatada também no paciente submetido à cirurgia bariátrica, na qual os pacientes são suplementados por via oral (350 a 500 μg/dia), intramuscular (1.000 μg/mês ou 3.000 μg a cada 6 meses), nasal (500 μg/semana) ou sublingual (500 μg/dia). O quanto vou prescrever? Minerais sem UL definida Valor a observar Cromo Embora alguns estudos tenham mostrado efeitos adversos eventuais que poderiam ser causados pelo cromo III, altas doses (100 mg/kg dieta) desse elemento se mostraram seguras em pesquisas realizadas com ratos. Resultados de ensaios clínicos mostraram que o tratamento com doses de até 1.000μg/dia e por períodos de até 64 meses não resultaram em nenhum efeito tóxico. Entre os efeitos adversos encontrados, há relatos de casos de nefrite intersticial crônica atribuída à ingestão de picolinato de cromo, sendo o efeito atribuído ao ácido picolínico e não ao cromo per se. Silício Não há dados, sendo considerado seguro em doses padrão de até 10mg ao dia. A ingestão dietética média é ~40mg para homens e ~19mg para mulheres. O quanto vou prescrever? Como escolher a forma química de um suplemento Biodisponibilidade Retenção Custo VS Benefício Vitaminas Minerais •Forma cristalina/sal/precursor •Forma ativa •Sais •Quelados •Ácidos •Aminoácidos Instrução Normativa ANVISA Nº 28/2018 http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3898888/IN_28_2018_.pd f/84235aa6-978d-4240-bc02-1080a0d2cbfd • Subdivididas de acordo com a solubilidade. Vitaminas Vitamina A Vitamina E Vitamina K Vitamina D LIPOSSOLÚVEIS Verificar o veículo Junto a refeição Verificar o veículo Verificar teor de esteróides / fitoesteroides na refeição Tiamina Riboflavina Niacina Ac pantotênico Piridoxina Folato Cobalaminas Biotina Vitamina C HIDROSSOLÚVEIS + Colina Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Vitamina A Tireoide Antioxidante Fortalecimento capilar Cicatrização Acne Altas doses de vitamina A (>10.000UI/d) podem ser teratogênias (ROTHMAN et al., 1995; HAMISHEHKAR et al., 2016), causar efeitos deletérios sobre o osso e induzir a osteoporose (MELHUS et al., 1998; FESKANICH et al., 2002; BENDICH; LANGSETH, 1989; MASTERJOHN, 2007) e ainda, levar a náuseas, icterícia, irritabilidade, anorexia, vômitos, visão turva, cefaleia, perda de cabelo, dor muscular e abdominal, fraqueza, sonolência e alterações do estado mental (JÚNIOR; LEMOS, 2010). Betacaroteno Antioxidante Modulação do Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH) Fotoproteção A ingestão de altas doses de betacaroteno pode causar carotenodermia, caracterizada pela coloração alaranjada da pele, principalmente nas palmas das mãos e nas solas dos pés. A carotenodermia não é prejudicial, mas pode contribuir para um diagnóstico falso negativo de icterícia (NISHIMURA et al., 1998). A suplementação de 30mg/ dia de betacaroteno e palmitato de retinil (25.000 UI/dia), durante quatro anos, disponibilizada para 18.314 indivíduos com elevado risco de câncer de pulmão, mostrou elevação em 28% da incidência da doença em fumantes (OMENN et al., 1996). Um estudo com homens de 50 a 72 anos, com altos níveis séricos de β- caroteno, mostrou que esses indivíduos possuem duas vezes maior risco de desenvolver câncer de próstata (KARPPI et al., 2012). Uma meta-análise publicada na revista The Lancet mostrou que a suplementação de betacaroteno, em longo prazo, leva a um pequeno, mas significante aumento na mortalidade cardiovascular (CHAVES, 2015). Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Vitamina D Metabolismo ósseo Endometriose Diabetes Doenças autoimunes Gestação Emagrecimento Antioxidante Hipertensão Risco de Câncer de Mama Altas doses podem elevar o nível sérico de cálcio além de possivelmente causar lesão renal por depósito de cálcio, aumento da diurese e polidipsia. A ingestão excessiva pode causar fraqueza, náusea, perda de apetite, dor de cabeça, dores abdominais, diarreias e cãibras (NAVES, 2010) Vitamina E Antioxidante Exercício aeróbio Eritema Fotoproteção Esteato hepatite Diabetes Imunidade Cicatrização Aumento do câncer de próstata em homens suplementados com vitamina E (KLEIN et al., 2011; HUNTER et ai., 1993; HAMISHEHKAR et al., 2016) e um pequeno aumento no risco de câncer de pulmão (GAZIANO et al., 2009; KAPPUS; DIPLOCK, 1992). Em alguns indivíduos que consumiram doses superiores a 1.000 UI/dia, algumas queixas como enxaqueca, fadiga, náusea, visão dupla, fraqueza muscular e distúrbios gastrointestinais apareceram, entretanto os sintomas desapareceram com a suspensão da suplementação. Além disso, cerca de 60% da dosagem diária e excretada nas fezes (PASCHOAL; MARQUES; SANT’ANNA, 2012) Vitamina K Cardioprotetor Coagulante Saúde Óssea Não há evidências de efeitos colaterais descritos pela literatura. Porém, por apresentar efeito coagulante, o uso por indivíduos submetidos a tratamento com anticoagulante, visando a prevenção de trombose, deve ser evitado, isso porque o uso em excesso de vitamina K pode induzir a agregação plaquetaria e favorecer a formação de trombos (SUTTIE, 2006; COZZOLINO, 2009) Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Tiamina (Vitamina B1) Diabetes Depressão Envelhecimento Doença de Parkinson Doença de Alzheimer A tiamina em altas doses pode ser tóxica somente em soluções de nutrição parenteral, porém, efeitos colaterais são relatados com a ingestão de doses diárias maiores que 400 mg (náuseas, vômitos, prurido, urticária e hemorragia digestiva). Além disso, quando a quantidade ingerida ultrapassar a capacidade de absorção, a tiamina é excretada nas fezes (CUKIER; MAGNONI; RODRIGUEZ, 2001) Niacina Neuroproteção Antioxidante Doença de Alzheimer Depressão O excesso poderá causar rubor intenso, prurido, manifestações cutâneas diversas, gota, úlceras, redução da tolerância à glicose, náuseas e vômitos (COZZOLINO, 2009) Riboflavina Diabetes Antioxidante Depressão Anemia Desenvolvimento infantil Devido à baixa solubilidade e à limitada absorção do trato gastrointestinal, a B2 não tem toxicidade por via oral significativa ou mensurável (COZZOLINO, 2009). Ácido Pantotênico Gestação/Infância Cicatrização Anti-inflamatório Um estudo usando doses mais altas (200 a 900mg) do que as doses usuais de ácido pantotênico não encontrou efeitos adversos em humanos (VAXMAN et al., 1996) Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Piridoxina Ansiedade e Depressão Diabetes Fortalecimento de Cabelos e Unhas Gestação (náuseas e vômitos) Crescimento infantil Síndrome Pré-Menstrual Quando ingerida em altas doses, tem sido associada a efeitos que incluem formigamento de mãos e pés, redução da coordenação muscular e dificuldade de caminhar. Além disso, doses elevadas da vitamina B6 poderão causar sonolência, distúrbios neurológicos e entorpecimento. A piridoxina deve ser evitada em pacientes com doença de Parkinson em tratamento com levodopa pura (AMORIM; TIRAPEGUI, 2008). A vitamina B6 é altamente tóxica quando usada em megadoses por um período prolongado de tempo, na melhor das hipóteses, causando neuropatia periférica que pode ser reparável e, na pior das hipóteses, causando neuropatia do gânglio sensorial irreversível (PERRY et al., 2004). Ácido fólico / Folato Prevenção de defeitos do tubo neural Depressão e Ansiedade Anemia megaloblástica Suplementado em altas doses (>5mg), o ácido fólico, pode causar cólicas abdominais, diarreia, erupção cutânea, distúrbios do sono, irritabilidade, náuseas, dores de estômago, mudanças de comportamento, reações alérgicas, convulsões, flatulência e excitabilidade (BOYLES et al., 2016).Dosagens altas também são relacionadas ao aumento em 70% do risco de mortalidade por câncer de mama (CHARLES; NESS; CAMPBELL., 2004) e com o aumento da frequência de crises em indivíduos epiléticos (COZZOLINO, 2009). O excesso de ácido fólico suplementado, não metabolizado, está relacionado ao aumento do risco de TEA (FRYE et al., 2016). Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Cobalaminas (Vitamina B12) Depressão Acidente Vascular Cerebral Hiperhomocisteínemia Anemia megaloblástica Gestação Neurodesenvolvimento infantil Níveis elevados de cobalamina estão associados a alguns tipos de leucemia e com a síndrome hipereosinofílica (ERMENS; VLASVELD; LINDERMANS, 2003). Biotina Cabelos Pele Unhas A deficiência de biotina pode causar dermatite, alopecia, hipercolesterolemia e distúrbios cardíacos. A biotina não é eficaz nos tratamentos de acne, eczema seborréica ou alopecia. Colina Distúrbios cognitivos Depuração de homocisteína Proteção e antioxidação hepática Previne doença de Alzheimer, auxilia no tratamento de doenças neurodegenerativas, útil no tratamento de distúrbio de déficit de atenção e previne doença de Alzheimer. Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Vitamina C Depressão Diabetes Antioxidante Tireoide Destoxificante Imunidade Flacidez dérmica Cicatrização Alergias Anti-inflamatório O consumo de elevadas doses de vitamina C pode levar à distúrbios gastrointestinais e alterações do ciclo menstrual (PASCHOAL; MARQUES, SANT’ANNA, 2012). Embora dados epidemiológicos não comprovem a associação entre suplementação de vitamina C e litíase renal, foi relatado caso de nefropatia ou de relativa hiperoxalúria, associada com ingestão de elevada dose de vitamina C, em indivíduos com predisposição à agregação renal aumentada de cristais (LIEBMAN et al., 1997; AUER; AUER; RODGERS, 1998; JOHNSTON, 1999). Em ensaios randomizados e controlados com pacientes submetidos à angioplastia coronária percutânea e que usaram suplementação de vitamina C, o risco relativo global de reestenose foi significativo (MOWAT et al., 1999; KAMIJI; OLIVEIRA, 2005). A suplementação de vitamina C em pacientes com anemia falciforme é contraindicada, pois nos mesmos se observa baixa concentração de vitamina C no plasma e, como se trata de uma vitamina antioxidante, pode existir um risco de peroxidação lipídica nas membranas das células vermelhas, pela diminuição da sua ação (BLEYS et al., 2006; ARAÚJO, 2009). Vitaminas – IN 28/2018 Vitaminas hidrossolúveis Forma cristalina / sal / precursor Forma ativa Vitamina B1 •Cloridrato de tiamina (mais comum) •Nitrato de tiamina •Tiamina mononitrato •Benfotiamina •Tiamina pirofosfato •(TPP – não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) Vitamina B2 •Riboflavina •Riboflavina-5'-fosfato de sódio Niacina •Nicotinamida (mais comum) •Niacinamida •Ácido nicotínico (prescrição médica em doses superiores a 35mg) - Ácido pantotênico •D-pantotenato de cálcio - Vitamina B6 •Cloridrato de piridoxina •Fosfato de piridoxal Ácido fólico •Ácido fólico •Ácido N-pteroil-L-glutâmico •L-metilfolato de cálcio Vitamina B12 •Cianocobalamina (mais comum) •Hidroxicobalamina •Metilcobalamina - Biotina •D-biotina - Colina •Bitartarato de colina (mais comum) •Hidrogênio tartarato de colina •Cloreto de colina - Vitamina C •Ácido ascórbico (mais comum) •Ácido L-ascórbico •Ascorbato/ L-ascorbato de cálcio •L-ascorbato de sódio •Palmitato de ascorbila •Ácido 6-palmitoil-L-ascórbico - Vitaminas hidrossolúveis Forma cristalina / sal / precursor Forma ativa Vitamina B1 •Cloridrato de tiamina (mais comum) •Nitrato de tiamina •Tiamina mononitrato •Tiamina pirofosfato •(TPP – não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) Vitamina B2 •Riboflavina •Riboflavina-5'-fosfato de sódio Niacina •Nicotinamida (mais comum) •Niacinamida •Ácido nicotínico (prescrição médica em doses superiores a 35mg) - Ácido pantotênico •D-pantotenato de cálcio - Vitamina B6 •Cloridrato de piridoxina •Fosfato de piridoxal Ácido fólico •Ácido fólico •Ácido N-pteroil-L-glutâmico L-metilfolato de cálcio Vitamina B12 •Cianocobalamina (mais comum) •Hidroxicobalamina •Metilcobalamina - Biotina •D-biotina - Colina •Bitartarato de colina (mais comum) •Hidrogênio tartarato de colina •Cloreto de colina - Vitamina C •Ácido ascórbico (mais comum) •Ácido L-ascórbico •Ascorbato/ L-ascorbato de cálcio •L-ascorbato de sódio •Palmitato de ascorbila •Ácido 6-palmitoil-L-ascórbico - Formas fosfatadas podem ser hidrolisadas por fosfatases na borda em escova Prejuízo na absorção intestinal! Vitaminas – IN 28/2018 Vitaminas Lipossolúveis Forma cristalina /sal / precursor Forma ativa Vitamina A (1/3 forma ativa e 2/3 na forma de betacaroteno) • Betacaroteno (mais comum) 1mcg RE = 12mcg betacaroteno = 3,33 UI Vitamina A • Acetato de retinol (mais comum) • Acetato de retinila • Palmitato de retinol • Palmitato de retinila • Retinol Vitamina D (1mcg = 40UI) • Vitamina D2 (Ergocalciferol) • Vitamina D3 (Colecalciferol) • Vitamina D3 vegano (Colecalciferol) – derivado de líquens (Não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) • Calcitriol (prescrição exclusiva médica) Vitamina E (1 UI = 1,49 mg) Recomenda-se 0,4mg/mg de AGI • Acetato de dextroalfatocoferol • Acetato de D-alfa-tocoferol (mais comum) • Acetato de DL-alfa-tocoferol • Acetato de racealfatocoferol • Acetato de DL-alfatocoferila • Dextroalfatocoferol • D-alfa-tocoferol • DL-alfa-tocoferol • Mistura de tocoferóis (mais comum) • Succinato ácido de D-alfa-tocoferila • Succinato ácido de DL-alfa-tocoferila • Succinato de D-alfa-tocoferil-polietilenoglicol-1000 • Tocotrienol (Não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) - Vitamina K • Menaquinona-7 • Fitomenadiona (prescrição exclusiva médica) Uso Injetável: • a Fitomenadiona não deve ser diluída ou misturada com outros medicamentos injetáveis. • estabilidade: uso imediato; desprezar sobras. Vitaminas – IN 28/2018 Vitaminas Lipossolúveis Forma cristalina /sal / precursor Forma ativa Vitamina A (1/3 forma ativa e 2/3 na forma de betacaroteno) • Betacaroteno (mais comum) 1mcg RE = 12mcg betacaroteno = 3,33 UI Vitamina A • Acetato de retinol (mais comum) • Acetato de retinila • Palmitato de retinol • Palmitato de retinila • Retinol Vitamina D (1mcg = 40UI) • Vitamina D2 (Ergocalciferol) • Vitamina D3 (Colecalciferol) • Vitamina D3 vegano (Colecalciferol) – derivado de líquens (Não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) • Calcitriol (prescrição exclusiva médica) Vitamina E (1 UI = 1,49 mg) Recomenda-se 0,4mg/mg de AGI • Acetato de dextroalfatocoferol • Acetato de D-alfa-tocoferol (mais comum) • Acetato de DL-alfa-tocoferol • Acetato de racealfatocoferol • Acetato de DL-alfatocoferila • Dextroalfatocoferol • D-alfa-tocoferol • DL-alfa-tocoferol • Mistura de tocoferóis (mais comum) • Succinato ácido de D-alfa-tocoferila • Succinato ácido de DL-alfa-tocoferila • Succinato de D-alfa-tocoferil-polietilenoglicol-1000 • Tocotrienol (Não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) - Vitamina K • Menaquinona-7 • Fitomenadiona (prescrição exclusiva médica) Uso Injetável: • a Fitomenadiona não deve ser diluída ou misturada com outros medicamentos injetáveis. • estabilidade: uso imediato; desprezar sobras. As formas ativas possuem risco de toxicidade e de acúmulo em tecido adiposo ou hepático Monitorar as provas de função hepáticas e o coagulograma (Vitaminas A e K) Vitaminas – IN 28/2018 Vitaminas Interações (evitar em uma mesma formulação) Piridoxina (Vitamina B6) Evitar combinar com suplementos contendo: •Tiamina •Niacina •Riboflavina •Vitamina A ativa Cobalaminas (Vitamina B12) Evitar combinar com suplementos contendo: •Tiamina •Niacina •Vitamina C •Vitamina A ativa Vitamina C Evitar combinar com suplementos contendo: •Vitamina B12 VitaminaA Evitar combinar com suplementos contendo: •Niacina •Riboflavina Vitamina D Evitar combinar com suplementos contendo: •Vitamina A •Vitamina E •CoQ10 •Fitoesteróis •Excesso de Fe, Cu e Mg (prejudicam a absorção da vitamina D) Vitaminas – IN 28/2018 Minerais BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS E POTENCIAL ABSORTIVO Quelato ou quelado é um composto químico formado por um íon metálico associado a várias ligações covalentes a uma estrutura heterocíclica de compostos orgânicos, como aminoácidos, peptídeos ou polissacarídeos. O nome quelado provém da palavra grega chele, que significa garra ou pinça, referindo-se à forma pela qual os íons metálicos são “aprisionados” no composto. Os minerais quelados são importantes especialmente do ponto de vista da biodisponibilidade. O que são quelados? Tratando-se da suplementação de minerais, em que ocorre maior comprometimento na biodisponibilidade, pode ser uma alternativa para evitar competição intraluminal. Dependendo da substância quelante, também não dependem do ácido clorídrico para absorção, sendo uma interessante alternativa para indivíduos com hipocloridria. Além disso, possuem a vantagem de não interagir com nutrientes da dieta e medicamentos. Importância da quelação Minerais Forma de sal Quelado com aminoácidos Quelado com ácido orgânico BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS E POTENCIAL ABSORTIVO Minerais Forma de sal Quelado com aminoácidos Quelado com ácido orgânico Dependerá do meio ácido para ionização e absorção BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS E POTENCIAL ABSORTIVO Minerais Forma de sal Quelado com aminoácidos Quelado com ácido orgânico Não depende do meio ácido para ser solúvel Dependerá do meio ácido para ionização e absorção BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS E POTENCIAL ABSORTIVO Minerais Forma de sal Quelado com aminoácidos Quelado com ácido orgânico Não depende do meio ácido para ser solúvel Será absorvido como o aminoácido que está ligado Dependerá do meio ácido para ionização e absorção BIODISPONIBILIDADE DE MINERAIS E POTENCIAL ABSORTIVO Em uma prescrição nutricional, a quantidade prescrita do mineral deve se referir ao mineral puro quelado. Logo, o farmacêutico deve calcular a quantidade do mineral quelado correspondente à dosagem do mineral puro, utilizando o cálculo do fator de correção. Regra na prescrição de minerais Esse cálculo é feito, dividindo 100 pelo teor de mineral puro contido no quelado, multiplicando esse resultado pela concentração prescrita As quantidades de minerais quelados inseridas por dose posológica variará, portanto, de acordo com o teor do mineral no insumo, além de outros aspectos físicos (como densidade aparente) e físico- químicos (como higroscopia), estando sob responsabilidade da farmácia tais cálculos de correção e procedimentos de manipulação. O nutricionista torna-se responsável apenas pela dosagem do elemento (aspecto clínico). Dependendo da concentração prescrita dos minerais quelados, poderá resultar um volume grande de cápsulas, sendo mais indicado, na manipulação de outras formas farmacêuticas sólidas (pós), líquidas (suspensão, solução) ou semissólidas (géis), conforme viabilidade farmacotécnica. Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Boro Articulações Anti-inflamatório Modulação hormonal Cálculo renal O excesso da suplementação de boro pode causar irritabilidade, convulsões e distúrbios gastrointestinais. Existem também relatos de inflamações, edemas, dermatites e lesões renais (FSA, 2003). Cálcio Menopausa Gestação Osteoporose Síndrome Pré-Menstrual Risco de pré-eclâmpsia Obesidade Casos de hipercalcemia possuem relação com constipação, poliúria e/ou polidipsia (sede excessiva), litíase renal e insuficiência renal. Além de casos de depressão, cefaleia, letargia, psicose e até coma (COPÊS; ZORZO; PREMAOR, 2013). A suplementação de cálcio, sem a suplementação de vitamina D, também foi associada ao aumento de aproximadamente 30% na incidência de infartos do miocárdio (BOLLAND et al., 2010; LEWIS, 2011; MAO et al., 2013). Pode causar eructações, flatulência, náuseas, desconforto gastrointestinal, constipação, cólicas abdominais excessivas, inchaço, diarreia grave e dor abdominal (LEWIS; ZHU; PRINCE, 2012) Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Cobre Hipertensão arterial Diabetes tipo II Antioxidante Cicatrização Funcionamento tireoidiano Desenvolvimento fetal e embrionário Obesidade Apesar da intoxicação por cobre ser rara, quando essa acontece, sintomas como distúrbios gastrointestinais (dor, náuseas, diarreia e vômitos), salivação, sensação metálica na boca, dor de cabeça, fraqueza e desmaios podem ocorrer (ARAYA; OLIVARES; PIZARRO, 2003). Além disso, sua suplementação deve ser feita de forma cautelosa, especialmente, pelo cobre participar de reações de formação de radicais livres. Portanto, pacientes com câncer não devem receber suplementação de cobre (LOWNDES; HARRIS, 2005; PAYNE; HENDRIX; KIRSCHMANN, 2007) Cromo Resistência à Insulina Diabetes Desejo por doce Obesidade Evitar em pacientes com anemia, já que o cromo reduz a absorção de ferro pela ligação da transferrina. Altas concentrações por longo tempo poderão causar danos mitocondriais, apoptose e efeitos mutagênicos (LEVINA; LAY, 2008). Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Ferro Anemia Gestação Crescimento infantil Queda capilar por baixa ferritina Funcionamento tireoidiano Distúrbios gástricos podem ocorrer, incluindo dores de estômago, constipação, diarreia, náuseas e vômitos. Além disso, altas doses de ferro podem ocasionar sintomas como a fraqueza, a perda ponderal de peso, cansaço, diminuição da libido e diabetes (CARVALHO et al., 2008) Iodo Funcionamento tireoidiano A ingestão crônica e excessiva de iodo poderá causar um aumento no volume da glândula tireoide, resultando em bócio (PATRICK, 2008). Além disso, quando ingerido em excesso alguns sintomas acontecem como é o caso de dor abdominal, febre, náuseas, vômitos e diarreia (BAKER, 2004). O excesso de iodo também aumenta o risco de câncer na tireoide e pode desencadear tireoidite de Hashimoto (CAMARGO et al., 2007). Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Magnésio Diabetes Depressão Asma infantil Síndrome Pré-Menstrual Pré-eclâmpsia e eclampsia Cãibra Antioxidante Fibromialgia Dores musculares Hipertensão Altas concentrações de magnésio podem acarretar em sintomas gástricos como náuseas, vômitos e diarreia. Além disso, em pacientes com falência renal podem se intoxicar (DOBSON; ERIKSON; ASCHNER, 2006) Manganês Formação óssea Antioxidante O excesso acumulado no fígado e no sistema nervoso central pode produzir sintomas semelhantes a doença de Parkinson, produzindo demência, desordens psiquiátricas e neurológicas (GUVEZA;CHUKHLOVINA; CHUKHLOVINA, 2008). Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Molibdênio Desenvolvimento fetal Em doses excessivas pode causar edema e dor nas articulações, em virtude de uma elevação nos níveis de ácido úrico (PASCHOAL; MARQUES; SANT’ANNA, 2012). In vivo doses excessivas de molibdênio (>60mg) podem causar aumento nas concentrações renais de cobre, causando toxicidade renal (MURRAY et al., 2014). Selênio Antioxidante Tireoide Depressão Anti-inflamatório Esteatose hepática A ingestão em excesso desse mineral promove fadiga muscular, contribui para colapso vascular periférico, congestão vascular interna, unhas fracas, queda de cabelo, dermatite, alteração do esmalte dos dentes e vômitos. Existem relatos de associação do uso de selênio em altas doses com a ocorrência de inflamações cutâneas, náuseas e fadiga (COZZOLINO, 2009) Silício Síntese de colágeno Fortalecimento capilar Hidratação cutânea Osteoporose ArticulaçõesCicatrização Não há evidências de efeitos colaterais descritos pela literatura. Nutriente Aplicações Clínicas Efeitos Adversos e contraindicações Vanádio Diabetes Dislipidemias Quando em excesso provoca desconforto abdominal, diarreia e náuseas (CARREIRO,2008) Zinco Diabetes Tireoide Doenças autoimunes Antioxidante Cicatrização Reparo intestinal Anti-inflamatório Testosterona Alergias Depressão Acne Cognitivo A suplementação acima de 50 mg/dia pode levar a aumento significativo da Hemoglobina Glicada, náuseas, vômitos, diarreia e dor no estômago (BRASIL, 2010). A suplementação com zinco em pacientes portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV) sugere o aumento da replicação do HIV, prejudica a imunidade celular e acelera a apoptose das células envolvidas na resposta imune (SENA; PEDROSA, 2005). Quando consumido em jejum pode causar náuseas, enjoos e vômitos. Minerais – IN 28/2018 Minerais Forma sal Forma quelado (quelato) Ácido quelado Aminoácido quelado Cálcio Acetato de cálcio Cálcio derivado de Lithothamnion calcareum (risco de contaminação com metais pesados) Carbonato de cálcio (mais comum) Cloreto de cálcio Cloreto de cálcio diidratado Concha de ostras (risco de contaminação com metais pesados) Fosfato de cálcio dibásico diidratado Fosfato de cálcio dibásico Hidrogênio fosfato de cálcio Fosfato de cálcio monobásico Dihidrogênio fosfato de cálcio Fosfato de cálcio tribásico Fosfato tricálcico Glicerofosfato de cálcio Hidróxido de cálcio Óxido de cálcio Sulfato de cálcio Sulfato de cálcio diidratado •Citrato de cálcio (mais comum) •Dicitrato tricálcico •Citrato de cálcio tetraidratado •Citrato malato de cálcio •Dicálcio malato II •Gluconato de cálcio •Lactato de cálcio •Malato de cálcio •Piruvato de cálcio •Succinato de cálcio •Bisglicinato de cálcio (mais comum) •Treonato de cálcio •Lisinato de cálcio •Pidolato de Cálcio (Pidolato - molécula precursora aminoácidos presentes no colágeno – presente em carcaça de aves) Ferro Ferro carbonila Ferro eletrolítico Ferro reduzido por hidrogênio Fosfato de amônio ferroso Fosfato ferroso Fumarato ferroso Ortofosfato férrico Fosfato férrico Pirofosfato férrico Difosfato férrico Pirofosfato férrico de sódio Difosfato férrico de sódio Sulfato ferroso (mais comum) Sulfato ferroso heptaidratado •Citrato férrico •Citrato férrico amoniacal •Citrato ferroso (mais comum) •Gluconato ferroso (mais comum) •Lactato ferroso •Bisglicinato ferroso (mais comum) •Glicinato férrico II •Pidolato de ferro (Pidolato - molécula precursora aminoácidos presentes no colágeno – presente em carcaça de aves) •Taurato de ferro (II) Minerais Forma sal Forma quelado (quelato) Ácido quelado Aminoácido quelado Zinco •Acetato de zinco •Acetato de zinco diidratado •Carbonato de zinco (mais comum) •Cloreto de zinco •Óxido de zinco (mais comum) •Sulfato de mono L-metionina de zinco •Sulfato de zinco •Sulfato de zinco heptaidratado •Sulfato de zinco monoidratado •Ascorbato de zinco •Citrato de zinco (mais comum) •Citrato de zinco diidratado •Gluconato de zinco (mais comum) •Malato de zinco •Picolinato de zinco •Arginato de zinco (Não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) •Aspartato de zinco •Bisglicinato de zinco •Histidinato de zinco (mais comum - Não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) •Lisinato de zinco •Pidolato de zinco (Pidolato - molécula precursora aminoácidos presentes no colágeno– presente em carcaça de aves) Magnésio •Acetato de magnésio •Carbonato de hidróxido de magnésio •Carbonato de magnésio •Cloreto de magnésio (mais comum) •Cloreto de magnésio hexaidratado •Fosfato de magnésio dibásico •Hidrogênio fosfato de magnésio •Fosfato de magnésio tribásico •Fosfato trimagnésico •Glicerofosfato de magnésio •Hidróxido de magnésio •Óxido de magnésio •Sulfato de magnésio •Sulfato de magnésio heptaidratado •Sulfato de magnésio monoidratado •Ascorbato de magnésio •Dimagnésio malato II (mais comum) •Gluconato de magnésio •Lactato de magnésio •Malato de magnésio •Piruvato de magnésio •Sais de magnésio do ácido cítrico (mais comum) •Succinato de magnésio •Acetiltaurato de magnésio (raro) •Bisglicinato de magnésio (mais comum) •Lisinato de magnésio •Magnésio creatina quelato II •Pidolato de magnésio (Pidolato - molécula precursora aminoácidos presentes no colágeno – presente em carcaça de aves) •Taurato de magnésio (raro) Minerais – IN 28/2018 Minerais Forma sal Forma quelado (quelato) Ácido quelado Aminoácido quelado Cromo •Cloreto crômico •Cloreto de cromo (III) •Cloreto crômico hexaidratado •Lactato de cromo (III) triidratado •Picolinato de cromo (mais comum) •Cromo GTF ou Chelavite® (Não está presente na IN ANVISA Nº28/2018) Cromo ligado ao ácido nicotínico e quelado com glicina Selênio •Ácido selenioso •Selenato de sódio •Selenito de sódio - •Levedura enriquecida com selênio (Exselen® – selenocisteína/selenom etionina) •Selenometionina (mais comum) Cobre •Óxido de cobre •Sulfato cúprico •Sulfato cúprico pentaidratado •Gluconato cúprico (mais comum) •Cobre (II) D-gluconato •Aspartato de cobre •Bisglicinato de cobre (mais comum) Minerais – IN 28/2018 Minerais Interações (evitar em uma mesma formulação) Fique atento na biodisponibilidade! Cálcio Evitar combinar com suplementos contendo: •Cromo •Magnésio •Manganês •Zinco Ferro Evitar combinar com suplementos contendo: •Cálcio •Cromo •Cobre •Magnésio •Manganês •Selênio •Zinco Zinco Evitar combinar com suplementos contendo: •Cálcio •Cobre •Ferro •Selênio Cromo Evitar combinar com suplementos contendo: •Ferro •Manganês •Zinco Se o paciente tem hipotireoidismo, em uso de levotiroxina, não se deve prescrever na forma de picolinato! Minerais – IN 28/2018 Minerais Minerais Mas em relação aos minerais aminoácidos – quelados? Minerais Aminoácidos competem entre si para absorção e ela é mais forte entre aminoácidos da MESMA FAMÍLIA! Minerais Minerais Minerais Ex.: Cálcio (citrato) 500mg Magnésio (malato) 250mg Zinco (citrato) 20mg Excipiente qsp 1 dose em cápsulas Aviar 30 doses em cápsulas Posologia: 1 dose ao dia, por 30 dias. Minerais Ex.: Cálcio (citrato) 500mg Magnésio (malato) 250mg Zinco (citrato) 20mg Excipiente qsp 1 dose em cápsulas Aviar 30 doses em cápsulas Posologia: 1 dose ao dia, por 30 dias. Todos na forma de minerais ácido-quelados! Problemas na Biodisponibilidade! Minerais Ex.: Cálcio (citrato) 500mg →mineral ácido-quelado Magnésio (XX) 250mg Zinco (XX) 20mg Excipiente qsp 1 dose em cápsulas Aviar 30 doses em cápsulas Posologia: 1 dose ao dia, por 30 dias. Minerais Ex.: Cálcio (citrato) 500mg → mineral ácido-quelado Magnésio (glicina) 250mg →mineral AA (alifático) quelado Zinco (XX) 20mg Excipiente qsp 1 dose em cápsulas Aviar 30 doses em cápsulas Posologia: 1 dose ao dia, por 30 dias. . Minerais Ex.: Cálcio (citrato) 500mg → mineral ácido-quelado Magnésio (glicina) 250mg →mineral AA (alifático) quelado Zinco (histidina) 20mg → mineral AA (+) quelado Excipiente qsp 1 dose em cápsulas Aviar 30 doses em cápsulas Posologia: 1 dose ao dia, por 30 dias. Minerais Ex.: Cálcio (citrato) 500mg → mineral ácido-quelado Magnésio (glicina) 250mg →mineral AA (alifático) quelado Zinco (histidina) 20mg → mineral AA (+) quelado Excipiente qsp 1 dose em cápsulas Aviar 30 doses em cápsulas Posologia: 1 dose ao dia, por 30 dias. VIA DE ADMINISTRAÇÃO Local ou estrutura no organismo onde o fármaco toma contato para iniciar processos sequenciais Diversos critérios são adotados para definir a melhor via de administração Por onde vou administrar? Para escolher a via de administração devemos considerar: • O melhor efeito útil do medicamento • A condição do paciente • A comodidade • A segurança • O custo Por onde vou administrar? VIAS ENTERAIS VIAS PARENTERAIS Entram em contato comqualquer segmento do TGI Demais vias - Oral Sublingual - Oral Intestinal - Retal - Intradérmica - Subcutânea - Intramuscular - Endovenosa - Tópica - Inalatória - Otológica VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Por onde vou administrar? Via sublingual ou SL Via de administração que consiste na absorção de fármacos por debaixo da língua Por onde vou administrar? • Esta via de administração evita o efeito de primeira passagem hepático pois a drenagem venosa é para a veia cava superior. • A taxa de absorção é a mesma da via entérica. Por onde vou administrar? Ex.: Metilcobalamina 500mcg/mL Excipiente qsp solução sublingual Frasco 30 mL Posologia: Aplicar 10 gotas em região sublingual com a cavidade oral limpa (fazer bochechos com água antes de administrar). Usar por 60 dias. Atenção: 1mL = 20 gotas para soluções líquidas 1 mL = 25 gotas para soluções lipídicas Por onde vou administrar? Via oral intestinal A administração de medicamentos ou suplementos por via oral é segura e não requer técnica estéril na sua preparação. Por onde vou administrar? • Nessa via os medicamentos ou suplementos podem ser na apresentação de: ✓Comprimidos ✓Drágeas ✓Cápsulas ✓ Líquidos • Absorvidos no estômago e no intestino. Por onde vou administrar? Formas Farmacêuticas As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração de medicamentos à pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições especiais, e para permitir seu melhor aproveitamento. Como vou administrar? Como vou administrar? As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo nutricionista são exclusivamente as de uso pelo TRATO DIGESTÓRIO. Como vou administrar? Como vou administrar? Coadjuvante técnico é o EXCIPIENTE Substância quimicamente caracterizada, cuja ação farmacológica é conhecida e responsável total ou parcialmente pelos efeitos terapêuticos do medicamento. Princípio ativo: Excipiente: São as substância auxiliares que não possuem ação terapêutica e que tem por função dar forma e volume ao medicamento. Como vou administrar? • Eles mantêm os insumos livres de microrganismos e adequados ao consumo por mais tempo, além de torná-los palatáveis, favorecendo a adesão ao tratamento. A maioria dos excipientes é utilizada em baixas concentrações, por isso as reações adversas são raras. Excipientes Lactose Edulcorante Aromatizante Corante Excipientes • É um dos principais diluentes utilizados (65 - 85%) para comprimidos e cápsulas (até 100%). • Deve ser guardada em recipiente fechado, em local fresco e seco, na presença de umidade, pode ocorrer crescimento microbiano. • É incompatível com aminoácidos, anfetaminas, aminofilina e lisinopril. • É contra-indicada para pacientes que apresentam intolerância à lactose, podendo causar dores abdominais, diarréia e flatulência. • Pode ser substituído por celulose microcristalina e amido. Lactose • A presença de edulcorantes como o sorbitol nas formulações medicamentosas como o diclofenaco de potássico (suspensão), vitamina C (efervescente e pastilha) e paracetamol (gotas e suspensão), tem sido associada a relatos de transtornos gastrintestinais como diarréia e dores abdominais. • Sorbitol, sacarina, aspartame e frutose, são adoçantes largamente utilizados em formulações farmacêuticas, principalmente às destinadas à pediatria. • O sorbitol é facilmente absorvido em nível intestinal, sendo considerado seguro nos pacientes diabéticos. É contra indicada a sua utilização em intolerantes à frutose. • Sorbitol e frutose estão associados a relatos de transtornos gastrointestinais, prejudicando a absorção dos princípios ativos contidos nos fármacos. Edulcorantes Podem ser embalados, transportados, administrados e armazenados mais facilmente que as outras formas. •As drogas sólidas podem ser dispensadas na forma compactada -comprimidos, -cápsulas, -drágeas, -pós, -Pastilhas, etc. Forma farmacêutica sólida •Paladares desagradáveis são mais fáceis de mascarar na forma sólida. •Doses precisas são mais facilmente obtidas com formas fornecidas em doses individuais e unitárias. •As drogas e produtos químicos são mais estáveis na forma sólida. Fórmula farmacêutica sólida Pó / Sachê Fórmula farmacêutica sólida Ex. de prescrição: Paciente: XXXXXX Data:XX/XX/XXXX Uso Interno Piridoxal fosfato 10mg Metilcobalamina 250mcg Excipiente qsp 1 dose em pastilhas sublinguais Total: 60 doses Posologia: Dissolver 1 pastilha embaixo da língua 2 vezes ao dia, por 30 dias. ---------------------------- Xxxxx xx Xxxxx Nutricionista | CRN (RJ) xxxxxx End.: xxxxxxxx, xxxxxx (RJ). Tel.: (xx) xxxxx-xxxx Fórmula farmacêutica sólida Ex. de prescrição: Paciente: XXXXXX Data:XX/XX/XXXX Uso Interno Cálcio (citrato malato) ... 250mg Magnésio (óxido) ... 30mg Vitamina D3 ... 500 UI Excipiente qsp 1 dose em comprimidos revestidos Obs.: Excipiente exceto lactose. Total: 60 doses Posologia: Ingerir 1 dose ao dia, junto a um alimento. Usar por 30 dias. ---------------------------- Xxxxx xx Xxxxx Nutricionista | CRN (RJ) xxxxxx End.: xxxxxxxx, xxxxxx (RJ). Tel.: (xx) xxxxx-xxxx Fórmula farmacêutica sólida Ex. de prescrição: Paciente: XXXXXX Data:XX/XX/XXXX Uso Interno Ferro (bisglicinato) ... 30mg Metilfolato ... 200mcg Excipiente qsp 1 dose em cápsulas Obs.: Excipiente exceto lactose. Total: 30 doses Posologia: Ingerir 1 dose ao dia, por 60 dias. ---------------------------- Xxxxx xx Xxxxx Nutricionista | CRN (RJ) xxxxxx End.: xxxxxxxx, xxxxxx (RJ). Tel.: (xx) xxxxx-xxxx Fórmula farmacêutica sólida Como cada cápsula possui um volume específico/limitado, a partir da prescrição da formulação, a farmácia de manipulação irá identificar se todos os componentes prescritos poderão ser comportados em apenas 1 cápsula. Caso não seja possível, deverá ocorrer o fracionamento da dose, ou seja, os componentes serão divididos proporcionalmente e completados com excipiente, ajustando então o número de cápsulas a serem ingeridas. O paciente deve ser informado, de forma clara, sobre a mudança em relação dose/cápsula, que será expressa em etiquetas no próprio produto manipulado. Ex. de prescrição: Paciente: XXXXXX Data:XX/XX/XXXX Uso Interno Cálcio (citrato) ... 250mg Magnésio (glicina) ... 150mg Zinco (histidina) ... 20mg Cobre (aspartato) ... 1mg Vitamina C ... 250mg Vitamina D3 ... 400UI Excipiente qsp 1 dose em sachê Obs.: Excipiente exceto lactose. Aviar 30 doses. Posologia: Diluir 1 sachê em água. Ingerir à noite. Por 30 dias. ---------------------------- Xxxxx xx Xxxxx Nutricionista | CRN (RJ) xxxxxx End.: xxxxxxxx, xxxxxx (RJ). Tel.: (xx) xxxxx-xxxx Fórmula farmacêutica sólida •Os fármacos possuem maior rapidez de absorção no trato gastrointestinal •Principal escolha para idosos e crianças. • É de difícil acondicionamento e transporte. •A solubilização pode realçar o sabor do fármaco para princípios ativos com sabor desagradável, além de apresentar um risco maior de contaminação. Fórmula farmacêutica líquida Contém um ou mais princípios ativos dissolvidos em um solvente adequado ou numa mistura de solventes miscíveis. Solução Forma farmacêutica líquida Límpida Homogênea Fórmula farmacêutica líquida Ex. de prescrição: Paciente: XXXXXX Data:XX/XX/XXXX Uso Interno Colecalciferol 10.000UI/mL Veículo qsp 1 mL Frasco 15 mL Posologia: Aplicar 2 gotas região sublingual ao dia, após bochehco de cavidade oral com água. ---------------------------- Xxxxx xx Xxxxx Nutricionista | CRN (RJ) xxxxxx End.: xxxxxxxx, xxxxxx (RJ). Tel.: (xx) xxxxx-xxxx Suspensão Forma farmacêutica ideal para veicular ingredientes ativos insolúveis; • Opção para veicular fármacos de sabor desagradável Fórmula farmacêutica líquida Xarope Forma farmacêutica aquosa caracterizada pela alta viscosidade Fórmula farmacêutica líquida Apresenta não menos que 45% de sacarose ou outros açúcares na sua composição. Ex. de prescrição: Paciente:XXXXXX Data:XX/XX/XXXX Uso Interno Cálcio (glicerofosfato) ... 40mg/mL Zinco (histidina) ... 2mg/mL Tiamina (cloridrato) ... 10mg/mL Nicotinamida ... 3mg/mL Pantotenato de cálcio ... 10mg/mL Ácido fólico ... 20mcg/mL Ácido ascórbico ... 10mg/mL Edulcorante: Sucralose Flavorizante: Tutti-fruti Excipiente qsp (exceto lactose) Frasco 150mL Posologia: Ingerir 5mL, duas vezes ao dia. Por 30 dias. ---------------------------- Xxxxx xx Xxxxx Nutricionista | CRN (RJ) xxxxxx End.: xxxxxxxx, xxxxxx (RJ). Tel.: (xx) xxxxx-xxxx •Identificação do paciente; •Inscrição – nome das substâncias e respectivas doses •Subscrição – forma farmacêutica e quantidade; •Instrução – modo de usar os elementos prescritos (frequência, nº de unidades posológicas a utilizar, duração do tratamento); •Assinatura e carimbo do profissional. Obs.: Deve redigir-se sempre uma cópia destas instruções para ficar na posse do paciente. CONSTITUINTES DA RECEITA OBRIGATÓRIOS: 2. O quanto vou prescrever? Pontos Críticos de Controle na Prescrição de Micronutrientes 1. O que eu vou prescrever? 3. Por onde vou administrar? 4. Como vou administrar? Sempre faça as seguintes perguntas quando for prescrever micronutrientes: Obrigado! @josearoldofilho | @nutmedcursos AMORIM, A. G.; TIRAPEGUI, J. Aspectos atuais da relação entre exercício físico, estresse oxidativo e magnésio. Rev. Nutr., Campinas, v. 21, n. 5, p. 563-575, 2008. ARAÚJO, A.S. Perfil nutricional de pacientes adultos com anemia falciforme. Dissertação. Universidade Federal da Bahia, 2009. ARAYA, M.; OLIVARES, M.; PIZARRO, F. Gastrintestinal symptoms and blood indicators of cooper load in apparently healthy adults undergoing controlled copper exposure. Am J Clin Nutr., v. 77, n. 3, p. 646-650, 2003. AUER, B.L.; AUER, D.; RODGERS, A.L.Relative hyperoxaluria, crystalluria and haematuria after megadose ingestion of vitamin C. Eur J Clin Invest. v. 28, p. 695- 700, 1998. BAGHKHANI, L.; JAFARI, M. 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